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1 Khilver Doanne Sousa Soares Clínica Cirúrgica VI Vantagens da Cirurgia Ambulatorial Diminui custos hospitalares Menor ansiedade para o paciente e familiares Retorno precoce ao lar e ao trabalho Menor risco de infecção hospitalar Disponibilização de maior número de leitos para os pacientes que necessitam internação Agilização das operações por diminuição da burocracia necessária para internação Papel do Cirurgião na Anestesia Ambulatorial Avaliação. Selecionar tipo de procedimento (duração? Extensão? Estado físico do paciente (ASA)? Condições socioeconômicas?). Solicitar exames de rotina. Instrução. Informar ao paciente sobre o procedimento e cuidados no pós-operatório. Informar importância de um acompanhante e possível internação. Agendamento do procedimento e encaminhar para avaliação anestesiológica. Papel do Anestesiologista na Anestesia Ambulatorial Avaliação. Verificar possibilidade da realização do procedimento ambulatorialmente; verificar aptidão do paciente ao procedimento. Verificar necessidade de interconsulta com especialista e exames específicos. Instrução. Jejum, medicamentos pré-anestésicos, horário, acompanhante, critérios de alta. Recursos Humanos e Material A anestesia ambulatorial pode ser realizada, basicamente em três tipos de unidade ambulatorial hospitalar: (1) aquelas integradas ao hospital, (2) as independentes do hospital e as (3) mistas. A resolução n 1.363/93 do Conselho Federal de Medicina estabelece condições mínimas de segurança para a anestesia ambulatorial. Toda unidade deverá contar, obrigatoriamente, com: - Material para ressuscitação cardiopulmonar - Recursos para suporte vital - Pessoal treinado para tal A unidade ambulatorial deve estar preparada para prevenir ou tratar eventuais complicações, possibilitando área adequada para admissão e para os acompanhantes dos pacientes e garantia de suporte hospitalar. Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), procedimentos pequenos cuja dose de anestesia local não exceda 10% da dose total permitida podem ser realizados em ambientes ambulatoriais sem restrição. Em procedimentos de médio porte (>10% até 50% da dose máxima recomendada) devem ser realizadas em ambiente cirúrgico, com veia canulizada e paciente monitorado com monitor cardíaco e oxímetro de pulso. Nos casos de grande porte (dose >50% da dose recomendada) devem ser realizadas: em ambiente cirúrgico, com 2 Khilver Doanne Sousa Soares veia canulizada, sob supervisão e responsabilidade do anestesiologista. Seleção dos Pacientes 1. Presença de acompanhante adulto idôneo; 2. Fácil comunicação com a unidade ambulatorial; 3. Fácil locomoção até a unidade ambulatorial; 4. Condições de cumprir os cuidados pós- operatórios; 5. Nível intelectual e condição socioeconômica; 6. Aceitação pelo paciente; 7. Colaboração do paciente. ASA – avaliação pré-anestésica e suas particularidades Os pacientes com estado físico ASA I (ausência de doença sistêmica) e ASA II (portador de doença sistêmica leve a moderada controlada) podem ser submetidos a procedimentos em regime ambulatorial sem maiores problemas. Nos pacientes ASA III (presença de doença sistêmica que leva a limitação funcional) e ASA IV (presença de doença sistêmica que leva a incapacidade funcional). Nesses pacientes o estado de compensação atual da doença e o vulto do procedimento irão nortear a liberação do atendimento ambulatorial. Pacientes com uma ou mais das seguintes situações tem anestesia ambulatorial contraindicada: pacientes ASA III e IV não compensados, crianças com episódios de apneia e dificuldade de deglutição; crianças com histórico de síndrome de angustia respiratória infantil e displasia broncopulmonar, obesidade mórbida, etc. Preparo do Paciente As exigências de preparo pré-operatório e cuidados pós-operatórios devem ser colocadas claramente, de preferência por escrito e checadas no momento da marcação e antes do início da operação. 3 Khilver Doanne Sousa Soares A visita pré-anestésica é obrigatória antes da realização de qualquer tipo de anestesia – anamnese e exame físico. Os pacientes devem continuar utilizando os medicamentos de uso crônico. Exceto os anticoagulantes orais, insulina, inibidores da enzima conversora da angiotensina e antagonistas da angiotensina II. A ingestão de líquidos se resíduos ou claros (café, chá, água, sucos coados, etc.) até 2h ou 3h antes da operação não altera o volume gástrico residual, melhora o conforto do paciente e reduz a incidência de hipovolemia e hipoglicemia sem aumentar a chance de aspiração de conteúdo gástrico em pacientes submetidos à anestesia geral. Em pacientes com obesidade mórbida, RGE e diabéticos com alteração da motilidade gástrica o tempo de jejum deve ser estendido. Critérios de Alta Ambulatorial Pacientes excessivamente nauseados ou com dor que não respondam a analgésicos comuns não devem receber alta; Sangramento significativo, sedação residual e de dificuldades sociais que impliquem risco pós-operatório. Segundo a regulamentação 1.409/94 do CFM, quanto às condições de alta após realização de procedimento anestésico ambulatorial: a) Orientação no tempo e espaço; b) Estabilidade dos sinais vitais há, pelo menos, 60 min; c) Ausência de náuseas e vômitos; d) Ausência de dificuldade respiratória; e) Estar apto para ingerir líquidos e se locomover; f) Sangramento mínimo ou ausente; g) Ausência de dor de grande intensidade e sinais de retenção urinária. O paciente ou acompanhante deve receber orientações por escrito incluindo: a) Acompanhamento contínuo por um adulto até a residência; b) Não dirigir veículos; c) Operar máquinas; d) Assinar documentos; e) Andar na rua nas primeiras 24 h; f) O horário para alimentação e retorno do uso de medicamentos habituais; g) Comunicar ao médico responsável ou ao anestesiologista a ocorrência de efeitos colaterais (náuseas, vômitos, prostração, febre, dor, sangramento, etc.; h) Retornar ao local de atendimento ambulatorial em caso de complicações. Atividade Anestésica 1. Massa de anestésico local: aumento na massa ou quantidade de anestésico local, resulta em anestesia mais profunda, duradoura e com menor latência – com respeito de limites; 2. Uso de vasoconstritor: a adrenalina, na concentração de 5ug/ mL é frequentemente adicionada aos anestésicos locais - diminui sua absorção vascular; aumenta profundidade e duração da anestesia; diminui velocidade de absorção do anestésico local; reduz sangramento cirúrgico; melhora qualidade do bloqueio por ação analgésica direta em receptores; 3. Técnica regional utilizada: a latência anestésica é menor na anestesia infiltrativa e raquianestesia; por outro lado a duração é menor devido a menor massa utilizada; 4. Estado físico ou clínico do paciente: pacientes com insuficiência hepática podem apresentar prolongamento da duração da anestesia; hipotensão arterial e choque podem diminuir a absorção vascular do anestésico local (prolonga duração); grávidas, obesos e idosos tem maior dispersão do anestésico local no espaço epidural, necessitando de menores quantidades de anestésico local por segmento da medula; 5. Uso de bicarbonato de sódio: modificações no pH da solução anestésica melhoram 4 Khilver Doanne Sousa Soares sua qualidade da anestesia regional; aumenta o pH da solução anestésica e uma maior fração do anestésico local estará na forma não ionizada (lipossolúvel), encurtando a latência da ação. Toxicidade dos Anestésicos Locais 1- Sistêmica: Os anestésicos locais podem atingir outras membranas excitáveis em quantidade para produzir efeitos tóxicos. As principais membranas a serem consideradas são as do SNC e do coração. O SNC é mais sensível aos anestésicos locais do que o sistema cardiovascular. A bupivacaína é 4X mais tóxica ao SNC que a lidocaína. Formigamentode lábios e língua, zumbidos, distúrbios visuais, abalos, musculares, convulsões, inconsciência, coma, para respiratória, depressão cardiovascular e parada cardíaca. Assim outros agentes depressores do SNC devem ser evitados no tratamento inicial da intoxicação desses sistemas. A bupivacaína é mais cardiotóxica do que a lidocaína em cerca de 70 vezes! A recuperação dos pacientes com intoxicação por anestésico local: pronto atendimento com medidas vigorosas de ventilação, oxigenação, suporte cardiovascular e correção da acidose. 2- Reações Alérgicas São raras, mas podem colocar em risco a vida do paciente. Anestésicos Locais Específicos Aminoésteres 1- Cocaína: usada principalmente por via tópica. Possui alta toxicidade sistêmica e, portanto, não é utilizada nos outros tipos de anestesia local; 2- Procaína: baixa potência; duração rápida (50 min); é 4X menos tóxica que a cocaína; não pode ser usada em paciente alérgicos às sulfamidas; 3- Tetracaína: é 10X + potente e tóxica do que a procaína; eficaz em todos os tipos de anestesia (+ utilizada na raquianestesia); dura de 4h a 6h na presença de vasoconstritor; também não pode ser usada em paciente alérgicos às sulfamidas; 4- Cloroprocaína: apresenta rápido início de ação; metabolismo 4X maior que o da procaína (duração e ação limitada); muito usada na anestesia peridural. Aminoamidas 1- Lidocaína: é o agente mais utilizado; potência intermediária (4X menor que a da bupivacaína); rápido início de ação (1min a 2min); duração moderada (1h a 2h); baixa toxicidade sistêmica; usada na anestesia local, locorregional, raquianestesia, peridural e regional intravenosa; 2- Mepivacaína: potência e latência anestésica similares às da lidocaína com duração de ação um pouco mais prolongada; 3- Prilocaína: é o menos tóxico dos anestésicos – uso favorecido na anestesia regional IV; pode causar metemoglobinemia; 4- Bupivacaína: um dos anestésicos locais mais utilizados; é o aminoamida mais potente; bem indicada na prevenção e no tratamento da dor pós-operatória; 5- Etidocaína: tem 50% da potência da bupivacaína; 6- Ropivacaína: estruturalmente relacionada com a bupi e Mepivacaína, mas 30% menos potente que a bupivacaína e tem ação vasoconstritora. --------------------------------- 5 Khilver Doanne Sousa Soares Apresentação das drogas: Lidocaína 2% (20 mg/ml) Bupivacaína 0,5% (5 mg/ml) Levobupivacaína 0,5% (5 mg/ml) Ropivacaína 1% (10 mg/ml) Dosagem máxima de mg/kg: Lidocaína COM vasoconstritor - 7 mg/kg SEM vasoconstritor - 5 mg/kg Bupivacaína COM vasoconstritor - 3 mg/kg SEM vasoconstritor - 2 mg/kg Levobupivacaína COM vasoconstritor – 5,5 mg/kg SEM vasoconstritor – 2 mg/kg Ropivacaína Dose máxima única - 3 mg/kg --------------------------------- Anestesia Local e Locorregional Apresentam menor incidência de náuseas e vômitos no pós-operatório, analgesia pós- operatória residual, recuperação mais rápida ao fim do procedimento cirúrgico. Anestesia Local Tópica. Produzem anestesia tópica pela aplicação em membranas mucosas do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, trato geniturinário, conjuntiva, conduto auditivo, membrana timpânica, reto, etc. Necessitam ser utilizados em alta concentração para efeito. Podem ser: conta-gotas, embebidos em algodão, forma de geleia, spray e creme. Absorção sistêmica acentuada e rápida quando nas mucosas – portanto, risco de toxicidade sistêmica. Infiltrativa. Indicada em pequenas lesões cutâneas, incisão para drenas coleções subcutâneas, exérese de pequenos tumores e corpos estranhos, sutura de feridas da pele, etc. Anestesia obtida por ação direta do anestésico local a ser operado. Importante lembrar que a sensação do tato e da propriocepção pode permanecer. Geralmente injetada através de agulhas finas. Bloqueio de Campo. A infiltração local é realizada delimitando uma área circunscrita onde está a lesão a ser tratada. Realiza-se pelo menos 2 botões anestésicos, introduz-se a agulha obliquamente até os planos mais profundos da lesão a ser operada (aspira-se a seringa antes de injetar e verificar se foi pego algum vaso sanguíneo). Bloqueios Regionais. Bloqueios do plexo braquial; bloqueio dos nervos periféricos do membro superior; bloqueio dos nervos periféricos do membro inferior; bloqueios da cabeça e do pescoço; bloqueio da região cervical; bloqueio do pavilhão auricular; bloqueio do pênis. Sedação e Anestesia Geral O termo sedação propriamente dito deve estar associado a analgesia + certo grau de amnésia. A participação do anestesiologista é obrigatória. É necessário titular a sedação, procurando com mínimas doses buscar o efeito desejado para cada caso. Monitoração cardiovascular não invasiva e oximetria de pulso devem ser utilizadas de rotina. Via IV é preferível. Agente hipnótico + analgésico é habitualmente a melhor opção terapêutica. A sedação pode ser leve (depressão leve da consciência com manutenção dos reflexos protetores das vias respiratórias) ou profunda (a consciência fica abolida com perda parcial ou total dos reflexos protetores das vias respiratórias). As principais causas desse aumento são as complicações ventilatórias decorrentes de abuso de dosagens. 6 Khilver Doanne Sousa Soares Princípios básicos da anestesia geral: amnésia, analgesia, imobilidade e supressão dos reflexos do sistema nervoso simpático não dispomos de um agente único que preencha tudo isso. Seguem os agentes mais utilizados na sedação e/ou anestesia geral: 1. Benzodiazepínicos: os agentes mais utilizados são midazolam e o diazepam – propiciam amnésia anterógrada e sedação. Utilizados como medicação pré-anestésica e sedativos na anestesia local, regional ou em bloqueios anestésicos. Midazolam tem menor meia vida plasmática que o diazepam. Podem causar depressão respiratória; 2. Tiopental: agente hipnótico utilizado na anestesia geral. Tem duração de 5min a 15min. Pode causar sonolência devido ao seu efeito “ressaca”. Causa depressão do aparelho cardiovascular; 3. Propofol: agente hipnótico sedativo utilizado na anestesia geral e sedação. Tem indução rápida do sono, curto tempo de ação, efeito antiemético e ausência do fenômeno da “ressaca” – pode ser feita em infusão contínua por não se acumular no organismo. Produz significativa queda da pressão arterial por vasodilatação e depressão direta do miocárdio. Pode causar dor à injeção – usar junto com lidocaína e fentanila; 4. Etomidato: agente hipnótico não analgésico de curta duração de ação. Tem boa estabilidade cardiovascular – indicado em pacientes com doença cardiovascular. Causa dor à injeção, mioclonia, náuseas e vômitos no pós-operatório. Tem forte efeito supressor da adrenal - pode causar quadro grave de hipotensão arterial; 5. Cetamina: agente hipnótico, analgésico e sedativo. IV ou IM. Início de ação e despertar rápido. Pode causar alucinações, delírios, hipertensão arterial e taquicardia – utilizar junto: benzodiazepínicos; 6. Opioides: alfentanil, fentanil, sufentanil e remifentanil. Produzem analgesia per e pós-operatória, inibição dos reflexos simpáticos (hipertensão e taquicardia) e sedação. O efeito residual propicia despertar mais tranquilo, sem agitação pós-operatória. Tem como efeitos colaterais: náuseas, vômitos, depressão respiratória, retenção urinária e prurido; 7. Bloqueadores neuromusculares: utilizados para facilitar a intubação traqueal.; 8. Anestésicos inalatórios: óxido nitroso, halotano, isoflurano, sevoflurano e desflurano. O óxido nitroso tem rápida indução e recuperação anestésica, mas é pouco potente, utilizada em associação a outros anestésicos inalatórios. Aumenta a incidência de náuseas e vômitos, principalmente em associação com opioides. Complicações Pós-Anestésicas em Cirurgia Ambulatorial As complicações podem ser classificadas como menores (hematoma no local da punçãovenosa, cefaleia, dor leve a moderada, náuseas e vômitos moderados rouquidão pós-intubação traqueal), moderadas (vômitos prolongados, dor não responsiva a analgésicos comuns, cefaleia pós-raquianestesia, sedação prolongada, hematoma na ferida operatória, descompensação de condições clínicas pré-operatórias) e graves (anoxia cerebral, morte transoperatória). As principais complicações pós-operatórias em regime ambulatorial são: 1. Dor. Dependendo da intensidade, pode determinar a admissão hospitalar do paciente. A utilização de anestésicos locais de maior duração (bupi e ropivacaína) tem sido satisfatória como forma de controle de dor; inconveniente: bloqueio residual, hipotensão ou reações tóxicas; 2. Náuseas e vômitos. Pode levar a tensão nas linhas de sutura, sangramento no sítio cirúrgico, desequilíbrio hidroeletrolítico, risco de pneumonite aspirativa e maior possibilidade de admissão hospitalar. A 7 Khilver Doanne Sousa Soares abordagem deve ser feita de maneira profilática, utilizando-se a associação de medicamentos que atuam em conjunto; 3. Hipotensão arterial. A diminuição da pré- carga deve ser considerada quando ocorreu perda sanguínea acentuada ou de líquidos do espaço extracelular durante o procedimento cirúrgico. Levantar a possibilidade de reposição volêmica inadequada, jejum e perdas transoperatórias; 4. Hipotermia. A queda na temperatura corpórea atinge cerca de 60% dos pacientes que se submetes a procedimentos sob anestesia geral ou bloqueios do neuroeixo. Pode levar a dificuldade na biodegradação de medicamentos. O mecanismo de compensação orgânica são tremores. Utiliza-se aquecimento dos gases e líquidos infundido e mantém-se o paciente coberto. Quanto aos tremores, usar meperidina. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ SAVASSI, Paulo Roberto Rocha. et. al. Cirurgia de Ambulatório. 1. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
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