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1 0 T E S E S PA R A G A N H A R O M E R CA D O T R I B U TÁ R I O REVISADO POR : Lu is Wu lff Sócio-fundador da SW Advogados Este é u m conteúdo exc l us ivo da Stü rmer & Wu lff Advogados . É vedada a reprodução , d ivu lgação ou d ist ri bu ição deste materia l sem autorização prévia . 1 0 T E S E S PA R A G A N H A R O M E R CA D O T R I B U TÁ R I O ESCRI TO POR : I ng ridy Ol ive i ra Editora de Conteúdo da SW Advogados Se você ba ixou este e-book é porque tem a a mbição de atua r na á rea t ri butá ria e obter bons resu l tados com isso . Ou pe lo menos possu i a cu rios idade de saber se é poss íve l te r sucesso como advogado t ri buta rista . Mas i ndependentemente de qua l for o seu caso , u ma co isa é certa : este materia l é pa ra você . Nas próx i mas l i n has e pág i nas , i remos l he most ra r , com base na nossa experiênc ia no mercado t ri butá rio , qua is as teses que podem l he ajuda r a conqu ista r os objet ivos que você a l meja pa ra sua ca rre i ra ju ríd ica , quer e la já se desenvo lva no â mbi to fi sca l , quer não . I remos l he a ponta r poss i b i l idades pa ra crescer , i ncrementa r o seu portfó l io de serviços , fide l iza r ou mesmo at ra i r novos c l ientes , a pa rt i r das matérias ma is d iscut idas e re leva ntes da atua l idade t ri butá ria do nosso pa ís . Espera mos poder l he ajuda r ! AS T E S E S F I S CA I S Q U E P O D E M T E AJ U DA R A G A N H A R O M E R CA D O T R I B U TÁ R I O E XC LU SÃO D O I C M S DA BAS E D O P I S E DA C O F I N S P ú b l i c o - a l vo Empresas cont ri bu i ntes do ICMS e do P IS/COFI NS de qua lquer reg i me. No enta nto , pa ra p le i tea r a rest i tu ição dos c i nco a nos a nterio res , as empresas prec isa m esta r ou ter estado no l ucro presu mido ou a rb i t rado em a lgu m momento desse período . Aque les negóc ios que atua l mente est iverem ou que ten ha m estado enquad rados no Lucro Rea l pe los ú l t i mos c i nco a nos poderão a penas so l ic i ta r o afasta mento da cobra nça . C h a n c e d e êx i t o Í nd ice de probab i l idade de vi tó ria é de 20% a 40%. Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 3 a nos até o t râ ns i to em ju lgado , ma is 12 meses pa ra rest i tu ição ou compensação por precatório na via jud ic ia l , ou pa ra hab i l i tação dos créd i tos na via ad mi n ist rat iva P ro p o s t a Essa tese propõe a não i nc idênc ia do ICMS na base de cá lcu lo do P IS e da COFI NS . A just i ficat iva pa ra isso é o fato de que essas duas cont ri bu ições soc ia is devem ser cobradas sobre o fatu ra mento e , como o ICMS não tem natu reza de rece i ta , o seu reco l h i mento nessas c i rcu nstâ nc ias não fa ria sent ido e seria i nconst i tuc iona l . Os debates acerca da exc l usão do ICMS nas bases do P IS e da Cofi ns já são con hec idos de longa data dos cont ri bu i ntes e t ri buta ristas bras i le i ros . Mas fo i em 2017 que essa tese se tornou pauta consta nte no cená rio fi sca l do nosso pa ís . C o nt ext o Naque le a no , o Su premo Tri bu na l Federa l a na l i sou o Recu rso Espec ia l (RE) 574706 , que d iscut ia a matéria , e dec la rou que a i nc idênc ia do ICMS sobre P IS e COFI NS era i nconst i tuc iona l , recon hecendo o tema em repercussão gera l (Tema 69) — ou seja , estendendo os efe i tos da dec isão a todos os dema is processos em t râ mi te que d iscut ia m a tese em qua lquer t r i bu na l do pa ís . No enta nto , a Corte não determi nou qua l das pa rce las do i mposto estadua l deveria , de fato , ser exc l u ída — o ICMS destacado em nota ou o ICMS a reco l her , o qua l representa u m va lor ma ior que o pri me i ro e , porta nto , ofereceria às empresas u m ma ior benefíc io . I nteressada em mi n i miza r os da nos aos cofres púb l icos , a Fazenda Nac iona l i ng ressou com emba rgos dec la ratórios pa ra quest iona r o S i t u a ç ã oSTF qua nto a i sso , a le rta ndo pa ra os a l tos custos que a dedução do ICMS a reco l her poderia causa r à U n ião . A i nda , o recu rso da Fazenda so l ic i tou ta mbém a modu lação dos efe i tos da dec isão tomada pe la Su prema Corte , a fi m de que o d i re i to à rest i tu ição dos va lores pagos em re lação à i nc l usão do i mposto estadua l nas bases do P IS e da COFI NS fosse rest ri to a a lgu ns cont ri bu i ntes — aque les que já t ivessem aju izado ação sobre o tema até a data do t râ ns i to em ju lgado do processo — ou l i m i tado a u m determi nado período — torna ndo a cobra nça i nvá l ida a penas a pa rt i r de 2018 , o que i mped i ria rest i tu ições ret roat ivas . Por sua vez , a Rece i ta Federa l ta mbém demonst rou-se cont rá ria à exc l usão do i mposto destacado em nota , emi t i ndo , em 2018 , a Cos i t n° 13 , onde orientou os cont ri bu i ntes segu ndo o seu entend i mento . Em outubro de 2019 , o Fisco a i nda pub l icou a I nst rução Normat iva n° 1 .9 1 1 , fo rma l iza ndo o seu pos ic iona mento como reg ra . Tese com dec isão favoráve l aos cont ri bu i ntes proferida pe lo STF e repercussão gera l recon hec ida (Tema 69) , tendo a p l icação vá l ida a todos os ju izados e t ri bu na is do pa ís . Agua rda ju lga mento de emba rgos de dec la ração a presentados pe la Fazenda Nac iona l , mas não pode ser revert ida . No máx i mo , poderá ter os seus efe i tos modu lados . E XC LU SÃO D O D O P I S E DA C O F I N S D E S UAS P R Ó P R I AS BAS ES D E CÁ LC U LO P ro p o s t a Propõe a exc l usão do P IS e da COFI NS de suas próprias bases de cá lcu lo , toma ndo como just i ficat iva o entend i mento de que essas duas cont ri bu ições são dest i nadas ao Erá rio Federa l , não podendo ser ca racterizadas como rece i ta e , consequentemente , não podendo sofrer t r i butação como se fatu ra mento fossem. Derivada da Tese do Sécu lo , a tese que propõe a exc l usão do P IS e da COFI NS de suas próprias bases de cá lcu lo é u ma das pautas ma is comentadas no jud ic iá rio hoje , d ivid i ndo op i n iões . C o nt ext o Segu i ndo a mesma lóg ica de que o ICMS não pode sofrer a i nc idênc ia do P IS e da COFI NS por não const i tu i r fatu ra mento aos cont ri bu i ntes , e la sugere que essas duas cont ri bu ições , embora cobradas sobre va lores rece i tuá rios , não são , por s i sós , rece i tas . O que , por sua vez , just i fica ria a exc l usão de suas próprias bases de cá lcu lo . A lém d isso , a rgu menta-se que os va lores dessas cont ri bu ições já estão embut idos ne las mesmas , não ex ist i ndo , porta nto , razão pa ra que e las servissem de base pa ra a própria cobra nça . P ú b l i c o - a l vo Todas as empresas enquad radas no reg i me do Lucro Rea l . C h a n c e d e êx i t o Probab i l idade Razoáve l . Cha nce de êx i to de 20% a 40%. Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 10 a nos até o t râ ns i to em ju lgado . S i t u a ç ã o Pa ra dec id i r sobre a matéria , o Su premo Tri bu na l Federa l está a na l i sa ndo o RE 1233096 , recon hec ido com força de repercussão gera l (Tema 1067) . Ent re os dema is t ri bu na is , o caso já gerou a lgu mas vi tó rias em favor dos cont ri bu i ntes . J u ízes da 2° Va ra Federa l de Cu ri t i ba e da 5° Va ra C íve l Federa l de São Pau lo , por exemp lo , já emi t i ra m pa receres afasta ndo a cobra nça , toma ndo como base o ju lga mento de 2017 do STF acerca da i nc idênc ia do ICMS nas bases do P IS e da COFI NS . E XC LU SÃO D O S C R É D I TO S P R ES U M I D O S D E I C M S DA BAS E D O P I S , DA C O F I N S , D O I R PJ E DA C S L L P ú b l i c o- a l vo Empresas do Lucro Rea l , no reg i me não-cu mu lat ivo de P IS e COFI NS , que a prove i tem créd i tos presu midos de ICMS. C h a n c e d e êx i t o Alta mente prováve l pa ra a exc l usão dos créd i tos presu midos da base do P IS e da COFI NS . Cha nce de êx i to de 75%. Prováve l pa ra exc l usão nas bases do I RPJ e da CSLL . Cha nce de êx i to de 50%. Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 2 a nos até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Por entender que os créd i tos presu midos de ICMS não têm natu reza de rece i ta ou fatu ra mento , esta tese propõe que e les seja m exc l u ídos da base do P IS , da COFI NS , do I RPJ e da CSLL . Em 201 1 , a Rece i ta Federa l pub l icou a So l ução de D ivergênc ia n° 13 , i nst ru i ndo as empresas qua nto ao seu entend i mento em re lação aos créd i tos presu midos de ICMS. Ao ver do Fisco , e les deveria m ser cons iderados como rece i ta por aque les cont ri bu i ntes que a pu ra m P IS e COFI NS de forma C o nt ext o não-cu mu lat iva , i nteg ra ndo , porta nto , a base de cá lcu lo dessas cont ri bu ições . De forma seme l ha nte , a Rece i ta a i nda demonst rou entend i mento de que as empresas no Lucro Rea l devem i nc l u i r os seus créd i tos presu midos de ICMS no cá lcu lo do I RPJ e da CSLL , posto que , a pós a a pu ração do l ucro t ri butáve l , esses cont ri bu i ntes devem reg ist ra r ta is c réd i tos na categoria de “out ras rece i tas ” . Na via jud ic ia l , ent reta nto , o entend i mento sobre essa matéria é out ro . Ana l i sa ndo o tema por meio do REsp 1463364 , o Su perio r Tri bu na l de J ust iça já dec la rou que créd i tos presu midos de ICMS não têm natu reza de rece i ta ou fatu ra mento , não podendo , dessa forma , compor base pa ra as cont ri bu ições ao P IS e à COFI NS . No S i t u a ç ã o que d iz respe i to à i nc idênc ia desse i mposto estadua l sobre o I RPJ e a CSLL , o Tri bu na l Reg iona l da 4°ª Reg ião vem se most ra ndo favoráve l aos cont ri bu i ntes , emi t i ndo dec isões que afasta m a cobra nça do ICMS sobre esses t ri butos . Em re lação à exc l usão dos créd i tos presu midos de ICMS da base do P IS e da COFI NS , o tema já está pac i ficado no a mbiente do jud ic iá rio , em face da dec isão do STJ no REsp 1463364 . A i nda , o STF ta mbém se ma n isfestou favorave l mente aos cont ri bu i ntes em recente pa recer emi t ido no RE 835818 . No que compete à exc l usão desses mesmos créd i tos da base do I RPJ e da CSLL , contudo , a i nda não há pos ic iona mento da Corte . E XC LU SÃO D O R AT , D O I N S S E DA C O N T R I B U I ÇÃO AO S I ST E M A S S O B R E V E R BAS I N D E N I Z ATÓ R I AS P ú b l i c o - a l vo Empresas de qua lquer reg i me que possuem express ivo quad ro de fu nc ioná rios ou de empregados autônomos cont ratados . C h a n c e d e êx i t o Va riáve l ent re 20% e 70%, dependendo da verba i nden izatória em questão . Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 3 a nos até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Propõe que as verbas de natu reza i nden izatória não i nteg rem a base do cá lcu lo das cont ri bu ições previdenc iá rias ao RAT, ao S istema S ou ao I NSS por não serem ret ri bu ição por t raba l ho prestado . Cont ri bu ições previdenc iá rias , a exemp lo do RAT, do I NSS e das dest i nadas ao S istema S , têm como base de cá lcu lo os va lores pagos a t ítu lo de remu neração por u ma empresa aos seus fu nc ioná rios . I sso s ig n i fica que os cont ri bu i ntes devem paga r esses t ri butos sobre toda e qua lquer verba que se propon ha a ret ri bu i r u m empregado por seus C o nt ext o serviços prestados ou mesmo pe lo tempo ded icado em pro l de seu t raba l ho . Mas embora esse entend i mento ten ha perfe i ta va l idade teórica , na prát ica , e le mu i tas vezes não é a p l icado como deveria . Não são poucos os casos de cont ri bu ições ao RAT, I NSS e S istema S sendo fe i tas sobre va lores de natu reza i nden izatória pagos por u m empregador aos seus fu nc ioná rios . Férias , déc i mos terce i ros sa lá rios , aux í l ios-doença e out ros benefíc ios que não estão dest i nados à remu neração têm s ido i ndevida mente i nc l u ídos no cá lcu lo dessas referidas cont ri bu ições , onera ndo as cont ratações t raba l h istas por pa rte das empresas . S i t u a ç ã o O Su perio r Tri bu na l de J ust iça já a na l i sou a lgu ns casos d iscut i ndo a matéria e se most rou favoráve l aos cont ri bu i ntes em re lação a não i nc idênc ia do RAT, do I NSS e das cont ri bu ições ao S istema S sobre o terço const i tuc iona l de férias , o aviso prévio i nden izado , o sa lá rio matern idade e o aux í l io -doença pago pe lo empregador nos pri me i ros 15 d ias de l icença do fu nc ioná rio . Em re lação às férias e ao déc i mo terce i ro sa lá rio proporc iona l ao aviso prévio i nden izado , os pa receres do Órgão a i nda d ivergem. E XC LU SÃO D O D O I C M S E D O I S S DA BAS E DA C P R B P ú b l i c o - a l vo Cont ri bu i ntes do ICMS e/ou do ISS que esteja m obrigados ao reco l h i mento da CPRB. C h a n c e d e êx i t o Alta mente prováve l . Í nd ice de cha nce de vi tó ria de 75%. Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 3 a nos até o t râ ns i to em ju lgado , ma is 12 meses pa ra rest i tu ição ou compensação por precatório na via jud ic ia l , ou pa ra hab i l i tação dos créd i tos na via ad mi n ist rat iva . P ro p o s t a Esta tese afi rma que o ICMS e o ISS , por não terem natu reza de rece i ta , não devem i nteg ra r a base de cá lcu lo da CPRB , que por sua vez , conforme o próprio nome i nd ica , é u ma cont ri bu ição previdenc iá ria que i nc ide sobre a rece i ta bruta . Com o objet ivo de desonera r a fo l ha de paga mentos das empresas , a Le i n° 12 .546 , de 14 de dezembro de 201 1 , autorizou a lgu ns cont ri bu i ntes ao paga mento da Cont ri bu ição Previdenc iá ria Pat rona l em percentua is de 1% a 2% sobre a rece i ta bruta , ao i nvés dos regu la res 20% i nc identes sobre os sa lá rios por e les pagos . C o nt ext o Contudo , essa muda nça fez su rg i r quest iona mentos acerca da re lação do ICMS e do ISS com o conce i to de rece i ta bruta . Pa ra a Fazenda Nac iona l , o a rt igo 9º , §7º , i nc iso IV da norma de 201 1 most ra que ta nto o i mposto estadua l qua nto o mu n ic i pa l devem i nteg ra r esse t i po de rece i ta , compondo , porta nto , a base de cá lcu lo da CPRB. No a mbiente jud ic iá rio , ent reta nto , a lgu mas dec isões favoráve is aos cont ri bu i ntes já fora m proferidas , permi t i ndo o afasta mento da cobra nça do ICMS e do ISS nas referidas c i rcu nstâ nc ias . De acordo com o entend i mento do Tri bu na l Reg iona l da 4° Reg ião , i nc l us ive , a i nc idênc ia desses do is t r i butos na base da CPRB é i nconst i tuc iona l , posto que e les não possuem, de forma a lgu ma, natu reza de rece i ta . S i t u a ç ã o Embora a matéria a i nda não ten ha s ido pac i ficada , ex iste ju ri sprudênc ia sufic iente pa ra embasa r a exc l usão do ICMS e do ISS da base da CPRB sob o a rgu mento da i nconst i tuc iona l idade . Em a lgu mas ações , o tema fo i cons iderado a ná logo à Tese do Sécu lo , que defende a não i nc idênc ia do ICMS nas bases do P IS e da COFI NS sob a just i ficat iva de que esse i mposto estadua l a penas c i rcu la pe lo ca ixa da empresa , não podendo se const i tu i r como pa rte de sua rece i ta bruta . C R E D I TA M E NTO D O D O P I S E DA C O F I N S N O R EG I M E M O N O FÁS I CO P ú b l i c o - a l voEmpresas cujas mercadorias vend idas ou revend idas não sofra m i nc idênc ia de P IS e COFI NS no s istema monofás ico e não se ut i l i zem dos créd i tos decorrentes . C h a n c e d e êx i t o Prováve l . 70% de cha nce de êx i to . Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 1 a no até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Defende que a ma nutenção de créd i tos de P IS e COFI NS pode ser fe i ta sobre vendas e revendas i ndependentemente dessas esta rem ou não suje i tas à a l íquota zero no reg i me monofás ico , i nc l us ive qua ndo performadas por empresas não vi ncu ladas ao REPORTO. Esta tese t ri butá ria envo lve t rês le is , em espec ia l : a 10 .637/2002 , que d iscorre sobre o P IS ; a 10 .833/2003 , que regu la menta a COFI NS ; e a 1 1 .033/04 , que i nst i tu i u o REPORTO (Reg i me Tri butá rio pa ra I ncent ivo à Modern ização e à Amp l iação da Est rutu ra Portuá ria ) . Em re lação às C o nt ext o duas pri me i ras normas , em seus respect ivos a rt igos 3º , §2º , i nc . I I , e las preveem que , mesmo em casos de isenção , a aqu is ição de bens ou serviços não suje i tos ao paga mento do P IS e da COFI NS não da rá d i re i to à ma nutenção de créd i tos . Da mesma forma , essas le is afi rma m que a revenda ou ut i l i zação como i nsu mo de i tens suje i tos à a l íquota zero , i sentos ou não a lca nçados pe lo P IS e COFI NS ta mbém não da rão d i re i to ao cred i ta mento dessas duas cont ri bu ições . Em cont ra pa rt ida , segu ndo o que afi rma a Le i do REPORTO, em seu a rt igo 17 , “as vendas efetuadas com suspensão , i senção , a l íquota 0 (zero) ou não i nc idênc ia da Cont ri bu ição pa ra o P IS /PASEP e da COFI NS não i mpedem a ma nutenção , pe lo vendedor , dos créd i tos vi ncu lados a essas operações ” . E justa mente S i t u a ç ã o Dia nte da dec isão favoráve l da 1 ° Tu rma do STJ sobre a matéria , a tese se encont ra no ca mi n ho da pac i ficação no a mbiente do jud ic iá rio , representa ndo ót i mas oportu n idades aos cont ri bu i ntes . dessa d ivergênc ia ent re as le is é que su rg i ra m d iversas ações pa ra d iscut i r a poss i b i l idade de cred i ta mento do P IS e da COFI NS no reg i me monofás ico . U m caso de g ra nde notoriedade na míd ia e no meio ju ríd ico- t ri butá rio fo i o Ag Rg REsp 1 .051 .634/CE (2008/0089647-3) , que envo lvia u ma d ist ri bu idora revendedora de produtos fa rmacêut icos . No processo , a empresa so l ic i tava autorização pa ra , mesmo não vi ncu lada ao REPORTO, poder a prove i ta r os créd i tos de P IS e COFI NS sobre suas ent radas , a i nda que suas sa ídas não est ivessem suje i tas à a l íquota zero ou ao reg i me monofás ico . E ao a na l i sa r o caso , a 1 ° Tu rma do Su perio r Tri bu na l de J ust iça revogou a vedação prevista nas leg is lações do P IS e da COFI NS , benefic ia ndo a cont ri bu i nte . L I M I T E D E 2 0 SA L Á R I O S M Í N I M O S PA RA C O N T R I B U I Ç Õ E S A T E R C E I R O S ( S I ST E MA S ) P ú b l i c o - a l vo Empresas do Lucro Rea l e Lucro Presu mido , com fo l ha de sa lá rios su perio r a R$ 350.000 ,00/mês ou com R$ 4 ,2 mi l hões/a no de massa sa la ria l . C h a n c e d e êx i t o Prováve l . As ações possuem de 40 a 70% de cha nce de êx i to . Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o P ro p o s t a Defende a a nu lação do a rt igo 4 do Decreto-Le i n . 2 .318 de 1986 , o qua l removeu a ex istênc ia de u m l i m i te de 20 sa lá rios mín i mos pa ra a cobra nça das Cont ri bu ições a Terce i ros , conforme havia defi n ido a Le i n° 6 .950 de 1981 . A defi n ição da natu reza ju ríd ica das Cont ri bu ições a Terce i ros , ta mbém cha madas de Cont ri bu ições ao S istema S , é ponto de d ivergênc ia no meio t ri butá rio . Como não se dest i na m d i reta mente à segu ridade soc ia l , mas somente ao fi na nc ia mento de ent idades C o nt ext o privadas com fi ns soc ia is , se torna u ma ta refa comp lexa esco l her se a me l hor c lass i ficação pa ra e las seria na categoria de Cont ri bu ições Previdenc iá rias ou de Cont ri bu ições de I ntervenção no Domín io Econômico . Pa ra o Su premo Tri bu na l , o entend i mento é de que os va lores dest i nados ao S istema S se enquad ra m no segu ndo caso . Mas as d i ficu ldades em re lação ao entend i mento e c lass i ficação dessas cont ri bu ições não termi na m a í . E las ta mbém se referem ao l i m i te da base de cá lcu lo pa ra a cobra nça dos va lores dest i nados a terce i ros . De acordo com o a rt igo 14 da Le i n° 5 .890 de 1973 , a base de cá lcu lo das Cont ri bu ições ao S istema S deveria se l i m i ta r a 10 sa lá rios mín i mos . No enta nto , S i t u a ç ã o Dia nte dos d ivergentes entend i mentos sobre a matéria no â mbi to jud ic iá rio , o Su perio r Tri bu na l de J ust iça já dec la rou que i rá a na l i sa r o tema, a fi m de cessa r os desencont ros nos pos ic iona mentos dos t ri bu na is reg iona is . A lgo que a n i ma os cont ri bu i ntes é o fato do STJ já ter se pos ic ionado favorave l mente a e les em d iversos processos envo lvendo a tese . essa determi nação fo i a l te rada em 1981 , com a promu lgação da Le i n° 6 .950 , que u n i ficou a base das cont ri bu ições previdenc iá rias e cont ri bu ições pa rafisca is fo i u n i ficada , estendendo o l i m i te a ntes ex istente pa ra 20 sa lá rios mín i mos . Pouco ma is ta rde , out ra a l te ração fo i rea l izada . Com o Decreto-Le i n . 2 .318 de 1986 , ficou defi n ido que a determi nação a nterio r , da Le i de 1981 , va le ria a penas pa ra as cont ri bu ições previdenc iá rias , abri ndo , ass i m , ma rgem pa ra que as Cont ri bu ições ao S istema S fossem cobradas a lém do teto de 20 sa lá rios mín i mos a ntes d isposto . C R E D I TA M E NTO D O D O P I S E DA C O F I N S S O B R E D ES P ESAS ES S E N C I A I S ÀS E M P R ESAS P ú b l i c o - a l vo Empresas cont ri bu i ntes do P IS e da COFI NS que não a i nda não tomem créd i to sobre i tens que se fazem essenc ia is ao desenvo lvi mento de suas at ividades . C h a n c e d e êx i t o Va riáve l , a depender da despesa . Índ ice de êx i to ent re 20% e 70%. Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o De 2 a 3 a nos até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Propõe u ma a mp la i nterpretação do conce i to de i nsu mo, defendendo que e le deve abra nger tudo aqu i lo que se faz essenc ia l à ma nutenção das at ividades de u ma empresa , cons idera ndo suas dema ndas espec íficas em re lação ao mercado econômico em que atua . Amp la mente d iscut ida ao longo dos ú l t i mos a nos , a defi n ição do conce i to de i nsu mo pa ra fi ns de cred i ta mento do P IS e da Cofi ns é matéria cont roversa no meio t ri butá rio . Em 2018 , o STJ dec id i u , em sede de repercussão gera l , no ju lga mento do Recu rso Espec ia l C o nt ext o n° 1 .221 . 170 – PR , que pa ra u m determi nado i tem ser ca racterizado como i nsu mo e le deveria respe i ta r os cri té rios de essenc ia l idade e re levâ nc ia , os qua is , por sua vez , se est rutu ra m da segu i nte ma ne i ra : • ESSEN CIALI DADE: refere-se à ca racteríst ica do i tem do qua l dependa , i nt rínseca e fu nda menta l mente , u m produto ou serviço , const i tu i ndo e lemento est rutu ra l e i nsepa ráve l do processo produt ivo ou da execução do serviço , ou , qua ndo menos , a sua fa l ta l hes prive de qua l idade , qua nt idade e/ou sufic iênc ia . • RELEVÂN CIA: cri té rio defi n idor de i nsu mo; é ident i ficáve l no i tem cuja fi na l idade , embora não i nd ispensáve l àe laboração S i t u a ç ã o O tema a i nda não está pac i ficado no jud ic iá rio , mas já conta com pa receres favoráve is aos cont ri bu i ntes , p ri nc i pa l mente no STJ , como é o caso do Recu rso Espec ia l n° 1 .221 . 170 . do próprio produto ou à prestação do serviço , i nteg re o processo de produção , seja pe las s i ngu la ridades de cada cade ia produt iva , seja por i mpos ição lega l , d ista nc ia ndo- se , nessa med ida , da acepção de pert i nênc ia , ca racterizada , nos termos propostos , pe lo emprego da aqu is ição na produção ou na execução do serviço . Em out ras pa lavras , a defi n ição do STJ baseou-se no rac ioc ín io de que o que qua l i fica u m determi nado bem como i nsu mo não é o seu contato fís ico com u m determi nado produto fi na l ou serviço , mas s i m a sua i mpresc i nd i b i l idade à ex istênc ia , fu nc iona mento , a pri mora mento ou ma nutenção dos processos produt ivos da orga n ização a que ta is produtos e serviços se referem. “Se o bem ou serviço for exc l u ído da empresa , a sua at ividade se ma nterá i ntacta? ” Com isso , o Órgão fo i de encont ro ao que sempre defendera a Rece i ta Federa l , gera ndo ma is po lêmicas e dúvidas em torno do cred i ta mento do P IS e da COFI NS . Segu i ndo o que d ispõem as Le is 10 .833/2003 e 10 .637/2002 , o Fisco demonst ra u m entend i mento de que a penas o que for i nd ispensáve l ao processo produt ivo pode ser cons iderado como i nsu mo, tendo i nc l us ive pub l icado Pa recer Normat ivo pa ra orienta r os cont ri bu i ntes nessa questão . E XC LU SÃO D O D ES CO NTO I N CO N D I C I O NA L DA BAS E D E CÁ LC U LO D O I P I P ú b l i c o - a l vo Empresas cont ri bu i ntes do I mposto sobre Produtos I ndust ria l i zados ( I P I ) que ten ha m proced ido com descontos i ncond ic iona is nos ú l t i mos c i nco a nos , sem deduz i r o va lor correspondente da base de cá lcu lo do t ri buto . C h a n c e d e êx i t o Alta mente prováve l . Ações conta m com 75% de cha nce de êx i to . Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 1 a no até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Determi na que é i nconst i tuc iona l a vedação à dedução do va lor de descontos i ncond ic iona is da base de cá lcu lo do I P I p roposta pe la Le i n . 4 .502 de 1964 . De acordo com o a rt . 146 , i nc . I I I , a l í nea “a ” , da Const i tu ição de 1988 , compete à le i comp lementa r estabe lecer normas gera is em matéria de leg is lação t ri butá ria , i nc l us ive as reg ras pa ra defi n ição da base de cá lcu lo dos t ri butos . Ta l ex igênc ia é cu mprida pe lo Cód igo Tri butá rio Nac iona l (Le i n . 5 . 172/ 1966) que , conforme entend i mento pac ífico dos t ri bu na is , fo i recepc ionado pe la C o nt ext o Const i tu ição Federa l com status de leg is lação comp lementa r . No que ta nge ao I mposto sobre Produtos I ndust ria l i zados ( I P I ) , as d i ret rizes pa ra a base de cá lcu lo estão previstas no a rt . 47 do CTN. Em seu i nc iso I I , a norma afi rma que o t ri buto deve ser ca lcu lado sobre o va lor da operação , qua ndo esse t iver como fato gerador a sa ída dos produtos i ndust ria l i zados dos estabe lec i mentos cont ri bu i ntes . Em cont ra pa rt ida , conforme d ispõe o a rt . 14 , §2º , da Le i n . 4 .502 de 1964 , com redação dada pe la Le i n . 7 .798 de 1989 , “não podem ser deduzidos do va lor da operação os descontos , d i ferenças ou a bat i mentos , conced idos a qua lquer t í tu lo , a i nda que i ncond ic iona l mente” , da base de cá lcu lo do I P I . De ta l modo , ta l S i t u a ç ã o Dia nte da dec isão do STF e da at i tude do Senado em revoga r o d isposto no a rt . 14 , §2º , da Le i n . 4 .502/64 , a tese se encont ra pac i ficada no jud ic iá rio . Pa ra os cont ri bu i ntes , i sso s ig n i fica que são a l tas as cha nces de se obter vi tó ria em u ma ação d iscut i ndo a matéria . norma ent ra em conf l i to com as d ispos ições do Cód igo Tri butá rio Nac iona l , estabe lecendo base de cá lcu lo d iversa da prevista pe la leg is lação com status comp lementa r , que assegu ra o cá lcu lo do I P I com base no va lor efet ivo da operação . Ana l i sa ndo a matéria no Recu rso Ext raord i ná rio n° 567 .935 , o Su premo Tri bu na l Federa l , ju lgou como i nconst i tuc iona l a vedação à dedução do va lor de descontos i ncond ic iona is da base de cá lcu lo do I P I p roposta pe la Le i de 1964 . Pa ra a Corte , a norma , que é ord i ná ria , i nvad i u competênc ia reservada à le i comp lementa r , estabe lecendo cri té rios da base de cá lcu lo d iversos dos previstos no CTN. I n ic ia l mente , a defi n ição do Órgão teve va lor a penas no processo no qua l fo i p roferida . Porém, ao fazer uso da at ri bu ição conferida pe lo a rt . 52 , i nc . X , da Const i tu ição Federa l , o Senado Federa l ed i tou a reso l ução n° 01 /2017 , suspendendo em todo o terri tó rio nac iona l a d ispos ição do a rt . 14 , §2º , da Le i n° 4 .502/ 1964 , “a penas qua nto à previsão de i nc lusão dos descontos i ncond ic iona is na base de cá lcu lo do I mposto sobre Produtos I ndustria l izados ( I P I ) ” . E XC LU SÃO DAS TA R I FAS T U ST E T U S D DA BAS E D E CÁ LC U LO D O I C M S P ú b l i c o - a l vo Qua lquer empresa com conta de energ ia e lét rica su perio r a R$ 5 .000 ,00/mês . C h a n c e d e êx i t o Alta mente prováve l . Cha nce de êx i to de 75% Te m p o m é d i o d e t ra m i t a ç ã o 1 a no até o t râ ns i to em ju lgado . P ro p o s t a Sugere a exc l usão das ta ri fas TUST e TUSD, da base de cá lcu lo do ICMS , por cons idera r que e las não const i tuem fato gerador desse t ri buto . A TUST (Ta ri fa de Uso do S istema de Tra nsmissão de Energ ia E lét rica) e a TUSD (Ta ri fa de Uso do S istema de D ist ri bu ição de Energ ia E lét rica) são duas ta ri fas que se a p l ica m sobre a venda de energ ia e lét rica , ma is prec isa mente sobre o ICMS vi ncu lado a essa operação , visa ndo custea r o t ra nsporte e d ist ri bu ição do produto até os usuá rios . C o nt ext o No enta nto , dec isões recentes do Su perio r Tri bu na l de J ust iça vêm afasta ndo a i nc idênc ia de las sobre a base de cá lcu lo do ICMS , demonst ra ndo o entend i mento de que a mbas não const i tuem fato gerador pa ra esse t ri buto . Pa ra o Órgão , o ICMS reca i sobre a sa ída de mercadorias , o que , no caso da energ ia e lét rica , se configu ra ria como o efet ivo consu mo por pa rte dos cont ri bu i ntes , d i ferenc ia ndo-se , porta nto , do s i mp les t ra nsporte e d ist ri bu ição do produto , ga ra nt idos pe la TUST e TUSD. A Corte a i nda sa l ienta que essas ta ri fas i nc idem sobre a produção de u m bem, não sobre a sua c i rcu lação , não de ixa ndo ma rgem pa ra a sua a p l icação sobre a base de cá lcu lo do ICMS , i mposto de c i rcu lação de mercadorias . S i t u a ç ã o O fato de ex ist i r u m pos ic iona mento tão fi rme do Su perio r Tri bu na l de J ust iça em re lação à matéria oferece ma is segu ra nça aos cont ri bu i ntes que deseja rem i ng ressa r com ações pa ra d iscut i - la . Na prát ica , i sso s ig n i fica ma iores cha nces de obter u m pa recer favoráve l pa ra usufru i r do d i re i to de rest i tu ição dos va lores pagos i ndevida mente à t ítu lo de ICMS com a a p l icação das duas ta ri fas . /sw.adv.br /sw.adv.br /sw.advogados
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