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HAM PARTE 2: Uma parada cardíaca em crianças NÃO resulta de uma causa cardíaca primária. A parada ocorre principalmente em decorrência da progressão da insuficiência respiratória e/ou do choque A taxa de sobrevida tanto em situações extra- hospitalares, quanto intra-hospitalares é muito baixa, sendo, respectivamente, 6% e 27% TAP: triangulo de avaliação pediátrica Impressão geral Gravidade Determina o tipo e urgência da intervenção Resume os achados “instintivos”: apenas pistas visuais e auditivas, sem necessidade de equipamentos e leva de 30-60 segundos Trabalho de respiração: Posição do corpo Movimento visível (tórax/abdome) Frequência respiratória Esforço respiratório Sons da via aérea audíveis Reflete: adequação da via aérea, oxigenação e ventilação Aparência: TICOF Tônus muscular Interatividade Consolabilidade Olhar Fala ou choro Reflete: oxigenação, ventilação, perfusão cerebral, homeostase e função do SNC Circulação da pele: Reflete - adequação do débito cardíaco e da perfusão dos órgão vitais DECISÃO: Instável: Prosseguir imediatamente com avaliação rápida da via aérea, respiração e circulação Problema identificado o Realizar intervenções necessárias o Tratar assim que encontrar Estável: 1. Avaliação ABCDE 2. Avaliação secundaria 3. Reavaliação ABCDE: A – simultâneo ao MOVE Lembrar do uso de EPI e avaliar a segurança da cena Via aérea aberta? Aberto e desobstruído Se sim, prossiga para B As vias aéreas são preserváveis? Podem ser mantidas abertas manualmente? Elevação da mandíbula / impulse o queixo Via aérea nasofaringea ou orofaríngea É necessária uma via aérea avançada? IOT Crico, se necessário IOT? O estado do paciente é grave, assim não se tem muito tempo para se pensar e elaborar, por isso segue- se a sequência rápida de intubação com DOPE: Deslocamento (checar posicionamento do tubo) Obstrução (checar se há obstrução) Pneumotórax Estrutura (paciente bem posicionado em relação a máquina) B – Respiração Se a criança ou o bebê não estiver respirando efetivamente, é um evento com risco de vida e deve ser tratado como parada respiratória. Está respirando muito rápido ou muito lento? A taquipneia tem um diagnóstico diferencial extenso Bradipneia pode ser um sinal de PCR iminente Existe aumento de esforço respiratório? Sinais de aumento do esforço respiratório Sons nos pulmões e vias aéreas É necessário uma via aérea avançada? Sat de O2 IOT Crico C – Circulação Frequência e ritmo cardíaco Pulsos (periféricos e centrais – entre 5 e 10 s) Tempo de preenchimento capilar (<2 s) Coloração e temperatura Sinal de perda volêmica infundir Volume a ser infundido é preciso conhecer o peso do paciente Perguntar ao cuidador da vítima seu peso Réguas de medida para estimar o peso pela altura Fórmula: 2x idade em anos +10 (se as anteriores não forem possíveis) É necessário estimar o volume circulatório também e a tabela pode ajudar: Resposta do corpo ao comprometimento circulatório: Fase precoce: taquicardia, pulsos finos e perfusão periférica letificada. Corpo ainda consegue manter um débito cardíaco e uma pressão arterial. Fase tardia: hipotensão e queda do DC Estimar a PA: Checar pulso: Criança > 1 ano: carotídeo ou femoral Lactente (Entre 1 e 12 meses): braquial ou femoral D – Disfunção AVDI Glasgow AVDI: E – Exposição É classicamente mais importante quando o paciente pediátrico pode ter sofrido um trauma Buscar sinais de trauma, queimaduras, fraturas e qualquer outro sinal que possa fornecer pista sobre a causa do problema atual Presença ou progressão petéquias e púrpuras OBS: o paciente pediátrico perde temperatura mais rapidamente que adultos cubra e aqueça o indivíduo logo após a avaliação do corpo inteiro. ALERTA • Pode estar com sono, mas ainda interativo VOZ • Só pode ser despertado falando ou gritando DOR • Só pode ser despertado induzindo dor IRRESPONSIVO • Não é possível que o paciente responda Avaliação Secundaria: SAMPLE Sinais e sintomas Alergias Medicamentos em uso Passado médico Last meal (última refeição) Eventos Sinais e sintomas: Avalie eventos recentes relacionados ao problema atual Doença precedente, atividade perigosa Examine o paciente da cabeça aos pés para o seguinte: Consciência, delírio Agitação, ansiedade, depressão Febre Respiração Apetite Náusea / vômito Diarréia (sangrenta) RÍTMOS CHOCÁVEIS: Acesso IO: A relativa suavidade dos ossos em crianças pequenas Meio rápido e útil para administrar fluidos e medicamentos em situações de emergência Acesso intravenoso não pode ser realizado de maneira rápida ou eficiente. Qualquer medicamento que possa ser administrado através de uma veia pode ser administrado na medula óssea sem ajuste da dose. Contra-indicações: fratura óssea, histórico de malformação óssea e infecção no local de inserção Ventilação com máscara de bolsa: Requer ajuste adequado: boca e o nariz devem ser cobertos firmemente, mas não os olhos. Máscara transparente permite ver a cor dos lábios e a presença de condensação na máscara indicando expiração Os dois tipos mais comuns de máscaras de bolsa são autoinfláveis e infláveis. Auto inflável primeira escolha em ressuscitações, mas não deve ser usada em crianças ou bebês que respiram espontaneamente. Ventilação com máscara e balão (ambu). Com inflador de fluxo exigem mais treinamento e experiência para operar corretamente, pois o fornecedor deve gerenciar simultaneamente: Fluxo de gás Vedação adequada da máscara Posição do pescoço do indivíduo Volume corrente adequado. Tamanho mínimo deve ser de 450 mL para bebês e crianças pequenas e / ou pequenas. As crianças mais velhas podem precisar de um saco de volume de 1000 mL. Ajustes básicos da via aérea: Via aérea orofaríngea – cânula orofaríngea: Dispositivo em forma de J, se encaixa sobre a língua para manter estruturas hipofaríngeas moles e a língua longe da parede posterior da faringe Indicações: Risco de desenvolver obstrução das vias aéreas pela língua ou pelo músculo relaxado das vias aéreas superiores Esforços para abrir as vias aéreas falharem em fornecer e manter uma via aérea clara e desobstruída Ajustes básicos na via aérea: via aérea orofaríngea Contraindicações: Não usar em pessoa consciente ou semiconsciente Se a pessoa tiver reflexo de tosse ou vomito intacto Via aérea nasofaríngea: Tubo sem manguito de borracha ou plástico macio que fornece um canal para o fluxo de ar entre as narinas e a faringe. Indicações: Alternativa à cânula de Guedel em pessoas que precisam de um complemento básico para o gerenciamento das vias aéreas. Pessoas conscientes ou semiconscientes (pessoas com tosse ou reflexo de vômitos). Quando a inserção de uma cânula de Guedel é tecnicamente difícil ou perigosa. Contraindicações: pessoa com fraturas faciais óbvias. Aspiração: Componente essencial da manutenção de uma via aérea patente. Os profissionais devem aspirar as vias aéreas imediatamente se houver secreções abundantes, sangue ou vômito. As tentativas de sucção não devem exceder 10 segundos. Sucção com um curto período de administração de 100% de oxigênio. Monitore a fc, a sat de O2 e a aparência clínica durante a aspiração. Alteração no monitoramento interromper a sucção e administrar O2 até que a fc volte ao normal e até que a condição clínica melhore. Auxiliar a ventilação conforme necessárioRitmos chocáveis: OBS: Vasopressina não é indicada. Desfibrilação Independentemente da forma de onda, a dose de energia recomendada é de 2 joules/kg para o primeiro choque, aumentando até 4 joules/kg para tentativas adicionais DEA – Pode ser usado em crianças a partir de 1 ano. O DEA com cabos pediátricos é preferido para crianças entre 1 e 8 anos. FV / TVSP: 1. Iniciar RCP Identifica o ritmo 2. CHOQUE RCP por 2 minutos 3. Ritmo chocável? – CHOQUE RCP por 2 minutos + Epinefrina 4. Ritmo chocável? – CHOQUE RCP por 2 minutos + Amiodarona ou Lidocaína (dose de ataque de 1 mg/Kg) Quando retornar, iniciar os cuidados pós parada DOSES: Epinefrina IV/IO – 0,01 mg/Kg – dose máxima 1mg Iniciar no segundo choque - Repetir de 3 a 5 minutos Amiodarona IV/IO – bolus de 5 mg/Kg – pode ser repetida em um total de 3 doses Iniciar no terceiro choque RITMOS NÃO CHOCÁVEIS: São os principais ritmos em pacientes pediátricos. Principais causas reversíveis: 5Hs e 5Ts IMPORTANTE: Protocolo da linha reta – CAGADA Verificar – Cabos Aumentar – Ganho Mudar – Derivação AESP / Assistolia: IMEDITAMENTE: Epinefrina IV/IO – 0,01 mg/Kg – a cada 3 a 5 minutos RCP por 2 minutos Ritmo não chocável? – RCP e Epinefrina BRADIARRITMIAS: Sinais e sintomas: Baixa pressão arterial Edema/congestão pulmonar Ritmo anormal Desconforto no peito Falta de ar Tontura/confusão/síncope CHOQUES: 2 J/Kg 4 J/Kg 6 J/Kg 8 J/Kg 10 J/Kg Identificando a BRAD: 1 passo: Análise e FC A frequência é < 60 bpm OBS: repercussões clínicas são mais comuns quando FC < 50 bpm 2 passo: Análise da onda P Onda P é totalmente visível? Toda onda P pertence a um complexo QRS? OBS: ritmo sinusal = onda P positiva em D1 e D2. 3 passo: Observe o intervalo PR Intervalo PR normal = 120 a 200 ms (3 a 5 quadradinhos) Alguns BAV aumentam o intervalo PR e ficam maiores que 5 quadradinhos CAUSAS: Bradicardia Sinusal: Onda P facilmente visível Onda P positiva em D1 e D2, antecedendo todo QRS QRS estreito RR regular e intervalo PR menor que 200ms. Conclusão: é um ritmo “normal”, única diferença é FC <60 bpm BAV de 1 grau: Bradiarritmia benigna. FC < 60 bpm Todas as ondas P antecedem um complexo QRS. Atraso na condução intervalo PR é maior que 200ms. BAV – Mobtiz I: Algumas ondas P não produzem QRS Intervalo PR se alarga até falhar e não produzir QRS “Nem sempre P conduz QRS” BAV – Mobtiz II: Intervalo PR alargado e “fixo” PR é constante e “do nada” a onda P é bloqueada e não produz QRS BAV completo: Ritmo anárquico Átrio em uma FC, ventrículo em outra Dissociação ventrículo produz seu próprio estímulo. Melhor forma de ver = DII longo. TTO: A Brad sintomática deve ser tratada imediatamente. MOVE PACIENTE COM BRADIARRITMIA APRESENTA comprometimento cardiopulmonar Estado mental agudamente alterado Sinais de choque Hipotensão Se os sintomas persistirem após a oxigenação e ventilação: Realizar as manobras de RCP Epinefrina Atropina para tônus vagal aumentado ou bloqueio AV primário Considere estimulação transtorácica ou marca-passo transvenoso Identifique e trace as causas subjacentes Perfusão adequada o objetivo principal do tratamento sintomático da bradicardia O tratamento não visa necessariamente aumentar a frequência cardíaca. O tratamento deve continuar até que os sintomas / sinais resolvam. Sempre considere as causas reversíveis de bradicardia na pediatria e trate, se possível. TAQUIARRITMIAS: Frequência cardíaca maior do que o que é considerado normal para a idade de uma criança. Pode ser fatal se comprometer a capacidade do coração de perfundir com eficácia. Sinais e Sintomas: No geral, os sintomas são inespecíficos Nos lactentes Irritabilidade Inapetência Qualquer faixa etária Angústia ou insuficiência respiratória Má perfusão tecidual (por exemplo, baixa produção de urina) Estado mental alterado Edema / congestão pulmonar Pulso fraco e rápido QRS estreito: Taquicardia Sinusal: Padrão normal com ritmo mais rápido que o adequado Provavelmente não perigoso Comumente ocorre durante o estresse ou febre Impulso elétrico se inicia no nó sinusal Flutter Atrial: Ondas F com aspecto serrilhado Flutter típico: onda F negativa na parede inferior Flutter atípico: onda F positiva na parede inferior RR pode ser regular ou irregular e a sua condução mais frequente é de 2:1 DOSES: Epinefrina IV/IO 0,01 mg/Kg da concentração de 0,1 mg/mL – repetir a cada 3 ou 5 min Atropina IV/IO 0,02 mg/Kg Dose mínima 0,1 mg Dose máxima de 0,5 mg Respeita a dose mínima atropina em doses inferiores a 0,1 mg pode piorar a bradicardia (bradicardia paradoxal). Taquicardia Supraventricular: O impulso elétrico se inicia logo acima do ventrículo, com reentrada por uma via de condução acessória Onda P ausente ou, se presente, com morfologia anormal. Dificuldade em determinar o intervalo PR. O RR é constante e o QRS estreito Fibrilação Atrial: RR irregular; Onda P não visível; Pode haver onda F QRS largo: Taquicardia Ventricular: Critérios de Brugada Ausência de RS nas precordiais? RS > 100 mm em derivação precordial? Dissociação AV? TSV com aberrância? TTO: Taquicardia Sinusal: Tratar a doença ou o distúrbio de base levou ao quadro. Taquicardia Ventricular: Estável + pulso : Cardioversão elétrica (0,5-1 J/kg). Paciente sem pulso ou inconsciente: iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Desfibrilação com carga inicial de 2J/kg e, se não houver resposta, aumentar para 4J/kg (máx de 10J/kg). Após 2º choque sem resposta, avaliar a introdução de antiarrítmico (amiodarona, lidocaína ou procainamida). Torsade de pointes: sulfato de magnésio.. Taquicardia Supraventricular: TSV estável: Manobras vagais (gelo na face ou Valsalva) A conduta consiste em ministrar Adenosina ou sedar e preparar o paciente para cardioversão sincronizada se não for possível obter acesso ou evoluir com instabilidade TSV instável: Adenosina o 1 dose: 0,1 mg/Kg (máx 6 mg) o 2 dose: 0,2 mg/Kg (máx 12 mg) Sedação e analgesia, seguida de CVE CVE o 1 choque: 0,5 J/Kg o 2 choque: 1 J/Kg o 3 choque: 2 J/Kg Taquicardia Monomórfica: Amiodarona: 5mg/Kg – durante 20 a 60 minutos – dose máxima de 300 mg Taquicardia Polimórfica: Tratar com desfibrilação: 2 J/Kg 4 J/Kg 6 J/Kg 8 J/Kg 10 J/Kg
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