Buscar

POSTAGEM _ 2 _ PPAP _ EF

Prévia do material em texto

CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – 
ENSINO FUNDAMENTAL
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA
VIAJANDO NO FANTÁSTICO MUNDO DA LEITURA COM CONTOS DE FADAS
REÂNGELA PEREIRA DA SILVA RA 0554615
SOUSA – PB
2022
1. TEMA
	Despertando o gosto pela leitura através de contos de fadas.
2. SITUAÇÃO - PROBLEMA
	Os contos de fadas proporcionam na vida da criança o primeiro contato com a leitura, sendo um dos passos iniciais no processo de aprendizagem. O despertar da leitura utilizando a fantasia dos contos de fadas é significante no desenvolvimento da leitura e escrita da criança. Mediante afirmativas, surgiu o seguinte questionamento: De que forma os contos de fadas podem estimular e desenvolver na criança o prazer pela leitura desde os anos iniciais do ensino fundamental? Pensando nisso, desenvolvemos esse projeto o qual iremos articular ideias e reflexões no decorrer da escrita do mesmo.
3. JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO
	A prática de leitura desde os anos iniciais é de suma importância para a criança. Trabalhar com contos de fadas é uma maneira de desenvolver a imaginação, emoções, sentimentos, ampliando a capacidade de pensar, agir, despertando nas crianças o gosto pela leitura e escrita, desenvolvendo o hábito de ler por prazer, e não por obrigação. Assim, o projeto apresenta como objetivo principal aguçar o pensamento da criança, estimulando a oralidade, criatividade, contribuindo na formação da personalidade, e assim motivar a criança a inserir na sua rotina desde muito cedo o hábito de ler. 
	Como nos diz BETTELHEIM (1979), os Contos de Fada nos permitem viajar para outro mundo, não menos real do que o nosso, desenvolvendo a fantasia e a imaginação enquanto estimula-se a mente. Proporciona o encontro com sonhos e anseios – através da identificação com os personagens – e, meios de proporcionar a busca de soluções dos problemas que habitam na mente da criança.
	Em consideração a isso, sabemos que ouvir e ler histórias é navegar em um mundo encantador, rodeado de surpresas e mistérios, em que a criança se diverte e ao mesmo tempo aprende. É no contato lúdico e prazeroso com os contos de fadas que ocorre a formação de bons leitores e escritores. A criança aprende brincando, viajando no mundo da criação, sonhos e fantasias. Assim sendo, é através da relação com os contos, que a criança tem a oportunidade de interagir com a leitura de diferentes textos, proporcionando a compreensão do mundo em que habitam e possibilitando a idealização do seu próprio pensamento.
	Bettelheim, em seu livro A psicanálise dos contos de fadas (1980, p.19), diz: 
“Só partindo para o mundo é que o herói dos contos de fada (a criança) pode se encontrar; e fazendo-o, encontrará também o outro com quem será capaz de viver feliz para sempre; isto é, sem nunca mais ter de experimentar a ansiedade de separação. O conto de fadas é orientado para o futuro e guia a criança – em termos que ela pode entender tanto na sua mente inconsciente quanto consciente – a ao abandonar seus desejos de dependência infantil e conseguir uma existência mais satisfatoriamente independente”.
	
	Quando a criança fantasia o que ouve, fica mais fácil compreender a leitura dos contos de fadas. Podemos ver como exemplo é observando o comportamento da criança quando ele escuta uma história que lhe chama a atenção, inserindo no seu mundo as próprias ações e emoções, despertando a vontade de ver o livro, e mesmo que ainda não consiga ler, será capaz de realizar sua própria criação, através da leitura de imagens. 
	De acordo com Ressurreição:
“Histórias como: Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, Cinderela, o Lobo Mau e todos os seus companheiros continuam sendo os antídotos mais eficientes contra as angústias e temores infantis. Quando essas histórias são apresentadas às crianças, os personagens podem ajudá-las a se tornar mais sensíveis, esperançosas, otimistas e confiantes na vida. A fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança. Nessas histórias, a criança se identifica mais facilmente com os problemas dos personagens. Ao mergulhar com prazer no faz-de-conta, as crianças dão vazão às próprias emoções.” (Da Ressurreição, 2005).
	Ainda de acordo com Bettelheim (1980, p.13), para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação, ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades; e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam.
	Nesse sentido, os contos de fadas contribuem para uma educação prazerosa, sendo um grande aliado ao docente, pois o contar histórias além de ser divertido, estimula o imaginário da criança, aperfeiçoando o seu vocabulário, contribuindo no desenvolvimento do pensamento e adaptação ao meio social que a criança está inserida. Além disso, contribui em diferentes objetivos como: ampliação da linguagem, aprimorando a expressão corporal, promovendo a socialização, aguçando a inteligência, contribuindo na formação de hábitos e atitudes sociais e morais. Baseando-se nos contos apresentados as crianças são capazes de construir bons exemplos, trabalhando a sua imaginação, estabelecendo uma relação interna entre o mundo da fantasia e o da realidade, assim, despertando o interesse e o gosto pela leitura. 
PÚBLICO-ALVO
Crianças de 06 anos (alunos do primeiro ano do ensino fundamental);
4. OBJETIVOS:
GERAL:
· Proporcionar a leitura de forma lúdica, despertando nos estudantes o hábito de ler por prazer, e não por obrigação;
ESPECÍFICOS:
· Desenvolver a linguagem oral das crianças;
· Despertar o gosto pela leitura através dos contos de fadas; 
· Estimular a criatividade e imaginação;
	
6. PERCURSO METODOLÓGICO
· Contação de histórias utilizando: construção de cenário, avental, dedoches, fantoches, palitoches, tapete de história;
· Construção de painel ilustrativo, com os desenhos dos personagens principais das histórias ouvidas; 
· Dramatizações com uso de máscaras dos personagens, criando histórias de fantasia e encantamento;
· Identificação dos valores encontrados nos personagens das histórias, trabalhando as emoções transmitidas pelos mesmos; 
7. RECURSOS
· Materiais: Tapete de histórias, fantoches e palitoches de diversos tipos, cenário das histórias, livros de clássicos da literatura infantil e contos de fadas, fantasias dos personagens, lápis de cor, giz de cera, cola e tesoura.
· Tecnológicos: Notebook, caixa de som, celular e multimídia;
· Humano: Professor e alunos;
8. CRONOGRAMA
	O projeto terá duração de três meses, trabalhado no segundo semestre do ano letivo. Nesse período ocorrerá a contação das histórias de forma criativa e lúdica, depois será explorado com o desenvolvimento de atividades, aguçando o pensamento, a criatividade e a imaginação dos alunos.
9. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL
AVALIAÇÃO
	A avaliação do projeto será de forma contínua e processual, observando o desenvolvimento de cada aluno, e se os mesmos estão atendendo as expectativas de acordo com o material desenvolvido.
PRODUTO FINAL
	Para a culminância do projeto será exposto um painel para toda a comunidade escolar com as atividades desenvolvidas durante o período. Também haverá a apresentação de vídeos e imagens dos alunos realizando diversas atividades referentes ao projeto, mostrando que é possível a realização de leituras de forma encantadora e prazerosa. Será feita a seleção de um conto e a encenação de uma peça teatral, coma s crianças fantasiadas.
10. REFERÊNCIAS
BETTELHEIM, Bruno. A PSICANÁLISE DOS CONTOS DE FADA. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
DA RESSURREIÇÃO, Juliana Boeira. A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADA NO DESENVOLVIMENTO DA IMAGNAÇÃO. Pós-graduação em Novas Abordagens em Língua Portuguesa e Literatura da Língua Portuguesa – 2005. Faculdade Cenecista de Osório-FACOS/RS. http://www.facos.edu.br/old/galeria/129102010020851.pdf.GANDIN, Adriana B. METODOLOGIA DE PROJETOS NA SALA DE AULA – relato de uma experiência. São Paulo: Loyola, Coleção Fazer e Transformar, n.° 1, AEC do Brasil, 2001.

Continue navegando