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Aula 1 – Helmintoses em cães e gatos Filo Nemathelminto Conceitos gerais: • CORPO, BOCA, ESÔFAGO, INTESTINO, SISTEMA GENITAL • Simetria bilateral • Cutícula externa resistente • Hipoderme • L1, L2, L3, L4, L5 ORDEM RHABDITIDA Gênero Strongyloides Estrongiloidíase Espécies e hospedeiros: ♥ Strongyloides westeri: equinos; ♥ S. ransomi: suínos; ♥ S. papillosus: ruminantes; ♥ S. stercoralis: humanos, cães e gatos; ♥ S. ratti: ratos. ♥ Parasitas fêmeas que vivem no intestino delgado; ♥ Boca trilabiada, esôfago filariforme ♥ Larva L3 infectante, não tem dupla membrana ♥ Os ovos são larvados e medem 40 a 70 μm de comprimento × 25 a 40 μm de largura Ciclo biológico: ♥ A espécie S. stercoralis, os ovos eclodem no intestino e as larvas L1 saem nas fezes; ♥ Ovos: L1, L2 e L3; ♥ Larvas migram para as arteríolas, coração e pulmões; ♥ Nos brônquios: L3-L4 e segue para os brônquios, traqueia e laringe, onde serão deglutidas. ♥ Fêmeas partenogenéticas; originando larvas ♥ Ciclo indireto de vida livre: L2, L3, L4, L5: ovo (macho+fêmea de vida livre) ♥ Período de 7 a 15 dias ♥ Existem três modos de eliminação de estádios de Strongyloides spp. nas fezes do hospedeiro: o Eliminação de ovos larvados nas fezes recém-eliminadas, o que ocorre em S. papillosus, S. ransomi e S. westeri o Eliminação de larvas L1 nas fezes frescas, como em S. stercorali o Eliminação de ovos larvados e larvas de primeiro estádio, que acontece em S. ratti. Sinais clínicos: ♥ Animais jovens, fêmeas em lactação (pode haver infecção de mães para os filhotes pela amamentação) ♥ Intestino: erosão das vilosidades intestinais, diarreia, má absorção, desidratação; ♥ Pulmão: inflamação local, bronquite e pneumonia; Diagnóstico: ♥ Exame parasitológico: flutuação dos ovos; ♥ S. stercoralis: Técnica de Baermann: procura de larvas ♥ Filaroides sp. e Aelurostrongylus sp ♥ As L1 de S. stercoralis têm um esôfago mais largo e sua cauda termina em ponta. Patogênese e correlação clínica: ♥ Menor absorção e digestão de nutrientes, interferência no fluxo dos alimentos, lesões teciduais, perda de sangue e de proteínas e bloqueio da passagem do ar, alterando, deste modo, as funções orgânicas do hospedeiro. Controle: ♥ Ivermectina, albendazol ou tiabendazol (benzimidazóis) ♥ Limpeza e higiene das instalações em intervalos inferiores a 24 h, já que as larvas infectantes ♥ podem se desenvolver em 24 a 36 h ♥ As larvas não sobrevivem em ambiente com pouca umidade ♥ Como S. stercoralis é uma zoonose, deve-se isolar e tratar o animal parasitado ♥ Exames de fezes mensais para pesquisa de larvas devem ser realizados por pelo menos 6 ♥ meses para confirmar a eliminação do parasito, já que muitas larvas ficam inibidas nos tecidos. ORDEM ENOPLIDA SUBORDEM TRICHINELLINA Gênero Trichuris Tricuríase Espécies e hospedeiros: ♥ Trichuris suis: suínos ♥ T. vulpis: cães e raposas ♥ T. campanula: gatos ♥ T. discolor: bovinos e bubalinos ♥ T. ovis: ovinos ♥ T. skrjabini: camelos, ovinos, cabras, bovinos, cervos e gazelas ♥ T. trichiura: humanos e primatas ♥ T. muris: ratos, camundongos e outros roedores. Ciclo biológico: ♥ Localização: cecos ♥ Ovos nas fezes: 30 dias (25°C); ♥ L1: intestino delgado ID; L2, L3, L4 e L5 IG: adultos jovens (machos e fêmeas); ♥ Fêmeas fazem a postura dos ovos ♥ Cerca de 2 a 5 mil ovos por dia ♥ Parasitas adultos no hospedeiro: 3 a 4 meses ♥ Período Pré-patente: 2 a 3 meses Patogenia e sinais clínicos: ♥ Grande parasitismo: para a manifestação de SC ♥ Animais jovens ♥ Lesão de mucosa cecal ♥ Enterite ♥ Diarreia sanguinolenta (sangue vivo) ♥ Infecções secundárias Diagnóstico, Tratamento e Controle: ♥ Exame parasitológico: ovos bioperculados nas fezes ♥ Tratamento: Ivermectinas e os benzimidazóis ♥ Instalações arejadas e secas SUBFAMÍLIA CAPILLARINAE Gênero Capillaria Capilariose Espécies e hospedeiros: ♥ Capillaria plica: cães, gatos e raposas; rim e bexiga. Sinonímia: Pearsonema (Capillaria) plica ♥ C. feliscati: gatos; rim e bexiga. Sinonímia: Pearsonema (Capillaria) feliscati ♥ C. bovis: bovinos; intestino delgado ♥ C. hepatica: cães, gatos, humanos e roedores; fígado. Sinonímia: Calodium (Capillaria) hepaticum ♥ C. obsignata: galinhas, perus e pombos; intestino delgado ♥ C. aerophila: cães, gatos e raposas; traqueia, brônquios e vias nasais. Sinonímia: Eucoleus (Capillaria) aerophilus Ciclo biológico: ♥ Ingestão de L1 (alimento ou água contaminada); ♥ Tubo digestivo: L2, L3, L4, L5 e adultos ♥ Ingestão do fígado parasitado ou decomposição do ♥ hospedeiro, levando a liberação de ovos para o meio externo. ♥ Ovos se tornam embriões infectados: 28 a 30 dias Particularidades das espécies: ♥ C. aerophila: • L1: intestino delgado • Migra pela circulação e tropismo pelos pulmões • L2, L3, L4 e L5: pulmões ♥ C. hepatica: presentes no parênquima hepático, realizando a postura • Ovo similar ao Trichuris (bioperculado) Patogenia, Sinais clínicos e diagnóstico: ♥ Grande parasitismo: presença de sinais clínicos ♥ C. hepatica: cirrose hepática ♥ C. aerophila: rinite com descarga nasal, bronquite e pneumonia ♥ Sibilos na auscultação e dispneia ♥ *Encontrado em necropsia ♥ Exame parasitológico: ovos em fezes (flutuação ou sedimentação) ♥ C. hepática: cortes histológicos ♥ C. aerophila: ovo em lavado nasal ou traqueal Tratamento: ♥ Ivermectinas e benzimidazóis ♥ Comedouros, bebedouros e ambiente limpos Superfamília Dioctophymatoidea Gênero Dioctophyme Dioctofimose Espécies e hospedeiros: ♥ Dioctophyme renale ♥ Definitivos: humanos, carnívoros (preferencialmente cães, lobos-guará) ♥ Intermediários: anelídeos (Lumbriculus variegatus), rãs e peixes dulcícolas. ♥ Apresenta coloração avermelhada ♥ Fêmeas: 1 m, machos: 40 cm ♥ Ovos bioperculados de casca grossa e enrugada (presentes na urina: L1): L2, L3 (ingestão: tubo digestivo, rins ou vários órgãos), L4 e adulto; ♥ Localizados: rins (rim direito), cavidade abdominal (+ comuns); ♥ Pleura, peritônio, SC, próstata, bexiga, ureter, uretra, estômago e fígado (- comuns) Ciclo biológico: Patogenia: ♥ Podem ocasionar hepatite crônica ♥ Total destruição do parênquima renal, com atrofia e fibrose dos túbulos renais e fibrose periglomerular ♥ Além de espessamento da cápsula renal, contendo no interior os parasitos em meio a líquido sanguinopurulento, rico em hemácias, ovos do parasito, leucócitos e células degeneradas; ♥ Peritonite; ♥ Enzimas proteolíticas e lipolíticas, liberadas pelas glândulas esofágicas do parasito, determinam necrose de coagulação nos locais atingidos. Sinais clínicos: ♥ Fraqueza, dores abdominais ♥ Disúria ♥ Ascite ♥ Peritonite ♥ Uremia ♥ Insuficiência renal ♥ Hematúria Diagnóstico, Controle e Tratamento ♥ Exame parasitológico: o Sedimento urinário: ovos ♥ Laparotomia ♥ Radiografia, US ♥ Evitar o consume de peixes, rãs e sapos crus (carnívoros piscívoros) ♥ Thiabendazole: pouco efeito ♥ Difícil eliminação ♥ Cirúrgico: nefrectomia ORDEM STRONGYLIDA Subfamília: Ancylostomatinae Gênero: Ancylostoma Ancilostomíase Espécies e hospedeiros: ♥ Coloração cinza-avermelhada, 3 pares de dentes marginais ♥ Ancylostoma caninum, A. braziliense ♥ Cães, raposas e ocasionalmente homens Ciclo biológico A. caninum: ♥ Ovos com fezes: eclosão L1, L2, L3 (5 dias) ♥ Infecção: penetração cutânea, ingestão da L3 ♥ Circulação sanguínea: migram para os pulmões (L4) ♥ Brônquios e traqueia: são deglutidos – intestino delgado (forma adulta) Sinais clínicos: ♥ Diarreia (muco e sangue) ♥ Cães jovens ♥ Anemia grave ♥ Dificuldade respiratória ♥ Cães mais velhos: deficiência de ferro Diagnóstico: Tratamento: ♥ Após confirmação da infecção pelo exame de fezes, os cãesdesmamados e os adultos podem ser tratados em intervalo de 3 meses. ♥ As fêmeas gestantes devem ser tratadas durante a prenhez, no mínimo 1 vez, com antihelmíntico eficaz contra as formas larvais (milbemicina), para reduzir a infecção transmamária; também deve ser feito exame de fezes no período de acasalamento e durante a gestação. Já os filhotes lactentes devem ser tratados, no mínimo, 2 vezes – com 1 a 2 semanas de vida e 2 semanas depois –, com atenção especial às dosagens. ♥ A transmissão perinatal de formas larvais de Ancylostoma e Toxocara pode ser reduzida por meio da administração oral de fembendazol diariamente por 3 semanas antes até 2 dias após o parto. Controle: ♥ Higiene no ambiente ♥ Remoção de fezes ♥ Piso seco, sem fendas e com concreto GÊNERO TOXASCARIS Toxascaris leonina Hospedeiros e ciclo biológico: ♥ Tamanho médio (2 a 10 cm e machos com 2 a 7 cm) ♥ Ovos com casca espessa, diferindo do Toxocara por serem mais claros, arredondados e casca lisa. ♥ Hospedeiros: Felinos e cães domésticos ♥ Localização: Intestino delgado ♥ Infecção por ovos com L3 infectante –penetram na mucosa (2 semanas), saem para a luz do intestino e completam o seu desenvolvimento até adultos ♥ Macho e fêmea copulam: postura de ovos Patogenia e sinais clínicos: ♥ Infecções intensas em filhotes de canídeos e felídeos podem resultar em abaulamento do abdomên, déficit nutricional, perda de peso, podendo, em alguns casos, levar à morte, principalmente nos casos de obstrução dos ductos biliares e pancreáticos pelas larvas. Diagnóstico e Tratamento ♥ Presença de ovos nas fezes de caninos e felinos. ♥ Tratamento: Fembendazol, mebendazol, piperazina e pirantel são todos efetivos contra nematódeos adultos. Os anti-helmínticos benzimidazólicos são mais efetivos contra as larvas de ascarídeos. ORDEM ASCARIDIDA Gênero Toxocara Toxocara canis e Toxocara cati Toxocaríase Características morfológicas: ♥ Tamanho médio (fêmea com 9 a 18 cm e macho com 4 a 10 cm) ♥ Esôfago claviforme, Boca trilabiada ♥ Asa cervical longa e estreita ♥ Apresentam ventrículo esofágico, o macho tem uma projeção digitiforme na cauda ♥ Ovos de casca espessa irregular, de coloração castanho-escura e formato globular ou subglobular. ♥ Zoonose: Larvas migrans visceral em humanos: circulação sanguínea- fígado (lesões) e olhos Ciclo biológico ♥ Ingestão de L3 ♥ Circulação Porta: Fígado, coração e para alvéolos pulmonares: L4: chegam para a glote, são deglutidas e migram para o intestino ♥ Ciclo de Loss (hepatotraqueal): em cães jovens de até 3 meses ♥ Via transplacentária (infecção mais importante em cães) ♥ Via transmamária ♥ Hosp. Paratênico: ingestão de roedores e aves ♥ Diferença com T. catis: não ocorre infecção pré- natal. Os animais infectam-se por ingestão do ovo larvado de hospedeiros paratênicos infectados e por meio do leite da mãe. ♥ Há poucos relatos dessa espécie parasitando humanos. Em felinos, a infecção restringe-se ao intestino, com aumento de volume abdominal e diarreia. Sinais clínicos: ♥ Os sinais clínicos incluem vómito (por vezes com parasitas), diarreia, abdómen distendido, atrasos no crescimento e má condição da pelagem ♥ A migração das larvas pode ainda causar sinais respiratórios como tosse, taquipneia, corrimento nasal e até pneumonia Diagnóstico e Tratamento: ♥ Exame Parasitológico nas fezes ♥ PCR ♥ Exame Sorológico ♥ Tratamento: Benzimidazóis ou piperazina ♥ Cadelas que receberam fembendazol 3 semanas antes do parto e 2 dias após o parto eliminaram a infecção pré-natal e transmamária. Filhotes devem ser tratados com 2 semanas de vida, e o tratamento deve ser repetido após 14 dias Diagnóstico diferencial e Controle: ♥ Toxascaris é quase indistinguível macroscopicamente de Toxocara canis, sendo a única diferença a presença de um processo digitiforme na extremidade da cauda do macho desse segundo gênero. ♥ Nos gatos, a diferenciação com Toxocara mystax se baseia no formato das asas cervicais, que são lanceoladas em Toxascaris, mas em forma de seta em Toxocara mystax. Os ovos ovoides característicos com casca lisa são facilmente reconhecidos nas fezes. ♥ Limpeza do ambiente (o calor mata os ovos: água quente e luz solar) ♥ Praças e parques públicos devem limitar a presença de animais pelo risco de infecção das crianças. Gênero Lagochilascaris Lagochilascaris minor Hospedeiros: ♥ Definitivos: carnívoros, como felídeos e canídeos, e humanos; ♥ Intermediários: animais silvestres, principalmente roedores. ♥ No hospedeiro definitivo, encontram-se no intestino delgado e em abscessos subcutâneos na região do pescoço todos os estágios do parasito podem ser encontrados no local das lesões. No hospedeiro intermediário, há larvas L3 nos tecidos. Características morfológicas: ♥ Machos com 1,7 a 2 cm e fêmeas com 1,8 a 2,1 cm de comprimento, ambos com coloração creme ♥ Parte anterior do corpo com três lábios ♥ Vulva da fêmea localizada no meio do corpo ♥ Zoonose Ciclo biológico e Sinais clínicos ♥ No ambiente: L1, L2 e L3 (infectante) ♥ Infecção por ovos larvados ou por L3 encapsulado no tecido pelo alimento (a. silvestres); ♥ Intestino delgado: L4, L5 – adultos-cópula ♥ L3: orofaríngea: FÍSTULAS ORAIS ♥ Fistulação dos abscessos no pescoço, no ouvido médio e na região mastóidea (ovos e vermes) ♥ Humano: ingere carne crua ou mal cozida de animais silvestre que tenham larva L3 no ovo Diagnóstico, Controle e Tratamento: ♥ Exame parasitológico: fezes, abscessos em pescoço, região orofaríngea ♥ Evitar a ingestão de carne crua ou mal cozida, em animais silvestres ♥ Ivermectina ORDEM SPIRURIDA Gênero Spirocerca Hospedeiros: ♥ Definitivos: cães e, às vezes, gatos. Caprinos, cavalos e bovinos são hospedeiros acidentais ♥ Intermediários: coleópteros (besouros) coprófagos dos gêneros Scarabeus, Geotrupes, Gymnopleurus e outros. ♥ Os adultos localizam-se em lesões granulomatosas, na porção torácica do esôfago e do estômago e as larvas localizam-se na aorta. Características morfológicas: ♥ Grandes, com corpo enrolado e de cor vermelha. Machos medem em torno de 5,5 cm, e fêmeas, 8 cm de comprimento ♥ Abertura oral hexagonal e rodeada por papilas ♥ Cauda do macho com forma espiral típica e um par de asas caudais ♥ Fêmea com cauda obtusa e vulva na região esofágica ♥ Ovos muito pequenos e larvados Ciclo biológico: ♥ Adultos: parede do esôfago e estômago ♥ Besouros coprófagos: fases L1, L2, L3 (2 meses) ♥ Galinha, lagartixa, roedores: hosp. paratênicos: L3 são liberados ♥ Com a ingestão do hosp. Intermediários ou paratênicos: L3 são liberadas ♥ Tropismo para a parede do estômago e em 3 semanas migram para gástricas, celíacas até a aorta torácica (aqui mudam para a L4). ♥ Após cerca de 3 meses, migram para a submucosa do esôfago e estômago: formam nódulos e passam para a fase adulta Sinais clínicos: ♥ A espirocercose inicialmente é assintomática, entretanto, pode progredir para um quadro clínico grave; ♥ Regurgitação, vômito, sialorreia, tosse, pirexia, disfagia, apatia e letargia ♥ Além disso, o parasito quando presente no esôfago, pode provocar esofagite granulomatosa e evoluir para a formação de neoplasias Patogenia: ♥ Parasita na aorta torácica, formando cicatrizes aórticas e formação de aneurismas ♥ Diminuição da elasticidade e endurecimento das artérias, das fibras musculares lisas e elásticas ♥ Espessamento do endotélio – processo inflamatório granulomatoso ♥ Parasita na circulação → Presença de trombos → Ruptura dos aneurismas e hemotórax: Choque hipovolêmico Diagnóstico, Tratamento e Controle ♥ Nódulos esofágicos (necropsia) ♥ Exames parasitológicos: ovos nas fezes ♥ Radiografia torácica, endoscopia, tomografia computadorizada♥ Histopatologia de lesões de esôfago e estômago ♥ Fármacos como a ivermectina têm se mostrado ineficazes no tratamento da espirocercose. ♥ Ivermectina+ Nitroxinil; Ivermectina+Prednisona oral ♥ Tratamento cirúrgico: nódulo esofágico ♥ A administração pontual mensal de uma combinação de imidacloprida e moxidectina (Advocate®) para filhotes com 2 a 4 meses de idade, por um período de 9 meses, mostrouse eficaz e bem tolerado para a prevenção da espirocercose canina; ♥ Evitar que cães se alimentem de pássaros, roedores, lagartos e sapos. Família Physalopteridae Gênero Physaloptera Características morfológicas: ♥ Machos com 4,5 cm e fêmeas com 6 cm ♥ Boca com lábios retangulares com pequenos dentes ♥ A cutícula da região anterior projeta-se, formando um colar semelhante a um prepúcio ♥ Há grandes asas caudais no macho Hospedeiros e Ciclo biológico: ♥ Hospedeiros definitivos: cães e gatos ♥ Intermediários: baratas (Blatella), insetos coleópteros e ortópteros. ♥ Os ovos larvados são eliminados com as fezes e não eclodem até serem ingeridos por insetos. ♥ Desenvolvem até L3, e as larvas ficam encistadas. ♥ Cães e gatos infectam por meio de ingestão de hosp. Intermediários. No estômago, o parasita passa para L4 e L5 (adultos) –cópula – Ovos nas fezes Sinais clínicos e diagnóstico: ♥ Gastrite e enterite ♥ Exame parasitológico: ovos nas fezes ♥ Diagnóstico diferencial: ♥ Spirocerca lupi: são muito menores Família Onchocercidae Gênero Dirofilaria Hospedeiros e Caract. morfológicas ♥ Definitivos: cães, ocasionalmente gatos e raramente humanos; Intermediários: mosquitos Culicidae. ♥ Localização. Ventrículo direito e artéria pulmonar. ♥ Grandes e finos; machos medem de 12 a 16 cm e fêmeas, 25 a 30 cm de comprimento ♥ Extremidade anterior simples ♥ Machos com extremidade posterior espiralada, espículos diferentes em tamanho e estrutura, papilas pré e pós- cloacais presentes; Fêmeas larvíparas. ♥ Não é zoonose Patogenia e Sinais clínicos ♥ Em infecções maciças, pode ocorrer obstrução do ventrículo direito e da artéria pulmonar, causando trombos sanguíneos nos vasos, o que ocasiona falta de oxigenação nos órgãos vitais. ♥ Deficiência respiratória e até pneumonia. ♥ Tosse crônica, ascite Diagnóstico, tratamento e controle ♥ Esfregaço sanguíneo: pesquisa de microfilárias ♥ PCR ♥ Radiografia de tórax ♥ Milbemicina oxima e ivermectina, em formulações de 6 a 10µg/kg mensais, e soluções tópicas a base de selamectina, mensalmente, seguras e econômicas ♥ Quimioprofilaxia em regiões endêmicas: mensal
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