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1 Prática Clínico Cirúrgico II Júlia Saraiva Regulação da pressão arterial & bases farmacológicas da terapêutica cardiovascular Pressão arterial DC e RVP influenciam diretamente a PA e são neles que os fármacos atuam PA = DC X RVP O objetivo principal do tratamento anti- hipertensivo é reduzir morbidade e mortalidade cardiovasculares associadas à HAS Terapias não medicamentosas - redução de peso corporal (em indivíduos com sobrepeso) - Moderação de bebidas alcoólicas e abandono do tabagismo - atividade física (aeróbico > 30 min ao dia) - restrição do consumo de sódio (<5g ao dia) Terapias farmacológicas - classificadas de acordo com locais ou mecanismo de ação - ação farmacológica sobre o DC ou RVP A associação de fármacos é muito frequente ! Angiotensina II estimula receptores AT1 das artérias -> vasoconstrição Estimula SNC -> aumenta a PA Aumenta a aldosterona Hipertrofia cardíaca leva à insuficiência cardíaca Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) Tudo que termina com “pril” Captopril precisa ser tomado em jejum Ações farmacológicas: - Bloqueiam a enzima conversora de Angiotensina (ECA) -> Não há formação de angiotensina II - Diminuição da degradação de bradicinina que aumenta a produção de óxido nítrico nos vasos (ação vasodilatadora) Monoterapia ou associados Controlam a PA e - regressão da hipertrofia cardíaca - retardam a progressão da nefropatia diabética (proteinúria) Primeira escolha para pacientes que: - Portadores de IC 2 Prática Clínico Cirúrgico II Júlia Saraiva - hipertensos com problemas renais - pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana Efeitos adversos Tosse seca causada pelo aumento da bradicinina Angioedema: bradicinina aumenta o óxido nítrico -> vasodilatação periférica Diminuição da PA Aumento do Potássio Erupção cutânea Bloqueador de receptor de angiotensina (BRA) Ou antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA) Tudo que termina com “artana” Ação farmacológica: Bloqueiam os receptores AT1 de angiotensina II – revertem a vasoconstrição e inibem a liberação de aldosterona Reduzem a PA de maneira equivalente aos IECA Não altera os níveis de bradicinina Monoterapia ou associados Controlam a PA e - regressão da hipertrofia cardíaca - retardam a progressão da doença renal crônica em pacientes hipertensos com ou sem diabetes melito -> redução da albuminúria Efeitos adversos - tosse seca (10% menor que enalapril) - hiperpotassemia - erupção cutânea - hipotensão - febre Inibidor de renina (iDR) Inibe diretamente a renina, assim atuam mais precocemente no sistema renina-angiotensina- aldosterona Redução da PA com eficácia similar aos IECAs e BRAs e é mais caro Monoterapia ou associado Efeitos adversos - diarreia - tosse seca (menor) - hiperpotassemia Bem tolerado em - idosos - pacientes com doenças hepáticas - pacientes com insuficiência renal - pacientes com DMII Bloqueadores dos receptores adrenérgicos beta Terminam em “lol” Antagonistas dos receptores Beta-1 (coração e complexo justaglomerular) Coração: diminui o débito cardíaco – pressão diminui Rim: diminui a liberação de renina – diminui a pressão arterial Vasodilatadores 1° geração: bloqueia beta 1 e beta 2 2° geração: bloqueia só beta I 3° geração: bloqueia só o beta I e traz outros benefícios que ajudam a controlar a pressão Efeitos adversos - bradicardia - fadiga - insônia - disfunção sexual Bloqueadores dos receptores alfa-1 adrenérgicos Terminam com “zosina” Antagonistas dos receptores alfa – 1 - redução da PA - hepático: modulação da glicogenólise e gliconeogênese - alívio de sintomas prostáticos (pacientes com hipertrofia benigna da próstata) 3 Prática Clínico Cirúrgico II Júlia Saraiva Evita a vasocontrição, prevalecendo a vaso dilatação Não consegue esvaziar a bexiga de maneira eficiente Efeitos adversos - hipotensão ortostática - risco de ICC Bloqueadores de canais de cálcio (BCC) ou Antagonistas dos canais de cálcio (ACC) Canais de Ca2+ sensíveis a voltagem lento Medeiam a entrada de Cálcio nos miócitos musculares lisos, cardíacos e nas células do nodo sinoatrial e atrioventriculares Redução da massa hipertrófica cardíaca (mecanismo ainda não conhecido e menos eficazes que IECA) Efeitos adversos - rubor - cefaleia - constipação - fadiga - vertigem - hipotensão Diuréticos Atuam no néfron Tratamento HAS e edemas (IC, ascite hepática, síndrome nefrótica, pré-menstrual e pulmonar agudo) Ações farmacológicas (1) – natriurese por inibirem a reabsorção de sódio no néfron – agudo (semanas/meses) e não crônico (3) – vasodilatação a longo prazo (sem explicações comprovadas) Grupos de diuréticos (1) – triazídicos Ex: hidrocloritiazida, clortalidona e indapamida Não usar em pacientes com função renal inadequada 3-4 semanas para reduzir de modo estável a PA Efeitos adversos - hipopotassemia e hiponatremia, hiperuricemia, hiperglicemia, hipotensão, hiperlipemia, disfunção erétil Diminui potássio -> arritmia e parada cardíaca Hiperuricemia -> gota Aumento da glicemia Aumento de lipídios (2) – poupadores de potássio e antagonistas dos receptores de aldosterona Amilorida, trianterno: inibem o transporte de sódio nos ductos distais e coletores. Aumenta a excreção de sódio e diminui de potássio. Reduzem a perda de potássio na urina. Espironolactona, eplerenona: Antagonistas dos receptores da aldosterona. Reduzem a perda de potássio na urina. Não são diuréticos muito eficientes. Utilizados em associação. (3) De alça (4) Osmóticos (5) Inibidores de anidrase carbônica Usos terapêuticos Edema Hiperaldosteronismo (antagonista dos receptores de aldosterona) IC Acne -> diminui os hormônios masculinos em mulheres – antagonistas dos receptores de aldosterona Efeitos adversos • Amilorida, trianterno: retenção de ácido úrico e cãibra nas pernas. • Espironolactona, eplerenona: ginecomastia e irregularidades menstruais, distúrbios gástricos (úlcera), hiperpotassemia.
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