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1 Khilver Doanne Sousa Soares induz céls epiteliais a expressar ativa e prolifera expressam induzidos p/ expressar são atacados Doenças Inflamatórias Intestinais Doença Celíaca A doença celíaca também é conhecida coma Espru Celíaco ou enteropatia sensível ao glúten. Esta é uma enteropatia mediada pelo sistema imunológico, disparada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, tais como trigo, centeio ou cevada, por indivíduos geneticamente predispostos. Obs.: A doença celíaca possui uma incidência global de 0,6% a 1% variando de acordo com o país e região. A doença celíaca é desencadeada pela ingestão de glúten, a maior proteína de armazenamento do trigo e grãos similares. A fração solúvel em álcool do glúten, a gliadina, contém a maioria dos componentes que produzem a doença. O glúten é digerido por? R= enzimas luminais e da borda em escova em aminoácidos e peptídios. Bioquímica Peptídios da gliadina IL-15; IL-15 linfócitos intraepiteliais CD8+; Linfócitos CD8+ NKG2D marcador de células natural killer + receptor para MIC-A Enterócitos MIC-A Logo, EM RESPOSTA AO ESTRESSE MIC-A linfócitos intraepiteliais expressando NKG2D, um marcador de céls natural killer. Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. O painel à esquerda ilustra as alterações morfológicas que podem estar presentes na doença celíaca, incluindo atrofia das vilosidades, aumento no número de linfócitos intraepiteliais (LIEs) e proliferação epitelial, com alongamento da cripta. O painel à direita ilustra um modelo da patogenia da doença celíaca. Note que os mecanismos imunológicos, tanto inatos (Células T CD8+ intraepiteliais ativadas por IL 15) quanto adaptativos (Células T CD4+ e células B sensibilizadas à gliadina) estão envolvidos nas respostas dos tecidos à gliadina. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Khilver Doanne Sousa Soares Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Doença celíaca. A, Casos avançados da doença celíaca apresentam a perda completa das vilosidades ou atrofia vilositária total. Note os densos infiltrados de células plasmáticas na lâmina própria. B, Infiltração do epitélio superficial por linfócitos T, os quais podem ser reconhecidos pelos núcleos densamente corados (indicados pela letra T). Compare com os núcleos epiteliais alongados e pálidos (indicados pela letra E). 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Fatores do hospedeiro determinam se a doença vai se desenvolver. Entre estes, as proteínas HLA parecem ser críticas, já que quase todas as pessoas com a doença celíaca carregam o alelo HLADQ2 ou HLA-DQ8 classe II (No entanto, o locus HLA é responsável por menos da metade dos componentes genéticos da doença celíaca, outros fatores genéticos podem incluir polimorfismos de genes envolvidos na regulação imune e função epitelial). Em adultos, a doença celíaca apresenta-se mais comumente entre os 30 e 60 anos de idade. Outros pacientes podem ter uma doença celíaca silenciosa, definida por uma sorologia positiva e atrofia vilosa sem sintomas, ou uma doença celíaca latente, na qual a sorologia positiva não é acompanhada por atrofia vilosa. Obs.: em adultos, ela é detectada duas vezes mais frequentemente em mulheres, talvez pelo fato de a menstruação acentuar os efeitos da absorção prejudicada. Uma lesão pruriginosa e bolhosa característica, a dermatite herpetiforme, pode estar presente em mais de 10% dos pacientes. Fonte: Site Dieta sem Glúten. A Dermatite Herpetiforme (DH), uma doença na pele que provoca coceira, ardor, associada com a doença celíaca, pode ser confundida com várias outras doenças da pele, e pode ser difícil de diagnosticar. Acesso em: 11/04/2021. https://dietasemgluten.blogspot.com/2014/10/9-fotos-de- dermatite-herpetiforme.html?m=1 Infelizmente o único tratamento atualmente disponível para a doença celíaca é uma dieta livre de glúten. Os testes mais sensíveis são as medições de anticorpos IgA contra a transglutaminase tecidual. Indivíduos com doença celíaca têm uma taxa de malignidade acima do normal. O câncer mais comumente associado à doença celíaca é o linfoma de célula T associado a enteropatia, um linfoma agressivo de linfócitos T intraepiteliais. O adenocarcinoma do intestino delgado é também mais frequente em indivíduos com doença celíaca. Logo, quando o quadro clínico agudo da doença celíaca não regride com dieta livre de glúten, o câncer pode ser considerado. Doença Intestinal Inflamatória A doença intestinal inflamatória (DII) é uma condição crônica resultante da ativação imunológica inapropriada da mucosa. Os dois distúrbios que compreendem a DII são a colite https://dietasemgluten.blogspot.com/2014/10/9-fotos-de-dermatite-herpetiforme.html?m=1 https://dietasemgluten.blogspot.com/2014/10/9-fotos-de-dermatite-herpetiforme.html?m=1 3 Khilver Doanne Sousa Soares ulcerativa e a doença de Crohn. A distinção entre colite ulcerativa e doença de Crohn baseia-se em grande parte na distribuição do local afetado e na expressão morfológica da doença. A colite ulcerativa é limitada ao cólon e ao reto e estende-se apenas à mucosa e à submucosa. Em contraste, a doença de Crohn, também chamada de ileíte regional (pelo frequente comprometimento ileal), pode comprometer qualquer trecho do trato GI e é tipicamente transmural. Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Distribuição das lesões nas doenças inflamatórias dos intestinos. A distinção entre a doença de Crohn e a colite ulcerativa é, primariamente, baseada na morfologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. As causas da DII não foram definidas ainda, mas pesquisadores acreditam que se trata de (1) alterações na microbiota intestinal, (2) disfunção epitelial intestinal, (3) respostas imunológicas aberrantes da mucosa e (4) composição alterada da microbiota do intestino. Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Um modelo para a patogênese de DII. Aspectos da doença de Crohn e da colite ulcerativa são mostrados. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Genética. O risco da doença é maior quando há um membro da família afetado. Amplos estudos de associação do genoma, com base na população, identificaram mais de 160 genes associados à DII. Muitos desses são compartilhados entre a doença de Crohn e a colite ulcerativa, assim como outras doenças imunomediadas complexas. Um dos genes mais fortemente associados à doença de Crohn é o NOD2 (domínio 2 de ligação de oligomerização de nucleotídeos) o qual codifica uma proteína intracelular que se liga aos peptidoglicanos bacterianos e ativa eventos de sinalização, incluindo a via NF-KB. Além desse, o ATG16L1 (tipo-16 relacionado com autofagia) e o IRGM (GTPase M relacionada com a imunidade) também estão relacionados à doença de Crohn e fazem parte de vias autofágicas essenciais para as respostas celulares às bactérias intracelulares. O ATG16L1 também pode regular a homeostase epitelial; Khilver Doanne Sousa Soares Respostas Imunológicas da Mucosa. 1 As células T auxiliares são ativadas na doença de Crohn e a resposta é polarizada no tipo TH1; 2 As células T tipo TH17 têm uma probabilidade maior de contribuir para a patogenia da doença; 3 Muitas citocinas pró-inflamatórias, incluindo a TNF, interferon-Y e IL-13, bem como moléculas imunorregulatórias, como a IL-10 e TGF-β, aparentam ter um papel importante na patogenia da DII; Defeitos Epiteliais. 1 Defeitos na função de barreira da junção epitelial intestinal estão presentes em pacientes com a doença de Crohn e em um subconjuntode seus parentes de primeiro grau saudáveis. Tem associação com polimorfismos específicos NOD2; 2 Polimorfismos, como os que envolvem ECM1 (proteína 1 da matriz extracelular), os quais inibem a metaloproteinase 9, estão ligados à colite ulcerativa, mas não à doença de Crohn; 3 Polimorfismos no fator de transcrição HNFA são associados à colite ulcerativa, mas não à doença de Crohn; Microbiota. A abundância da microbiota na luz GI é surpreendente, chegando a 1012 organismos por milímetro no cólon e 50% de massa fecal. No total, esses organismos ultrapassam bastante as células humanas em nossos corpos, um lembrete de que, em um nível celular, nós podemos ser apenas 10% humanos. 1 a ligação com o NOD2 aponta para o envolvimento de micróbios na causa da doença de Crohn (como já foi dito anteriormente); 2 A presença de anticorpos contra a proteína bacteriana flagelina é mais comum em pacientes com a doença de Crohn do que nos que possuem doenças variantes associadas ao NOD2, formação de estreitamentos, perfuração e envolvimento do intestino delgado. Em contrapartida, os anticorpos antiflagelina são raros em pacientes com colite ulcerativa; 3 transferência microbiana podem induzir ou reduzir a doença em modelos animais de DII, e testes clínicos sugerem que bactérias probióticas (ou benéficas) ou até mesmo transplantes microbianos fecais, a partir de indivíduos saudáveis, podem beneficiar pacientes com DII. Doença de Crohn É caracterizada por inflamação transmural e pode envolver qualquer parte do trato gastrointestinal luminal, desde a cavidade oral até a área perianal. A doença de Crohn, também chamada de ileíte regional (pelo frequente comprometimento ileal), pode comprometer qualquer trecho do trato GI e é tipicamente transmural. A doença de Crohn ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente na Inglaterra, nos EUA e nos países escandinavos; nos EUA, é mais comum em judeus. A doença é mais prevalente em brancos e em mulheres e mais frequente entre 20 e 40 anos. Em 40% dos casos, as lesões são restritas ao intestino delgado e comprometem tipicamente a porção terminal do íleo; em 25 a 35% dos pacientes, as lesões localizam-se exclusivamente no cólon, e em 30% dos casos tanto o intestino delgado como o grosso são afetados, em especial o ceco e o cólon ascendente. As lesões são tipicamente segmentares, bem demarcadas, com áreas lesadas intercaladas com segmentos normais. No início, o segmento afetado é congesto e edemaciado. Destruição epitelial resulta em erosões e úlceras (úlceras aftosas), em geral relacionadas com os agregados linfoides. As úlceras são profundas e estreitas, coalescem e formam fissuras lineares, tortuosas, dispostas ao 5 Khilver Doanne Sousa Soares longo do eixo do intestino, muitas vezes atingindo a serosa. Fonte: Site Gastro Florianópolis. Acesso em 16/04/2021. http://www.gastroflorianopolis.com.br/arquivos- novidades/doenca-de-crohn-3/ Fonte: Site IAD Goiânia. Acesso em: 16/04/2021. https://www.iad-goiania.com.br/node/69 As lesões são intercaladas com áreas de mucosa preservada, que mostra hiperplasia de células caliciformes, hiperprodução de muco e alteração da arquitetura vilositária, conferindo aspecto característico de pedra de calçada. O infiltrado inflamatório, predominantemente linfócitário, forma nódulos ou folículos linfoides com centros germinativos evidentes e estende- se a toda a espessura da parede. A doença evolui com fibrose, que é máxima na submucosa, tornando o segmento comprometido estreito e rígido. Em 35% dos casos, formam-se granulomas epitelioides, sem necrose. Fonte: Site Sechat. Acesso em 16/04/2021. https://sechat.com.br/doenca/doenca-de-crohn/ A serosa tem aspecto granular e frequentemente forma aderências que, juntamente com as úlceras profundas, resultam em fístulas entre alças do intestino delgado, ou com o cólon, a bexiga e a vagina; fístulas perianais são comuns. Quadro Crônico A mucosa apresenta alterações na arquitetura das vilosidades do intestino delgado ou das criptas colônicas, que se tornam curtas, irregulares, ramificadas e atróficas. Pode haver metaplasia pilórica ou de células de Paneth e displasia, que é o marcador de risco para desenvolvimento de câncer. Diagnósticos Diferenciais Compreendem doenças infecciosas, como amebíase, tuberculose intestinal, infecção por Yersinia enterocolitica e Campylobacter jejuni, que têm localização e quadro clinico-morfológico similares aos da doença de Crohn. Lesões que levam a estenose segmentar, como enterites e linfomas, devem ser consideradas no diagnóstico diferencial. Quando o comprometimento do cólon é isolado, o diagnóstico diferencial mais importante é com colite ulcerativa. http://www.gastroflorianopolis.com.br/arquivos-novidades/doenca-de-crohn-3/ http://www.gastroflorianopolis.com.br/arquivos-novidades/doenca-de-crohn-3/ https://www.iad-goiania.com.br/node/69 https://sechat.com.br/doenca/doenca-de-crohn/ Khilver Doanne Sousa Soares Obs.: em cerca de10% dos casos, não é possível distinguir as duas entidades, sendo necessário acompanhar os pacientes para esclarecer a natureza da lesão. Aspectos Clínicos As manifestações são recorrentes (vem e vai), intercalando-se episódios agudos de febre, diarreia e dor abdominal com períodos assintomáticos, que podem durar meses ou anos. Quando há comprometimento do cólon, pode haver sangramento nas fezes e anemia. Em cerca de 20% dos casos, as manifestações são abruptas, podendo simular apendicite aguda. As crises podem ser precipitadas por estresse físico ou mental. Em muitos casos, as manifestações são discretas e inespecíficas, sendo o diagnóstico definido anos após o início do processo. Entre as complicações, destacam-se obstrução do intestino delgado (25 a 30%), fístulas (10 a 15%) com alças intestinais, bexiga, vagina ou pele da região perianal, abscessos e peritonite, além de extensão da inflamação para órgãos adjacentes, como ureter e tubas uterinas. Nos casos de fístulas, ressecção cirúrgica ou acometimento extenso do intestino delgado, surgem má absorção intestinal, deficiência de vitamina B12, anemia perniciosa, má absorção de sais biliares com esteatorreia e predisposição a colelitíase. Quando há comprometimento do cólon, podem ocorrer megacólon tóxico e perfuração intestinal. As manifestações extraintestinais mais comuns são: (1)artrite, (2)eritema nodoso, (3)espondilite ancilosante, (4)colangite esclerosante, (5)uveíte, (6)colelitíase, (7)nefrolitíase, (8)uretrite e (9)amiloidose. Fonte: Site IAD Goiânia. Manifestações extraintestinais da Doença de Crohn. Acesso em: 16/04/2021. https://www.iad-goiania.com.br/node/69. Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Doença de Crohn. A. Lesão segmentar estenosante com úlceras lineares na mucosa e dilatação do segmento intestinal a montante. B. Microgranuloma https://www.iad-goiania.com.br/node/69 7 Khilver Doanne Sousa Soares Coalescem epitelioide na lâmina própria (seta). 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Colite Ulcerativa Colite ulcerativa é mais comum entre 20 e 40 anos, com discreto predomínio no gênero feminino. A doença é mais frequente em caucasianos e judeus do que na população geral. Obs.: ¼ dos casos ocorre em pessoas que já tem outros membros da família com colite ulcerativa ou doença de Crohn. Quando restritas ao reto Proctite Ulcerativa. Comprometimento inflamatório de todo o cólon Pancolite (casos graves). Ao exame endoscópico, a mucosa: i. É hiperêmica; ii. Granular; iii. Friável; iv. Sangra com facilidade; v. Contém menor quantidade de muco; vi. Pode apresentar pontos hemorrágicos, que se tornam purulentos e formam ulcerações; vii. E apresenta pseudopólipos, que resultam da protrusão de ilhas da mucosa remanescente na luz intestinal, são frequentes,múltiplos e sésseis. Histologicamente, encontra-se inflamação limitada à mucosa e à submucosa, microabscessos nas criptas e redução de células caliciformes, que são substituídas por células imaturas. Fonte: KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. Colite ulcerativa. A. Úlceras e pseudopólipos inflamatórios na mucosa do cólon. B. Inflamação intensa na lâmina própria da mucosa, com microabscessos de criptas (seta). 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Microabscessos formam ulcerações. As úlceras têm tamanhos variados e tendem a dispor-se ao longo do eixo do cólon. Nos períodos de remissão ou quando há cura, ocorrem regeneração da mucosa e fibrose na submucosa; esta geralmente é menos intensa do que na doença de Crohn e não acomete a serosa. Fonte: Site Andreia Torres. Acesso em: 17/04/2021. https://andreiatorres.com/blog/2017/terapias- integrativas-inflamacao-intestinal. https://andreiatorres.com/blog/2017/terapias-integrativas-inflamacao-intestinal https://andreiatorres.com/blog/2017/terapias-integrativas-inflamacao-intestinal Khilver Doanne Sousa Soares Na fase de “repouso” a mucosa apresente atrofia e é fina e lisa. Obs.: são frequentes alterações arquiteturais, como encurtamento e fusão de criptas, cujo epitélio pode apresentar displasia, que constitui marcador de risco para câncer. Aspectos Clínicos A doença manifesta-se por: i. Diarreia sanguinolenta com muco e pus; ii. Cólicas abdominais; iii. Desidratação; iv. Perda de eletrólitos; v. Alterações da motilidade intestinal; vi. Desnutrição. A doença evolui de modo recorrente (vem e vai). As manifestações extraintestinais são similares às da doença de Crohn e incluem: i. Eritema nodoso; ii. Uveíte; iii. Uretrite; iv. Espondilite ancilosante; v. Poliartrite migratória; vi. Colangite esclerosante. A C D B E 9 Khilver Doanne Sousa Soares Fonte: Site Endoscopia Terapêutica. Retocolite Ulcerativa. A. Retocolite ulcerativa em atividade moderada: Apagamento de vasculatura e erosões difusas B. Retocolite ulcerativa em atividade moderada: Escore de Mayo 2. C. Retocolite Ulcerativa em atividade Moderado-Grave. Escore 3 de Mayo. D. Retocolite Ulcerativa em atividade Moderado-Grave. Erosões e sangramento difuso. E. Retocolite Ulcerativa em atividade Moderado-Grave. Ulcerações isoladas. Acesso em: 17/04/2021. https://endoscopiaterapeutica.com.br/casosclinicos/caso- clinico-complicacoes-em-retocolite-ulcerativa/ Diagnóstico e Tratamento Quando a diarreia é o sintoma predominante, a avaliação inicial deve incluir: i. Anamnese completa; ii. Teste para colite infecciosa; iii. Triagem para distúrbios endócrino- metabólicos, tais como: a) Hipertireoidismo; b) Hipocalcemia. Infecções por Shigella, Ameba (1), Giárdia (11), Escherichia coli e (111) Campylobacter, podem ser acompanhadas por diarreia sanguinolenta, cólicas abdominais e um quadro endoscópico idêntico à colite ulcerativa. São necessários estudos de fezes para diagnosticar ou excluir essas infecções. Obs.: e a hematoquezia (sangue vermelho pelo ânus – hemorragia intestinal baixa) ou a dor abdominal são os sintomas predominantes, o diagnóstico diferencial é amplo. Em um paciente com sintomas sugestivos de doença inflamatória intestinal e nenhuma evidência de infecção para explicar os sintomas, é essencial a avaliação endoscópica. A colonoscopia endoscópica inicial consiste no teste para os pacientes que apresentam menos sintomas gastrointestinais, como diarreia e hematoquezia, exceto na presença de peritonite grave. A colonoscopia para o íleo terminal é importante se houver um diagnóstico potencial de doença intestinal inflamatória. A TC do intestino delgado ou enterografia podem ser necessários para identificar doença no intestino delgado e sua distribuição. Fonte: SILVA, Luciana Costa. et. al. Enterografia por tomografia computadorizada: experiência inicial na avaliação das doenças do intestino delgado. Doença de Crohn. Inflamação ativa (A) versus fibroestenose (B), imagens reformatadas no plano sagital. Realce aumentado na mucosa, edema na submucosa e espessamento parietal (seta em A). Em B nota-se discreto espessamento parietal, no entanto, o realce do segmento acometido é semelhante ao das demais alças intestinais adjacentes. Radiologia Brasileira, São Paulo, v.43, n.5, p.303-308, 2010. A cápsula endoscópica é útil quando todos os outros exames radiológicos e endoscópicos não são diagnósticos, mas há suspeita de doença de Crohn do intestino delgado – não deve ser realizada se houver estenose de intestino https://endoscopiaterapeutica.com.br/casosclinicos/caso-clinico-complicacoes-em-retocolite-ulcerativa/ https://endoscopiaterapeutica.com.br/casosclinicos/caso-clinico-complicacoes-em-retocolite-ulcerativa/ Khilver Doanne Sousa Soares delgado. Após achados deve haver seguimento com biopsia. Imagem radiológica é vital e deve quase sempre ser obtida quando a doença inflamatória intestinal, particularmente doença de Crohn, é suspeitada. As radiografias contrastadas do abdome superior, exame do trânsito gastroduodenal e enema (chuca) de bário geralmente são necessários para diagnosticar as estenoses e fístulas na doença de Crohn. A TC enterografia (detecção de abscessos abdominais) e a ressonância magnética (RM) (abscessos perineais e estenoses) enterografia são alternativas para um acompanhamento do intestino delgado. Achados laboratoriais podem resultar anemia a partir de doença crônica, de perda de sangue ou de deficiências nutricionais de ferro, folato ou vitamina B12. Uma contagem de leucócitos discretamente elevada é indício de doença ativa, mas elevações significativas sugerem um abscesso ou outra complicação supurativa. E hipoalbuminemia é indicação de desnutrição. Tratamento O objetivo da terapia clínica consiste em reduzir a inflamação e, subsequentemente, induzir e manter a remissão clínica. Os medicamentos usados para tratar a doença intestinal inflamatória incluem as categorias de 5-aminossalicilato (5-ASA), antibióticos, corticosteroides, imunomoduladores, e de biológicos (infliximabe, adalimumab, certolizumab pegol e o natalizumabe). 5-Aminossalicilatos (sulfaperidina, mesalazina, sulfassalazina, olsalazine e balsalazide) A 5-ASA, que atua como um anti- inflamatório tópico dentro do lúmen do intestino, é usada para tratar colite ulcerativa leve a moderada, assumindo também um papel limitado na doença de Crohn. A sulfassalazina é a combinação de uma sulfaperidina com 5-ASA; 5- ASA é responsável pela propriedade anti- inflamatória desse medicamento, enquanto sulfaperidina é a substância portadora da medicação 5-ASA que será liberada em nível colônico. Corticosteroides (budesonida, prednisona e metilprednisolona) Os corticosteroides são usados principalmente para tratar as exacerbações de colite ulcerativa e doença de Crohn. As formulações orais podem ser usadas para a doença leve a moderada, enquanto os corticosteroides sistêmicos são usados para doença moderada a grave. Imunomoduladores (6-mercaptopurina, azatioprina, metotrexato, azatioprina) Em pacientes que continuam sintomáticos, apesar da terapia a 5-ASA ou que apresentam doença de Crohn moderada a grave ou colite ulcerativa, análogos tiopurina (6-mercaptopurina e a azatioprina) podem ser utilizados; metotrexato também pode ser usado para doença de Crohn moderada a grave. Antibióticos (metronidazol, ciprofloxacina) Mecanismos potenciais incluem eliminar o crescimento bacteriano excessivo, a erradicação de um gatilho antigênico e propriedades imunossupressoras de potencial mediado de bactérias. O papel principal dos antibióticos engloba a doença de Crohn, onde as terapias são indutivas primárias para as fístulas perianais e fissuras. Tratamento Clínico da Colite UlcerativaA distribuição anatômica da colite ulcerativa orienta a terapia. As opções incluem supositórios, enemas de retenção, espuma tópica, terapia oral e a terapia parenteral. Os supositórios são eficazes para tratar da proctite a 20 cm do cólon. Espuma tópica e enemas são eficazes para colite distal e do lado esquerdo. A terapia oral e a terapia parenteral são eficazes para todos os locais da doença. 11 Khilver Doanne Sousa Soares Proctite Para proctite ulcerativa ativa, o tratamento tópico com 5-ASA (enema e supositórios) em combinação com o oral é superior ao tratamento oral isoladamente. O tratamento tópico com 5- ASA é superior a corticosteroides tópicos para o tratamento de proctite, a terapia com 5-ASA retal produz uma resposta mais rápida quando administrada com 5-ASA oral. Enemas com corticosteroides, supositórios ou espuma podem também ser usados se 5-ASA falhar. Colite Extensa Para pacientes com colite de atividade leve a moderada e com extensão proximal ao cólon sigmoide, a escolha farmacológica inicial é o aminossalicilato oral; a eficácia aumenta com o aumento das doses. Os pilares do tratamento para retocolite ulcerativa grave são reidratação com líquidos intravenosos e corticosteroides intravenosos. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ REFERÊNCIAS KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. FILHO, Geraldo Brasileiro. Bogliolo Patologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. SILVA, Luciana Costa. et. al. Enterografia por tomografia computadorizada: experiência inicial na avaliação das doenças do intestino delgado. Radiologia Brasileira, São Paulo, v.43, n.5, p.303-308, 2010.
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