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trabalho - representacao dos empregados nas empresas

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Universidade – ULBRA 
Curso Bacharelado em Direito 
Disciplina: Direito do Trabalho 
Docente: Rosalice Maria Fernandes Monteiro Camara 
Discentes: Diogo de Lacerda Antunes Borges 
Janete de Oliveira Portela 
Luccas Felipe Duarte dos Santos 
Poliana Gomes Rodrigues 
Samuel Oliveira Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES NA EMPRESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santarém – PA 
2022 
2 
 
 A previsão de um organismo laboral interno para as empresas, com finalidades de 
informação, consulta, vigilância e/ou decisão, representa para a dialética industrial uma 
instituição de extrema importância. De fato, a métrica da cidadania do trabalhador na empresa 
é desenhada pela maior ou menor institucionalização de instrumentos efetivos de democracia 
industrial, isto é, das modalidades de representação dos trabalhadores dentro da empresa. 
 Historicamente, as batalhas da classe operária têm suas próprias raízes na empresa, 
que representou o lugar onde os laços do interesse coletivo nascem e amadurecem de forma 
mais evidente e imediata1 ainda que os órgãos que dela se formam não necessariamente tenham 
natureza sindical. 
 A comissão de representação dos trabalhadores é uma instituição longeva e difusa, 
principalmente na Europa, onde os conselhos de fábrica são presentes na Alemanha da 
Constituição de Weimar (1919) que introduz, pela primeira vez, o conceito de participação 
dos trabalhadores à gestão da empresa. Assim como na França, já a partir da segunda metade 
do século XIX temos formas incipientes de organização participativa na empresa, com os 
Conselhos de Usina, os Representantes de Seção de Fábrica Godin e os Delegados Operários 
das Fábricas Schneider; na Espanha, com os Conselhos de Cooperação Industrial; e, na 
Inglaterra, com os Comitês de Salário Mínimo. 
 O tema envolve questões amplas e complexas como a da democracia industrial, da 
cidadania na empresa, da participação dos trabalhadores na gestão, da intervenção do pessoal 
na empresa, do controle operário; e, finalmente, quando nos referimos aos diferentes 
organismos representativos titulares do exercício de tais funções, citam-se as comissões de 
fábrica, o conselho de vigilância ou comitê de empresa, assim como as comissões internas, o 
delegado de pessoal ou sindical etc. 
 Do ponto de vista estritamente jurídico, as comissões de fábrica assentam a própria 
“razão de ser” no direito de associação de todo e qualquer indivíduo inserido em um Estado 
Democrático de Direito. É evidentemente que o pluralismo e a participação ativa, próprios de 
toda democracia moderna, irradiam-se para todas as instâncias da vida social e até 
internamente entre as empresas. Neste sentido, as comissões de empresa representam 
instrumento decisivo de “democracia trabalhista”4 ao colher a voz de quem a habita. 
 A Convenção nº 135 da OIT, promulgada pelo Decreto nº 131/91, estabelece que os 
representantes dos trabalhadores na empresa devam ser beneficiados com uma 
3 
 
proteção eficiente contra quaisquer medidas que possam prejudicá-los (Convenção n. 135 da 
OIT, artigo 1º). 
 Segundo a Convenção 135 da OIT, podem ser tanto os representantes nomeados ou 
eleitos pelo sindicato que representa os trabalhadores, quanto os representantes livremente 
eleitos pelos trabalhadores da empresa, conforme as disposições da legislação nacional ou de 
convenções coletivas, cujas funções não se estendam a atividades que sejam reconhecidas 
como prerrogativas exclusivas dos sindicatos (Convenção n. 135 da OIT, artigo 3º). 
 No sistema jurídico brasileiro, estabeleceu o Legislador Constitucional de 1988 que 
nas empresas com mais de duzentos empregados é assegurado aos trabalhadores a escolha de 
um representante para promover o entendimento direto com o empregador: 
 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de 
um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento 
direto com os empregadores. 
 
 Ainda carente de regulamentação, há entendimento no sentido de que referida norma 
constitucional não poderia produzir efeitos no mundo jurídico até que seja editada legislação 
específica. Respeitado entendimento em contrário, deve-se ter conta a plena efetividade dos 
direitos fundamentais, dentre os quais o direito dos trabalhadores escolherem um 
representante para tratar de questões pertinentes ao contrato de trabalho. 
 
 
REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES NA EMPRESA 
 
 
 Da consciência dos trabalhadores quanto à necessidade de melhoria nas suas 
condições de trabalho resultou a constatação da necessidade de relações coletivas de trabalho 
que requerem, além da atuação do sindicato profissional, o reconhecimento do direito dos 
trabalhadores de se organizarem no âmbito da empresa (BARROS, 1998:179). Especificamente, 
a transformação da organização do trabalho no modelo pós-fordista requer a participação dos 
trabalhadores na gestão da empresa, devendo-se considerar, ainda, a dificuldade de a atuação 
sindical decorrente da lógica conflito que privilegia a contratação como método regulativo das 
relações de trabalho (SILVA, 1998:154). 
4 
 
 A Lei 13.467/2017 (“Reforma Trabalhista”) trouxe alteração no que concerne à 
representatividade dos empregados junto a seus empregadores: a figura da comissão de 
representação dos empregados, regulada pelos artigos 510-A e seguintes da CLT. 
 A comissão é criada especificamente no âmbito de cada empresa e tem como 
objetivo principal a busca de instalação de um diálogo permanente entre empregados e 
empregador, seja para reivindicação, solução de conflitos, ou aprimoramento da relação e 
fiscalização. Nas empresas que tenham mais de 200 empregados lhes é assegurada a eleição 
de uma comissão de representação. 
 A representação dos trabalhadores pode se dar por meio dos sindicatos ou da 
participação direta. A comissão dos empregados trazida pela Reforma Trabalhista seria uma 
forma de participação direta, promovendo um entendimento direto com seus empregadores. 
 A comissão de representantes dos empregados tem uma série de atribuições, dentre 
as quais: representar os empregados perante a administração da empresa; aprimorar o 
relacionamento entre a empresa e seus empregados; promover o diálogo e o entendimento no 
ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos; buscar soluções para os conflitos 
decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e eficaz; assegurar tratamento justo e 
imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, 
idade, religião, opinião política ou atuação sindical. 
 A composição de tais comissões pode variar de 3 membros (nas empresas com mais 
de duzentos funcionários) até 7 membros (para empresas com mais de cinco mil empregados), 
cabendo pontuar que, se a empresa tiver empregados em vários Estados, ficará assegurada 
uma comissão para cada um desses Estados. 
 O mandato dos representantes das comissões será de um ano, com impossibilidade de 
recondução nos dois anos seguintes. Além disso, desde o registro da candidatura até um ano 
após o fim do mandato, tais empregados ficarão protegidos contra a dispensa imotivada. 
Cabe esclarecer, ainda, que todos empregados poderão concorrer, com exceção 
daqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, daqueles que tenham seu contrato 
suspenso ou dos que estejam em período de aviso prévio, mesmo que seja indenizado. 
 A implementação desse canal de diálogo entre empregados e seus empregadores, se 
bem utilizada, certamente poderá trazer ganhos de sinergia e redução de riscos e 
contingências trabalhistas. 
5 
 
 A representação dos trabalhadores na empresa é direito fundamental de titularidade 
dos trabalhadores. Trata-se de mecanismo importante na defesa dos interesses dos 
representados. Ao represente dos trabalhadores atribui-se o status de garantia constitucional 
em razão de seu nítidocaráter assecuratório de direitos constitucionais e legais dos 
trabalhadores, tais como direito à intimidade, vida privada, integridade física, limitação da 
jornada de trabalho, intervalos para descanso e piso remuneratório. 
 A representação dos trabalhadores, por certo, não substitui a atuação sindical, mas atua 
como instrumento efetivo no preenchimento de lacunas presentes na relação entre o sindicato e 
o empregador, aos quais, deve-se ressaltar, recai dever de atuar efetivamente na sua 
implementação, não sendo possível que aos trabalhadores seja negada a escolha de um 
representante com base no argumento de que o direito em questão estaria pendente de 
legislação complementar. 
 A Lei 13.467/2017 (“Reforma Trabalhista”) trouxe alteração no que concerne à 
representatividade dos empregados junto a seus empregadores: a figura da comissão de 
representação dos empregados, regulada pelos artigos 510-A e seguintes da CLT. 
 A comissão é criada especificamente no âmbito de cada empresa e tem como 
objetivo principal a busca de instalação de um diálogo permanente entre empregados e 
empregador, seja para reivindicação, solução de conflitos, ou aprimoramento da relação e 
fiscalização. Nas empresas que tenham mais de 200 empregados lhes é assegurada a eleição 
de uma comissão de representação. 
 A representação dos trabalhadores pode se dar por meio dos sindicatos ou da 
participação direta. A comissão dos empregados trazida pela Reforma Trabalhista seria uma 
forma de participação direta, promovendo um entendimento direto com seus empregadores. 
 A comissão de representantes dos empregados tem uma série de atribuições, dentre 
as quais: representar os empregados perante a administração da empresa; aprimorar o 
relacionamento entre a empresa e seus empregados; promover o diálogo e o entendimento no 
ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos; buscar soluções para os conflitos 
decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e eficaz; assegurar tratamento justo e 
imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, 
idade, religião, opinião política ou atuação sindical. 
6 
 
 A composição de tais comissões pode variar de 3 membros (nas empresas com mais 
de duzentos funcionários) até 7 membros (para empresas com mais de cinco mil empregados), 
cabendo pontuar que, se a empresa tiver empregados em vários Estados, ficará assegurada 
uma comissão para cada um desses Estados. 
 O mandato dos representantes das comissões será de um ano, com impossibilidade de 
recondução nos dois anos seguintes. Além disso, desde o registro da candidatura até um ano 
após o fim do mandato, tais empregados ficarão protegidos contra a dispensa imotivada. 
 Cabe esclarecer, ainda, que todos empregados poderão concorrer, com exceção 
daqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, daqueles que tenham seu contrato 
suspenso ou dos que estejam em período de aviso prévio, mesmo que seja indenizado. 
 A implementação desse canal de diálogo entre empregados e seus empregadores, se 
bem utilizada, certamente poderá trazer ganhos de sinergia e redução de riscos e 
contingências trabalhistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
AMARAL, João Luís Semmelroth de Assunção e. Reforma trabalhista e a comissão de 
representação dos empregados. São Paulo, 2019. Disponível em: 
<https://depaduaadvogados.com.br/Publicacoes/comissao-representacao-empregados- reforma-
trabalhista/>. Acesso em: 30 maio 2022. 
 
BARROS, Alice Monteiro de. Representante dos empregados no local de trabalho. Revista do 
Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região, Belo Horizonte, v. 28, n.58, p. 179-188, jan./dez. 
1998. Disponível em: <http://as1.trt3.jus.br/bd- trt3/handle/11103/27078>. Acesso em: 29 
maio 2022. 
 
COLUMBU, Francesca. Representação dos trabalhadores na empresa. Enciclopédia 
jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André 
Luiz Freire (coords.). Tomo: Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Pedro Paulo 
Teixeira Manus e Suely Gitelman (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em: 
<https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/403/edicao-1/representacao-dos- trabalhadores-
na-empresa>. Acesso em: 29 maio 2022. 
 
NETO, Alberto Emiliano de Oliveira. Representação dos trabalhadores nas empresas. 
Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 3015, 3 out 
2011. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/20114>. Acesso em: 30 maio 2022. 
 
 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/403/edicao-1/representacao-dos-trabalhadores-na-empresa
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/403/edicao-1/representacao-dos-trabalhadores-na-empresa

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