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POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE Funções: produção e regulação hormonal Hormônios: Mensageiros químicos, são grupos de moléculas que atuam em todos os sistemas corporais. Eles são secretados pelas glândulas endócrinas. Possui alta integração com os demais sistemas. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO: Composição: glândulas endócrinas que estão distribuídas pelo organismo, em órgãos classificados como primários e secundários Órgãos primários: a secreção de hormônios é a função principal, incluindo as glândulas localizadas no interior no encéfalo, o hipotálamo, a glândula pineal, a hipófise e as glândulas de tireoide, paratireoide, timo, suprarrenais e gônadas (TORTORA, 2012). Órgãos secundários: a secreção é consequência de outra característica funcional, e estão incluídas as glândulas localizadas no coração, no fígado, no estômago, no intestino delgado, nos rins e na pele (LIMA, 2016). Os hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas são liberados e circulam pela corrente sanguínea até o seu órgão ou célula-alvo, lá encontrarão receptores específicos para a ligação. Logo, o sistema endócrino atua como uma sinalização. Centro do sistema endócrino = Hipotálamo (localizado no cérebro, no centro do diencéfalo) “No hipotálamo, são produzidos hormônios que regulam a hipófise, uma segunda região com grande importância no sistema endócrino. A hipófise — que se liga ao hipotálamo — produz hormônios que regulam as demais glândulas endócrinas no corpo. Em conjunto, os dois formam o eixo hipotálamo- hipófise, o qual atua na regulação funcional de todo o sistema hormonal.” SISTEMA ENDÓCRINO POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE Hormônios produzidos pelo Hipotálamo: antidiurético (ADH), liberador de corticotrofina (CRH), liberador de gonadotrofina (GnRH), regulador de hormônio do crescimento (liberador e inibidor (GHRH, GHI), regulador de prolactina), liberador e inibidor (PRH, PIH), liberador de tirotrofina (TRH) e oxitocinas. A Hipófise é responsável por hormônios estimulantes do sistema endócrino, e é dividida em: • Adenohipófise: “produz hormônio do crescimento (hGH), hormônio tireoestimulante (TSH), hormônio melanócito-estimulante (MSH), hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), prolactina (PRL), tirotrofina e hormônio adenocorticotrófico (ACTH)” • Neuro-hipófise: “responsável pela produção de oxitocinas, hormônios antidiuréticos e vasopressinas.” Demais glândulas de grande importância no sistema endócrino são: pineal, de tireoide e paratireoide, suprarrenais, pancreáticas e gônadas. “Pineal: Localizada no Sistema Nervoso Central, na região dos colículos superiores, tem ação na regulação do sono, com secreção do hormônio melatonina. Tireoide: Localizada na região do pescoço, tem função de regulação metabólica. É responsável pela produção dos hormônios T4, T3 e calcitonina. Paratireoide: Localizada na região posterior à glândula tireoide, na região do pescoço, tem função de regulação da calcemia sanguínea por meio da secreção do hormônio paratireoide (PTH). Suprarrenais: Localizadas nos rins, têm função de regulação da pressão arterial, concentração de eletrólitos e resposta a condições ambientais de estresse ao organismo. São responsáveis pela produção de glicocorticoides (cortisol é o mais abundante), mineralcordicoides (aldosterona é o principal), andrógenos, epinefrina ou adrenalina e norepinefrina (noradrenalina) e dopamina. Pancreáticas: Localizadas no pâncreas endócrino (Ilhotas de Langerhans), têm ação na glicemia e regulação do processo digestivo. São responsáveis pela produção de insulina, glucagon, gastrina, secretina, grelina, motilina, colecistocinina e polipeptídeo inibitório gástrico. Gônadas: Localizadas nos órgãos do aparelho reprodutor (testículos ou ovários), com função da produção de gametas, regulação do desenvolvimento, comportamento e características sexuais. Nos testículos, há produção de testosterona; ao passo que, nos ovários, há produção de estrogênio e progesterona.” FUNÇÃO HORMONAL E DISTÚRBIOS DO SISTEMA ENDÓCRINO: A hipófise, por exemplo, também é chamada de glândula pituitária. Ela é o centro de controle de todo o sistema endócrino. Tem estrutura ovoide, com cerca de um centímetros de diâmetro. Quando ela passa por alterações fisiológicas ou funcionais, quadros patológicos podem surgir, visto que todo o controle do sistema endócrino pode ser afetado (ANGELO, 2016; GUYTON, 2011). POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE Quando a glândula pituitária se encontra superestimulada, temos um quadro chamado hiperpituitarismo. Já quando ela se encontra inibida, temos o quadro de hipopituarismo (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). HIPERPITUITARISMO: há aumento da produção dos hormônios reguladores. A etiologia majoritária é uma disfunção celular, gerando adenomas glandulares. A patologia da doença é caracterizada por um aumento na produção hormonal e, portanto, o estado patológico que se desenvolve é dependente do tipo de hormônio afetado (ANGELO, 2016; GUYTON, 2011). Exemplo: O excesso de GH, por exemplo, pode causar problemas relacionados ao desenvolvimento do organismo, como gigantismo e acromegalias. HIPOPITUITARISMO: Apresenta uma redução da funcionalidade hipofisária. Os sintomas e o estado patológico também dependem do tipo de hormônio afetado. Sua etiologia inclui anomalias genéticas, presença de tumores, quadros hemorrágicos, infecções e traumas cerebrais (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). Exemplo: nanismo, devido à falta de GH Já a tireoide é uma glândula localizada na base do pescoço, posteriormente à traqueia. Estruturalmente, são formadas por dois lobos que se unem por um POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE istmo. Na tireoide, são produzidos os hormônios T3 (triidotironina), T4 (tiroxina) e calcitonina, que atua na regulação de diversos sistemas corporais, regulando pressão arterial, bombeamento cardíaco, tônus muscular, menstruação, calcemia, respiração celular e funções cerebrais, como humor e concentração (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010; ANGELO, 2016). HIPERTIREOIDISMO: Quando os hormônios da tireoide — especialmente o T3 — são produzidos em excesso, há aceleração metabólica generalizada, resultando em hipertireoidismo. Entre os efeitos principais, destaca-se aceleramento cardíaco, mioquimia, exoftalmia, alteração no ciclo menstrual, fadiga, astenia, espessamento da pele e fragilização de unhas e cabelo. O metabolismo, de modo geral, também é afetado, causando perda de peso acentuada (GUYTON, 2011). PRINCIPAIS CAUSAS: • Inflamações na glândula tireoide; • Tumores; • Excesso de iodo; • Disfunções do sistema imunológico; • Compostos nocivos. Uma das características principais da doença é o aumento da glândula, chamado de bócio. Esse aumento pode ter origem autoimune, em um quadro patológico de Doença de Graves ou Bócio Difuso Tóxico (ANGELO, 2016). HIPOTIREOIDISMO: Quando a produção dos hormônios tiroidianos é reduzida, o quadro que se instala é chamado hipotireoidismo. Os sintomas são opostos ao quadro de hipertireoidismo, com destaque para o aumento de peso. A causa majoritária é a deficiência de iodo e uma doença autoimune chamada Tireoidite de Hashimoto (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). O iodo é importante para síntese dos hormônios da tireoide HIPERPARATIREOIDISMO: Problemas na glândula paratireoide, responsável por produzir o hormônio PTH que atua na calcemia sanguínea, causam quadros associados a disfunções no metabolismo do cálcio. Nesse caso, é causado pelo aumento de PTH, podendo ser primário ou secundário. Em comum, ambos afetam a massa óssea negativamente. “Hiperparatireoidismoprimário: Ocorre hipercalcemia e hipercalciúria, bem como redução de cálcio nos ossos e formação de cálculo renal. As causas mais comuns incluem adenomas na glândula. Hiperparatireoidismo secundário: Não está relacionado a quadros de hipercalcemia, mas, sim, à hipocalcemia, tendo como causa associada a redução da funcionalidade dos rins.” HIPOPARATIREOIDISMO: Caracterizado pela redução drástica da concentração de PTH, impactando na absorção de cálcio e fósforo. (O cálcio reduz e o fósforo aumenta) A principal causa do hipoparatireoidismo são lesões na glândula paratireoide ou por causas genéticas e doença autoimune. A propedêutica tem estreita relação com os impactos da redução do cálcio sérico, gerando quadros de fraqueza muscular, dormência, espasmos e formigamentos (ANGELO, 2016). DIABETES MELLITUS: Patologia associada ao pâncreas endócrino, em que os níveis de glicose na corrente sanguínea sofrem distúrbios devido a alterações no metabolismo e na funcionalidade de insulina. Essa patologia pode ocorrer quando há quantidade inadequada de insulina, caracterizando a Diabetes Mellitus tipo 1; ou quando há insulina, mas o organismo não responde ao hormônio POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE adequadamente, caracterizando a Diabetes Mellitus tipo 2. Um terceiro tipo é a Diabetes Gestacional, que ocorre durante o período de gestação, com comprometimento da função da insulina (ANGELO, 2016). A diabetes tem propedêutica característica, com presença de poliúria, polidipsia e polifagia. Em casos mais graves, pode ocorrer síndrome metabólica, perda de peso e perda de visão (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). Etiologia: falhas na célula beta que podem ter origem genética. Outros estados patológicos também podem estar associados, incluindo defeitos na funcionalidade do pâncreas exócrino, alterações na hipófise com mudanças na regulação de hormônios e tireoide (GUYTON, 2011). DOENÇA DE CUSHING E DOENÇA DE ADDISON: Ocorrem devido ao desequilíbrio nos hormônios adrenais Doença de Cushing: se dá pelo hipercortisolismo, ou seja, pela alta taxa de produção de cortisol no córtex adrenal e de outros glicocorticoides. O principal sintoma é o acúmulo de gordura na região do pescoço, obesidade no tronco, face em lua, dedos e extremidades distais finos, estrias, bem como bolsas cervicais dorsais (corcunda de búfalo). A principal causa do aumento de cortisol é uma alteração no hormônio hipofisário regulador (ACTH) devido à presença de tumores na hipófise (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). Doença de Addison; patologia associada a insuficiência na glândula adrenal primária. Não apresenta produção adequada dos hormônios esteroides (principalmente cortisol e aldosterona) Causas: autoimune, infecciosas, presença de neoplasias nas glândulas adrenais, problemas nas glândulas hipofisárias ou hipotálamo. SINTOMAS: • Hipotensão arterial; • Fadiga; • Vertigem; fraqueza; artralgia; • Mialgia; • Perda de peso; • Irritação ocular; • Alteração no ciclo menstrual; • Confusão mental; • Poliúria; • Hipoglicemia; • Hiperpigmentação cutânea. SÍNDROME DO OVÁRIO POLISCÍSTICO: O ciclo reprodutivo possui fases, reguladas e caracterizadas pela secreção de diferentes hormônios sexuais. Os hormônios são o folículo-estimulante (FSH), o luteinizante (LH), o estrogênio e a progesterona. POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE A síndrome acontece quando há distúrbios hormonais. Trata-se de uma síndrome hiperandrogênica, ou seja, com excesso de hormônios androgênicos no organismo. Esse excesso causa alterações no ciclo menstrual, além de resistência à insulina, hirsutismo e acne. O comprometimento do fluxo hormonal altera a produção e liberação dos folículos, que se acumulam nos ovários, gerando o quadro característico da doença (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010).
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