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Princípios Cirúrgicos

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Princípios Cirúrgicos: 
A cirurgia e uma disciplina cercada de 
princípios que acabaram evoluindo 
conforme processos de pesquisas e 
tentativas e erros. 
A cirurgia atual acaba sendo guiada por 
um conjunto de princípios onde acabou 
desenvolvendo-se a partir de pesquisas 
básicas e erros, no qual a sua maioria 
acaba sendo aplicável dentro do campo. 
Não se importa a parte do corpo onde são 
postos em práticas os princípios, podendo 
ocorrer modificações caso o paciente seja 
portador de condições medicas que levem 
a essa alteração. 
A resolução de se fazer uma cirurgia deve-
se provir do exame cuidadoso do 
paciente, sendo necessário identificar 
sinais e sintomas e os dados dos 
diagnósticos que estão disponíveis com 
base na sua experiencia clínica. 
Princípios cirúrgicos de uma exodontia 
simples: 
 Avaliação Clínica; 
 Indicações e contraindicações; 
 Exames complementares; 
 Manobras Cirúrgicas e os 
Complementos; 
 Princípios mecânicos do uso de 
alavancas e fórceps; 
 Cuidado trans e pós operatório; 
 Processo cicatricial; 
Quando e necessário realizar um 
procedimento cirúrgico por conta da 
 
 
biossegurança e para que seja evitado a 
contaminação cruzada daquele paciente e 
necessário seguir alguns tempos 
cirúrgicos, sendo eles: 
Tempos Cirúrgicos: 
 Paramentação; 
 Antissepsia intra e extraoral; 
 Afastamento de tecidos moles; 
 Anestesia; 
 Diérese incisa: corte; 
 Diérese romba: descolamento dos 
tecidos; 
 Aspiração; 
 Agressão de tecidos moles; 
 Remoção de osso (somente se 
necessário); 
 Procedimento cirúrgico; 
 Regularização de tecido ósseo; 
 Curetagem; 
 Hemostasia; 
 Toilet de feridas cirúrgicas; 
 Síntese; 
Hemostasia: 
Controle da perda excessiva de sangue 
durante um procedimento cirúrgico acaba 
sendo necessário para preservar a 
capacidade do paciente de transportar 
oxigênio, sendo necessário sua 
manutenção durante o procedimento 
cirúrgico. 
Com o seu controle pode-se aumentar o 
campo de visibilidade, devido a redução e 
controle da perda de sangue. 
 
Higienização das Mãos: 
Esse procedimento tem como objetivo 
remover os microrganismos que estão 
colonizando a camada da superficial da 
pele, microbiota transitória e redução da 
microbiota residente daquele indivíduo. 
E importante recordar que antes de iniciar 
a lavagem de mãos e necessário que seja 
removido os acessórios, como: 
 Anéis; 
 Pulseiras; 
 Relógios; 
Durante o processo de calçar as luvas 
cirúrgicas estéreis e importante que o 
profissional não possua nenhum desses 
acessórios. 
O processo de higienização deve durar de 
40-60 segundos durante a lavagem para 
um procedimento mais simples, em casos 
de procedimentos cirúrgicos o processo 
de higienização acaba sendo mais 
demorado, girando em torno de 3-5 
minutos de higienização. 
OBS: não se pode usar papeis recicláveis 
para realizar a secagem das mãos, sendo 
esses proibidos pela ANVISA. 
A higienização das mãos já vai ser 
necessário quando se for iniciar o turno de 
atendimentos, assim que chegar na clinica 
e importante que seja feito a primeira 
lavagem. 
Formas de Contaminação: 
Pode ocorrer por contato direto ou 
indireto com superfícies, ambientes e 
objetos. 
 
OBS: para abertura das embalagens não e 
necessário o uso de luvas, mas e 
necessário que o auxiliar esteja com as 
mãos adequadamente higienizadas antes 
de entrar em contato com os materiais 
que se encontram embalados; 
Bacteremia Transitória: consiste em 
colônias de bactérias presente na camada 
superficial da pele, sendo facilmente 
removidas pela técnica de higienização, 
podendo ser facilmente adquiridas 
durante o cuidado com os pacientes. 
Bacteremia Residente: ocorre 
colonizações de camadas mais profundas 
da pele, sendo elas resistentes as técnicas 
de higienização. Sendo composta ´por 
bactérias que estão em equilíbrio com o 
hospedeiro, podendo ser patogênicas ou 
potencialmente patogênicas. 
Formas de Higienização: 
Anotações: 
 
 
Relembrando: 
Assepsia: tentativa de manter o paciente, 
equipe e objetos livres de um possível 
agente causador de infecções. 
Antissepsia: possui objetivo de impedir a 
multiplicação de microrganismos capazes 
de causar infecções, reduzindo o número 
de M.O presentes, sendo realizado em 
tecidos vivos. 
Desinfecção: possui como objetivo impedir 
o processo de multiplicação de 
microrganismos que possuem uma 
capacidade de causar infecção, ocorrendo 
a redução de microrganismos, esse 
processo acaba sendo realizado em 
objetos inanimados. 
Esterilização: destruição de todas as 
formas de vida microbiana, sendo 
bactérias em forma esporuladas, 
vegetativas, fungos e até vírus. 
 Oxido de Etileno (gás); 
 Raios Gama; 
 Autoclave; 
Anotações: 
 
Antissépticos: 
 Clorexidina 2%: vai ser usada para 
antissepsia extraoral, no qual deve 
seguir da linha média até a região de 
ângulo mandibular, onde deve subir 
até a região do nariz fazendo o 
mesmo movimento, sendo 
realizada com gaze estéril e com a 
pinça Allis; 
 Clorexidina 0,12%: vai ser usado para 
antissepsias intraorais, no qual vai 
ser entregue ao paciente um copo 
com a substancia que deve ser 
bochechada por 1 minuto, sendo 
essa a primeira antissepsia que deve 
ser realizada no paciente. 
Importante: 1° intraoral posteriormente 
extraoral; 
O Iodo elimina um espectro maior de 
bactérias, sendo mais que a clorexidina, 
porém possui um tempo de duração de 4-
6 horas, apresenta ainda uma maior 
dificuldade para remoção da estrutura 
facial do paciente. 
A Clorexidina pode ficar na face do 
paciente por cerca de 12 horas, tendo um 
maior tempo de ação, onde vai secar e 
acaba grudando na pele do paciente, 
tendo um aumento do tempo de ação e 
proteção daquele paciente no pós-
operatório. 
Quando se fala de objetos inanimados e 
necessário realizar uma desinfecção, 
sendo usado desinfetantes em 
determinadas superfícies e álcool 70%. 
Sequência de Paramentação: 
Após a higienização das mãos o 
profissional deve realizar o processo de 
paramentação, no qual vai realizar: 
 Prender o cabelo com elástico e 
calçar o propé; 
 Lavar as mãos e rosto por 20s; 
 Vestir o avental impermeável (40g); 
 Mascara N95 + comum; 
 Gorro; 
 Óculos de proteção / faceshield; 
 Luvas cirúrgicas; 
Calçando as Luvas Cirúrgicas: 
1°: o tamanho da luva escolhida deve se 
encaixar perfeitamente sob a mão do 
operador, no qual a embalagem externa e 
possível que o auxiliar retire, após aberta 
somente o operador pode manusear a 
embalagem presente no interior; 
2°: A embalagem deve ser posicionada e 
aberta de frente para a pessoa que irar 
fazer a utilização; 
3°: Pegar o primeiro par de luvas e esticar 
sem tocar na parte dos dedos e na parte 
coberta pela borda; 
4°: Aprender com o dedo indicador e 
polegar a luva; 
5°: puxar a luva na mão, sendo importante 
realizar esse movimento rotacionando 
para que não dobre a borda da luva e 
impossibilite o seu ajuste. 
6°: Calçou a 1° luva; 
7°: Deve deslizar a mão parcialmente (com 
três dedos, sem tocar o polegar) calçando 
a luva, sobre a borda da segunda luva. 
8°: Com os dedos posicionados na parte 
interna da borda da luva e necessário 
realizar os movimentos de puxar por 
dentro da borda, realizando movimentos 
de rotação para não perder ou enrolar 
essa borda. 
9°: Com as duas luvas já calçadas, e 
necessário realizar movimentos de ajustes 
(caso seja preciso). 
10°: deslizar os dedos com a mão calçada 
para desfazer a bainha da luva; 
Após as luvas calçadas o operador só 
pode entrar em contato com superfícies 
estéreis e a cavidade bucal do paciente. 
 
Anotações: 
 
Sequência de Paramentação do Paciente: 
 Propé; 
 Avental; 
 Gorro; 
 Óculos de proteção; 
 Prender o campo com a pinça 
Backhaus; 
Sequência de Desparamentação: 
 Remover a luva cirúrgica; 
 Remover o avental; 
 Remover o protetor facial/óculos;Lava-los com água e sabão; 
 Lavar as mãos; 
 Remover touca e mascara em 
movimentos únicos, tocando 
apenas no centro; 
OBS: para pessoas que fazem o uso de 
óculos de proteção e indicado realizar a 
lavagem do rosto, para que seja retirado 
qualquer aerossol ou bactéria oriunda 
daquele procedimento. 
OBS: em cada passo da desparamentação 
e importante higienizar as mãos com água 
e sabão. 
Anotações: 
 
 
Instrumentos Cirúrgicos: 
Pinça Allis: usada para fazer a apreensão 
da gaze no momento da antissepsia 
extraoral; 
Pinça Pean: usada para fazer a antissepsia 
extraoral, mas não e disponibilizada no kit 
clinico; 
Pinça Backhaus: e ultimada para fazer 
apreensão do campo cirúrgico na roupa 
do paciente, fixando o tecido estéril para 
que seja realizado o procedimento; 
 
 
Afastador Minessota: usado para afastar a 
mucosa do retalho, melhorando a 
visibilidade do local, sendo o afastador 
mais usado; 
Afastador de Farabeuf: acaba sendo usado 
para afastar as regiões de mucosa, 
aumentando a visibilidade do local. 
Afastador de Língua Bruenings: usado para 
afastar a língua do paciente durante o 
procedimento, para que o procedimento 
ocorra com o mínimo de empecilhos 
possíveis; 
Cânula Metálica para Aspiração: usada para 
remoção dos resíduos que são oriundos 
do procedimento cirúrgico; 
 
 
 
Cabo de Bisturi N°03: acaba sendo o mais 
utilizado para adaptar a lâmina de bisturi, 
sendo usado para realizar a diérese incisa, 
sendo usado para fazer incisões na 
mucosa. 
Lâminas de Bisturi: dentro da odontologia 
e mais usada a lâmina n° 15 e a 15c para 
procedimentos mais delicados. Pode-se 
usar ainda a lâmina n°12 que é semelhante 
a uma unha de gato, sendo boa para 
remoção de suturas e cunhas. A lâmina n° 
11 e usada mais para incisão e 
engrenagem. 
 
Descolador de Molt: a parte pontiaguda 
acaba sendo usada para inicio do 
procedimento onde vai descolar a papila 
gengival, e a parte mais larga e 
arredondada e usada para continuar esse 
descolamento, sendo usado mais na 
diérese romba. 
Descolador de Freer: usado para realizar o 
descolamento de mucosa do tecido 
ósseo, sendo usado também na diérese 
romba; 
Cureta de Molt: usada durante a diérese 
romba; 
Pinça Dietrich: apreensão de tecidos mole, 
sendo uma pinça atraumática e acaba 
sendo a mais utilizada. 
Pinça dente de rato: usada para apreensão 
de tecidos mole, tendo uma maior 
firmeza. 
 
 
 
 
Pinça de Adson: usada para aprender 
tecidos moles, sendo mais delicada, acaba 
sendo usado para estabilizar o tecido para 
sutura; 
Alveolótomo: usado para remoção óssea; 
Lima de Osso: remoção de osso com 
realização de raspagem; 
Alavanca Seldin Reta: 
 
 
 
 
 
Alavanca Seldin Curva R:usada para 
luxação e expansão alveolar, antes da 
extração, sendo usada para o lado direito; 
Alavanca Seldin Curva L: usada para 
luxação e expansão alveolar, antes da 
extração, sendo usada para o lado 
esquerdo; 
 
Alavanca Heidbrink: 
Alavanca Pott: semelhante a Seldin, 
mudando somente a sua empunhadura, e 
quanto maior a haste maior e a alavanca, 
tendo uma força maior podendo até 
fraturar a tuberosidade da maxila; 
 
 
Fórceps 150: usado para exodontias de 
pré-molares, caninos e incisivos 
superiores; 
Fórceps 151: usado para exodontias de 
dentes anteriores inferiores, pré-molares, 
incisivos e caninos; 
Fórceps 65: usado para exodontias de 
incisivos e raízes superiores; 
Fórceps 16: usado para exodontia de 
molares inferiores; 
Fórceps 17: usado para exodontia de 
molares inferiores, se diferenciado do 16 
pois se encaixa na furca do dente; 
Fórceps 18: usado para exodontia de 
molares superiores, variando em L 
(esquerdo) e R (direito); 
Cureta de Lucas: usada para realizar 
curetagem após procedimento de 
exodontia; 
 
 
 
Pinça de Halstead: usada para controle da 
homeostasia, prendendo vasos e tecidos; 
Porta Agulha de Mayo: usado na etapa de 
síntese, possui uma maior estabilidade da 
agulha devido a presença de ranhuras na 
sua ponta; 
Referência: 
1. HUPP, James R.; III, Edward E.; 
TUCKER, Myron R. Cirurgia Oral e 
Maxilofacial Contemporânea. 
2. Imagens: google imagens, 2022 
 
Fórceps 18 L 
Fórceps 18 R

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