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TABELA - IMUNOMODULADORES

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FARMACOS UTILIZADOS NA HEMATOPOIESE E IMUNOMODULAÇÃO
	FERRO
→ Importante para transporte de O2 e estoque do O2 em músculos *A taxa de absorção do ferro diária é baixa (1-2mg), por isso ele é reabsorvido, através de um ciclo (turnover).
ANEMIA: Diminuição da ingesta ou absorção inadequada + aumento da necessidade + déficit de utilização de ferro + perda de sangue.
Tratamento para anemia ferropriva/déficit de ferro: transfusão sanguínea, ferro oral, eritropoetina, ferro IV *Nem toda anemia precisa suplementação de Ferro.
Reposição oral em comprimidos ou gotas: sulfato ferroso / hidróxido de ferro III / ferro quelato / ferrocarbonila
Reposição Parenteral IM ou IV → Indicada em situações que o paciente não pode utilizar a VO (náuseas, hemorragia gástrica), devido à diminuição da absorção. A IV é complexo coloidal de sacarato de hidróxido de ferro III e a IM é complexo de hidróxido de ferro III polimaltosado. *O que muda na apresentação é a quantidade de ferro elementar.
REPOSIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
Eritropoetina: aumenta a síntese de eritrócitos. Produzida fisiologicamente quando há diminuição na pO2, estimulando a produção de hemácias (Aumenta hematócrito). Usada para aumentar resistência esportiva. Meia vida curta com difícil detecção. → Indicado quando há diminuição do hematócrito. (ex: perda sanguínea, CA de medula óssea) → Sofre O-glicosilação e N-glicosilação (biofármaco → molécula é produzida dentro de um organismo vivo, no caso a E. coli). ✓ Primeira geração: Proteínas com idêntica sequência de aminoácidos. Voltadas para a reposição ou aumento do nível de proteínas endógenas ✓ Segunda geração: Fração crescente dos biofármacos aprovados recentemente. - Geração de um produto de ação mais rápida ou mais lenta - Alteração do tempo de meia vida do produto - Alteração da imunogenicidade do produto - Desenvolvimento de proteínas terapêuticas híbridas. *A eritropoetina é um hormônio que atua como fator de crescimento, e está relacionada apenas a formação de eritrócitos.
Outras reposições: - Vitamina B12 - Folato *Auxiliam nos processos metabólicos → mediadores importantes (interferem na hematopoese porque são usados em células de crescimento rápido)
IMUNOMODELAÇÃO
Imunomoduladores são fármacos estimuladores ou supressores do sistema imune. A quantidade de imunossupressores é bem maior que a de imunoestimulantes.
Imunossupressores: glicocorticoides (Prednisolona), inibidores da calcineurina(ciclosporina e tacrolimos), antiproliferativos (sirolimo), antimetabólitos (azatioprina, leflunomide, metotrexato, ác. Micofenólico), imunobiológicos (biofármacos – muromonab, basiliximabe, daclizumabe).
Imunoestimulantes: BCG, interferons, interleucina 2, imunoglobulina, Filgrastim.
	IMUNOSSUPRESSORES
→ Aplicações clínicas: transplantes e pacientes com doenças autoimunes (Artrite reumatóide, psoríase grave, uveíte, miastenia gravis, síndrome nefrótica e glomerulonefrite).
AZATIOPRINA: Indicações clínicas: → Transplante → Artrite reumatóide → LES.
Mecanismo de ação: Inibição da produção de purinas → interfere na síntese de DNA e RNA → diminuição da produção de leucócitos e mediadores inflamatórios. Efeitos adversos: supressão de medula óssea, hepatotoxicidade.
INIBIDORES DE CALCINEURINA (CN): CICLOSPORINA: polipeptídeo cíclico;
TACROLINO: 100x mais potente que a ciclosporina, porém, com maior toxicidade 
*A ciclosporina é menos ativa que tacrolino, por isso, menos potente. Mecanismo de ação: Ligam-se a imunofilinas específicas presentes nos linfócitos T, interferindo na via de sinalização destes linfócitos. Estes medicamentos inativam a calcineurina, responsável pela via de transdução de sinal e de produção de IL-2. └ CsA: ciclofilina └ Proteína FK: tacrolino
Interação com outras drogas → Têm seu clearance aumentado quando administrados com indutores de CYPp450 (ex: fenobarbitúricos, fenitoína ou rifampicina). ↑ eliminação → ↑ chances de rejeição → Têm seu clearance diminuído quando administrados com inibidores de CYP450 (ex: eritromicina ou cetoconazol.). ↑ da concentração no organismo → toxicidade
Efeitos Adversos: Nefrotoxicidade, Neurotoxicidade, Hipertensão, hiperplasia gengival, Imunodepressão **O tacrolimo possui mais efeitos adversos. Usos terapêuticos → Psoríase → Uveite → Síndrome nefrótica → Atrite reumatóide → Glomerulonefrite → DM 1 → Rejeição de órgãos sólidos transplantados
SIROLIMO: Antiproliferativo. Apresenta sinergismo potente quando associada a outros imunossupressores → inibe pontos diferentes da via. Mecanismo de Ação: → Liga-se a uma imunofilina da família FK, mas não inibe a calcineurina. Inibe a enzima mTOR, uma serina-treonina, que é crítica para a transdução da sinalização da IL-2 → inibe a proliferação e diferenciação dos linfócitos T. 
Uso terapêutico: Rejeição aguda à transplantes de órgãos sólidos: renal e cardíacos. Farmacocinética → Baixa absorção oral → Meia vida longa (60h) → Metabolismo hepático pela CYP450 (interação com drogas similar aos inibidores da calcineurina) → Ação sinérgica com a ciclosporina. Efeitos Adversos: → Trombocitopenia → Leucopenia → Hiperlipidemia → DGI → Hepatotoxicidade → Apresenta baixa toxicidade renal
IMUNOBIOLÓGICOS (BIOFÁRMACOS): Anticorpos monoclonais: produzidos por uma técnica que se obtém apenas um clone → reconhecem apenas 1 antígeno.
MUROMONAB-CD3: Anticorpo monoclonal murino dirigido contra o antígeno CD3 em células humanas. Mecanismo de Ação: Após ligação no CD3, impede que o complexo fundamental para o reconhecimento da célula apresentadora de antígeno → a célula não é reconhecida → não ocorre ativação dos linfócitos T Indicações: → Rejeição aguda a transplantes → Efeito na rejeição aguda resistente a glicocorticoides. Efeitos adversos: → Síndrome aguda clínica conhecida como Síndrome da Liberação de Citocinas (SLC) → Sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, tremores, dor de cabeça, náusea, vômitos, artralgia, fraqueza muscular e mialgia.
BASILICIMAB E DACLIZUMAB Anticorpos monoclonais dirigidos contra o receptor da IL-2 (CD25) de células T humanas → Basiliximab é um anticorpo quimérico → Daclizumab é um anticorpo humanizado Mecanismo de Ação: Ligam-se a porção alfa do complexo CD25, na superfície dos linfócitos ativados, bloqueando a sinalização da IL-2 → Administração intravenosa.
	IMUNOESTIMULANTES
FILGRASTIM: fator estimulador de colônias de granulócitos humanos (G-CSF) → Importante em casos de neutropenia → Reduz neutropenia febril em pacientes com neoplasias não mieloides tratados com quimioterapia citotóxica → Reduz neutropenia e suas sequelas em pacientes submetidos à terapia mieloblativa, seguida de transplante de medula óssea.
LEVAMISOL → Ascaricida com capacidade de aumentar a resposta de células B, células T, macrófagos e monócitos → Adjuvante do tratamento com fluorouracil após ressecção cirúrgica de paciente com câncer de cólon 
BCG → Estimula o sistema imunológico contra tumores neoplásicos, por mecanismo desconhecido → Profilaxia de carcinoma de bexiga urinária
INTERFERONS RECOMBINANTES → Inibição por proliferação celular, aumento da fagocitose por macrófagos e aumento da citotoxicidade por linfócitos T → Hepatite 
INTERLEUCINA 2 → Imunidade celular com linfocitose, eosinofilia, trombocitopenia e liberação de outras citocinas (TNF, IL-1 e interferon γ) → Tratamento do carcinoma de células renais com metástase e melanoma. → Reações cardiovasculares adversas e aumento de risco de infecções graves devidas a prejuízo da função dos neutrófilos.

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