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5454 AA p p o o i i o o M M a a n n u u t t e e n n ç ç ã ã o o d d e e t t r r a a n n s s f f o o r r m m a a d d o o r r e e s s As As principais principais avarias avarias em em transformadorestransformadores dizem respeito a deciências dos enrolamentosdizem respeito a deciências dos enrolamentos sejam por má compactação das bobinas,sejam por má compactação das bobinas, por assimetrias existentes entre primário epor assimetrias existentes entre primário e secundário ou deformação das bobinas causadasecundário ou deformação das bobinas causada por curto-circuito. São signicativas também aspor curto-circuito. São signicativas também as solicitações térmicas e dielétricas, provocandosolicitações térmicas e dielétricas, provocando a alteração das características elétricas e físico-a alteração das características elétricas e físico- químicas dos seus materiais isolantes. Istoquímicas dos seus materiais isolantes. Isto implica “envelhecimento” de parte ou de todaimplica “envelhecimento” de parte ou de todaa isolação. Os estágios avançados do processoa isolação. Os estágios avançados do processo produzem sedimentos oriundos da oxidação,produzem sedimentos oriundos da oxidação, que, em última análise, podem comprometer aque, em última análise, podem comprometer a operação do operação do transformadortransformador.. A A ocorrência ocorrência de de falhas falhas no no funcionamento funcionamento dede um transformador não pode ser eliminada, masum transformador não pode ser eliminada, mas sim reduzida a um número e a uma intensidadesim reduzida a um número e a uma intensidade que não causem danos ao sistema elétrico, porque não causem danos ao sistema elétrico, por meio de equipamentos e métodos utilizadosmeio de equipamentos e métodos utilizados para seu controle.para seu controle. O O bom bom funcionamento funcionamento de de um um transformadortransformador depende de uma série de fatores, os quaisdepende de uma série de fatores, os quais podem ser resumidos na maneira pelapodem ser resumidos na maneira pela qual é feita a sua manutenção e proteção,qual é feita a sua manutenção e proteção, assim como também na qualidade dos seusassim como também na qualidade dos seus Por Marcelo Paulino*Por Marcelo Paulino* Capítulo IIICapítulo III Anorma Anormalidadlidades em es em transftransformadoresormadores de potênciade potência componentes. Vcomponentes. Vale ressaltar que ale ressaltar que as instalaçõesas instalações e os transformadores em operação tême os transformadores em operação têm envelhecido de uma forma geral, tornando-osenvelhecido de uma forma geral, tornando-os suscetíveis a falhas. A seguir são apresentadossuscetíveis a falhas. A seguir são apresentados alguns dados.alguns dados. Figura 1 – Transformadores de 110/220 KV na AlemanhaFigura 1 – Transformadores de 110/220 KV na Alemanha.. Figura 2 – Faixa etária de transformadores no Brasil.Figura 2 – Faixa etária de transformadores no Brasil. 5555 A A p p o o i i o o Estatística de ocorrênciaEstatística de ocorrência PPara ara a a denição da denição da estratégia de estratégia de manutenção a manutenção a serser adotada é adequada a obtenção de informações referentesadotada é adequada a obtenção de informações referentes ao estado dos equipamentos da instalação, separados emao estado dos equipamentos da instalação, separados em classicaçõeclassicações que permita a s que permita a análise dos defeitos e respectivasanálise dos defeitos e respectivas ocorrências. A seguir serão apresentados diversos estudosocorrências. A seguir serão apresentados diversos estudos que mostram, além dos tipos de falhas, a classicação deque mostram, além dos tipos de falhas, a classicação de ocorrências. ocorrências. TTais estudos ais estudos são aqui são aqui apresentados apenas comoapresentados apenas como exemplos do estabelecimento do processo de denição dasexemplos do estabelecimento do processo de denição das anormalidadeanormalidades s em transformadores. Informações em transformadores. Informações adicionaisadicionais devem ser buscadas devem ser buscadas na referência bibliográca.na referência bibliográca. Os Os trabalhos trabalhos de de diagnóstico diagnóstico foram foram desenvolvidosdesenvolvidos a partir da coleta e da análise de dados acerca dosa partir da coleta e da análise de dados acerca dos registros operacionais dos equipamentos, condiçõesregistros operacionais dos equipamentos, condições circunstanciais das ocorrências, análises de materiais emcircunstanciais das ocorrências, análises de materiais em laboratórios especializados e inspeções realizadas emlaboratórios especializados e inspeções realizadas em campo e em fábrica durante o processo de campo e em fábrica durante o processo de desmontagemdesmontagem de cada um deles. Os resultados aqui obtidos visamde cada um deles. Os resultados aqui obtidos visam contribuir com o aprimoramento de técnicas paracontribuir com o aprimoramento de técnicas para diagnóstico e caracterização de falhas de equipamentos,diagnóstico e caracterização de falhas de equipamentos, classicando a suscetibilidade de transformadores declassicando a suscetibilidade de transformadores de diferentes tipos de aplicação e suas falhas.diferentes tipos de aplicação e suas falhas. Estatística de defeito – Estudo de caso 1Estatística de defeito – Estudo de caso 1 Neste trNeste trabalho abalho são relacsão relacionados e ionados e descritos descritos osos principais modos de falha normalmente vericados emprincipais modos de falha normalmente vericados em transformadotransformadores, associados res, associados ao levantamento estatístico queao levantamento estatístico que compõe um banco de dados compõe um banco de dados elaborado a partir de períciaselaborado a partir de perícias realizadas entre os anos de 2000 e 2008 para companhiasrealizadas entre os anos de 2000 e 2008 para companhias seguradoras. É apresentada (por BECHARA) e desenvolvidaseguradoras. É apresentada (por BECHARA) e desenvolvida uma análise de falhas vericadas em cerca de uma uma análise de falhas vericadas em cerca de uma centenacentena de transformadores com diferentes tipos de aplicação,de transformadores com diferentes tipos de aplicação, classes de tensão e classes de tensão e níveis de potência. O objetivo do estudoníveis de potência. O objetivo do estudo é contribuir com um melhor entendimento de causas deé contribuir com um melhor entendimento de causas de falhas e os tipos de falhas e os tipos de transformadotransformadores mais suscetíveis a cadares mais suscetíveis a cada uma delas. Um extrato desse trabalho é agora apresentado.uma delas. Um extrato desse trabalho é agora apresentado. Os Os transformadores transformadores inspecionados inspecionados são são utilizadosutilizados por concessionárias de energia elétrica do sistemapor concessionárias de energia elétrica do sistema elétrico brasileiro, tendo sido fabricados por empresaselétrico brasileiro, tendo sido fabricados por empresas nacionais e estrangeiras. A Tabela 1 mostra o conjuntonacionais e estrangeiras. A Tabela 1 mostra o conjunto de equipamentos analisados. Os critérios de arranjo dosde equipamentos analisados. Os critérios de arranjo dos dados da Tabela 1 teve por base a análise dos dados dedados da Tabela 1 teve por base a análise dos dados de manutenção e resultado de ensaios conforme o roteiromanutenção e resultado de ensaios conforme o roteiro de investigação de cada caso. A Tabela 2 classica osde investigação de cada caso. A Tabela 2 classica os principais tipos de falhas nos transformadores.principais tipos de falhas nos transformadores. 5656 AA p p o o i i o o M M a a n n u u t t e e n n ç ç ã ã o o d d e e t t r r a a n n s s f f o o r r m m a a d d o o r r e e s s T T ABELAABELA 1 – C 1 – C ONJUNTOONJUNTO DEDE TRANSFORMADORESTRANSFORMADORES DEDE POTÊNCIAPOTÊNCIA ANALISADOS ANALISADOS TipoTipo ElevadorElevador TransmissãoTransmissão SubtransmissãoSubtransmissão Número de unidadesNúmero de unidades 2323 2222 4747 9292 Classe de tensão (kV)Classe de tensão (kV) 69, 138, 230, 345, 440, 55069, 138, 230, 345, 440, 550 230, 345, 440, 550, 765230, 345, 440, 550, 765 69, 88, 13869, 88, 138 Potência (MVA)Potência (MVA) Até 418,5Até 418,5 Até 550Até 550 Até 60Até 60 TOTALTOTAL T T ABELA ABELA 2 – L 2 – LEVANTAMENTOEVANTAMENTO ESTATÍSTICOESTATÍSTICO DEDE FALHASFALHAS EMEM TRANSFORMADORESTRANSFORMADORES DEDE POTÊNCIAPOTÊNCIA FALHAFALHA TiposTipos ElevadoresElevadores TransmissãoTransmissão SubtransmissãoSubtransmissão TOTALTOTAL Defeito deDefeito de fabricaçãofabricação 22 44 11 7 7 Comutador Comutador 00 33 88 1111 ManobraManobra VFT VFT 66 00 44 1010 BuchasBuchas 44 44 11 99 DescargaDescarga Atm Atmosfosfériéricaca 11 00 11 22 ManutençãoManutenção inexistenteinexistente inadequadainadequada 00 00 33 3 3 CurtoCurto circuitocircuito externoexterno 00 66 1616 2222 EnxofreEnxofre corrosivocorrosivo 22 00 00 22 Envelhe-Envelhe- cimentocimento 44 00 77 1111 ComponentesComponentes Sobretensões transitóriasSobretensões transitórias DefeitoDefeito após reparoapós reparo 11 22 22 5 5 NãoNão apuradoapurado 22 33 44 99 Com Com o o objetivo objetivo de de obter obter parâmetros parâmetros de de referência referência dede falhas para os transformadores analisadosfalhas para os transformadores analisados, a Figura 3 mostra, a Figura 3 mostra os modos de falha mais signicativos pela quantidade paraos modos de falha mais signicativos pela quantidade para cada tipo de transformador. Vale ressaltar que do conjuntocada tipo de transformador. Vale ressaltar que do conjunto de dados em estudo, 50% dos transformadores pertencemde dados em estudo, 50% dos transformadores pertencem ao sistema de substransmissão. Portanto, a incidência dasao sistema de substransmissão. Portanto, a incidência das falhas nesse sistema terá um peso maior na análise defalhas nesse sistema terá um peso maior na análise de todo o conjunto, como a percentagem de curtos-circuitostodo o conjunto, como a percentagem de curtos-circuitos externos, conforme mostrado na Figura 4.externos, conforme mostrado na Figura 4. Figura 4 – Porcentagem de falhas eFigura 4 – Porcentagem de falhas em transformadores.m transformadores. Figura 3 – Tipos e Figura 3 – Tipos e quantidade de falhas identicadas nos transformadores.quantidade de falhas identicadas nos transformadores. A A análise análise do do item item mais mais suscetível suscetível a a falhas falhas é é mostradamostrada na Figura 5. Nela pode-se notar que as bobinas são ana Figura 5. Nela pode-se notar que as bobinas são a maior fonte de problemas no transformador, com 70%maior fonte de problemas no transformador, com 70% das ocorrências, seguida de comutadores (16,3%) edas ocorrências, seguida de comutadores (16,3%) e buchas (10,9%).buchas (10,9%). Estatística de defeito – Estudo de caso 2Estatística de defeito – Estudo de caso 2 O O trabalho trabalho desenvolvido desenvolvido por por Souza Souza teve teve o o objetivoobjetivo de estudar as falhas e os defeitos ocorridos emde estudar as falhas e os defeitos ocorridos em transformadores de potência de 34,5 kV, 69 kV, 138 kVtransformadores de potência de 34,5 kV, 69 kV, 138 kV e 230 kV do sistema elétrico da Companhia Energéticae 230 kV do sistema elétrico da Companhia Energética de Goiás (Celg), referente ao período de 28 anos (1979de Goiás (Celg), referente ao período de 28 anos (1979 a 2007). O desenvolvimento da pesquisa baseou-se naa 2007). O desenvolvimento da pesquisa baseou-se na identicação das partes dos transformadores que foramidenticação das partes dos transformadores que foram analisadas e divididas em blocos, na caracterização eanalisadas e divididas em blocos, na caracterização e na análise dos pontos de falhas e de defeitos detectadosna análise dos pontos de falhas e de defeitos detectados nestes equipamentos relativos às interrupções. A seguirnestes equipamentos relativos às interrupções. A seguir são apresentados alguns resultados obtidos.são apresentados alguns resultados obtidos. Souza Souza apresenta apresenta neste neste estudo estudo o o registro de registro de 549549 interrupções de serviço, no período de dezembro deinterrupções de serviço, no período de dezembro de 1979 a maio de 2007, ocorridas em 21979 a maio de 2007, ocorridas em 255 transformadores55 transformadores e autotransformadores (trifásicos ou bancos trifásicos),e autotransformadores (trifásicos ou bancos trifásicos), Figura 5 – Componente afetado pelas falhas em transformadores.Figura 5 – Componente afetado pelas falhas em transformadores. 5858 AA p p o o i i o o M M a a n n u u t t e e n n ç ç ã ã o o d d e e t t r r a a n n s s f f o o r r m m a a d d o o r r e e s s ou seja, muitos dos equipamentos sofreram mais de umaou seja, muitos dos equipamentos sofreram mais de uma ocorrência.ocorrência. A A seguir seguir são são analisados analisados os os dados dados de de interrupções interrupções dede serviço, não considerando o sistema de proteção, noserviço, não considerando o sistema de proteção, no período de 09/12/1979 a 25/05/2007, ou seja, proteçõesperíodo de 09/12/1979 a 25/05/2007, ou seja, proteções não inerentes ao equipamento (relé de distância, relénão inerentes ao equipamento (relé de distância, relé de religamento em circuito de CA, relé de frequência,de religamento em circuito de CA, relé de frequência, relé de sobretensão, relé de sobrecorrente) e proteçõesrelé de sobretensão, relé de sobrecorrente) e proteções inerentes dos equipamentos (relé de temperatura do óleo,inerentes dos equipamentos (relé de temperatura do óleo, relé de pressão, relé Bucchholz/gás, relé diferencial, relérelé de pressão, relé Bucchholz/gás, relé diferencial, relé de bloqueio, válvula de alívio, nível de óleo, termômetrode bloqueio, válvula de alívio, nível de óleo, termômetro do óleo e termômetro do enrolamento).do óleo e termômetro do enrolamento). A Figura A Figura 6 mostra o 6 mostra o número absoluto denúmero absoluto de transformadores e autotransformadores por ano e portransformadores e autotransformadores por ano e por classe de tensão, pertencentes às classes de tensão declasse de tensão, pertencentes às classes de tensão de 34,5 kV, 69 kV, 138 kV e 230 kV, na qual se observa que34,5 kV, 69 kV, 138 kV e 230 kV, na qual se observa que houve um crescimento do número de equipamentos nohouve um crescimento do número de equipamentos no decorrer dos anos.decorrer dos anos. A A Figura Figura 7 7 apresenta apresenta o o percentual percentual de de interrupçõesinterrupções em transformadores e autotransformadores versusem transformadores e autotransformadores versus componentes. A gura evidencia que os componentescomponentes. A gura evidencia que os componentes mais atingidos foram os enrolamentos (34%), as buchasmais atingidos foram os enrolamentos (34%), as buchas (14%) e os comutadores (20%), sendo 10% para o OLTC(14%) e os comutadores (20%), sendo 10% para o OLTC T T ABELA ABELA 3 – Q 3 – QUANTIDADEUANTIDADE DEDE EQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOS PORPOR FAIXAFAIXA TRIFÁSICATRIFÁSICA NOMINALNOMINAL EE PORPOR TENSÃOTENSÃO NOMINALNOMINAL TTensão ensão nominal nominal 34,5 kV34,5 kV 69 kV69 kV 138 kV138 kV 230 kV230 kV Total Total MENORMENOR 0,150,15 11 77 3636 MAIORMAIOR 1212 2020 62,562,5 150150 Número total de equipamentosNúmero total de equipamentos (trifásicos ou bancos)(trifásicos ou bancos) 106106 7979 5353 1717 255 255 Potência trifásicaPotência trifásica Figura 6 – Número de transformadores e autotransformadores por ano e por classe de tensão.Figura6 – Número de transformadores e autotransformadores por ano e por classe de tensão. Figura 7 – Interrupções em transformadores e autotransformadoresFigura 7 – Interrupções em transformadores e autotransformadores versus componentes.versus componentes. (comutadores com carga) e 10% para comutadores sem(comutadores com carga) e 10% para comutadores sem tensão.tensão. Assim, as interrupções associadas a estes trêsAssim, as interrupções associadas a estes três componentes representam, juntas, 68% do total, e o itemcomponentes representam, juntas, 68% do total, e o item componente não identicado (11%) refere-se àquelescomponente não identicado (11%) refere-se àqueles equipamentos dos quais não se obtiveram registrosequipamentos dos quais não se obtiveram registros conáveis e/ou exatos das ocorrências.conáveis e/ou exatos das ocorrências. 5959 Figura 8 – Incidência de problemas eFigura 8 – Incidência de problemas em transformadores (em %).m transformadores (em %). Estatística de defeito – Estudo de caso 3Estatística de defeito – Estudo de caso 3 A A título título de de ilustração, ilustração, a a Figura Figura 8 8 apresenta apresenta umum levantamento estatístico, realizado por um grandelevantamento estatístico, realizado por um grande usuário, da incidência de problemas nas diversas partesusuário, da incidência de problemas nas diversas partes do do transformadortransformador.. Aná Análilise se de de anoanormrmalialidaddadeses Analisa-se, Analisa-se, a a seguir, seguir, algumas algumas das das anormalidadesanormalidades de ocorrência mais comuns, seus efeitos e suasde ocorrência mais comuns, seus efeitos e suas causas básicas. Via de regra, as seguintes condiçõescausas básicas. Via de regra, as seguintes condições são responsáveis pelos problemas a seguir:são responsáveis pelos problemas a seguir: • • Sobretemperatura: Sobretemperatura: sobretemperaturas sobretemperaturas podempodem ser causadas por sobrecorrentes, sobretensões,ser causadas por sobrecorrentes, sobretensões, resfriamento insuficiente, nível reduzido doresfriamento insuficiente, nível reduzido do óleo, depósito de sedimentos no transformador,óleo, depósito de sedimentos no transformador, temperatura ambiente elevada, ou curto-circuitotemperatura ambiente elevada, ou curto-circuito entre enrolamentos. Em transformadores a seco,entre enrolamentos. Em transformadores a seco, esta condição pode ser devido a dutos de ventilaçãoesta condição pode ser devido a dutos de ventilação entupidos.entupidos. • Falha em contatos internos: o transformador• Falha em contatos internos: o transformador possui diversas conexões internas interligadas porpossui diversas conexões internas interligadas por elementos fixos, como conectores e parafusos, alémelementos fixos, como conectores e parafusos, além de dispositivos móveis. A falha nesses componentesde dispositivos móveis. A falha nesses componentes resulta na deficiência do contato e aumento daresulta na deficiência do contato e aumento da densidade de corrente nas partes condutoras, comdensidade de corrente nas partes condutoras, com consequente sobreaquecimento. Causados porconsequente sobreaquecimento. Causados por montagem incorreta, baixa qualidade dos materiaismontagem incorreta, baixa qualidade dos materiais ou solicitações mecânicas devido a eventos de altaou solicitações mecânicas devido a eventos de alta corrente no transformador, essa ocorrência tende acorrente no transformador, essa ocorrência tende a evoluir de um defeito para uma falha.evoluir de um defeito para uma falha. • Falha de isolamento: este defeito se constitui• Falha de isolamento: este defeito se constituiem uma falha do isolamento dos enrolamentosem uma falha do isolamento dos enrolamentos do transformador; pode envolver faltas fase-terra,do transformador; pode envolver faltas fase-terra, fase-fase, trifásicas com ou sem contato para afase-fase, trifásicas com ou sem contato para a 6060 AA p p o o i i o o M M a a n n u u t t e e n n ç ç ã ã o o d d e e t t r r a a n n s s f f o o r r m m a a d d o o r r e e s s terra ou curto-circuito entre espiras. A causa destasterra ou curto-circuito entre espiras. A causa destas falhas de isolamento podem ser curtos-circuitos,falhas de isolamento podem ser curtos-circuitos, descargas atmosféricas, condições de sobrecarga oudescargas atmosféricas, condições de sobrecarga ou sobrecorrentes, óleo isolante contendo umidade ousobrecorrentes, óleo isolante contendo umidade ou contaminantes.contaminantes. • • TTensão secundária incorreta: esta ensão secundária incorreta: esta condição podecondição pode ser oriunda de relação de transformação imprópria,ser oriunda de relação de transformação imprópria, tensão primária anormal e/ou curto-circuito entretensão primária anormal e/ou curto-circuito entre espiras no transformaespiras no transformador.dor. • • Descargas internas: Descargas internas: descargas internas descargas internas podem podem vir vir aa ser causadas por baixo nível de óleo que resultem naser causadas por baixo nível de óleo que resultem na exposição de partes energizadas, perda de conexões,exposição de partes energizadas, perda de conexões, pequenas falhas no dielétrico. Usualmente, descargaspequenas falhas no dielétrico. Usualmente, descargas internas acabam por se tornar audíveis e causaminternas acabam por se tornar audíveis e causam radiointerferência.radiointerferência. • • Falhas Falhas do núcleo: do núcleo: esta condição pode esta condição pode ser devido ser devido aa problemas com parafusos de fixação, abraçadeiras eproblemas com parafusos de fixação, abraçadeiras e outros.outros. • Alta corrente de excitação: usualmente, altas• Alta corrente de excitação: usualmente, altas correntes de excitação são devido a núcleo “curto-correntes de excitação são devido a núcleo “curto- circuitado” ou junções do núcleo abertas.circuitado” ou junções do núcleo abertas. • • Falha da Falha da bucha: as falhas de buchas podem serbucha: as falhas de buchas podem ser causadas por descargas devido à acumulação decausadas por descargas devido à acumulação de contaminantes sólidos e a descargas atmosféricascontaminantes sólidos e a descargas atmosféricas A ocorrência em buchas costuma causar sériosA ocorrência em buchas costuma causar sérios prejuízos com explosões e incêndios, resultando naprejuízos com explosões e incêndios, resultando na contaminação dos enrolamentos e danos generalizadoscontaminação dos enrolamentos e danos generalizados em todo transformador. No caso de explosões,em todo transformador. No caso de explosões, pedaços de porcelana podem ser lançados com riscopedaços de porcelana podem ser lançados com risco de acidentes pessoais e danos dos equipamentosde acidentes pessoais e danos dos equipamentos adjacentes. Essa ocorrência está diretamente associadaadjacentes. Essa ocorrência está diretamente associada à perda das propriedades dielétricas do isolamentoà perda das propriedades dielétricas do isolamento da bucha, com envelhecimento ou contaminaçãoda bucha, com envelhecimento ou contaminação do isolamento óleo e papel (buchas OIP) ou dodo isolamento óleo e papel (buchas OIP) ou do isolamento óleo e resina (RIP), além de degradaçãoisolamento óleo e resina (RIP), além de degradação do corpo de porcelana com trincas e rachaduras.do corpo de porcelana com trincas e rachaduras. • • Baixa rigidez dielétrica: Baixa rigidez dielétrica: esta condição pode esta condição pode serser causada por condensação e penetração de umidade,causada por condensação e penetração de umidade, devido à ventilação imprópria em transformadoresdevido à ventilação imprópria em transformadores a seco, nas serpentinas de resfriamento, nosa seco, nas serpentinas de resfriamento, nos resfriados a água, ou diafragmas de alívio de pressãoresfriados a água, ou diafragmas de alívio de pressão danificados ou, ainda, fugas ao redor dos acessóriosdanificadosou, ainda, fugas ao redor dos acessórios do transformador nos demais tipos.do transformador nos demais tipos. • Descoloração do óleo isolante: a descoloração• Descoloração do óleo isolante: a descoloração do óleo isolante deve-se, principalmente, àdo óleo isolante deve-se, principalmente, à sua carbonização devido a chaveamentos nossua carbonização devido a chaveamentos nos comutadores sob carga (LTC – Load Tap Changers),comutadores sob carga (LTC – Load Tap Changers), falha do núcleo ou contaminação.falha do núcleo ou contaminação. • • Perda de Perda de óleo isolante: a perda de óleo isolante: a perda de óleo isolanteóleo isolante em um transformador pode ocorrer pelos parafusosem um transformador pode ocorrer pelos parafusos de junções, gaxetas, soldas, dispositivos de aliviode junções, gaxetas, soldas, dispositivos de alivio de sobrepressão e outros. As principais causas são:de sobrepressão e outros. As principais causas são: montagem inadequada de partes mecânicas, filtrosmontagem inadequada de partes mecânicas, filtros impróprios, junções inadequadas, acabamento deimpróprios, junções inadequadas, acabamento de superfícies incompatíveis com o grau necessário,superfícies incompatíveis com o grau necessário, pressão inadequada nas gaxetas, defeitos no materialpressão inadequada nas gaxetas, defeitos no material utilizado e falta de rigidez das partes mecânicas.utilizado e falta de rigidez das partes mecânicas. • • Problemas com Problemas com equipamentos de equipamentos de manobra: manobra: muitosmuitos transformadores são equipados com LTCs (Load Tapstransformadores são equipados com LTCs (Load Taps Changers) e outros dispositivos de manobra. TaisChangers) e outros dispositivos de manobra. Tais transformadores podem apresentar problemas extrastransformadores podem apresentar problemas extras associados a estes dispositivos como, por exemplo,associados a estes dispositivos como, por exemplo, os oriundos do excessivo desgaste dos contatos fixosos oriundos do excessivo desgaste dos contatos fixos e móveis, sobrepercurso do mecanismo de mudançae móveis, sobrepercurso do mecanismo de mudança de taps, condensação de umidade no óleo destesde taps, condensação de umidade no óleo destes mecanismos entre outros. O desgaste excessivomecanismos entre outros. O desgaste excessivo dos contatos pode ser atribuído à perda de pressãodos contatos pode ser atribuído à perda de pressão das molas (molas fracas) ou a um tempo de esperadas molas (molas fracas) ou a um tempo de espera insuficiente durante o percurso. Problemas devidoinsuficiente durante o percurso. Problemas devido ao sobrepercurso do mecanismo de mudança deao sobrepercurso do mecanismo de mudança de taps são, usualmente, devido a ajustes incorretostaps são, usualmente, devido a ajustes incorretos dos controladores de contatos. A condensação dedos controladores de contatos. A condensação de umidade e carbonização umidade e carbonização deve-se a operação excessivadeve-se a operação excessiva ou ausência de filtragem. Outros problemas, comoou ausência de filtragem. Outros problemas, como queima de fusíveis ou parada do sistema motor, sãoqueima de fusíveis ou parada do sistema motor, são devidos a curtos-circuitos nos circuitos de controle,devidos a curtos-circuitos nos circuitos de controle, travamento de origem mecânica, ou condições detravamento de origem mecânica, ou condições de subtensão no circuito de controle.subtensão no circuito de controle. Em Em função função do do exposto exposto verifica-se verifica-se que que uma uma série série dede itens e procedimentos deve ser observada ao longoitens e procedimentos deve ser observada ao longo do histórico de operação de um transformador sobdo histórico de operação de um transformador sob pena de comprometer seu funcionamento correto.pena de comprometer seu funcionamento correto. Deste Deste modo, modo, as as rotinas rotinas de de inspeção inspeção objetivando objetivando aa manutenção preventiva aplicáveis devem possuir ummanutenção preventiva aplicáveis devem possuir um forte vínculo com os problemas de pequena monta eforte vínculo com os problemas de pequena monta e defeitos que eventualmente ocorram ao longo da vidadefeitos que eventualmente ocorram ao longo da vida útil do equipamento.útil do equipamento. ReferênciasReferências • • ALMEIDA, A. ALMEIDA, A. TT. L.; . L.; PAPAULINO M. E. ULINO M. E. C. ManutençãoC. Manutenção 6161 * MARCELO EDUARDO DE CARVALHO* MARCELO EDUARDO DE CARVALHO PAULINO é engenheiro eletricistaPAULINO é engenheiro eletricista e especialista em manutenção dee especialista em manutenção de sistemas elétricos pela Escolasistemas elétricos pela Escola Federal de Engenharia de ItajubáFederal de Engenharia de Itajubá (EFEI). Atualmente, é gerente(EFEI). Atualmente, é gerente técnico da Adimarco |mecpaulino@técnico da Adimarco |mecpaulino@ yahoo.com.br.yahoo.com.br. Continua na próxima ediçãoContinua na próxima edição Conra todos os artigos deste fascículo emConra todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.brwww.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem serDúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mailencaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.brredacao@atitudeeditorial.com.br de Transformadores de Potência.de Transformadores de Potência. Curso de Especialização emCurso de Especialização em Manutenção de Sistemas ElétricosManutenção de Sistemas Elétricos – U – UNIFNIFEI, EI, 20122012.. • WECK, K. H. Instandhaltung• WECK, K. H. Instandhaltung von Mittelspannungsnetzen,von Mittelspannungsnetzen, Haefely Symposium, StuttgartHaefely Symposium, Stuttgart 2000.2000. • SALUM, B. P. Reparar ou• SALUM, B. P. Reparar ou Adqu Adquiriiri r r um Transum Transforformadomador r Novo,Novo, CIGRE A2 – WORKSPOT, Belém,CIGRE A2 – WORKSPOT, Belém, 2008.2008. • • BECHARA, BECHARA, R. R. Análise Análise de de FalhasFalhas em Transformadores de Potência.em Transformadores de Potência. Dissertação de Mestrado, EscolaDissertação de Mestrado, Escola Politécnica da Universidade dePolitécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.São Paulo, São Paulo, 2010. • • SOUZA, SOUZA, D. C. D. C. PP. . FalhasFalhas e Defeitos Ocorridos eme Defeitos Ocorridos em Transformadores de PotênciaTransformadores de Potência do Sistema Elétrico da Celg, nosdo Sistema Elétrico da Celg, nos Últimos 28 Anos: Um Estudo deÚltimos 28 Anos: Um Estudo de Caso. Dissertação de Mestrado,Caso. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia Elétrica eEscola de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidadede Computação da Universidade Federal de Goiás/UFG, Goiânia,Federal de Goiás/UFG, Goiânia, 2008.2008. • • SANTOS, SANTOS, FF. . G. G. PP. . S.S. Transformadores de PotênciaTransformadores de Potência – – InsInspeçpeção ão e e ManManutenutençãoção,, Companhia Siderúrgica Nacional,Companhia Siderúrgica Nacional, CSN, VCSN, Volta Redonda, olta Redonda, RJ.RJ.
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