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HIPERTIREOIDISMO 
Mais comum em felinos 
É uma enfermidade crônica – aumento do metabolismo tecidual 
Aumento na produção de T4 e T3, sendo geralmente associados a 
processos benignos na tireoide (adenomas geralmente) 
• 2% associados a carcinoma da glândula 
• Importante fazer diagnóstico diferencial 
INCIDÊNCIA 
Felinos de meia idade a idosos (Média de 12 anos de idade) 
Gatos com dietas exclusivamente úmidas 
• Com alto teor de iodo (10x mais que o recomendado) 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Hiperatividade/agitação 
Dispneia 
Andar compulsivo 
Intolerância ao calor 
Polifagia/perda de peso e massa muscular (fazer diagnóstico 
diferencial para diabetes) 
Aumento do número de defecações e êmese (aumento do 
peristaltismo intestinal) 
Pode ocorrer também: 
Poliúria/polidipsia 
Pêlos opacos e ressecados 
Alopecia traumática 
Onicogrifose (crescimento exagerados de unhas) 
Distúrbios cardiovasculares 
• Sopro, aumento da FC, Taquicardia 
DIAGNÓSTICO 
Clínico → Sugestivo 
Exame físico – palpação cervical → aumento das tireoides em 70% 
dos casos 
Exames complementares: 
• Hemograma → Eritrocitose e aumento do VG 
 Linfopenia, eosinopenia e neutrofilia 
 
• Bioquímica sérica → ALT, FA e AST aumentadas 
• Azotemia? Hipertireoidismo causa muitos metabólitos, 
então é necessário lembrar que a filtração glomerular 
(eliminação de substâncias pelos rins, inclusive creatinina 
e uréia) tem relação direta com os hormônios tireoidianos. 
Gatos mais velhos tendem a ter doença renal crônica. 
Em gatos hipertireoideos é importante fazer 
acompanhamento renal, mesmo que não apresente 
azotemia logo de início. 
• Importante fazer acompanhamento cardiológico também 
 
As concentrações séricas de T4 e total e de T3 
• Estarão de 2 a 4x acima do normal 
Teste de supressão com T3 
• Animais com suspeita clínica e dosagem de T4 normal 
• Dia 1 – Quantificação de T4 e T3 totais 
• Administra-se 25 mg/gato de liotironina sódica – 7 
administrações 
• Quantifica-se novamente T4 e T3 totais 
TRATAMENTO 
Clínico: Tratamento paliativo 
Cirúrgico: Indicado para pacientes que possuem adenoma, logo 
será feita tireoidectomia do lado acometido (ultrassom ajuda na 
identificação) 
Quimioterápico: Quando houver um adenocarcinoma das células 
tireoidianas (com iodo radiativo) + cirurgia 
Inibição da síntese hormonal – Metimazol 
Indicado para tratamentos paliativos ou que tem uma 
azotemia leve 
• Animais com doença renal – evitar queda brusca de TFG 
• Pré-operatório de tireoidectomia 
• Facilidade de administração dos fármacos 
Dosagem: 2,5 mg/gato SID ou 1,25 mg/gato BID 
Avaliação da eficácia em 2 semanas 
Reajustar caso necessário 
Efeitos colaterais: anorexia, vômito e letargia 
Iodo radioativo 
É o tratamento de escolha para adenocarcinoma de tireoide – 
eficiente e de baixo custo 
Iodo 131 
Internação de 7 a 10 dias 
Efeitos colaterais: anorexia, vômito e letargia 
Dosagens: 
• Para neoplasias benignas: 
Baixa – 2,5 a 3,5 MCI 
Moderada – 3,5 a 4,5 MCI 
Alta – 4,5 a 6,5 MCI 
 
Carcinomas – 10 a 30 MCI 
Tireoidectomia 
Manutenção das paratireoides 
Tireoidectomia unilateral – retorno da função em 2-3 semanas 
Tireoidectomia total: Suplementação com L-tirosina (20ug/kg/SID) 
T3 
PROGNÓSTICO 
É bom 
Possuem baixa incidência de metástase 
HIPOTIREOIDISMO 
Desafio para diagnosticar 
Apresentação clínica inespecífica 
0,2 a 0,6% da população canina – mais comum nos cães 
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
Tireoxina (T4) – 90% dos hormônios tireoidianos circulantes 
Triiodotironina (T3) – 10% dos hormônios tireoidianos circulantes 
• Mais potente, mas tem meia vida curta (por isso não é 
indicado fazer a dosagem deste) 
Diiodotironina (T2) – Inativo (fazem parte da formação de T3 e T4) 
FISIOLOGIA 
Hipotálamo → +TRH (hormônio tireoestimulante) → Pituitária → 
+TSH → Glândulas da tireoide (utilizam o iodo para produção 
hormonal → enzima tireoperoxidase → monoiodotirosina (T1) e 
diiodotirosina (T2)) 
Hormônios da tireoide: rT3 
 T4 
 T3 
Á medida que ocorre a liberação dos hormônios, ocorre um feedback 
negativo no hipotálamo e na pituitária para que haja um controle 
na produção/liberação destes hormônios 
• Os hormônios tireoidianos são os únicos que têm compostos 
iodetados 
 
• Aumento no metabolismo global 
 
• Estímulo do crescimento: 
 
1. Aumento da síntese e catabolismo proteicos 
2. Aumento do crescimento em jovens 
3. Metabolismo de CHO, lipídeos e proteínas 
4. Diferenciação e maturação da pele 
5. Cicatrização (síntese de colágeno) 
ETIOPATOGENIA 
Hipotireoidismo primário – mais comum 
Independe da produção de TRH e TSH 
Tireoidite linfocítica (processo imunomediado, onde há produção de 
anticorpos contra as glândulas tireoidianas → destruição → fibrose 
→ baixa produção hormonal) ou atrofia folicular idiopática 
Diminuição folicular  
TSH e TRH  
A terapia se baseia na reposição de T4 e não dos demais 
Hipotireoidismo secundário 
Redução de TSH por algum motivo (pode ser neoplasia, trauma, 
etc) 
(Além da redução de TSH há redução de T4) 
Nanismo é uma consequência -  GH 
Hipotireoidismo terciário 
Não fazer dosagem 
 TRH 
Há também redução de todos os outros hormônios) 
INCIDÊNCIA 
Cães de meia idade a idosos – média de 4 a 6 anos 
Sem predileção sexual 
Beagle, Golden, Labrador, Doberman, Pincher, Cocker, Schnauzer, 
Teckel 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
Sinais clínicos extremamente inespecíficos 
Geralmente a percepção de melhora clínica só ocorre após o início 
do tratamento 
Alguns sinais clínicos são: 
• Letargia 
• Retardo mental 
• Intolerância ao exercício 
• Obesidade 
• Termofilia 
Sinais cutâneos 
Dermatoses hormonais – 15% das dermatopatias 
• 85% dos animais doentes! 
Alopecia bilateral simétrica (25% dos animais) 
• Pode ocorrer “cauda de rato” 
Fase anagênica (crescimento cutâneo) → T4 
Mixedema (pele parece um sharpei, fica meio enrugadinha) 
Não há prurido – exceto se houver contaminação fúngica e 
bacteriana 
Pode ocorrer: Seborreia seca ou oleosa 
 Otite ceruminosa 
Pele do animal pode se apresentar com: Processo de lignificação, 
alopecia, hiperpigmentação 
Manifestações cardíacas 
Musculo cardíaco é dependente da ação hormonal 
Redução dos receptores beta- adrenérgicos (intolerância aos 
exercícios pode estar relacionada ao baixo déficit cardíaco) 
Bradicardia (dependendo da gravidade da doença pode ocorrer 
desmaios) 
Efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos 
• BAV 1° e fibrilação atrial 
Manifestações neurológicas 
Paralisia facial e de laringe 
Megaesôfago 
Fraqueza muscular, ataxia e intolerância 
Paraparesia, tetraparesia e tetraplegia 
Coma 
Outras manifestações: 
Distrofia corneal 
Infertilidade 
Perda de libido 
Ausência de cio 
 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese 
Exame físico 
Exames laboratoriais 
Hemograma: Anemia normocítica e normocrômica 
Bioquímica sérica: Hipertrigliceridemia, hiperlipidemia e 
hipercolesterolemia 
Frutosamina sérica – Tendência é ser mais baixa do que o normal 
TESTES DE FUNÇÃO DA GLÂNDULA TIREÓIDE 
Não há supressão, mas sim dosagem hormonal 
Concentração sérica basal de T4 total 
• Fração livre/ Fração ligada as proteínas 
• Anticorpos anti-T4 (T4 total sofre mais a ação desses 
anticorpos) 
• Interferência por doenças não tireoidianas 
 
Concentração sérica basal de T4 livre 
• É o método mais fidedigno 
• Não sofre alterações pela presença de anticorpos anti-T4 
• Diálise de equilíbrio ou bifásica (mais indicado para cães) 
 
Concentração sérica basal de T3 total e livre não são 
indicados para avaliação tireoidiana em cães 
Concentração sérica basal de TSH canino 
• Usado em associação com a dosagem sérica de T4 livre por 
diálise 
• Nunca usar sozinho! 
• 20 a 40% dos cães eutireoideos apresentam TSH baixo! 
• Se há T4livre baixo e TSH aumentado reflete uma possível 
tireoidite ou um hipotireoidismo primário e o TSH tá 
tentando estimular produção de T4 
• Se há T4 livre baixo e TSH baixo é possível pensar em 
hipotireoidismo secundário ou terciário 
• Se há T4 livre normal e TSH baixo não pode-se considerar 
o paciente hipotireoideo 
TRATAMENTO 
Suplementação hormonal 
• Evitando-se o risco de tireoxicose 
Dosagem: 0,01 a 0,02 mg/kg (10 a 20 mcg/kg, BID) 
Presença de doenças concomitantes – início com 25% da dose 
Diagnóstico terapêutico não é indicado