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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Enfª: CAROLINA OLDENBURG BARROSO ESP. EM UTI NEONATAL CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM M A N A U S 2 0 2 2 . 1 OBJETIVOS 1. Entender o que é Sistematização da Assistência de Enfermagem; 2. Diferenciar Sistematização x Processo de Enfermagem; 3. Recapitular as Teorias de Enfermagem; 4. Reconhecer o Processo de formação do Diagnóstico de Enfermagem; 5. Praticar o processo de enfermagem. INTRODUÇÃO A enfermagem é uma profissão secular. Ao longo de sua história, passou por diversas fases, contudo, aqueles que exerciam a profissão estavam sempre buscando melhores condições de trabalho, bem como sua melhoria da qualidade de assistência; Durante muito tempo na maioria das instituições de saúde, ou não havia ou não era utilizado um método para sistematizar a assistência de Enfermagem; O QUE É SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM? (TANNURE;2011) Metodologia científica de que o profissional enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência aos pacientes. “A SAE é uma ferramenta que favorece a melhora da prática assistencial com base no conhecimento, no pensamento e na tomada de decisão clínica com o suporte de evidências científicas, obtidas a partir da avaliação dos dados subjetivos e objetivos do indivíduo, da família e da comunidade” Bartira de Aguiar Roza SAE metodologia Científica Conhecimentos técnicos- científicos e humanos Melhora qualidade de assistência de enfermagem Respaldo científico, segurança e direcionamento Maior credibilidade, competência e visibilidade Autonomia e satisfação profissional O profissional consegue agir de acordo com a priorização, a delegação, gestão do tempo e contextualização no ambiente cultural do cuidado prestado. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências RESOLVE: Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. § 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. § 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter- relacionadas, interdependentes e recorrentes: Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas. Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, participam da execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. Art. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Conselhos Regionais de Enfermagem, no ato que lhes couber, promover as condições, entre as quais, firmar convênios ou estabelecer parcerias, para o cumprimento desta Resolução PROCESSO DE ENFERMAGEM Sistematizar a assistência é apropriar-se de um método de trabalho denominado: PROCESSO DE ENFERMAGEM Método sistemático de prestação de cuidados humanizados, que enfoca a obtenção de resultados desejados de uma maneira rentável: Método: jeito de desenvolver Sistemático: segue passos; Humanizado: respeita cresças, satisfação das necessidades; Resultados: estabelecidos pelo conhecimento; (BRASIL, 2009) é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional O Processo de Enfermagem fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência, tornando-a mais científica e menos intuitiva; Uma Teoria de enfermagem é implementada na prática por meio desse método científico; É um conjunto de conceitos, definições, relacionamento e hipóteses que projetam a visão sistêmica do fenômeno; Sugerem uma direção de como ver fatos ou eventos. “ Servem para descrever, explicar, diagnosticar e/ou prescrever medidas referentes ao cuidado de enfermagem.(...) Uma vez identificado que uma destas teorias é relevante para uma ciência tal como a enfermagem, ela oferece justificativa ou razão bem fundamentada sobre como e porque os enfermeiros realizam determinas intervenções.” Potter; Perry,2006 TEORIAS DE ENFERMAGEM O uso das teorias de enfermagem: Oferece estrutura e organização ao conhecimento de enfermagem; Proporciona um meio sistemático de coletar dados; Promove a prática racional e sistemática; Torna a prática direcionada por metas e resultados; Determina a finalidade da prática de Enfermagem; Promove um cuidado coordenado e menos fragmentado. CUIDADOS NÃO SÃO MAIS EXECUTADOS DE MODO EMPÍRICO, E SIM EMBASADOS PELAS TEORIAS. (MELESIS, 2007) COMO ESCOLHER UMA TEORIA? Conhecer a realidade do setor que atua Perfil dos profissionais da unidade Clientela atendida P R IN C IP A IS T EO R IA S D E EN FE R M A G EM Florence Nightingale Ambientalista Wanda Horta Necessidades Humanas Básicas Dorothea Orem Autocuidado Hildegard Peplau Relações Interpessoais TEÓRICO TEORIA ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM 1.COLETA DE DADOS 2. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 3. PLANEJAMENTO 4. IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 5.AVALIAÇÃO 1ª ETAPA FONTES DOS DADOS Primário: Informações dadas pelo próprio paciente; Secundária: Informações dadas por familiares, membros da equipe de saúde, exames, prontuários; ANAMNESE IDENTIFICAÇAO •Sexo •Cor •Estado Civil •Escolaridade •Profissão/ocupação •Procedência •Naturalidade QUEIXA PRINCIPAL • Com as palavras usadas pelo paciente; • Se possível colocar a sua duração; Ex: “ Tô com dor nos quartos” HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL •Fazer a semiologia dos sintomas; • Inquirir sobre os sintomas associados e correlatos; • Não induzir respostas; • Apuras evolução, exames e tto realizados; • A história deverá ter: Início, meio e fim. HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA • História Patológicas pregressas: Alergias, Infecções,Doenças de bases, Cirurgias e Traumatismos; • História Fisiológicas: Condições de gestação, Nascimento, Quadro vacinal, Crescimento e desenvolvimento Psicomotor, Puberdade( menarca), História Sexual, Climatério. HISTÓRIA SOCIAL • Habitação: tipo de casa, saneamento, instalações sanitárias, água potável, criação de animais; • Hábitos: tabaco, álcool, drogas ilícitas, medicamentos; HISTÓRIA FAMILIAR • Ancestrais: estado de saúde, “causas mortis”, idade; • Doenças Familiares: CA,HAS,DM, AVC,CARDIOPATIAS,NEFROPATIAS,ORT OPATIAS,PSICOPATIAS; ALIMENTAÇAO • Quantidade, Tipos e Preferências; • Hidratação: quantidade, tipos e preferência. SONO E REPOUSO • Atividade/Ocupação; • Atividade física e Lazer; • Sono e Repouso; EXAME FÍSICO Exame Físico cefalo-podálico; 2 ª ETAPA ELEMENTOS DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ELEMENTOS CONTEÚDO EXEMPLO Título Expressão sucinta que designa a resposta do indivíduo. HIPERTERMIA Características definidoras Conjunto de sinais e sintomas (indicadores), que sustentam a firmação de qual resposta no título está presente. TEMPERATURA DE 38C Fatores relacionados Fator do ambiente, pessoa ou integração de ambos, que favorecem a ocorrência da resposta. ( Causas ou fatores contribuintes- fatores etiológicos) INFECÇAO NO TRATO GASTROINTESTINAL Fator de Risco Determinante-aumenta o risco AVP População em Risco Grupos de pessoas que partilham alguma características que faz cada membro ser suscetível a determinada resposta humana. Essas características não são modificáveis pelo enfermeiro Estágio de crescimento e desenvolvimento- história de saúde\familiar Condição associada Diagnósticos médicos, lesões, procedimentos, dispositivos médicos ou agentes farmacêuticos. Essa condições não são independentemente modificáveis pelo enfermeiro. HIPERTENSÃO ARTERIAL DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE Foco no problema Resposta Humana Indesejável DE Risco Suscetibilidade DE Promoção de Saúde Motivação/Desejo Todos tem a mesma importância! • Um julgamento clínico a respeito de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida que existe em um indivíduo, família, grupo ou comunidade;Foco no Problema • Um julgamento clínico a respeito da suscetibilidade de um indivíduo, família, grupo ou comunidade para o desenvolvimento de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida;Risco • Um julgamento clínico a respeito da motivação e do desejo de aumentar o bem-estar e alcançar o potencial humano de saúde. Essas respostas são expressas por uma disposição para melhorar comportamentos de saúde específicos, podendo ser usadas em qualquer estado de saúde Promoção de Saúde • Em número limitado na Taxonomia da NANDA-I, uma Síndrome pode estar presente. Uma síndrome é um julgamento clínico relativo a um determinado agrupamento de diagnósticos de enfermagem que ocorrem juntos, sendo mais bem tratados por meio de intervenções similares. EX: Síndrome do idoso Frágil ( domínio 1)Síndrome •Comece com o diagnóstico em si, seguido dos fatores etiológicos, após identifique os principais sinais/sintomas Foco no Problema •Não há fatores relacionado, uma vez que você está identificando a vulnerabilidade de um paciente a um potencial problema. O problema ainda não está presente. Risco • Não exigem um fator relacionado, pode não haver “relacionado a” em sua redação. Em vez disso, as características definidoras são apresentadas como evidências do desejo do paciente em melhora seu estado de saúde atual ( ou o reconhecimento do enfermeiro da existência de uma oportunidade de promoção da saúde. Promoção de Saúde FORMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO NANDA 2018-2020 pag.111 Ti p o s d e d ia gn ó st ic o s d e en fe rm ag em Foco no Problema Título + Fator Relacionado + Evidência Paciente apresenta problemas reais que afetam seu bem estar Vulnerabilidade Título + Evidência Paciente apresenta risco/ chance de desenvolver um problema Promoção da saúde Título + Evidência Paciente não possui problema EXEMPLOS 1. HIPERTERMIA RELACIONADO A INFECÇAO A NIVEL ALVEOLAR EVIDENCIADO POR TEMPERATURA CORPORAL DE 38C. • 2. RISCO DE INFECÇAO EVIDENCIADO POR ACESSO VENOSO PERIFÉRICO EM MSD. • 3. DISPOSIÇÃO PARA SONO MELHORADO EVIDENCIADO POR EXPRESSO DESEJO DE MELHORAR O SONO título título título EXEMPLOS 1. Risco de integridade tissular prejudicada associada à tugor reduzido e estado nutricional desequilibra caracterizada à náuseas e vômitos. 2. Risco de hipotermia perioperatória associada a procedimentos cirúrgicos caracterizada à baixa temperatura ambiental. 3. Dor Aguda; Caracterizada por Autorrelato da intensidade usando escala padronizada da dor e expressão facial de dor. 4. Risco de infecção; Associado a procedimento invasivo 5. Hipertermia; Caracterizado por pele quente ao toque e taquipneia 6. Risco de desequilíbrio eletrolítico definido pela mudança nos níveis séricos de eletrólitos, evidenciado pelo volume de líquido deficiente e vômito, associado ao mecanismo de regulação comprometido. 7. Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais, definida pela ingestão de nutrientes insuficientes para satisfazer as necessidades metabólicas, evidenciado pela dor abdominal e ingestão de alimento menor que a IDR, relacionada à ingestão alimentar insuficiente (anorexia), associada à incapacidade de ingerir alimentos. 8. Dor aguda relacionado a cólica abdominal 9. constipação relacionado a ausência de evacuação e parada de eliminação de gases 10. Deambulação prejudicada relacionada a dor, evidenciado por capacidade prejudicada de andar uma distância necessária 11. Diarreia relacionada irritação gastrointestinal, evidenciado por dor abdominal 12. Dor Aguda relacionada a agente biológico lesivo, evidenciado por autorrelato da intensidade usando escala padronizada da dor. 3ª ETAPA Itens necessários para os resultados esperados O que eu quero para meu paciente? Em quanto tempo eu quero? RESPONDER SEMPRE ESSAS DUAS PERGUNTAS. OBRIGATÓRIO EXEMPLO • DIAGNÓSTICO DE RISCO • 1. RISCO DE INFECÇAO EVIDENCIADO POR ACESSO VENOSO PERIFÉRICO EM MSD • PLANEJAMENTO: Paciente não apresentará sinais flogísticos ( dor, calor, rubor, hiperemia, edema) em MSD enquanto uso de acesso venoso. EXEMPLO 1. Risco de hipotermia perioperatória evidenciado por procedimentos cirúrgico. Planejamento: Prevenir a hipotermia no pre-operatório e pós-operatório usando cobertor. Planejamento: Paciente apresentará durante todo o período perioperatória normotermia. 2. Deambulação prejudicada relacionada a dor, evidenciado por capacidade prejudicada de andar uma distância necessária Planejamento: Estimular deambulação Planejamento: Paciente demonstrará capacidade de deambular na realização de atividade básicas em 48 horas. 3. Dor Aguda relacionada a ferida operatória em abdômen evidenciado por autor relato de dor. Planejamento: Monitorar e reduzir a dor relatada Planejamento: Paciente relatará diminuição da dor para leve, em até 60 minutos. 4. Desobstrução ineficaz de vias aéreas relacionado á obstrução de fossas nasais e secreção evidenciado por alteração na frequência respiratória e presença de secreção esverdeada nasal. Planejamento: Paciente apresentará melhora de FR dentro dos parâmetros normais em até 45min 5. Risco de constipação evidenciado por hábitos alimentares inadequados Planejamento: Melhorar o transito intestinal Paciente entenderá durante a visita a importância de uma boa alimentação para manter eliminações intestinais dentro da normalidade. 4ª ETAPA EXEMPLO EXEMPLOS 1. Risco de desequilíbrio eletrolítico evidenciado por episódios de náuseas e vômitos. Planejamento: Paciente apresentará equilíbrio eletrolítico e ácido-básico. Intervenções: • Verificar condições de hidratação do paciente (mucosas, edema, pulso e frequência cardíaca). • Monitorar níveis anormais deeletrólitos séricos, se possível. • Monitorar a ocorrência de manifestações de desequilíbrio eletrolítico 2. Desobstrução ineficaz de vias aéreas relacionado à rinite e sinusite crônica, secreção retida, tabagismo evidenciado por alteração na frequência respiratória e presença de secreção esverdeada nasal. Planejamento: Paciente apresentará melhora de FR dentro dos parâmetros normais em até 45min Intervenções: • Realizar aspiração nasofaringea S/N - ENF. • Solicitar realização de nasolaringoscopia - ENF.Monitorar SSVV 2/2h – TEC. • Orientar ao paciente quanto à automedicação e a influência dos medicamentos na sua terapêutica – ENF 5ª ETAPA A EVOLUÇÃO DEVE SER: Clara, concisa e legível; Conter anotações de observações factuais, após a avaliação do estado geral do paciente; Incluir data e hora das anotações cronologicamente; Utilizar apenas siglas e abreviaturas aprovadas (na dúvida, escrever por extenso). Desse registro devem constar os problemas novos identificados, um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes ( COREN,2000) REFERÊNCIAS • NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações (2018-2010) • BOTTURA. Alba Lúcia Bottura Leite de Barros: Anamnese e Exame Físico: 2 edição, São Paulo; Artmed Editora S.A, 2010. • TANURE, Meire Chucre. Sistematização da Assistência de Enfermagem Guia Prático: 2 edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan • VAMOS APLICAR A •SISTEMATIZAÇÃO? CASO CLÍNICO 1 • Apresenta-se o caso clínico de um doente do sexo masculino, F.H.J, 29 anos de idade, raça caucasiana, que recorre ao serviço de urgência por quadro clínico com um dia de evolução, caracterizado por febre, 37.6ºC, anorexia (17 DE IMC), relato de dor abdominal, tipo moinha, localizada na fossa ilíaca direita, sem irradiação e vómitos alimentares (05 VEZES ao dia), náuseas. O doente não apresenta alterações do trânsito intestinal nem queixas urinárias, negando sintomatologia prévia. No exame objetivo não apresenta alterações em sistema respiratório e cardíaco. Apresentava um abdómen globoso, levemente rigído, timpânico, com dor à palpação na fossa ilíaca direita, e sinal de Blumberg positivo. Sem outras alterações relevantes. Refere dificuldade em manter sono durante toda noite, alimentação precária, com muita náuseas após alimentação. Tem dificuldade de se manter sentado em virtude dar em região abdominal. Refere em história que possui alergia a alguns medicamentos e já apresentou edema em pálpebra ao contato com alguns produtos de borracha. Refere ainda consumo de bebidas alcoólicas diariamente e ser tabagista. Pré-operatoriamente foi colocada a hipótese de apendicite aguda
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