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SEG - Ergonomia e Saude Ocupacional [2022]

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Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho 
 
Ergonomia e Saúde 
Ocupacional 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho 
 
Ergonomia e Saúde 
Ocupacional 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Março 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor Autor 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Revisão 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Coordenação de Curso 
Alcione Moraes de Melo 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .................................................................................................................................... 5 
1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde Ocupacional Necessários à 
Organização, Assessorando-a no Cumprimento das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho 
(SST) .............................................................................................................................................. 7 
1.1 Breve histórico da saúde ocupacional ....................................................................................................... 8 
1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT) .......................................................................................................................................... 13 
1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) .............................. 16 
1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ............. 18 
2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Saúde 
Ocupacional no Ambiente de Trabalho ........................................................................................ 23 
2.1 Risco ocupacional .................................................................................................................................... 27 
2.2 Medidas de prevenção dos riscos ........................................................................................................... 30 
3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos Ambientes de Trabalho38 
3.1 Surgimento da ergonomia ....................................................................................................................... 38 
3.2 Entendendo a ergonomia ........................................................................................................................ 39 
3.3 Risco Ergonômico .................................................................................................................................... 45 
3.4 Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia .............................................................................................. 47 
3.5 Análise Ergonômica de Trabalho (AET) ................................................................................................... 49 
Conclusão .................................................................................................................................... 54 
Referências ................................................................................................................................. 55 
Minicurrículo do Professor .......................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Olá Estudante, 
Seja bem-vindo à disciplina de Ergonomia e Saúde Ocupacional do curso de Técnico de 
Segurança do Trabalho! 
Convido você a fazer uma viagem no mundo da Ergonomia e Saúde Ocupacional e nessa 
viagem você irá conhecer, se surpreender e se motivar a tomar uma postura prevencionista dentro 
de diversos setores laborais, como também dentro de seu lar pois tais conhecimentos são 
importantíssimos no cotidiano doméstico da mesma forma que no segmento Empresarial. 
Nesta jornada será necessário que que você se aproprie de algumas condutas 
importantes, siga uma rotina de estudo com a disciplina, leia atentamente o seu E-book que é o seu 
material inicial de estudo, se envolva e interaja com os conceitos apresentados nesse material, assista 
as vídeo-aulas das competências, participe dos fóruns de dúvidas e Discussões, participe dos debates 
dos Destaques, contribuindo com os seus comentários, utilize outro recurso de informação que é a 
sala do Chat do AVA para tirar suas dúvidas. 
Você entenderá qual a importância dessa disciplina no dia a dia prático de vocês, futuros 
técnicos de segurança do trabalho, e como tais conhecimentos trarão embasamento para solidificar 
as ações técnicas para a implantação de medidas Ergonômicas dentro da empresa. 
Na primeira competência uma breve viagem no panorama histórico geral da saúde 
ocupacional, em seguida como iniciaram os primeiros serviços de prevenção a doenças ocupacionais 
dos trabalhadores. Posteriormente serão estudadas as Normas Regulamentadoras (NR´s) e 
identificados os programas e serviços de saúde e prevenção de acidentes e doenças do trabalho que 
devem ser assegurados nas empresas. 
Na segunda competência inicia uma abordagem sobre a NR 1 citando alguns itens, o 
objetivo, campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras NR 
relativas à segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de 
riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho – SST. Logo em 
seguida, será abordado sobre os riscos ocupacionais, a importância de serem identificados e 
reconhecidos no ambiente de trabalho. Dando continuidade, será citado alguns exemplos de riscos 
ocupacionais descriminando algumas sugestões de recomendações que podem ser implantadas 
dentro do ambiente laboral para prevenção dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
6 
Por último a terceira competência, onde será conhecida a ciência denominada de 
Ergonomia, que irá lhe encantar e porque não dizer se apaixonar, por essa ciência interdisciplinar que 
agrega outros campos de conhecimentos, em função da adequação das condições trabalho ao 
homem, portanto, o estudo prosseguirá vendo como essa ciência surgiu, qual é a sua importância 
nesse processo de homem x trabalho x ambiente, qual é a sua classificação e o campo de atuação 
dela. 
A atualização da NR 17 que passou por uma mudança e por fim, será visto o assunto 
chamado de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) uma ferramenta de análise importante, que deve 
ser aplicada dentro das organizações de trabalho. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde 
Ocupacional Necessários à Organização, Assessorando-a no Cumprimento 
das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) 
Caro estudante, primeiramente será abordado nos seus estudos como se deu o panorama 
geral do histórico da saúde ocupacional no mundo e que repercussões se deram no Brasil. Em seguida, 
você veráde que forma ocorreu a preocupação com a Saúde dos trabalhadores no período da 
Revolução Industrial, que resultou no avanço de normatizações e leis que descreveram a História da 
Segurança e Medicina do Trabalho, proporcionando também nos dias de hoje em programas e 
serviços de Segurança e Medicina do trabalho voltados para as empresas. 
A relação entre o trabalho e a saúde/doença existe desde os primórdios e se destacou 
mais ainda com a Revolução Industrial. 
 Prezado estudante infelizmente também ressalta-se, que na antiguidade essas questões 
de trabalho x trabalhador x saúde repercutiam numa condição meramente de escravidão ao trabalho 
sendo este como um castigo, conforme Nosela (1989), apud Gomez e Costa (1997), “Afinal, no 
trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a preocupação em preservar a saúde dos que eram 
submetidos ao trabalho, interpretado como castigo ou estigma: o "tripalium", instrumento de 
tortura. O trabalhador, o escravo, o servo eram peças de engrenagens "naturais", pertences da terra, 
assemelhados a animais e ferramentas, sem história, sem progresso, sem perspectivas, sem 
esperança terrestre, até que, consumidos seus corpos, pudessem voar livres pelos ares ou pelos céus 
da metafísica”. 
Diante do cenário citado acima, cabe algumas reflexões: Como é que surgiu a 
preocupação com a Saúde dos trabalhadores nesses ambientes de fábricas? Que medidas foram 
tomadas para prevenir os riscos de acidentes e doenças no ambiente laboral? Como esse contexto 
idealizou os primeiros serviços de Saúde Ocupacional e, como eles atuam dentro das empresas nos 
dias de hoje? 
Essas e outras perguntas serão respondidas a partir do conteúdo apresentado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
1.1 Breve histórico da saúde ocupacional 
Estudante, pare e pense como era o panorama da Revolução Industrial. Pensou? Pode-se 
dizer que existia a figura de um trabalhador “livre”, onde este tinha que vender sua força de trabalho 
se tornando parte integrante da máquina, ditando assim os ritmos no modo de produção impostos 
pelo funcionamento das máquinas. 
Perceba que as regras de produção tinham o intuito de atender à necessidade de 
acumulação rápida de capital e de máximo aproveitamento dos equipamentos, antes de se tornarem 
obsoletos. 
Com as jornadas cansativas, que duravam de 14 a 16 horas em ambientes extremamente 
desfavoráveis e precários à saúde, às quais se submetiam também mulheres e crianças, eram 
diariamente incompatíveis com a vida. A aglomeração de pessoas em espaços inadequados fechados, 
exposição excessiva ao calor, má ventilação nos prédios, excesso de umidade, com máquinas sem 
nenhuma proteção, ocasionava a rapidez da proliferação de doenças infectocontagiosas, ao mesmo 
tempo em que a periculosidade das máquinas, tendo em vista a robustez dos novos equipamentos, 
era responsável por mutilações e mortes. 
Saiba que essa época da Revolução Industrial, que se iniciou na Europa (Inglaterra, França 
e Alemanha) e ocorreu entre 1760 e 1850, foi uma grande referência para o surgimento de uma 
preocupação inicial com a saúde dos trabalhadores. 
Perceba que nesse panorama da história da Revolução industrial as condições vividas 
pelos operários nas fábricas e como eles eram tratados pelos seus patrões, que consumiam toda força 
de trabalho, acarretava num processo acelerado e desumano de produção excessiva. Por essas 
condições, fez-se necessário uma intervenção a fim de garantir a continuidade da produção, bem 
como assegurar as condições de saúde do trabalhador. 
Diante de tantos problemas nessa época, eis que surge a iniciativa de um proprietário de 
uma fábrica têxtil, chamado Robert Dernham, que estava preocupado com a saúde dos seus 
trabalhadores que não dispunham de nenhum cuidado médico, além dos prestados por instituições 
filantrópicas, esse empresário resolveu então procurar o seu médico particular, Robert Baker, e com 
isso, ele solicitou que indicasse medidas para resolver e melhorar a situação dos trabalhadores que 
se encontravam no ambiente da fábrica. 
 
 
 
 
 
 
9 
Você prestou bem atenção no parágrafo anterior, o proprietário Robert Dernham teve a intenção de 
perguntar ao seu médico Robert Backer como poderia melhorar as condições de trabalho na sua 
fábrica daí seu médico lhe dá a seguinte resposta conforme trecho abaixo. 
"Coloque no interior da sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de 
intermediário entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fábrica, 
sala por sala, sempre que existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa 
verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar que qualquer dos 
trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele 
competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você poderá dizer: meu médico é a 
minha defesa, pois a ele dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção 
da saúde e das condições físicas dos meus operários; se algum deles vier a sofrer 
qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser responsabilizado" 
(MENDES; DIAS, 1991). 
Com essa iniciativa do empresário Robert Dernham de contratar Baker para trabalhar em 
sua fábrica, nesse ano de 1830, é surgido assim, na Inglaterra, o primeiro serviço de medicina do 
trabalho na história. 
Se você prestou atenção nas palavras do doutor Baker, reflita agora sobre alguns traços 
que refletem no capitalismo quanto às finalidades de um serviço de medicina do trabalho, são essas: 
• O empresário coloca a frente dos Serviços de Medicina da empresa, somente 
pessoas de inteira confiança dele e que estas possam realmente defender os seus 
interesses; 
• Precisa ser uma tarefa integralmente médica a prevenção dos danos à saúde 
proveniente dos riscos do trabalho; 
• Era exclusivamente ligado ao médico a responsabilidade pela ocorrência de 
problemas de saúde. 
É possível perceber com essas considerações acima que devido à carência ou 
precariedade dos serviços de saúde acrescentando também a visão das expectativas dos 
empregadores, o padrão descrito repercutiu rapidamente entre vários países. O que com isso, 
promoveu nas empresas o interesse pelos serviços de medicina do trabalho, com o intuito de obter 
e manter a dependência do trabalhador e de seus familiares ao mesmo tempo em que controlava 
diretamente a força de trabalho. 
As propostas que discutiam em intervir nas empresas, naquela época, expressaram-se 
numa sucessão de normatizações e legislações, que tem no Factory Act, de 1833, como a primeira 
legislação eficiente para a proteção do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
10 
 “O Factory Act, era aplicada em todas as fábricas têxteis, onde se usasse força 
hidráulica ou a vapor, para o funcionamento das máquinas. Proibia o trabalho 
noturno aos menores de dezoito anos, restringiu o horário de trabalho para 12 horas 
diárias e 96 horas por semana; obrigatoriedade de escolas nas fábricas para os 
menores de 13 anos, a idade mínima de trabalho passou a ser 9 anos e tornou-se 
obrigatória a presença de um médico nas fábricas. Surge então, o médico de fábrica 
com objetivo de submeter os menores trabalhadores a exame médico pré-
admissional e periódico, e preveni-los tanto às doenças ocupacionais quanto às não 
ocupacionais” (BITENCOURT; QUELHAS, 1998). 
Essas recomendações tiveram alguns pontos destacáveis, passando a tomar corpo, na 
Inglaterra, a medicina de fábrica. Como visto acima com a presença de um médico no interior das 
unidades fabris, o qual representava, ao mesmo tempo, um esforço em detectar os processos 
danosos à saúde e uma espécie também de braço do empresário para recuperação do trabalhador, 
visando nada mais que o seu retorno à linha de produção, num momento em que a força de trabalho 
era fundamental à industrialização emergente. Determinava o que seria uma das características da 
Medicina do Trabalho, mantida até hoje e onde predomina na forma tradicional:sob uma visão 
eminentemente biológica e individual, no espaço restrito da fábrica, numa relação única e no mesmo 
sentido, buscando assim, as causas das doenças e acidentes. 
Assim, a Medicina do Trabalho, centrada na figura do médico, orienta-se pela teoria da 
causa e efeito, ou seja, para cada doença, um agente etiológico. Veja bem caro estudante, todas essas 
questões ambientais se repercutem no âmbito do trabalho e interferem no aparecimento dos 
agentes específicos, dessa forma, atuar sobre suas consequências, tratando como um problema 
médico em função dos sintomas e sinais, ou quando muito, relacionando-os a uma doença 
legalmente reconhecida. Como repetidamente as doenças originadas no trabalho são vistas em 
estágios avançados, até porque muitas delas, em suas fases iniciais, mostram sintomas comuns a 
outras patologias, torna-se difícil, sob essa ótica, identificar os processos que as geraram, bem mais 
amplos que a mera exposição a um agente particular (restrito). 
Observe atentamente, em todo o nosso cotidiano estamos cercados de vários produtos 
químicos, os quais podem ser prejudiciais a nossa saúde, quando passamos a nos expor 
frequentemente a eles, desse modo, é inevitável que essas substâncias também estejam presentes 
nos ambientes de trabalho e que em contato com o trabalhador podem vir a gerar algum efeito 
 
 
 
 
 
 
11 
indesejado. Como exemplo, pode-se citar o caso dos mineradores, que além de uma exposição a 
produtos químicos também se submetem a trabalhos pesados. 
Quando existem diversos fatores em conjunto isso vai refletir simultaneamente no 
desenvolvimento de alguma doença ocupacional, como por exemplo: o tempo de exposição ao 
agente, a concentração das substâncias, a quantidade do agente no ambiente laboral, a intensidade 
da exposição e a suscetibilidade individual do trabalhador. 
Preste muito atenção agora prezado estudante, quanto maior for o tempo e a intensidade 
de exposição ao agente, à concentração das substâncias, à quantidade do agente no ambiente 
laboral, mais vulneráveis ao adoecimento estarão os trabalhadores. 
É preciso compreender que as doenças ocupacionais podem surgir e evoluir para um 
estado mais grave, dependendo da disposição (condição) individual, em adquirir doenças, pois cada 
indivíduo tem suas particularidades, como por exemplo, uns tem estatura mais alta outros são mais 
baixos, uma variedade imensa de pesos corpóreos, variedades de raças, níveis de imunidade baixa no 
organismo, enfim, todas essas particularidades individuais vão interferir no aparecimento das 
doenças entre determinados grupos. 
 Com base nessas particularidades de cada indivíduo para se compreender 
como irá se desenvolver alguma patologia quero trazer para você a importância do papel de um 
médico italiano chamado Bernardino Ramazzini, conhecido como o “Pai da medicina do trabalho” 
que publicou o livro “De Morbis Artificum” (Doenças ocupacionais), que descreveu várias profissões 
e as doenças relacionadas a elas, por isso ele fazia a seguinte pergunta qual é a sua ocupação? Como 
também visitava os locais de trabalho dos seus pacientes com a finalidade de identificar as causas de 
seus problemas. (BITENCOURT; QUELHAS, 1998). 
 Saindo do contexto europeu, nessa trajetória da história da Saúde e Medicina 
ocupacional, veja como ocorreu a evolução da Saúde Ocupacional no Brasil. 
No cenário da América Latina, incluindo o Brasil, o processo da Revolução Industrial 
ocorreu por volta de 1930, bem mais tarde que os países norte-americanos e europeus. Infelizmente 
com tantos exemplos negativos já vividos por outros países, não conseguimos entender e apreender 
que deveríamos mudar nossa visão e assim consequentemente vivenciamos as mesmas etapas, e 
com isso, em 1970, o Brasil conseguiu atingir o ranking de campeão de acidentes de trabalho, sendo 
 
 
 
 
 
 
12 
a partir desse ano que começou a haver algum tipo de preocupação para com a segurança e a saúde 
do trabalhador. 
Na realidade brasileira houve a iniciativa dos empregadores de criar serviços médicos 
para serem prestados aos empregados e essa iniciativa foi de fato um modelo novo, primeiramente 
os serviços baseavam-se na assistência médica gratuita para os trabalhadores, originários geralmente 
do campo. E vale salientar que apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que foi criada 
em 1919, responsável por formular e aplicar as normas internacionais do trabalho (convenções e 
recomendações), a qual recomendava que os serviços médicos deveriam ser caracterizados com 
caráter essencialmente preventivos, sendo os serviços médicos brasileiros geralmente curativos e 
assistenciais. 
Prezado estudante o que geralmente ocorre na sistemática do Brasil desde esse período 
até os dias de hoje é que não se investia na prevenção das doenças e acidentes, era mais fácil 
remediar do que prevenir, dessa forma, no Brasil acontecia essa sistemática, não se evitava que o 
trabalhador sofresse um acidente ou adoecesse, apenas se tratava e curava os danos quando eles já 
tinham acometido um funcionário. 
Diante dessa preocupação voltada para os serviços médicos prestados na empresa surge 
em 1972, a portaria nº 3237, onde o governo federal através dessa portaria, diz que além dos serviços 
médicos, deve ser obrigatório os serviços de higiene e segurança em todas as empresas que 
trabalham cem ou mais pessoas. Sendo atualmente contemplado não somente o número de 
empregados, mas também o grau de risco, possibilitando no Brasil a semelhança aos padrões 
internacionais, na prevenção de acidentes e doenças. (BITENCOURT; QUELHAS, 1998). 
 Segue abaixo um pequeno vídeo que vai relatar brevemente para você a História da Segurança 
e Medicina do Trabalho, o qual você precisa assistir para se apropriar melhor desses conteúdos 
estudados. 
 
Para finalizar esse Breve histórico da Segurança e Medicina do Trabalho assista 
o vídeo sobre a 
História da Segurança e Medicina do Trabalho. 
https://www.youtube.com/watch?v=I9eWFEQJKsI 
 
 
 
 
 
 
13 
Agora que você já sabe um pouco sobre o surgimento da Saúde Ocupacional conheça 
alguns serviços que existem nas empresas com o objetivo de preservar a saúde dos funcionários, 
como os que estão contidos nas normas regulamentadoras apresentadas a seguir. 
 
1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT) 
Então estudante continuando a viagem pelo mundo da Saúde Ocupacional entre agora 
no assunto extremamente importante que é sobre o SESMT. Você como futuro técnico de Segurança 
do Trabalho, fará parte também dessa equipe do SESMT, tendo também outros profissionais como: 
Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, e Técnico ou 
auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Todos esses profissionais são portadores de certificados de 
conclusão do seu curso de formação sendo habilitados para trabalharem na empresa se envolvendo 
inteiramente na prevenção de Acidentes do Trabalho e das Doenças Ocupacionais dentro do local de 
trabalho. 
A área de Segurança e Medicina do Trabalho tem muitas siglas e SESMT significa Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Para definir o que esse Setor faz na empresa leia abaixo o inciso 4.1 da Norma 
Regulamentadora Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, onde diz que: “As empresas privadas e 
públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, 
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, 
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, 
com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física do trabalhador no seu local de 
trabalho”. 
Deste modo a lei determina que todas as empresas, que possuam empregados regidos 
pela CLT, constituam SESMTs, inclusiveas empresas públicas que tenham funcionários nesse regime. 
Preste muita atenção agora estudante! Vamos dar uma paradinha agora para assistir a 
vídeo aula e compreender melhor a leitura do Ebook a seguir. 
De acordo com o estabelecido no quadro II da NR 04, que você acabou de vê-lo na vídeo 
aula nem todas as empresas estão obrigadas a constituir um SESMT. 
 
 
 
 
 
 
14 
Também perceba no referido quadro II visto na vídeo aula, quando o número de 
empregados no estabelecimento alcança o patamar entre 2.001 e 3.500, para todos os graus de 
riscos, será obrigatório a presença do técnico de enfermagem do trabalho, porém não é exigida a 
atuação do enfermeiro do trabalho. Então confere lá! 
Os canteiros de obras e as frentes de trabalho que possuam menos de 1.000 (um mil) 
empregados e que estejam situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão 
considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal 
responsável, tendo com isso, a responsabilidade de formar e organizar os Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Em relação ao que foi exposto acima, a norma fala que os funcionários de nível superior 
poderão ficar centralizados que neste caso são os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos 
do trabalho e os enfermeiros do trabalho. 
No que se refere aos funcionários de nível técnico, como o Técnico de Segurança do 
Trabalho e Técnico de Enfermagem, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de 
trabalho, conforme o Quadro II, lembrando que a carga horária do funcionário de nível médio é de 8 
horas diárias e do nível superior de 3 ou 6 horas diárias. 
 
Conforme visto no vídeo, você como futuro técnico de segurança do trabalho será parte 
integrante dessa equipe do SESMT e com isso você terá algumas funções e obrigações, que se atribui 
a todos da equipe Multidisciplinar. 
 
 
Querido estudante, pare a leitura deste caderno e assista o vídeo abaixo: 
#SextouComNR – Tudo que você precisa saber sobre a NR 4 
https://www.youtube.com/watch?v=MKhlC83NZP8 
O SESMT deve manter uma estreita relação com a CIPA, estudando suas 
observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, ou 
seja, precisa utilizá-la como um agente multiplicador. 
 
 
 
 
 
 
15 
Vamos citar algumas situações que a empresa pode constituir um SESMT comum 
 
Quando houver na mesma empresa alguns estabelecimentos que, isoladamente não se 
enquadram no quadro II da NR, poderão juntar-se e organizar um SESMT centralizados em cada 
Estado, Território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos de fato 
alcance os limites determinados dos patamares do quadro II, assim perceba que nesses casos, o 
dimensionamento será em função do somatório dos empregados das empresas participantes. 
Outra situação também, é quando as empresas desenvolvem suas atividades em um 
mesmo polo industrial ou comercial, nesse caso, poderá ser feito um SESMT comum para atende-las 
desde que o dimensionamento se baseie no somatório dos trabalhadores assistidos cuja a atividade 
econômica empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos. 
 Destaca-se outros casos para que as empresas possam centralizar o seu SESMT: 
Quando se tem na mesma empresa, a presença de estabelecimento que isoladamente 
não se enquadrem no quadro II, será formado SESMT´s que sejam centralizados em cada Estado, 
Território ou Distrito Federal, uma vez que o número total de empregados dos estabelecimentos no 
Estado, Território ou Distrito Federal, alcance os limites previstos no Quadro II. 
Na NR-4 também consta que a empresa que contratar outras empresas terceirizadas para 
prestar serviços em estabelecimentos enquadrados no quadro II, deverá estender seus atendimentos 
obrigatoriamente aos trabalhadores terceirizados, uma vez que ocorra desse total de empregados 
nos seus estabelecimentos contratados não atingirem os limites previstos no quadro II, tendo que a 
empresa Contratante ampliar os seus serviços aos funcionários da empresa contratada, ou seja, caso 
a empresa contratada não seja obrigada a constituir um SESMT, a empresa contratante fará esse 
atendimento utilizando o seu SESMT próprio. 
Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas, sozinhas, não se 
enquadrem no quadro II, mais que pelo número total de empregados de ambas no estabelecimento, 
atingirem os limites dispostos no referido quadro II, poderá também ser formado um SESMT comum 
da própria empresa interessada, como também, poderá ser organizado pelo Sindicato ou Associação 
da categoria econômica correspondente. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
Percorrendo ainda a viagem no mundo da Saúde Ocupacional e Ergonomia, será 
abordado um assunto muito importante agora que é sobre a CIPA, você já ouviu e leu sobre essa 
sigla? Veja o seu significado conforme consta na NR-5: “A CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho, que tem como seu objetivo principal a prevenção de acidentes e doenças 
relacionadas ao trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhado r. 
Quando se pensa, fala e faz a Segurança do Trabalho tudo isto está diretamente 
relacionado à Prevenção, e saiba que o foco maior no objetivo da CIPA é dar total apoio as empresas 
na adoção de medidas que eliminem, neutralizem, ou, pelo menos, reduzam os riscos ocupacionais 
nos ambientes de trabalho. 
 
 
 
 
Para você poder estudar mais profundamente sobre a NR 4, e ficar por dentro 
do SESMT acesse agora através do link abaixo: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-04.pdf 
Para ficar por dentro sobre a CIPA e seu funcionamento acesse o link abaixo e 
leia a NR 5 na íntegra. 
 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-05-atualizada-2021.pdf 
 
 
 
 
 
 
17 
Compreenda e conheça um pouco mais do papel da CIPA enumerando suas atribuições 
conforme é citado na Norma NR 5: 
• Acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos bem como a 
adoção de medidas de prevenção implementadas pela organização; 
• Registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o subitem 
1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada 
à sua escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço Especializado em 
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, onde houver; 
• Verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar situações que 
possam trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 
• Elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva em 
segurança e saúde no trabalho; 
• Participar no desenvolvimento e implementação de programas relacionados à 
segurança e saúde no trabalho; 
• Acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos 
da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a solução dos problemas identificados; 
• Requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à segurança e 
saúde dos trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT 
emitidas pela organização, resguardados o sigilo médico e as informações pessoais; 
• Propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das condições ou 
situações de trabalho nas quais considere haver risco grave e iminente à segurança e 
saúde dos trabalhadores e, se for o caso, a interrupção das atividades até a adoção das 
medidas corretivas e de controle; e 
• Promover, anualmente, em conjuntocom o SESMT, onde houver, a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), conforme programação definida pela CIPA. 
É imprescindível que o empregador permita condições necessárias para que os membros 
da CIPA desenvolvam suas atribuições, permitindo o tempo suficiente no expediente do trabalho para 
que a CIPA realize suas atividades regularmente conforme o plano de trabalho traçado por ela. 
Em relação as reuniões existem dois tipos: a primeira chama-se reunião ordinária, de 
acordo com o calendário preestabelecido, sempre no horário do expediente normal da empresa e em 
 
 
 
 
 
 
18 
local apropriado, e a outra é chamada de reunião extraordinária quando ocorrer acidente do trabalho 
grave ou fatal; ou quando houver solicitação expressa de uma das representações da CIPA 
representantes do empregador ou dos empregados. 
 
1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) 
Agora será estudada a Norma Regulamentadora (NR) 7 do MTE que foi criada pela 
portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, e alterada atualmente pela Portaria SEPRT nº 6.734, de 9 
de março de 2020, esta nova Norma Regulamentadora estabelece diretrizes e requisitos para o 
desenvolvimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO nas organizações, 
que tem como objetivo a proteção e a preservação da saúde de seus colaboradores em relação aos 
riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de risco- PGR da 
organização. 
Esta Norma se aplica às organizações e aos órgãos públicos da administração direta e 
indireta, bem como aos órgãos dos poderes legislativo e judiciário e ao Ministério Público, que 
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
Então observe! O subitem 7.3.1 da NR 7 cita que o PCMSO é parte integrante do conjunto 
mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos seus trabalhadores, devendo estar 
articulado com o disposto nas demais NR´s. 
Conforme o subitem 7.3.2 destacamos abaixo as diretrizes do PCMSO: 
a) rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho; 
b) detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais; 
c) definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas determinadas; 
d) subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção adotadas na 
organização; 
Para finalizar sobre essa abordagem da NR 5 assista o vídeo abaixo 
#SextouComNR - Tudo que você precisa saber sobre a NR-5 
https://www.youtube.com/watch?v=qRuUpNpGAmQ 
 
 
 
 
 
 
19 
e) subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e sua relação com os 
riscos ocupacionais; 
f) subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de trabalho que possam 
comprometer sua saúde; 
g) subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho, de acordo com a 
regulamentação pertinente; 
h) subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social; 
i) acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa ser especialmente 
afetado pelos riscos ocupacionais; 
j) subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional; 
k) subsidiar ações de readaptação profissional; 
l) controlar a imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos ocupacionais, sempre que 
houver recomendação do Ministério da Saúde. 
Na NR 7 no subitem 7.3.2.1 O PCMSO deve incluir ações de: 
a) vigilância passiva da saúde ocupacional, a partir de informações sobre a demanda espontânea 
de empregados que procurem serviços médicos; 
b) vigilância ativa da saúde ocupacional, por meio de exames médicos dirigidos que incluam, 
além dos exames previstos nesta NR, a coleta de dados sobre sinais e sintomas de agravos à 
saúde relacionados aos riscos ocupacionais. 
No cotidiano de uma empresa podem ser citados como exemplos de diretrizes: 
Quando uma empresa tem a preocupação de vacinar seus trabalhadores com a vacina de da H1N1 
da Influenza (do Vírus da gripe) ela está de acordo com as diretrizes do PCMSO, já que, ao vacinar 
seus colaboradores estará prevenindo que os mesmos venham contrair a gripe. 
Através do rastreamento de uma doença como Pressão Alta, é realizado como ação a 
coleta de dados de todos os colaboradores nos diversos setores da empresa (os que têm sintomas, 
queixas e os que não sentem nada), em seguida são feitos os exames cardiológicos necessários para 
detecção de Hipertensão, dessa forma, são diagnosticados e classificados os casos de Hipertensão 
dos trabalhadores. 
Na medida em que os colaboradores são submetidos a exames, previamente pode ser 
identificado precocemente um diagnóstico de determinado agravo, ou seja, diagnosticar alguma 
 
 
 
 
 
 
20 
doença antes que o colaborador apresente sintomas e seja prejudicado. Desse modo, tem-se a 
chance de começar o tratamento precocemente e evoluir no intuito de se ter um tratamento bem-
sucedido. 
Vamos agora citar alguns pontos importantes extraídos da norma regulamentadora nº 7 
no subitem 7.4.1 na qual determina algumas obrigações do empregador, entre elas pode-se citar: 
• Garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO; 
• Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; 
• Indicar médico do trabalho responsável pelo PCMSO. 
Conforme a NR 7 no subitem 7.5 que trata sobre o planejamento podemos citar: 
O PCMSO deve ser elaborado considerando os riscos ocupacionais identificados e classificados 
pelo PGR. 
Inexistindo médico do trabalho na localidade, a organização pode contratar médico de outra 
especialidade como responsável pelo PCMSO. 
O PCMSO deve incluir a avaliação do estado de saúde dos empregados em atividades críticas, 
como definidas nesta Norma, considerando os riscos envolvidos em cada situação e a investigação de 
patologias que possam impedir o exercício de tais atividades com segurança. 
Também consta no subitem 7.5.4 da Norma que a organização deve garantir que o PCMSO: 
a) Descreva os possíveis agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais 
identificados e classificados no PGR; 
 b) Contenha planejamento de exames médicos clínicos e complementares necessários, 
conforme os riscos ocupacionais identificados, atendendo ao determinado nos Anexos desta NR; 
c) Contenha os critérios de interpretação e planejamento das condutas relacionadas aos 
achados dos exames médicos; 
d) Seja conhecido e atendido por todos os médicos que realizarem os exames médicos 
ocupacionais dos empregados; 
e) Inclua relatório analítico sobre o desenvolvimento do programa, conforme o subitem 
7.6.2 desta NR. 
Na NR 7 também cita que o PCMSO não deve ter caráter de seleção de pessoal (Subitem 
7.3.2.2); 
 
 
 
 
 
 
21 
Como também diz que o médico responsável pelo PCMSO, caso observe inconsistência no 
inventário de riscos da organização, deve reavaliá-las em conjunto com os responsáveis pelo PGR 
(Subitem 7.5.5) 
Prezado estudante assim como ocorre no PGR, o PCMSO também vai ter algumas condições 
diferenciadas para determinadas empresas MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI, 
MICROEMPRESA - ME E EMPRESA DE PEQUENO PORTE – EPP. 
Então veja agora! Para que você compreenda direitinho isso, conforme consta na NR 1 – DISPOSIÇÕES 
GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS no subitem 1.8.6: 
O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as informações digitais na forma do 
subitem 1.6.1 e não identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos, biológicos e 
riscos relacionados a fatores ergonômicos, ficam dispensados de elaboração do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. 
 Ou seja, o que são Empresas MEI, ME e a EPP? São empresas que possuem grau de Risco 1 ou 
2. São empresas que não identificaram exposições de agentes ocupacionais físicos, químicos, 
biológicos e fatores ergonômicos,onde tais informações foram declaradas por meio digitalizado, 
somente nessas condições é que esses tipos de empresas ficam desobrigadas da elaboração de fazer 
o PCMSO, mais isso, não lhes retiram a responsabilidade de realizar e custear os exames médicos 
ocupacionais, conforme consta abaixo na NR 7 que diz: 
As MEI, ME e EPP desobrigadas de elaborar PCMSO, de acordo com o subitem 1.8.6 da NR 01, mais 
devem realizar e custear exames médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos, a 
cada dois anos, de seus empregados. (Subitem 7.7.1). 
Também consta no PCMSO no item 7.5.6 que ele deve incluir a realização obrigatória dos 
seguintes exames médicos: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de riscos 
ocupacionais, e demissional. E esses exames médicos contemplam o exame clínico e exames 
complementares, que devem ser realizados de acordo com as especificações desta NR 7 e de outras 
NR´s. 
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de Saúde 
Ocupacional (ASO), que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado, devendo ser 
fornecido em meio físico quando solicitado, conforme subitem 7.5.19 da NR 7. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Você pode agora fazer uma leitura da NR 7 nos seus anexos e quadros para aprofundar 
mais seus conhecimentos, então siga a dica do balão abaixo e acesse a Norma na integra. 
 
 
 
Ficou curioso sobre a NR 7 assista o vídeo sobre ela no link abaixo 
https://www.youtube.com/watch?v=UoApZl_hyzk 
Para ter acesso aos anexos seus quadros e os detalhes da NR 7 acesse o link: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-07_atualizada_2020.pdf 
 
 
 
 
 
 
23 
2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a 
Promoção da Saúde Ocupacional no Ambiente de Trabalho 
Agora você iniciará a 2ª Competência dando uma breve abordagem da NR 1 que 
complementa o que vimos no final da competência um, sobre os programas e serviços que interferem 
diretamente na vida dos trabalhadores. 
Saiba que ocorreram algumas mudanças na NR 1 mais atualmente duas dessas mudanças 
foram muito importantes, a primeira ocorreu em julho de 2019, dada pelo Decreto nº 9.745, de 8 de 
abril de 2019 que teve o intuito de ajustá-la à nova estrutura do Ministério da Economia, onde 
permitia a realização de cursos na modalidade de Educação à Distância (EaD) e Semipresencial 
exigidos pelas NR´s, que equilibrou termos e definições comumente usados na gestão de SST e 
permitiu o armazenamento dos documentos previstos nas NR´s, em meio digital. NR 1: comentários 
ao novo texto (portaria nº 6.730, de 9 de março de 2020). 
Logo em seguida no mês de março de 2020, passou por revisão mais uma vez, com o propósito 
de harmonizar seu texto com as outras NR´s, como a NR 7, NR 9 e NR 17, sendo importante 
estabelecer em seu texto instruções gerais sobre o Gerenciamento de riscos Ocupacionais (GRO), 
objetivando complementar o espaço vazio regulamentar, uma vez que, não existia nenhuma NR que 
abordasse sobre gestão de riscos ocupacionais. NR 1: comentários ao novo texto (portaria nº 6.730, 
de 9 de março de 2020). 
 Desse modo, a nova NR 1 passou a contemplar diretrizes de gestão de riscos ocupacionais que 
devem ser implantadas e seguidas pelas empresas brasileiras, permitindo estar em acordo com as 
principais normas de gestão de riscos ocupacionais conhecidas mundialmente como: ABNT NBR ISO 
31.000 e ABNT NBR ISO 45.001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Através dessa 
nova perspectiva na gestão de riscos ocupacionais, procura-se ter mais eficácia na aplicação de ações 
que eliminem os perigos e reduzam os riscos nos ambientes de trabalho. NR 1: comentários ao novo 
texto (portaria nº 6.730, de 9 de março de 2020). Então estudante é importante destacar agora sobre 
essa norma regulamentadora nº 01 que passou a se chamar: Norma Regulamentadora Nº 01 – 
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, onde destaca-se os seguintes itens: 
Do Objetivo: O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de 
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas à segurança 
 
 
 
 
 
 
24 
e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as 
medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho - SST. Conforme subitem 1.1.1 da NR. 
Do Campo de aplicação: As NR obrigam, nos termos da lei, empregadores e empregados, 
urbanos e rurais. As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da 
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e 
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. 
Conforme subitens 1.2.1 e 1.2.1.1. 
Do Gerenciamento de riscos ocupacionais 
O disposto neste item deve ser utilizado para fins de prevenção e gerenciamento dos 
riscos ocupacionais. Para fins de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas, 
devem ser aplicadas as disposições previstas na NR-15 – Atividades e operações insalubres e NR-16 – 
Atividades e operações perigosas, conforme subitens 1.5.1 e 1.5.2 da NR. 
Das Responsabilidades 
A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de riscos 
ocupacionais em suas atividades. O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um 
Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR. A critério da organização, o PGR pode ser 
implementado por unidade operacional, setor ou atividade. O PGR pode ser atendido por sistemas 
de gestão, desde que estes cumpram as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais de 
segurança e saúde no trabalho. O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas e 
outros documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho. A organização deve 
considerar as condições de trabalho, nos termos da NR-17, conforme subitens 1.5.3.1, 1.5.3.1.1, 
1.5.3.1.1.1, 1.5.3.1.2, 1.5.3.1.3 e 1.5.3.2.1 da NR. 
1.5.3.3 A organização deve adotar mecanismos para: 
a) consultar os trabalhadores quanto à percepção de riscos ocupacionais, podendo para este fim ser 
adotadas as manifestações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver; e 
b) comunicar aos trabalhadores sobre os riscos consolidados no inventário de riscos e as medidas de 
prevenção do plano de ação do PGR. 
1.5.4.2.1 O levantamento preliminar de perigos deve ser realizado: 
a) antes do início do funcionamento do estabelecimento ou novas instalações; b) para as atividades 
existentes; e c) nas mudanças e introdução de novos processos ou atividades de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
25 
1.5.4.2.1.1 Quando na fase de levantamento preliminar de perigos o risco não puder ser evitado, a 
organização deve implementar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos 
ocupacionais, conforme disposto nos subitens seguintes. 
1.5.4.2.1.2 A critério da organização, a etapa de levantamento preliminar de perigos pode estar 
contemplada na etapa de identificação de perigos. 
1.5.4.3.1 A etapa de identificação de perigos deve incluir: a) descrição dos perigos e possíveis lesões 
ou agravos à saúde; b) identificação das fontes ou circunstâncias; e c) indicação do grupo de 
trabalhadores sujeitos aos riscos. 
1.5.4.3.2 A identificação dos perigos deve abordar os perigos externos previsíveis relacionados ao 
trabalho que possam afetar a saúde e segurança no trabalho. 
1.5.4.4 Avaliação de riscos ocupacionais 
1.5.4.4.1 A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados em 
seu(s) estabelecimento(s), de forma a manter informações para adoção de medidas de prevenção. 
1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela combinaçãoda severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua 
ocorrência. 
1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois anos ou 
quando da ocorrência das seguintes situações: a) após implementação das medidas de prevenção, 
para avaliação de riscos residuais; b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, 
processos, condições, procedimentos e organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou 
modifiquem os riscos existentes; c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias 
das medidas de prevenção; d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho; e) 
quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis. 
1.5.4.4.6.1 No caso de organizações que possuírem certificações em sistema de gestão de SST, o prazo 
poderá ser de até 3 (três) anos. 
1.5.5. Controle dos riscos 
1.5.5.1. Medidas de prevenção: 
1.5.5.1.2 Quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção de medidas de 
proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, 
planejamento ou implantação ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial, deverão ser 
 
 
 
 
 
 
26 
adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo 
ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. 
1.5.7 Documentação 
1.5.7.1 O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos: 
a) inventário de riscos; e 
b) plano de ação. 
1.5.7.2 Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a responsabilidade da 
organização, respeitado o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, datados e assinados. 
1.5.7.2.1 Os documentos integrantes do PGR devem estar sempre disponíveis aos trabalhadores 
interessados ou seus representantes e à Inspeção do Trabalho. 
1.5.7.3.2 O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações: 
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho; 
b) caracterização das atividades; 
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a 
identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação 
dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção 
implementadas; 
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e 
biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17. 
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação; e 
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão. 
1.5.7.3.3 O inventário de riscos ocupacionais deve ser mantido atualizado. 
1.5.7.3.3.1 O histórico das atualizações deve ser mantido por um período mínimo de 20 (vinte) anos 
ou pelo período estabelecido em normatização específica. 
 
Veja outras informações da NR-1 no link abaixo: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf 
 
 
 
 
 
 
27 
Você iniciará agora os estudos dos riscos ocupacionais causados pelos agentes físicos, 
químicos, biológico, de acidentes, e ergonômicos alguns desses riscos estão mencionados na NR 9, 
também descritos na NR 1, e demais Normas em gerais e especificamente na NR-17 que fala 
exclusivamente de fatores Ergonômicos, sendo extremamente importante consultar as Normas 
Regulamentadoras para a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (PGR). 
 Portanto caro estudante, você como futuro técnico de segurança do trabalho, precisa 
conhecer a fundo esses riscos ocupacionais que interferem na ocorrência de acidentes ou doenças 
relacionadas ao trabalho, para assim, poder adotar as medidas de prevenção do plano de ação do 
PGR, que visam eliminar ou controlar, tais situações de grave e iminente risco originados na unidade 
operacional, setores ou atividades da empresa. 
 
2.1 Risco ocupacional 
É a Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um 
evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade 
dessa lesão ou agravo à saúde, conforme a NR 1. 
Os ambientes de trabalho, pela natureza das atividades desenvolvidas e/ou pelas 
características de organização, podem comprometer a saúde do trabalhador em curto, médio e longo 
prazo, gerando lesões imediatas, doenças ou até a morte, além de prejuízos de ordem legal e 
patrimonial para a empresa. 
A fim de promover uma melhoria nas condições do ambiente de trabalho, o técnico de 
segurança deve implementar medidas de minimização ou eliminação dos riscos ocupacionais, visando 
sempre reduzir a gravidade das condições insalubres do ambiente laboral. 
Você futuro técnico de segurança do trabalho, poderá continuar o estudo fazendo um 
processo chamado de investigação dos riscos dentro do local de trabalho, onde serão identificados 
os fatores de riscos presentes nesse ambiente laboral. 
Primeiramente serão caracterizados os dois tipos básicos de avaliação dos riscos 
ocupacionais causados pelos agentes físicos, químicos e biológico que são: 
• Avaliação Qualitativa – Nesse tipo de avaliação preliminar há a figura do avaliador dotado do 
seu conhecimento e sensibilidade para observar os tipos de riscos que se encontram no 
ambiente laboral. Exemplo: Adentrando num ambiente muito barulhento o avaliador através 
 
 
 
 
 
 
28 
de sua audição e do seu breve conhecimento imediatamente identificará o risco de ruído 
nesse local. 
• Avaliação Quantitativa – É utilizado um método cientifico e minucioso de avaliação onde são 
utilizados diversos equipamentos e procedimentos a fim de obter a mensuração dos valores 
quantificados dos riscos concentrados dentro dos ambientes. Exemplo: Num determinado 
setor da fábrica foi feita a Avaliação quantitativa do ruído presente através dos equipamentos 
de mensuração o Dosímetro e/ou Decibelímetro. 
Prezado estudante conforme estabelecido no subitem 9.1.1 da NR 9 – Avaliação e 
Controle das exposições Ocupacionais a agentes Físicos, Químicos e Biológicos, esta Norma 
estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a esses agentes quando 
identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto 
às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. 
 
Conforme consta na NR 1 em seu anexo I, o agente físico é qualquer forma de energia que 
em função de sua natureza, intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do 
trabalhador. Exemplos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações 
ionizantes, radiações não ionizantes, umidade, bem como o infrassom e o ultrassom. Observação: 
Critérios sobre iluminamento, conforto térmico e conforto acústico da NR-17 não constituem agente 
físico para fins da NR-09. 
Os agentes físicos têm a funcionalidade de promover alteração das características físicas 
do meio ambiente, eles determinam um meio de transmissão nocivo que age sobre os trabalhadores 
diretamente no posto de trabalho, como também, pode repercutir sobre os demais indivíduos que 
não estão em contato direto com a fonte de risco. 
Conforme consta na NR 1 em seu anexo I, o agente químico é a substância química, por si 
só ou em misturas, quer seja em seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no 
Veja outras informações da NR-9 no link abaixo: 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2021-com-anexos-vibra-
e-calor.pdf 
 
 
 
 
 
 
29 
processo de trabalho, que em função de suanatureza, concentração e exposição, é capaz de causar 
lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica 
cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácido sulfúrico. Podem vir a penetrar no organismo do 
trabalhador pela via respiratória, ou que pela natureza da atividade e exposição, possam ter contato 
ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou pelo trato gastrointestinal (ingestão). 
Conforme consta na NR 1 em seu anexo I, o agente biológico são diversos Microrganismos, 
parasitas ou materiais originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, são 
capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactéria Bacillus anthracis, vírus 
linfotrópico da célula T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo Coccidioides immitis e 
etc. capazes de provocar infecções, alergias ou toxidades em seres humanos, através das vias 
respiratórias, contato com a pele ou pela ingestão. 
Além dos riscos citados anteriormente, pode-se destacar outros riscos que estão 
presentes no ambiente de trabalho, que podem causar lesões e doenças: os fatores ergonômicos e 
de acidente ou mecânicos. 
Os Riscos ergonômicos são todas as condições que afetam o bem-estar do indivíduo, 
sejam elas físicas, mentais ou organizacionais. Podem ser compreendidas como fatores que 
interferem nas características psicofisiológicas do profissional, provocando desconfortos e problemas 
de saúde. São exemplos de riscos ergonômicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, 
monotonia, repetitividade, postura inadequada, esforço físico intenso, mobiliário inadequado, 
controle rígido de tempo para produtividade (OLIVEIRA, 2021). 
Os riscos de acidente ou mecânicos são todos os fatores que colocam em perigo o 
trabalhador ou afetam sua integridade física. São considerados como riscos geradores de acidentes: 
arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou 
defeituosas, instalações elétricas defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, probabilidade de 
incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento inadequado, dentre outros. (Menezes, 
2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
E aí Estudante vamos dar uma paradinha agora na leitura do Ebook e assistir a vídeo aula da 
2ª Competência. 
 
 
2.2 Medidas de prevenção dos riscos 
A partir do momento em que são identificados os riscos existentes dentro do ambiente 
laboral, deve-se adotar medidas a fim de que eliminem, neutralizem ou minimizem os riscos 
existentes. Essas medidas serão especificas para cada Risco/Situação conforme serão citados alguns 
casos abaixo: 
 
1. Agentes Físicos 
 
Estes agentes são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os 
trabalhadores e são encontrados em diversos ambientes de trabalho. 
Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico calor: 
• Promover a renovação do ar no ambiente através de ventiladores e ar condicionado; 
• Adotar aberturas no ambiente através de portas e janelas; 
• Implantação de sistemas de Exaustores para remoção do ar quente; 
• Adotar medidas para adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e 
graduais ao calor (Aclimatização do trabalhador); 
• Instalação de ventiladores e climatizadores para promover a redução da temperatura 
no ambiente; 
• Adoção de aparelhos de ar condicionado para resfriar o ar do ambiente; 
• Realizar a proteção do local do trabalho com material isolante térmico (Kevlar, 
cerâmica e etc.), impedindo o contato da fonte geradora de calor com o trabalhador; 
Dê uma paradinha agora e assista a esse vídeo e se aproprie desse conteúdo 
falando sobre o que são riscos ocupacionais? Tudo que precisa saber 
https://www.youtube.com/watch?v=5rFIkJ18tc4 
 
 
 
 
 
 
31 
• Adoção de equipamentos de auxílio como pontes rolantes para movimentar cargas, 
esteiras, reduzindo a taxa de metabolismo do trabalhador; 
• Adotar a Automatização do processo produtivo utilizando as máquinas reduzindo a 
interação do trabalhador, ou seja, seu contato com a fonte geradora do calor; 
• Distribuir vários bebedores em locais de fácil acesso para reposição hídrica e de sais 
minerais; 
• Adoção de vestimentas e de EPIs adequados a função que o trabalhador exerça para a 
proteção devida dos seus membros superiores e inferiores bem como das demais partes 
do seu corpo permitindo a completa proteção. 
Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico frio: 
• Adotar intervalos durante a jornada de trabalho; 
• Controle da temperatura, da velocidade do ar e da umidade; 
• Adotar medidas para adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e 
graduais ao calor (Aclimatização do trabalhador); 
• Acompanhamento nutricional balanceado para repor as perdas energéticas; 
• Manter o corpo hidratado tendo acesso a água fresca; 
• Não ficar sozinho no local de trabalho (trabalhar em dupla); 
• Adotar assentos de material resistente ao frio; 
• Sistema de abertura automática das portas do ambiente interior, alarme ou outro 
sistema de comunicação que possa ser acionado em caso de emergência; 
• Usar roupas que mantenham o corpo sempre aquecido, evitando que as mesmas 
fiquem úmidas e adotar os EPI´s necessários como: uniforme completo composto por 
blusa e calça, capuz de proteção, luvas térmicas, tocas, aventais e botas térmicas. 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação ionizante: 
• Controle rigoroso das áreas que fazem utilização de radiação ionizante; 
• Adoção de sinalização de segurança com indicação dos Riscos e EPI´s a serem 
utilizados; 
• Utilização de barreiras físicas constituídas de material isolante a radiação (chumbo e 
concreto) entre o trabalhador e a fonte; 
• Armazenamento e descarte adequado dos materiais; 
 
 
 
 
 
 
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• Adoção de EPI´s com revestimentos de chumbo (avental, protetor de gônadas, tireoide 
e óculos de vidro com proteção lateral); 
• Manter os EPI´s guardados num local apropriado para evitar danos em suas camadas 
de proteção; 
• Utilização de Dosímetros de bolso individuais para o monitoramento da exposição da 
radiação; 
• Realização de Exames médicos periódicos. 
Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de 
radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação não ionizante: 
• Utilização de bloqueadores solares; 
• Utilizar camisas de proteção UVA/UVB, calças compridas, chapéu ou Boné, óculos de 
sol e protetor solar. 
• Isolamento da fonte de radiação ex: Biombo protetor para operação em solda; 
• Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, 
luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno). 
Radiações não ionizantes são radiações a radiação infravermelha, proveniente de operação em 
fornos, ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda 
elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc. 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico pressões anormais: 
• Treinamentos dos trabalhadores quanto a forma correta de realizar a descompressão 
a fim de evitar traumas e doenças descompressivas; 
• Rigoroso controle nos Exames Médicos Ocupacionais; 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico ruído: 
• Substituição de equipamento por outro com menor nível de ruído; 
• Plano de Manutenção de Máquinas com previsão de ajustes, regulagens, lubrificação 
e troca de partes móveis (rolamentos); 
• Segregação de fontes de ruído isolando da área que tem mais funcionários diminuindo 
a exposição ao risco; 
 
 
 
 
 
 
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• Enclausuramento da fonte de ruído com a utilização de material absorvente, afim de 
neutralizar ou reduzir o nível de exposição do trabalhador; 
•Realização de medições periódicas no local de trabalho; 
• Realização de Exames Médicos Periódicos; 
• Utilização de Protetores Auriculares (Tipo plug e/ou concha) conforme o nível de ruído 
a ser reduzido. 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico vibração: 
• Substituição de equipamentos por outros que produzam menor nível de vibração; 
• Instalar dispositivos anti-vibração em assentos; 
• Adotar sistema de revezamento dos trabalhadores expostos ao risco de vibração 
diminuindo o tempo de exposição; 
• Adotar calços de borracha contra vibração de máquinas; 
• Utilização de EPIs (luvas anti-vibração e botas de borracha). 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico umidade: 
• Adoção de canaletas para permitir o escoamento da água no ambiente; 
• Possibilitar um estudo de modificações no processo de trabalho; 
• Adoção de estrados de madeira; 
• Realizar a atividade em piso que absorva a água; 
• Adoção de EPIs (Botas de PVC, luvas de borracha, Avental de PVC) e etc. 
 
2. Agentes Biológicos 
Esses agentes são geralmente encontrados em serviços de saúde, cemitérios, aterros 
sanitários e etc. 
Seguem algumas medidas de controle dos agentes biológicos: 
• Fazer regularmente o controle rigoroso da limpeza, desinfecção de todos os ambientes 
reduzindo a incidência da proliferação de contaminantes no ambiente; 
• Dispor de Lavatório para higienização das mãos com o fornecimento de água corrente, 
sabonete líquido, toalha descartável e lixeira com acionamento automático de abertura 
evitando o contato das mãos; 
 
 
 
 
 
 
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• Seguir os procedimentos gerais de padrões internos e universais conforme diz as 
Normas de Segurança e Certificações entre algumas pode-se citar: Protocolos de 
segurança, adoção de EPI´s conforme os riscos e a exigência de seu uso correto, treinar 
os colaboradores para o correto manuseio dos instrumentos perfurocortantes 
descartando-lhes na caixa de descartex utilizadas como coletoras, evitando o reencape 
de agulhas ou a desconexão da mesma na seringa; 
• Estabelecer o uso adequado das vestimentas e EPI´s habituais a rotina dos 
trabalhadores de coleta de lixo, de trabalhadores de aterro sanitário, de trabalhadores do 
serviço hospitalar entre outros que estejam em contato com o agente biológico, tais 
exemplos de EPI´s: aventais, jaleco, toucas, máscara, luvas, avental cirúrgico, protetor 
auricular, óculos de proteção, protetor facial, sapatos fechados, máscaras, botas, pró-
pés); 
• Fazer uso de dispositivos de segurança como conectores e sistemas de infusão sem 
agulhas, agulhas e seringas com travas de segurança e seringas com sistema retrátil da 
agulha; 
• O recipiente para acondicionamento dos perfurocortantes deve ser mantido em 
suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura para descarte. 
• São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas; 
• Treinamento dos trabalhadores para a correta segregação, acondicionamento e 
transporte dos resíduos; 
• Estabelecer a rigorosa norma da higienização das mãos antes e depois de cada 
procedimento; 
• Manter controle rigoroso de Higienização de todas as vestimentas usadas nos blocos 
cirúrgicos e obstétricos, nas UTI´s, nos locais com a presença de pacientes com doenças 
infectocontagiosas; 
• Seguir controle de Vacinação dos colaboradores; 
• Em hipótese nenhuma será permitindo usar as pias de trabalho para outros fins como 
por exemplo manusear alimentos sobre ela; 
• É proibido aos colaboradores fumar nas áreas externas e internas, do mesmo modo o 
uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho, não se pode 
 
 
 
 
 
 
35 
guardar e nem consumir alimentos e nem bebidas nos postos de trabalho deverá ter locais 
destinados para este fim, os calçados devem ser obrigatoriamente fechados e devem 
dispor de local para a sua guarda bem como os equipamentos de proteção individual e as 
vestimentas utilizadas em suas atividades laborais; 
• Tratamento médico de emergência para os trabalhadores em caso de exposição 
acidental aos agentes biológicos, ou seja, seguir Protocolo de Segurança para o 
atendimento do colaborador em caso de exposição ao material orgânico. 
• Adotar as medidas para descontaminação do local de trabalho. 
• Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas 
atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação 
para o trabalho. 
• O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no 
mínimo, antes e depois do uso das mesmas. 
 
3. Agentes Químicos 
 
Esses agentes se concentram em diversas substâncias que podem estar presentes 
contaminando o ambiente de trabalho e causando vários danos a integridade física e mental dos 
trabalhadores. Veja algumas medidas de controle dos agentes químicos: 
• Se for possível trocar a substância por outra menos tóxica ou lesiva; 
Para aprofundar mais seus conhecimentos sugiro uma leitura da Norma 
Regulamentadora NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-32.pdf 
Assista o vídeo abaixo sobre um modelo de protocolo de atendimento pós-
exposição a material biológico 
https://www.youtube.com/watch?v=KXHFe51DeXU&t=110s 
 
 
 
 
 
 
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• Propor no processo produtivo da fábrica a automatização com as mudanças 
tecnológicas; 
• Fazer o Enclausuramento da operação, evitando que os agentes contaminantes se 
propaguem e entre em contato com o trabalhador; 
• Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser 
identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, 
sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação 
ou fracionamento; 
• É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos; 
• Adotar a Umidificação como forma de controlar as poeiras; 
• Implantar sistema de ventilação exaustora local com todos os procedimentos de 
segurança e manutenção garantindo a remoção dos diversos tipos de poluentes (poeiras, 
gases, vapores, fumos) diretamente na fonte antes que eles sejam desprendidos 
externamente; 
• Estabelecer quais são as Classificações e rotulagens das substâncias químicas; 
• Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser 
identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, 
sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação 
ou fracionamento; 
• Os produtos químicos, inclusive intermediários e resíduos que impliquem riscos à 
segurança e saúde do trabalhador, devem ter uma ficha descritiva chamada FISPQ (Ficha 
de Informação de Segurança de Produtos Químicos) contendo, no mínimo, as seguintes 
informações: as características e as formas de utilização do produto; os riscos à segurança 
e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, considerando as formas de utilização; as 
medidas de proteção coletiva, individual e controle médico da saúde dos trabalhadores; 
condições e local de estocagem; procedimentos em situações de emergência; 
• Dispor de EPI´s adequados a função tipo: máscaras, óculos, cremes protetores, luvas e 
botas; 
• Adotar regularmente a rotina da higiene pessoal com alguns cuidados como: de lavar 
as mãos, o rosto e os cabelos no fim da jornada de trabalho e nas pausas para refeições. 
 
 
 
 
 
 
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4. Riscos de Acidente ou Mecânico 
São inúmeros os riscos de acidentes num ambiente de trabalho, portanto, é relacionado 
com qualquer situação que provoque a alteração da rotina habitual do trabalhador, essa 
variedade está diretamente ligada a atividade que está sendo realizada, cita-se por 
exemplo ferramentas inadequadas, operação de máquinas desprotegidas, etc.Dessa 
forma, seguem algumas medidas gerais de controle dos riscos de acidente: 
• Manter o arranjo físico adequado; 
• Dispor de um local de trabalho devidamente organizado com os objetos distribuídos 
adequadamente e bem localizados; 
• Prender os fios elétricos, não deixar fios (elétricos ou de telefone) estendidos em áreas 
de passagem; 
• Não deixar pisos molhados e escorregadios evitando assim risco de quedas; 
• Evitar Riscos de Eletricidade por conta de Instalação elétrica imprópria, com defeito ou 
exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção. 
• Manter o ambiente bem iluminado; 
• Fornecer os EPI´s adequados para os riscos aos que os trabalhadores estão expostos. 
Medidas de controle gerais que podem ser utilizadas para todos os riscos: 
• Estabelecer cronograma de treinamentos e capacitações a fim de promover a 
conscientização dos colaboradores; 
• Estabelecer o sistema de rodízios e pausas durante a jornada de trabalho; 
• Reduzir o número de trabalhadores expostos aos riscos; 
• Estabelecer cronogramas de manutenções periódicas de máquinas e equipamentos; 
• Dispor de sistema de sinalização visualizando os riscos nos locais; 
• Armazenamento, manipulação e transporte adequado conforme procedimento de 
segurança de produtos inflamáveis; 
• Realização dos exames periódicos; 
• Adotar equipamentos de prevenção e combate a incêndio nas diversas áreas das 
empresas. 
• Manter o local de trabalho sempre limpo e organizado. 
 
 
 
 
 
 
 
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3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos 
Ambientes de Trabalho 
Você agora irá aprofundar seus conhecimentos sobre a ergonomia!!! 
Você aprenderá sobre os riscos ergonômicos, entenderá melhor sobre essa ciência que é 
denominada Ergonomia. Iniciando os seus estudos você identificará como foi seu surgimento, onde 
ela atua e como interfere diretamente na vida laboral dos colaboradores proporcionando condições 
para a melhoria da qualidade de vida como também, na redução de acidentes e/ou doenças LER 
(Lesões por esforços repetitivos) e DORT (Doenças Osteomusculares) relacionadas ao trabalho. 
 
3.1 Surgimento da ergonomia 
Você lembra que na primeira semana, foi feita uma viagem no cenário histórico da época 
da Revolução Industrial? Lá você viu que o avanço industrial das máquinas à vapor, gerou riqueza na 
indústria e desencadeou em ambientes de trabalhos que acidentaram, adoeceram e ceifaram a vida 
de muitos trabalhadores. 
Posteriormente a esse cenário da história a Ergonomia surge após a 2ª Guerra Mundial, 
tendo em vista as falhas ocorridas na interface entre o homem e a máquina, era notável a dificuldade 
que as pessoas tinham de lidar com os equipamentos, ocasionando numa ação humana sujeita a 
cometer erros, onde muitos militares morreram. Nesse sentido, acadêmicos e psicólogos militares 
desenvolveram pesquisas na área e investigaram sobre a interação entre pessoas, equipamentos e 
ambiente, sendo necessário aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos em função de 
melhores aviões, submarinos, tanques, radares e armas mais eficientes, já que os soldados tinham 
que ser muito habilidosos e precisos na operação militar enfrentando condições ambientais adversas 
que ocasionava muitas vezes em muito erros e acidentes matando os militares. 
Finalizada a guerra, houve um aumento de diversos profissionais comprometidos com 
uma série de projetos, a fim de proporcionar uma adaptação desses instrumentos de guerra às 
características e capacidade desses soldados que operavam essas máquinas. 
Sendo assim aparece o termo ergonomia que foi proposto em 1857 pelo polonês 
Wojciech Jarstembowsky, quando ele publicou um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência 
do trabalho”, e eis que surge o interesse na área de ergonomia que foi crescendo rapidamente, em 
 
 
 
 
 
 
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especial na Europa e nos Estados Unidos da América, e em 12 de julho de 1949, na Inglaterra, foi 
fundada, Ergonomics Research Society (Sociedade de Pesquisa em Ergonomia) – hoje Institute of 
Ergonomics and Human Factors (BROWNE et al., 1950). 
E alguns anos depois, em 1961, foi criada a International Ergonomics Association (Associação 
Internacional de Ergonomia - IEA). 
Também pode-se mencionar que nesse mesmo período, pós-guerra, os Estados Unidos, 
juntamente com a marinha e a sua força aérea, se mobilizaram para montagem de um laboratório de 
pesquisa ergonômica, a fim de estudar e melhorar a eficiência de suas aeronaves e submarinos. 
Portanto, vê-se que a ergonomia possibilitou o avanço e o desenvolvimento tecnológico. 
 
3.2 Entendendo a ergonomia 
Vamos conhecer agora o significado dessa palavra Ergonomia, você tem ideia do que 
significa, ficou curioso? 
Ergonomia é uma palavra de origem grega, ergon que significa trabalho e nomos que 
significa normas, regras, leis. 
Segundo a definição de Wisner, (1987): a “Ergonomia constitui o conjunto de 
conhecimentos científicos relativos ao ser humano e necessários para a concepção de ferramentas, 
máquinas, e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia”. 
Vejamos outro conceito: “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu 
trabalho, equipamentos e ambiente, e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, 
fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento” (IIDA, 2005, p. 54) 
Portanto, na medida que é feito esse estudo da interação do homem com o meio que o 
cerca, deixará claro que dentro da empresa a ergonomia tem como objetivo adequar o posto de 
trabalho ao homem de maneira que esse trabalhador efetue suas tarefas com um máximo de 
Alguns estudiosos acreditam que o surgimento da ergonomia ocorreu com a 
criação de ferramentas para melhorar a atividade da caça, tornando-as mais 
eficazes e confortáveis para o caçador primitivo, evidenciando uma ação 
ergonômica: Adaptar o trabalho ao homem. 
 
 
 
 
 
 
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conforto e segurança, favorecendo a prevenção de patologias ocupacionais e contribuindo para uma 
melhor eficiência no desempenho das funções, o que acarretará numa maior produtividade. 
No Brasil, existe a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, fundada em 1983, sendo 
filiada a IEA. Segundo a ABERGO (2000), “A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho 
para adequar a atividade nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com 
vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro”. Nessa perspectiva todo estudo dessa 
ciência envolverá essas interações entre pessoas x tecnologia x organização do trabalho x ambiente 
laboral, com o propósito de serem feitas intervenções ergonômicas. 
Pode-se destacar que a Ergonomia tem papel interdisciplinar baseado em outras áreas do 
conhecimento cientifico, como antropometria, biomecânica e outras. 
Então estudante destaco para você a importância da Antropometria! Então leia 
atentamente sobre ela logo a seguir! 
 
Segundo Wachowicz (2013), estas questões antropométricas reiteram que a ergonomia 
não trabalha com médias corporais, ou seja, o autor quer evidenciar, que no momento que se tem 
uma máquina, um layout ou posto de trabalho tudo deve ser projetado e desenvolvido para cada 
indivíduo em particular, sob medida ou de forma personalizada para gerar conforto, segurança e 
bem-estar. Claro que para não se ter tanta especificidade a ergonomia busca o ajuste, a adaptação 
ou regulagem dos postos e do layout, para que cada trabalhador faça as devidas adaptações do seu 
local de trabalho para as suas proporções físicas. 
Em relação a antropometria destacamos que a origem da palavra 
antropometria vem do grego que significa anthropos, homem, e, metron, 
medida, ou seja, é uma técnica que estabelece a obtenção de medidas físicas 
do corpo humano ou de suas partes. Essa técnica pode dar uma leitura de parte 
ou de toda a população de um determinado

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