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1 Khilver Doanne Sousa Soares Broncoaspiração e Engasgo Revisão O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões. Suas partes podem ser classificadas de acordo com sua estrutura ou função. Estruturalmente, o aparelho respiratório é constituído por duas partes: (1) O sistema respiratório superior inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e estruturas associadas; (2) o sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. Funcionalmente, o sistema respiratório também é formado por duas partes. (1) A zona condutora consiste em várias cavidades e tubos interconectados (intrapulmonares e extrapulmonares). Estes incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais; sua função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões. (2) A zona respiratória consiste em tubos e tecidos nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos. Fonte: Site Brasil Escola. Órgãos do sistema respiratório. Acessado em 15/01/2021. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema- respiratorio.htm A broncoaspiração consiste na entrada de substâncias estranhas nas vias aéreas inferiores. No perioperatório, pode haver a aspiração imprópria de conteúdo gástrico ou da orofaringe. Já em emergências, atendem-se casos de aspirações que, além das já citadas, podem incluir partículas sólidas, ou também chamada de aspiração de corpo estranho. As possíveis consequências incluem pneumonite, pneumonia e atelectasia. Para o correto manejo é de suma importância para o médico assistente fazer sua correta distinção. Além da ingestão de alimentos, a broncoaspiração pode resultar do retorno do conteúdo presente no estômago (refluxo gastroesofágico), que segue em direção à arvore respiratória (traqueia, brônquios e bronquíolos), diz o neurologista Francisco Germiniani, do Hospital Santa Cruz. “Os riscos da broncoaspiração são o desenvolvimento de áreas de atelectasia (oclusão dos alvéolos pulmonares), pneumonia, pneumonite, hipóxia e até mesmo morte”. Algumas situações ou condições clínicas comprometem a proteção fisiológica das vias aéreas inferiores, alterando principalmente o correto fechamento glótico e o reflexo da tosse, dentre elas: 1. Consciência reduzida; 2. Distúrbios de deglutição / déficit neurológico; 3. Doença do refluxo gastroesofágico; 4. Lesão mecânica na glote ou no esfíncter esofágico inferior devido à traqueostomia, intubação endotraqueal, broncoscopia, endoscopia digestiva alta ou alimentação por sonda nasogástrica; https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm 2 Khilver Doanne Sousa Soares 5. Cirurgia que envolva a via aérea ou esôfago superior; 6. Ausência de jejum adequado no processo de anestesia geral; 7. Anestesia utilizando máscara laríngea; 8. Outros: Gestantes; obesos; íleo adinâmico. Um importante fator protetor que possuímos contra a regurgitação é a competência do esfíncter esofágico inferior, o qual pode suportar uma pressão intragástrica de até 20 cm de H₂O no seu estado normal. Na falha deste mecanismo, o vômito pode ocorrer favorecendo a broncoaspiração. Prevenindo Obstrução Mecânica de Vias Aéreas Alimentos e objetos pequenos devem ficar longe do alcance de crianças de até 4 anos de idade; A criança deve ser alimentada sentada no cadeirão ou a mesa, não ficar andando, correndo ou brincando durante as refeições, com comida na boca; O alimento que será administrado à criança pequena deve ser cortado cuidadosamente em pedaços pequenos; A criança deve ser orientada a mastigar bem os alimentos; As refeições das crianças pequenas devem ser supervisionadas, crianças maiores muitas vezes oferecem alimentos perigosos para os irmãos menores; Ensinar a família a não ter em casa brinquedos com partes pequenas, que podem se destacar; Ressaltar o perigo de cordões, fraldas ou colares colocados ao redor do pescoço da criança. Sinais relacionados aos tipos sindrômicos de problemas respiratórios. Associação entre som respiratório anormal e local de comprometimento respiratório. 3 Khilver Doanne Sousa Soares Sinais de esforço respiratório e frequência respiratória normal para a idade. 1) Sentado, coloque o bebê de bruços, deitado em cima do seu antebraço, de modo que ele fique retinho, um pouco acima dos seus joelhos, com a cabeça um pouco mais baixa que o resto do corpo. Use a sua coxa como apoio do antebraço para ter firmeza. 2) Com o dedo médio e o indicador, segure a boquinha do bebê aberta. Dê 5 tapas não muito fortes no meio das costas do bebê, na região entre os ombros. Tome cuidado para não machucá-lo. 3) Agora, de frente para você, posicione seu filho deitado de costas sobre o outro antebraço, que deverá estar apoiado sobre a coxa. Realize 5 compressões usado dois dedos, bem na região central do peito, entre os dois mamilos. A profundidade deve ser de, no máximo, 4 centímetros (geralmente use o indicador e dedo médio), o que equivale a 2 ou 3 dedos. 4) Olhe para o seu filho e preste atenção. Caso ele chore, vomite, ou tussa, é um bom sinal, ou seja, conseguiu desengasgar. Aos poucos, a cor dos lábios e da cabecinha deve voltar ao normal. Se ele continuar engasgado, repita o procedimento. Assim que o bebê desengasgar, a primeira reação será chorar.