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Obrigação Solidária

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Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
Obrigação Solidária 
Art. 264/CC: Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um 
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
• Modificação considerável de como se dá a relação entre os sujeitos; 
• Via de regra, cada credor só tem direito a sua parcela de crédito; 
• Na obrigação solidária, há um montante integral, e perante o devedor ou credor, 
cada credor ou devedor atua como se fosse dono do todo; 
- Para um devedor que tem credores solidários, qualquer credor é credor do todo; 
- Para um credor que tem devedores solidários, qualquer devedor é credor do todo; 
• A solidariedade não pode ser presumida, decorrendo sempre da lei ou de 
convenção das partes (Art. 265/CC); 
• A regulamentação da obrigação solidária pode ocorrer de modo diferente para cada 
um dos sujeitos, porque existem vínculos jurídicos independentes (Art. 266/CC). 
Solidariedade Ativa 
• Adimplemento: 
- Na solidariedade ativa, tem-se necessariamente uma pluralidade de credores; 
- Cada credor pode exigir o pagamento da prestação por inteiro; 
- Em regra, o devedor pode e deve pagar a prestação integralmente a qualquer dos 
credores, não sendo necessário calção de ratificação; 
- A exceção é que se um dos credores entrar com a ação judicial contra o outro credor, 
o devedor terá que pagar somente a ele; 
- Os outros credores não recebem diretamente do devedor, mas sim do credor que já 
recebeu a prestação (exemplo: conta conjunta, o fiador formalmente não se encontra 
regulado nas obrigações solidárias, mas, na prática, ocorre isto); 
- Ocorre o adimplemento quando paga-se a qualquer um dos credores da obrigação; 
• Remissão: 
- Na obrigação indivisível o credor poderia remitir somente a parte dele; 
 Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
- Na obrigação solidária, o credor pode perdoar o todo, já que perante o devedor, cada 
credor é credor do todo, e, portanto, se pode perdoar integralmente a dividida; 
- Os outros credores deverão receber a parte cabível. 
• Falecimento do Credor: 
- Se um credor solidário falece, deixando herdeiros, estes serão credores, mas não 
serão credores solidários, porque a solidariedade se relaciona com o sujeito (cada um 
só irá receber a parte que lhe é cabível, que é a quota correspondente ao seu quinhão 
hereditário) (Art. 270/CC); 
- Se a obrigação foi indivisível, os herdeiros só poderão cobrar o todo pelo fato da 
indivisibilidade. 
 
• Inadimplemento: 
- Se a obrigação é inadimplida, torna-se impossível, ou converte-se em perdas e danos 
a obrigação continua a ser solidária, pois a não ocorrência da prestação não impede a 
relação entre os sujeitos; 
- Se o prejuízo abarcou a todos, qualquer um pode cobrar perdas e danos, mas quando 
somente um credor é afetado, questiona-se se os outros possuem legitimidade para a 
cobrança. 
• Exceções Pessoais: 
- Exceção é algo que atua como um meio de defesa, não negando o direito alheio, mas 
colocando outro direito como óbice do exercício daquele primeiro; 
- Alega-se um direito que impede o direito do outro, apesar do direito ser reconhecido. 
A exceção pode ser geral (ex.: prescrição) ou pessoal; 
- Se o devedor tem uma exceção pessoal a um dos credores solidários, ele não pode 
opor a exceção aos demais credores solidários (Art. 273/CC). 
• Coisa Julgada (Art. 274/CC): 
- O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, ou seja, a 
coisa julgada, não irá produzir efeito para os outros credores; 
- O julgamento favorável aproveita-se os efeitos a todos os credores; 
- Pode-se alegar a exceção pessoal sem que haja prejuízo dos outros credores. 
Solidariedade Passiva 
• Na prática, a solidariedade passiva se dá com maior frequência do que a 
solidariedade ativa; 
 Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
 
• Existem vários devedores, e perante o credor, cada devedor é colocado como dono 
de toda a prestação; 
 
• Adimplemento (Art. 275/CC): 
 
- Se um devedor pagar o todo, ele se sub-roga do direito do credor e pode cobrar a 
parcela cabível aos outros devedores; 
 
- O credor pode cobrar de quem ele quiser. 
 
• Renúncia à Solidariedade: 
 
- O credor pode renunciar a solidariedade em relação a um, a alguns ou a todos os 
sujeitos da relação; 
 
- Normalmente, existe algum interesse pessoal do credor para que ele renuncie à 
solidariedade de ou mais credores; 
 
- Renunciar a solidariedade é diferente de perdoar a dívida (remissão); 
 
- Quando ocorre a renúncia, a dívida continua. 
 
• Falecimento do Devedor (Art. 276/CC): 
 
- Cada devedor é obrigado a pagar somente a sua parte; 
 
- Os devedores solidários, se quiserem, podem cobrar o quinhão hereditário dos 
herdeiros ou reuni-los e cobrar dos mesmos como se fossem o devedor original; 
 
- Isso não significa que há solidariedade entre os herdeiros, de forma que o credor não 
pode cobrar diretamente dos herdeiros. 
 
• Inadimplemento: 
 
Art. 279/CC: Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, 
subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só 
responde o culpado. 
 
Art. 280/CC: Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação 
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela 
obrigação acrescida. 
 
- Se houve inadimplemento por culpa de um, a solidariedade se mantém de modo 
que o equivalente continua sendo exigível de qualquer um, as perdas e danos só são 
exigíveis do devedor culpado; 
 
 Direito das Obrigações 2022.2 
 Professor: Maurício Requião 
 Aluna: Ana Flora Lima 
- Nos juros de mora, pode-se exigir de qualquer um, só que, se quem paga não for 
culpado, ele poderá exigir posteriormente de quem teve a culpa. 
 
• Agravamento da Obrigação: 
 
- Os vínculos entre os sujeitos são independentes, de modo que, mesmo após a 
obrigaçãoter sido criada, se mantém a possibilidade de que a obrigação seja 
modificada entre o credor e um dos devedores, sem a participação dos outros 
devedores solidários (pactuação que torna o cumprimento da obrigação mais 
oneroso); 
 
- Se acontece essa modificação da obrigação, ela não poderá agravar a posição dos 
outros nesta obrigação, atingindo somente aquele quem a estabeleceu. 
 
• Exceções Pessoais: 
 
Art. 281/CC: O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem 
pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro 
codevedor. 
 
- O devedor pode opor o credor as exceções pessoais, exceções estas que não podem 
ser opostas pelos outros codevedores (a não ser que seja geral). 
 
• Rateio da Parcela do Insolvente: 
- Divisão em partes iguais = divisão pro rata; 
 
- Se houver um devedor insolvente dentre os devedores solidários, a parcela da dívida 
dele será rateada entre todos os devedores, até mesmo aqueles excluídos da 
solidariedade (Art. 284/CC); 
 
• Dívida de Interesse Exclusivo de um dos Devedores (Art. 285/CC): 
 
- Não há divisão pro rata; 
 
- O sujeito que pagou for a pessoa que não detém o interesse, poderá cobrar do 
devedor a prestação por inteiro (ex.: fiador); 
 
- Se o sujeito que pagou for a pessoa que tem o interesse, ela não poderá cobrar do 
devedor não interessado a prestação.

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