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Morfofisiologia da mama e aleitamento materno

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1 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Morfofisiologia da mama e aleitamento materno 
Objetivo 1: Discutir a morfofisiologia da mama e a síntese de leite, bem como sua composição bioquímica 
e imunológica. 
Objetivo 2: Explicar a importância do aleitamento materno para o lactante e lactente, assim como os 
benefícios e malefícios da amamentação – para o sistema imunológico e no TGI – com os diferentes tipos 
de leite. 
 
Morfofisiolofia da mama 
Glândulas mamarias: 
• Função – secretar leite para nutrir os recém-
nascidos. 
• Cada glândula é composta por 15-25 lóbulos – 
que são separados por tecido adiposo e tecido 
conjuntivo denso. 
• Cada lóbulo é uma glândula exócrina 
individualizada, que possui seu próprio ducto 
com 2 a 4cm de comprimento, que se abre no 
mamilo. 
• São glândulas túbulos alveolares compostas – 
se liga ao mamilo pelo ducto galactóforo. 
 
Histologia: 
 
Antes da puberdade, são compostos pelos: 
• Seios galactóforos (porções dilatadas) 
• Ductos galactóforos (ramificações dos seios) 
Puberdade – meninas: 
• Ocorre aumento do tamanho das mamas, 
devido ao estímulo do estrógeno circulante: 
→ Acumulo de tecido adiposo e 
conjuntivo 
→ Crescimento dos ductos galactóforos 
• Desenvolvem um mamilo proeminente 
 
Mulher adulta: 
• Lóbulo se desenvolve a partir da extremidade 
dos ductos: 
→ Ductos intralobulares 
→ Ductos interlobular terminal 
→ Esses ductos possuem um epitélio 
estratificado pavimentoso, que se 
transforma em colunar ou cuboide – 
que se torna simples cuboide à medida 
que torna terminal. 
→ Esses ductos terminais, são envoltos 
por células mioepiteliais. 
 
2 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
• Entre os lóbulos, possui – Tecido conjuntivo 
intralobular frouxo 
• Entre um e outro, possui – Tecido conjuntivo 
interlobar denso. 
• São formados pelas unidades secretoras 
tubuloalverolares – possui o alvéolo composto 
por: células epiteliais secretoras de leite, envolta 
de células mioepiteliais (4 a 6). 
Próximo ao mamilo, os ductos galactóforos dilatam e 
formam, os seios galactóforos: 
• Abertura formada por epitélio estratificado 
pavimentoso. 
 
Ingurgitamento – acumulo de leite nas mamas, 
causando dor e aumento do volume. 
Na gestação – ocorre proliferação dos alvéolos na 
extremidade dos ductos. 
Na lactação – os alvéolos estão bem diferenciados, com 
secreção de leite abundante. 
O tecido conjuntivo que vai envolver os alvéolos é rico 
em plasmócitos (aumenta no fim da gravidez) e 
linfócitos, ocorre a secreção de imunoglobulinas A (IgA), 
que vai ser eliminado no leite, que vai dar imunidade 
passiva ao lactente (principalmente no lúmen intestinal). 
Modificação das glândulas mamarias no ciclo 
menstrual: 
• Ovulação – ocorre pico de estrógeno, com isso 
a proliferação de células ductais e o aumento 
do volume da mama (devido ao acumulo de 
tecido adiposo e uma hidratação maior do 
tecido conjuntivo). Além disso, os lóbulos estão 
mais nítidos. 
• Menopausa – involução devido a diminuição da 
produção de hormônios sexuais, ocasionando 
atrofia das porções secretoras e ductos, e 
redução do tamanho. E, atrofia do conjuntivo 
interlobar. 
Glândulas durante a gravidez: 
• Possui ação dos – estrógenos, progesterona, 
prolactina, hormônio mamotrofico placentário 
(lactogenio placentário humano), tiroxina e 
hormônio somatotrofico. 
• Estrógeno – atua sobre os ductos galactóforos, 
estimulando seu crescimento. 
• Progesterona – estimula o crescimento das 
partes secretoras das glândulas mamarias. 
Mamilo: 
• Possui forma cônica, podendo ser rosa, 
marrom-claro ou marrom-escuro. 
• Coberto por um epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado. 
• Possui um tecido conjuntivo rico em fibras 
musculas lisas (dispostas de forma circular ao 
redor dos ductos galactóforos e de forma 
paralela quando estão rentes ao mamilo). 
• Possui terminações nervosas sensoriais, 
importante para produzir o reflexo de ejeção de 
leite pela secreção de ocitocina. 
• Pele ao redor do mamilo – aréola (ocorre um 
acumulo de melanina na gestação, ou seja, 
ocorre escurecimento). Após o parto, a aréola 
volta a cor normal. 
Regressão pós-lactacional e involução senil das 
glândulas mamarias – após o desmame, a maioria dos 
alvéolos desenvolvidos sofre degeneração por 
apoptose (células são liberadas nos alvéolos e seus 
restos são retirados por macrófagos). 
O leite produzido pelas células epiteliais se acumula no 
lúmen dos álveos, dentro dos ductos galactóforos). 
Primeira secreção das glândulas após o parto é 
chamada de colostro (contem menos gordura e mais 
proteínas, rico em IgA). Durante a amamentação, ocorre 
a ação mecânica da sucção do mamilo, fazendo a 
liberação de ocitocinas que causa contração das células 
meioepiteliais nos alvéolos e ductos, resultando na 
expulsão de leite (reflexo de ejeção de leite). 
 
3 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
 
Aleitamento materno 
Tem como objetivo: 
• Nutrir a criança 
• Estabelecer uma interação/vínculo entre mãe e 
filho 
• Auxiliar no estado nutricional da criança, e no 
seu desenvolvimento cognitivo e emocional 
Está comprovado que o leite materno é melhor e 
possui mais benefícios a longo prazo, do que os outros 
tipos de leite. É importante, ressaltar as 
recomendações, de aleitamento materno exclusivo até 
os 6 meses de vida, e serem completados aos 2 a 3 
anos, quando ocorre o desmame natural. 
Fornecer 2 copos (500ml) de leite materno com 2 anos, 
fornece – vitamina C, vitamina A, proteínas e energia, 
além de proteger contra doenças infecciosas. 
 
Tipos de aleitamento materno: 
Aleitamento materno exclusivo – Quando a criança 
recebe somente leite materno, direto da mama ou 
ordenhado, da própria mãe ou outra fonte (mãe de 
leite). 
• Pode ser colocado gotas ou xaropes com 
vitaminas, sais de reidratação oral, 
suplementos minerais ou medicamentos. 
• Recomendação de 6 meses exclusivos, e 2 anos 
completados, para prevenção de infecções. 
Aleitamento materno predominante – quando a 
criança recebe, água ou bebidas à base de agua, sucos 
de frutas e fluidos rituais, além do leite materno. 
Aleitamento materno – quando a criança recebe leite 
materno (direto da mama ou ordenhado), 
independente de receber outros alimentos. 
Aleitamento materno complementado – quando a 
criança recebe alimentos sólidos ou semissólidos afim 
de complementar, além do leite materno. 
Alimento materno misto ou parcial – quando a criança 
recebe leite materno e outros tipos de leite. 
 
Introdução de alimentos precoce (antes dos 6 meses), 
causam: 
• Diarreia 
• Doença respiratória 
• Risco de desnutrição, se os alimentos forem 
nutricionalmente inferiores ao leite materno. 
• Menor absorção de nutrientes importantes do 
leite materno, como ferro e zinco. 
• Menor eficácia da amamentação como 
método anticoncepcional 
• Menor duração do aleitamento materno 
 
Importância do aleitamento materno: 
Evita mortes infantis – Devido as inúmeras fontes 
existentes no leite materno, onde as crianças 
amamentadas, são protegidas contra infecções. 
• São evitadas, 13% de crianças menores de 5 
anos. 
• Quanto menor for a criança, melhor a proteção 
do leite, sendo que, diminui com a idade em 
relação a mortes diarreicas, e em relação as 
infecções respiratórias são constantes até os 2 
anos de idade. 
• Um dos fatores está relacionado com a 
escolaridade e o nível socioeconômico das 
mães. 
• A amamentação na primeira hora de vida, 
pode proteger contra mortes neonatais. 
Evita diarreia – principalmente em crianças mais 
pobres, sendo que a proteção diminui quando o 
aleitamento materno deixa de ser exclusivo. 
• Oferecer agua ou chás, pode dobrar o risco de 
diarreia nos primeiros 6 meses. 
• Além disso, a amamentação possui influência 
sobre a gravidade da doença, pois crianças não 
amamentadas possui maior risco de 
desidratação e morrerem por diarreia. 
Evita infecçãorespiratória – pois as crianças não 
amamentadas possui maiores chances de internar por 
 
4 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
pneumonia nos primeiros 3 meses de vida. Em 
contrapartida, a hospitalização por bronquite ocorre 
em crianças que foram amamentadas por menos de 1 
mês. 
Diminui o risco de alergias – a amamentação exclusiva 
diminui o risco de alergia a proteína do leite de vaca, 
dermatite atopica, asma, sibilos recorrentes, além de 
outros tipos de alergias. 
• Evitar dar leite de vaca nos primeiros dias de 
vida, pois aumenta o risco de alergias ao leite. 
Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e 
diabetes – vai diminuir a pressão sistólica e diastólica, 
assim como os níveis de colesterol total e diminui as 
chances de apresentar diabetes do tipo 2. 
• Não só o bebe vai ter essa proteção contra o 
diabetes, mas também a mãe ou a mulher que 
for amamentar. 
• Ocorre devido, a uma melhor homeostase da 
glicose nas mulheres que amamentam. 
• Além disso, a exposição de leite de vaca, antes 
dos 4 meses, foi determinada como um fator 
importante para ter diabetes mellitus tipo 1. 
Reduz a chance de obesidade – pois possui uma relação 
entre dose/resposta com a duração do aleitamento 
materno, ou seja, quanto maior o tempo de 
amamentação, menor a chance de apresentar 
sobrepeso/obesidade. 
Melhor nutrição: 
• O leite materno contém nutrientes essenciais 
para o crescimento e desenvolvimento eficaz 
da criança. 
• Melhor digerido em comparação aos outros 
tipos de leite. 
• O leite materno sozinho é capaz de suprir as 
necessidades nutricionais da criança. Sendo 
uma fonte de nutrientes, principalmente de 
proteínas, gorduras e vitaminas. 
Efeito positivo na inteligência – contribui para um 
melhor desenvolvimento cognitivo. 
• Estudos mostram que uma substancia no leite 
que otimiza o desenvolvimento cerebral. 
Melhor desenvolvimento da cavidade bucal – como o 
ato de retirar (sucção) do leite da mama. 
• Benéfico para uma melhor conformação do 
palato duro, que influencia sobre o 
alinhamento correto dos dentes e uma boa 
conclusão dentaria. 
• O uso de chupetas e mamadeiras – ocorre a 
elevação do assoalho bucal (palato eleva para 
cima), diminuindo assim o tamanho do espaço 
reservado para passagem de ar, com isso vai 
prejudicar a respiração nasal. 
Proteção contra câncer de mama: 
• Durante o período do aleitamento, as taxas de 
determinados hormônios que fornecem o 
desenvolvimento desse tipo de câncer caem na 
mulher. 
• Alguns processos que ocorrem na 
amamentação promovem a eliminação e 
renovação de células que poderiam ter lesões 
no material genético, diminuindo assim as 
chances de câncer de mama. 
• Quanto mais prolongada for a amamentação, 
maior a proteção para a mãe e bebe. 
Evita nova gravidez: 
• A amamentação é um bom método 
anticoncepcional nos primeiros 6 meses após o 
parto. 
• Isso ocorre apenas se a mãe estiver 
amamentando exclusivamente ou 
predominantemente, e que não tenha 
menstruado ainda. 
• A ovulação nos primeiros seis meses após o 
parto está relacionando com o número de 
mamadas, com isso as mulheres que ovulam 
antes do sexto mês, em geral amamentam 
menos vezes por dia. 
Vantagens para a mãe – pode ser uma proteção contra 
câncer de ovários, útero, hipercolesterolemia, 
hipertensão e doença coronariana, obesidade, doença 
metabólica, osteoporose e fratura de quadril, artrite 
reumatoide, depressão pós-parto, e diminuição do 
risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto. 
Menores custos financeiros: 
• Não amamentar pode significar sacrifícios para 
uma família com pouca renda. Ainda que, 
dependendo do tipo de formula que a criança 
consume, pode ser um gasto considerável do 
rendimento familiar. 
• Além dos gastos com mamadeiras, bicos e gás 
de cozinha, e doenças que são comuns em 
crianças não amamentadas. 
 
5 MARCOS SANTIAGO – MÓDULO 8 
Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho: 
• Benefícios psicológicos tanto para criança, 
como para mãe. 
• Amamentação prazerosa, olhos nos olhos, 
contato frequente entre mãe e filho 
fortalecem os laços afetivos, intimidade, 
sentimentos de segurança e proteção, além de 
autoconfiança e realização para mãe. 
Melhor qualidade de vida – Porque as crianças 
adoecem menos, com isso vão precisar menos de 
atendimento médico e medicamentos, menos gastos, 
diminuindo situações de estresse.

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