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Terapia Renal Substitutiva Introdução - A terapia renal substitutiva é dividia em 3 grandes métodos: • Hemodiálise (rim artificial) • Diálise peritoneal (rim artificial) • Transplante renal Diálise - É um processo no qual a composição do soluto de um “solução A” é modificado pela exposição a uma “solução B” através de uma membrana - Os solutos que atravessam os poros da membrana são transportados por meio de 2 mecanismos diferentes: • Difusão: • Solutos se movimentam de forma aleatória • Quando maior o peso molecular, menor a velocidade de transporte pela membrana • Ultrafiltração: • A água é impulsionada por uma força hidrostática ou osmótico através da membrana • Solutos que acompanham a água são “arrastados pelo solvente” Hemodiálise - Difusão através de uma membrana artificial (circulação extracorpórea) - Circuito de solução da diálise: • É um sistema de purificação da água • As máquinas de diálise misturam soluções de eletrólitos concentrados com água purificada • O dialisador é onde os circuitos de sangue e de solução de diálise se encontram. É nele que ocorre o movimento das moléculas entre a solução de diálise e o sangue através de uma membrana semipermeável - Durante uma sessão de hemodiálise um indivíduo tem contato com cerca de 120-200 litros de água - Indicações • IRC (TFG < 10 ou sintomas urêmicos) • IRA (individualizar) • Controle de volume em pacientes com IR ou ICC refratária • Intoxicações exógenas (ex: AAS, metanol, lítio, etc) - Tipos de acessos: • Pacientes Agudos: • Catéter de duplo lumen • Paciente crônicos: • Cateter de longa permanência • Fístula arterio-venosa - Complicações: • Hipotensão • Câimbras • Náuseas e vômitos • Febre e calafrios • Dor torácica • Síndrome do desequilíbrio • Embolia gasosa • Reação ao dialisador • Arritmias Diálise Peritoneal - É o mesmo conceito da hemodiálise, no entanto, aqui a membrana semipermeável é o próprio peritônio do paciente (presença de probos que permitem a passagem de água e/ou solutos) - A exposição da membrana peritoneal a uma solução de diálise gera um processo de difusão de produtos urêmicos para o dialisato e de solutos (bicarbonato ou lactato) para o sangue - É um método dialítico equivalente à hemodiálise. No entanto, é pouco utilizado em muitos centros (realizada por apenas 7% dos pacientes em diálise no Brasil) - É uma boa alternativa, principalmente no início da terapia renal substitutiva - As características da membrana vão definir um perfil de transporte peritoneal: • Alto transportador: • Grande superfície efetiva e/ou baixa resistividade da membrana • Rápido equilíbrio de solutos e boa adequacidade com baixa permanência • Perda rápida do gradiente osmótico e perda proteica • Baixo transportador: • Pequenas superfície e/ou alta resistividade • Necessita longa permanência • Baixa perda proteica - A avaliação do perfil de transporte peritoneal é realizado através do PET (teste de equilíbrio peritoenal) - Principais modalidade de diálise peritoneal: • Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD): • Trocas manuais com tempo de permanência mais longo • Diálise peritoneal automatizada contínua (APD): • Cicladora durante o sono • Mantem líquido em cavidade durante o dia • Tempo de permanência mais curto • Diálise peritoneal ambulatorial intermitente (DPI): • Semelhante a APD porém com cavidade vazia • Tidal • DPA com drenagem parcial do dialisato Transplante Renal - É a melhor terapia substitutiva renal - No entanto, não é um tratamento curativo - É um aloenxerto de um rim saudável de um doador vivo ou falecido - É necessário haver imunocompatibilidade, uma vez que um órgão alogênico gera resposta imune de rejeição - Se o sistema ABO for incompatível é impossível o transplante - Quanto maior o grau de compatibilidade do sistema HLA, maior a sobrevida do enxerto - É necessário imunossuprimir o paciente para realizar o transplante: • Corticoides • Inibidores da calcineurina (ciclosporina e tacrolimus) • Antiproliferativos (azatioprina e micofenolato) • Anticorpos imunomoduladores - Causas de função retardada do enxerto: • Isquemia prolongada • Rejeição aguda • Trombose ou torção de artéria ou veia renal • Nefrotoxicidade por drogas - Doença crônica do enxerto: • A sobrevida média de um enxerto é de 10-15 anos • Não há como intervir
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