Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia em Pediatria II 1 Gabriela Monari T6 Semiologia do Tórax Inspeção Exame do tegumento: Pele e alterações Pêlos e sua distribuição Cicatrizes Fístulas Distribuição do sistema venosos Glândulas mamárias Forma do tórax: normal ou atípico Tórax em peito de pombo/careniforme: raquitismo e asma grave Tórax em sino: raquitismo Tórax em barril/tonel: doenças obstrutivas crônicas, Mucoviscidose (fibrose cística), asma de difícil controle Tórax em funil/pectus excavatum: A causa do surgimento do peito escavado não é conhecida, no entanto, é mais comum em meninos e pessoas que têm histórico familiar da malformação, e costuma estar relacionado com o crescimento excessivo da cartilagem que liga as costelas ao osso esterno. Semiologia em Pediatria II 2 Gabriela Monari T6 Assimetria: Tórax assimétrico Rosário raquítico: nódulos nas articulações condrocostais. O raquitismo é uma doença que afeta o desenvolvimento dos ossos da criança, causada principalmente pela deficiência de vitamina D, que é importante para absorção do cálcio e fósforo pelo intestino, que são minerais essenciais para a formação e desenvolvimento de ossos fortes e saudáveis Rosário do escorbuto infantil: Nas costelas, as ligações entre a cartilagem e o osso dilatam-se, formando uma fileira de nódulos chamada rosário do escorbuto. O escorbuto é causado pela falta de vitamina C no organismo. Abaulamento: derrame pleura e enfisema obstrutivo Retrações: atelectasias (Quando os alvéolos pulmonares sofrem um colapso, se fechando e ficando sem ar em seu interior) Tipos de respiração: Respiração nasal ou oral: lembrar que respiração de RN é predominantemente bucal por isso não pode obstruir boca de bebê que vai ter dificuldade respiratória. Lactente – respiração abdominal Terceiro ano – respiração torácica Terceiro ao sétimo ano – combinação tipo abdominal e torácica Sétimo ano – tipo torácico adulto Dispneia suspirosa: Inspiração profunda – ruído laríngeo. O paciente sente a necessidade de respirar profundamente (suspirar) em meio à sua respiração normal. Geralmente, ela está Semiologia em Pediatria II 3 Gabriela Monari T6 relacionada a condições emocionais, como estresse e ansiedade. Não tem sinais como tiragem intercostal, não tem batimento de asa de nariz, não tem dados semiológicos é uma falsa dispneia simulada psiquicamente pela criança devido a ansiedade Ritmo de Cantani: aumento de amplitude de inspiração e expiração, sem períodos de apneia. Tal ritmo pode ser evidenciado, por exemplo, em casos de cetoacidose diabética e de insuficiência renal. Ritmo de Cheyne-Stokes: fase de apneia e hiperpneia crescente e decrescentes. É um ritmo respiratório por um período com incursões que aumentam progressivamente de amplitude até o seu máximo, seguidas de diminuição do seu ritmo até a apneia. Ritmo de Kussmaul: fase de apneias inspiratórias e expiratórias. A respiração de Kussmaul é composta por quatro fases. A primeira, é caracterizada por inspirações ruidosas, a segunda por apneia em inspiração, a terceira por expiração ruidosa e, finalmente, a quarta, apneia em expiração. Dentre as suas possíveis causas, a principal é a vigência de acidose, com destaque para a acidose diabética, complicação possível da Diabetes Mellitus, principalmente do tipo I (DM1). Ritmo de Biot: irregularidades no intervalos, na amplitude e nas apneias. É causada por lesões cerebrais difusas, depressão do centro respiratório, lesão medular e compressão do bulbo. Crises de apneia: Na apneia ocorre a interrupção da respiração, é observada em disfunções do SNC, fadiga muscular, obstrução de vias aéreas ou distúrbio da condução neural. As apneias de origem obstrutiva apresentam mobilidade da caixa torácica, mas não há fluxo de ar. Já nas de origem central, indicação absoluta de intubação traqueal, não se observa fluxo de ar nem movimentação da caixa torácica. Correlação Clínica: batimento de asa de nariz, abdome escavado e tiragem intercostal – sinônimos que algo está repercutindo nas vias aéreas inferiores Correlação Clínica: mãe chega no consultório e diz que criança ronca muito e dorme de boca aberta e para de respirar a noite, se tiver como pedir para a mãe filmar e trazer na próxima consulta. A criança é obesa hipertrofia de adenoide que leva a uma obstrução nasal – precisa de cirurgia porque essas crises de apneia podem ser prejudiciais a oxigenação cerebral. Frequência Respiratória (FR): Semiologia em Pediatria II 4 Gabriela Monari T6 Eupneia: respiração normal Apneia: interrupção da respiração Taquipneia: respiração acelerada Bradipneia: lentidão anormal da respiração Dispneia: sensação de falta de ar, dificuldade respiratória. Amplitude Respiratória: Respiração superficial Respiração profunda: esforço respiratório para manter a respiração Tiragem Dispneia e chiado: crise de asma Dispneia e estridor (barulho da laringe): laringite estridulosa, a laringe edemaciada dificulta a passagem de ar Tosse: ➢ Seca, irritante, produtiva e úmida ➢ Tosse rouca, estridulosa, acessos ou quintas, emetizante ➢ Hemoptise Tipos de tosses mais importantes na pediatria: Tosse em quintas: mais de 5 tosses seguidas as vezes seguida de vômito – coqueluche. Ocorre geralmente no período pré-natal Hemoptise: tosse com secreção e sangue Tosse de caráter agudo que tem duração de 7/10 dias : secretiva com quadro infeccioso geralmente é pneumonia viral ou bacteriana ou laringotraquibronquite Tosse de caráter crônico: bronquiectasias, tuberculose, sinusite, fibrose cística Tosse rouca: tipo de cachorro – laringite (campeão) Tosse com sibilância: asma Tosse com estridor: laringites Tosse com piora progressiva: pneumonia Como diferencias processo infeccioso viral de bacteriano ? Se a criança tiver febre de no máximo 38º, secreção nasal esbranquiçada, olho avermelhado tosse seca irritativa que as vezes dá náusea – quadro típico viral – Síndrome gripal viral – Influenza. Febre de 38º/39º difícil abaixar com analgésico, a criança não quer comer, brincar, fica cabisbaixa, tosse secretiva com secreção amarelada/esverdeada sinais preditivos para infecção bacteriana Semiologia em Pediatria II 5 Gabriela Monari T6 Corpo estranho: índice alto em pediatria, criança chegou no PS com dificuldade respiratória independente do que você acha ou se já fez o diagnóstico SEMPRE perguntar o que a criança colocou na boca, se ingeriu algo que não pode. Intoxicação exógena em quadros não definidos em PS é frequente. Correlação Clínica: criança chega no consultório há 2 meses relatando tosse, tosse só a noite, deita-se e começa a tossir. Mãe conta que já usou 8 tipos de xarope. Tirar história alérgica da criança e como é o ambiente da criança de dormir que são dois pontos fundamentais da anamnese. Perguntar história familiar sobre alergias, asma (determinante genéticos) e rinite. Se na família não tem esses antecedentes pessoas – tosse crônica não adiantar usar medicação sintomática é necessário tratar a causa da tosse – a maior causa de tosse crônica no período noturno é rinosinusite as secreções dos seios da face começam a descer para a garganta pedir RX da face e antibioticoterapia Semiologia em Pediatria II 6 Gabriela Monari T6 Palpação Paciente de preferência em pé ou sentado Usar a mesma mão e o mesmo local nas manobras palpatórias. Comparação simultânea dos dois lados Elasticidade do tórax: Região infraclavicular Região infra escapular Região interescapular Mamária Hipocôndrios Expansibilidade do tórax Impulso de corrente de ar expirado: Hiperpneia Hipopneia Frêmito Tóraco Vocal – FTV Exameda Mama: Tumefação mamária Telarca Ginecomastia Percussão Consiste na vibração dos tecidos desde o tegumento até a profundidade dos órgãos, permitindo obter sons e ruídos normais e patológicos torácicos e sua delimitação. Os sons obtidos no tórax dependem: Do volume de ar Da densidade Da tensão dos tecidos Coração: área de submacicez Espaço de Traube: área de timpanismo entre o sexto e o 10º EIE, no sentido de fora par dentro. Limite superior do fígado: 5º EIE Limites inferiores dos pulmões: Som claro atimpânico – face anterior Limites inferiores dos pulmões: Submacicez: Consolidação parenquimatosa pulmonar Macicez: derrame pleural, pneumotórax hipertensivo, atelectasias Hipersonoridade: enfisema pulmonar Limites inferiores dos pulmões: Timpanismo: pneumotórax não hipertensivo Ruido de panela rachada: quando a criança grita Ausculta Semiologia em Pediatria II 7 Gabriela Monari T6 Compreende a audição de ruídos normais e anormais do aparelho respiratório durante as fases inspiratórias e expiratórias da respiração, articulação das palavras e a tosse. Ruídos Normais: Murmúrio vesicular Ruídos Anormais: Sopro tubário: ruído intenso inspiratório e expiratório. Condensações e cavidades Ruídos adventícios: Origem pleural: atrito Brônquica: estertores secos. Bronquiolar e pulmonar: estertores úmidos Estertores secos: Roncos e sibilos são provocados por estenose ou obstrução parcial da luz brônquica por edema, secreção, compressão Roncos: Estenose ou secreção aderida em brônquios de grande calibre. Sibilos: São produzidos por edema nas mucosas, secreção espessa aderida a parede ou espasmo da musculatura brônquica. Estertores úmidos: Crepitantes e subcrepitantes ➢ Crepitantes: Deslocamento das paredes alveolares a inspiração, determinado pelo líquido neles existente. ➢ Subcrepitantes: Ar nestes condutos em mistura com líquidos. Ruídos traqueais e nasais: bilaterais e simétricos Estertores de bolhas grossas e médias: Não modificam com a tosse – Bronquiectasia Atrito: Superfície das pleuras é áspera e rugosa – ranger de couro. Ressonância vocal: Transmissão de palavras, choro e tosse Broncofonia: Percepção da voz auscultada ➢ Pectorilóquia: Percepção da voz aumentada, ouvindo-se de maneira nítida as silabas pronunciadas em voz alta, como emitidas próxima ao orelha. ➢ Egofonia: Voz anasalada, fanhosa, semelhante à de ventríloquo. Gemidos ou gemencia Estridos ou cornagem Rx de tórax: Semiologia em Pediatria II 8 Gabriela Monari T6
Compartilhar