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Fernanda Budiski Bueno 
 
Condições articulares
ombro 
Síndrome da dor subacromial 
Dor localizada ao redor do acrômio. Em geral, 
exacerbada com o levantamento do braço. 
Atraumática. Unilateral. 
Outros termos utilizados para a patologia: 
bursite (ou síndrome) da dor subacromial, 
tendinopatia (ou síndrome) do manguito rotador 
Mais comum em mulheres entre os 40 e 50 anos. 
Prevalência aumenta com a idade. 
Fatores mecânicos + fatores não mecânicos. 
↳ Contanto repetitivo e excessivo, degeneração. 
Utiliza-se a classificação de Neer 
Manifestações clínicas: dor no ombro, perda de 
função, se agrava por ações repetitivas, 
compromete atividades laborais e AVD’s. 
Quando se torna crônica: alteração no processo 
nociceptivo, medo da dor e do movimento, 
hipervigilância, baixa autoeficácia. 
 
Prognóstico ruim Prognóstico bom 
Aumento da idade Trauma leve 
Sexo feminino Overuse (uso excessivo) 
Sintomas severos Apresentação precoce 
Associação com dor cervical Início agudo 
Tratamento conservador: indicação inicial e 
preferencial (anti-inflamatórios, fisioterapia, 
injeção de corticosteroides). 
Cirúrgico: falha do tratamento conservador 
(descompressão subacromial, reparo do tendão) 
Capsulite adesiva (ombro congelado) 
Condição clínica na glenoumeral caracterizada 
por perda de ADM progressiva, rigidez e dor. 
Afeta em maioria mulheres (70%), 40 e 60 anos. 
Prevalência maior em pacientes diabéticos, com 
hipotireoidismo, doenças cardíacas, câncer em 
tratamento e desordens neurológicas. 
Várias hipóteses causais – etiologia incerta. 
- Processo inflamatório, sinovite, disfunção do 
colágeno, reação autoimune, disfunção do SNA. 
Manifestações clínicas: limitação funcional, 
perda da qualidade de vida, prejuízo do sono, 
ansiedade e depressão. 
Sintomas podem ser eliminados sem tratamento 
(condição autolimitada). Pior prognóstico em 
homens, diabéticos, bilateral, longa duração. 
Tratamento conservador: educação, fisioterapia, 
injeções de corticosteroides. 
quadril 
Síndrome do impacto femoroacetabular 
Condição clínica relacionada com o movimento 
do quadril. Possui uma tríade = sintomas + sinais 
clínicos + achados de imagem. 
Representa um contato prematuro sintomático 
entre a região proximal do fêmur e o acetábulo. 
Manifestações clínicas: dor (no quadril, coxa, 
nádegas, joelho ou coluna) com início insidioso, 
leve e ocasional, relação com o movimento, 
atividades físicas intensas e sedentarismo. 
Outros exemplos são: estalidos, travamentos, 
rigidez, redução de ADM, sensação de falseio, 
fraqueza muscular, déficit proprioceptivo, testes 
de impacto e alterações radiográficas. 
Ocorre dois tipos de alterações morfológicas: 
- Morfologia tipo CAM: ocorre um achatamento 
ou convexidade na junção entre a cabeça e colo. 
 - Incidência de 37%. Atletas e homens. 
 - A longo prazo, pode gerar osteoartrite. 
- Morfologia tipo PINCER: ocorre uma cobertura 
acetabular excessiva sobre a cabeça femoral. 
 - Incidência de 67%. Sobretudo mulheres. 
 
Também ocorre a morfologia mista + comum. 
A maioria do pacientes retorna as suas atividades 
após a realização do tratamento. 
Tratamento conservador: fisioterapia, educação. 
Tratamento cirúrgico: vai corrigir a morfologia e 
reparar danos teciduais. 
 
Fernanda Budiski Bueno 
 
joelho 
Dor femoropatelar 
Dor difusa localizada na região anterior do 
joelho, atrás ou ao redor da patela. 
Outros termos utilizados para a patologia: 
síndrome da dor femoropatelar, joelho de 
corredor, dor anterior no joelho, ou também, 
condromalácia patelar. 
Início insidioso, caráter crônico ou intermitente. 
Piora durante atividades que aumentem a 
sobrecarga na articulação, correr, agachar, subir 
e descer escadas. 
Incidência e prevalência maior em mulheres 2:1 
Comum na população jovem e fisicamente ativa 
Fisiopatologia: fatores psicossociais, estruturais e 
biomecânicos, sobrecarga articular, além de 
sensibilização do sistema nervoso central. 
Manifestações clínicas: dor no agachamento, dor 
na palpação patelar, leve inchaço e crepitação 
durante a flexão de joelho. 
Ocorre comprometimento da qualidade de 
vida, psicológico e biomecânico, redução da 
capacidade funcional e da atividade física. 
Em 91% dos casos a dor permanece por até 18 
anos após o diagnóstico inicial. 
Em 57% dos casos os sintomas persistem mesmo 
após a realização do tratamento. 
Tratamento conservador: exercícios + retreino 
do movimento + educação. 
Intervenções baseadas no resultado da avalição, 
e intervenções combinadas. 
Lesão meniscal 
Frequentes na população geral, 12 a 14%. 
Pode ou não estar associado a lesão no joelho. 
 
Degenerativa Ruptura/traumática 
Degradação progressiva 
do tecido meniscal. 
Defeito ou divisão no 
complexo meniscocapsular 
→ Desgaste progressivo (pacientes > 40 anos). 
Segunda lesão de joelho mais comum. Bastante 
associada a lesão de LCA. 
A fisiopatologia está associada com aceleração 
ou desaceleração brusca + mudança de direção 
Com isso, o menisco é comprimido entre a tíbia e 
o fêmur (comum em esportes). 
Manifestações clínicas mais comuns: 
Muito sugestivas de lesão: bloqueio mecânico, 
sensação intervalada de algo fora do lugar, tecido 
meniscal sensível e palpável. 
Potencialmente sugestivas de lesão: dor aguda, 
inchaço e efusão, evitar algumas atividades, dor 
ao agachar, barulho de click + dor, testes 
provocativos positivos, dor a palpação. 
Déficits a curto prazo (- 6 meses): propriocepção, 
força muscular e funcionalidade. 
Prognóstico é satisfatório na maioria das vezes, 
tanto em pacientes tratados com cirurgia como 
também conservadoramente. 
Tratamento conservador (fisioterapia) e cirúrgico 
(menistectomia, reparo ou transplante). 
Síndrome de Osgood-Schlatter 
Apofisite de tração dolorosa da tuberosidade 
da tíbia causada principalmente por esforço 
repetitivo do tendão do quadríceps. 
Frequentemente, se apresenta nos dois lados. 
 
Ocorre durante o estirão de crescimento. 
Adolescentes. Mais em meninos que meninas. 
Comum em esportes de salto e corrida. 
Fisiopatologia: decorre da tensão repetitiva e 
microtraumas gerados pelo tendão patelar na 
sua inserção apofisária (tuberosidade tibial). 
Manifestações clínicas: dor dinâmica e insidiosa, 
edema, tuberosidade tibial alargada, quadríceps 
e isquiotibiais com flexibilidade ruim. 
Possui um bom prognóstico. A desordem é 
autolimitante, mas a resolução leva meses. 
Tratamento conservador: gelo, atividades físicas, 
medicação e fisioterapia. 
Tratamento cirúrgico: realizado apenas em casos 
severos de dor e incapacidade.

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