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PRÁTICA SIMULADA V - AV2

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PRÁTICA SIMULADA V 
Aluna: Larissa de Souza Barbosa. 
Matricula: 2018041236896 
 
 
AV2 
 
EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 PARTIDO POLÍTICO XXX, com representação no Congresso 
Nacional, representado por seu Presidente..., inscrito no CNPJ sob o nº..., com sede em 
..., por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., para onde devem ser remetidas 
as notificações e intimações, nos termos do art. 39, I, do CPC, vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1º e seguintes da Lei nº 9.882/99, 
propor: 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 
 
 Pelo rito especial, em face do MUNICÍPIO Y, com base no artigo 103, § 1º, da 
CRFB/88, que sancionou Lei Orgânica nº XXXX, mais precisamente o artigo 7º que está 
em desacordo com a Constituição Federal, pelos argumentos de fato e de direito a seguir 
expostos: 
 
I - DA LEGITIMIDADE 
 O art. 103,VIII da CF/88 elenca o partido político como legitimado ativo para 
propor a presente ação e ainda caracteriza o mesmo como legitimado extraordinário. 
 Importante frisar que a legitimidade ativa do autor independe da pertinência 
temática. 
 
II -DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 Com legitimidade amparada no art. 102, § 1° da CRFB/88, a saber: 
 
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) 
§1° A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo 
Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. ” 
Assim, a presente demanda funda-se no texto constitucional mencionado, e, ainda, na 
previsão do artigo 1º, § único e inciso I da Lei nº 9.882/99: 
 “Art. 1º A arguição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá 
por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, 
resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de 
preceito fundamental: 
 I - Quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal, incluídos os anteriores à Constituição. ” 
 
Logo, é de competência originária do STF o processamento e julgamento da 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
 
É certo que frente à violação de preceito fundamental a competência originária 
do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada. 
 
III – DO CABIMENTO 
Com respaldo na Lei nº 9.882/99 , vemos no caso em tela, que trata-se de uma 
arguição de natureza autônoma, cuja matriz se encontra no caput do artigo 1° da citada 
lei. 
 A ADPF no caso em tela constitui uma ação, análoga às ações diretas já 
instituídas na Constituição, por via da qual se suscita a jurisdição constitucional abstrata 
e concentrada do Supremo Tribunal Federal. No presente caso estão presentes os três 
pressupostos de cabimento da arguição autônoma: (i) a ameaça ou violação a preceito 
fundamental; (ii) um ato do Poder Público capaz de provocar a lesão; (iii) a inexistência 
de qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
No que tange à ameaça ou violação a preceito fundamental, está representada no 
caso em tela por meios dos seguintes dispositivos: o princípio da dignidade da pessoa 
humana (artigo 1°, III, CRFB/88); a cláusula geral da liberdade, extraída do princípio da 
legalidade (artigo 5°, II, CRFB/88); e o direito à saúde (artigos 6° e 196 CRFB/88). 
Quanto ao ato do Poder Público que pode ser objeto de ADPF autônoma, neste 
estão incluídos os de natureza normativa, administrativa e judicial, na presente hipótese, 
o ato estatal do qual resulta a lesão que se pretende reparar. 
Diante do caráter de subsidiariedade da ADPF, prevista no artigo 4º, § 1º, da Lei 
nº 9.882/99, pode-se afirmar que inexiste outro meio eficaz capaz de sanar a lesão, 
razões pelas quais afigura-se correto o entendimento quanto ao cabimento da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental suscitada na presente ação. 
 
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
 O que ocorre é que o Município Y, em sua Lei Orgânica n. XXXX, mais 
precisamente em seu artigo 7º que diz: 
 “ficam vedadas em todas as dependências das instituições da rede 
municipal de ensino a adoção, divulgação, realização ou organização de 
políticas de ensino, currículo escolar, disciplina obrigatória, 
complementar ou facultativa, ou ainda atividades culturais que tendam a 
aplicar a ideologia de gênero, o termo ‘gênero’ ou ‘orientação sexual, 
perante ao corpo docente das Escolas do Município.” 
A referida Lei Orgânica em seu art. 8º prevê, ainda, a aplicação de penalidade de 
suspensão e exoneração do docente que não cumprir tal dispositivo. 
 
Nobre julgador, é sabido que a igualdade de gênero é descrita no primeiro inciso 
do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988. No meio jurídico, esse conceito está 
inserido no Princípio da Igualdade, também conhecido como Princípio da Isonomia. 
Além disso, a nossa carta magna no mesmo artigo no seu inciso XIV diz que 
“é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o 
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional” 
 
Vossa Excelência, é notório que tal lei é extremamente absurda uma vez que fere 
ao artigo 1º, III, artigo 5º, II, artigo 6º, caput, e artigo 196, todos da CRFB/88, artigos 
esses que nos traz as diretrizes do princípio da Dignidade Humana, direito à liberdade e 
autonomia da vontade, Princípio da legalidade. Preceitos Fundamentais para nossa vida 
em sociedade. 
 
No entanto, a despeito de não se poder estabelecer, aprioristicamente, quais 
seriam os preceitos tidos por fundamentais na Constituição Federal, impõe-se desde já o 
reconhecimento de alguns princípios estruturantes do Estado Democrático de Direito 
Brasileiro, que se destacam pela importância e pela função irradiadora e orogenética no 
sentido de inspirarem a criação de outras regras no Ordenamento Jurídico. 
 
III- DA MEDIDA LIMINAR 
 No caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos do art. 102, I, p 
, da Carta Magna, corroborada pelos arts. 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem 
identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. 
O requisito do fu.mus boni juris fica patente na violação do texto constitucional. 
 E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal 
requisito na possibilidade identificada de dano irreparável aos professores, em face da 
relevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos 
advindos da norma ora vigente. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer o impetrante que Vossa Excelência: 
a) Que seja deferida medida liminar para que seja suspenso o procedimento de 
representação apresentado; 
b) A notificação dos órgãos e autoridades competentes pelo ato de violação dos 
preceitos arguidos; 
c) Seja notificado o advogado geral da união; 
d) Seja intimado o procurador geral da república; 
e) Seja julgado procedente o pedido para reconhecer a violação dos preceitos 
arguidos tomando as medidas cabíveis diante das violações apresentadas. 
 
V - DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, 
parágrafo único, da Lei nº 9.882/99, em especial a prova documental (em anexo cópia das 
decisões judiciais) 
VI – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil), artigo 291, do CPC/2015. 
Termos que, Pede Deferimento. 
(Local e Data) 
Advogado 
OAB/UF

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