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TRATAMENTO ODONTOLÓGICO - PACIENTE CARDIOPATA CARDIOPATIAS: ➢ Congênitas ➢ Adquiridas CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ● Defeitos anatômicos - comprometimento estrutural e/ou funcional ● 1% das crianças brasileiras ● Acianóticas e cianóticas CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS ➔ Comunicações interatriais (CIA), interventriculares (CIV), persistência do canal arterial (PCA), estenose aórtica e pulmonar e coarctação da aorta . CARDIOPATIAS CIANÓTICAS ➔ Associação de 2 cardiopatias acianóticas, doenças raras como a tetralogia de Fallot, transposição de grandes vasos, ventrículo único etc O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO À PACIENTES CARDIOPATAS DEVE PONDERAR: Pacientes portadores de cardiopatia cianótica são mais susceptíveis a EI, portanto devem ser submetidos a profilaxia antibiótica quando expostos a procedimentos cruentos Os pacientes com CIA ostium secundum ou os pacientes operados de CIA, CIV e PCA sem defeito residual após 6 meses da correção são considerados pacientes de baixo risco de desenvolver EI e, por essa razão, não há necessidade de profilaxia antibiótica Pacientes cardiopatias não corrigidas ou parcialmente corrigidas devem ser submetidos a profilaxia antibiótica CARDIOPATIA ADQUIRIDA ➔ No Brasil - Febre reumática FEBRE REUMÁTICA ● Ocorre por faringite ou tonsilite de repetição relacionada à Streptococcus Beta-hemolítico do grupo A de Lancefield em indivíduos susceptíveis ou que não foi tratado de forma ideal ● O paciente pode ter febre reumática e não desenvolver cardiopatia ● Febre reumática —----- Comprometimento valvar (tratamento cirúrgico envolve a substituição da valva doente por prótese valvar) ● A prótese valvar pode ser biológica ou metálica PRÓTESE VALVAR BIOLÓGICA ● Durabilidade menor ● Menor risco de evento tromboembólico PRÓTESE VALVAR METÁLICA ● Maior durabilidade ● Maior risco de evento tromboembólico ● Associação com anticoagulantes orais TRATAMENTO ODONTOLÓGICO - PACIENTE CARDIOPATA O ATENDIMENTO À ESSES PACIENTES DEVE PONDERAR: Pacientes portadores de válvulas protéticas são mais susceptíveis a EI, portanto devem ser submetidos a profilaxia antibiótica Pacientes com doenças valvares (mas não usuários de válvulas protéticas) não possuem alta susceptibilidade a EI, portanto não demandam ser submetidos a profilaxia antibiótica - Essa questão causa discordância na literatura, conduta do profissional) PACIENTES COM VALVULOPATIAS ● Deve-se atentar ao uso de anticoagulantes (comum nesses pacientes) DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ● Cardiopatia mais comum ● Alto índice de mortalidade ● Apresentação: angina, infarto do miocárdio… ● Tratamento medicamentoso baseado no uso de anticoagulantes (AAS) ● Angioplastia (Stent) + Uso de antiagregantes plaquetários ● Revascularização miocárdica (ponte de safena) O ATENDIMENTO A ESSES PACIENTES DEVE PONDERAR Pacientes com DAC submetidos a stent ou a ponte de safena possuem baixo risco de desenvolvimento de EI, portanto não demandam de profilaxia antibiótica (ponderar a relação de DAC e doença periodontal) Esses pacientes geralmente utilizam antiagregantes plaquetários, como AAS, ticlopidina, clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor, em monoterapia ou associação de dois desses medicamentos. Já existe literatura suficiente sobre a segurança em realizar procedimentos cirúrgicos odontológicos com segurança sem suspensão desses medicamentos e usando manobras hemostáticas locais ARRITMIAS ● Alteração no ritmo cardíaco ● Taquicardia - acima de 100; bradicardia - menos de 50 ● Fibrilação atrial é a arritmia mais comum ● Casos graves de bradicardia demandam o uso de marcapasso e cardiodesfibrilador implantável (CDI) O ATENDIMENTO A ESSES PACIENTES DEVE PONDERAR: Os pacientes portadores de arritmias não possuem maior susceptibilidade a EI Pacientes portadores de marcapasso possuem maior susceptibilidade a EI, portanto há a demanda de profilaxia antibiótica Pacientes portadores de marcapasso ou CDI não devem TRATAMENTO ODONTOLÓGICO - PACIENTE CARDIOPATA ser submetidos ao uso de: ultrassons, localizadores apicais e bisturis elétricos MIOCARDIOPATIAS ● Doença primário do músculo do miocárdio ● Hipertróficas, dilatadas e restritivas ● Tratamento amplo (medicação, marcapasso/CDI, transplante etc) O ATENDIMENTO A ESSES PACIENTES DEVE PONDERAR Não há aumento no risco de EI, portanto não há necessidade de profilaxia antibiótica Pacientes portadores de marcapasso ou CDI possuem uma maior susceptibilidade a EI, portanto há necessidade de profilaxia antibiótica ENDOCARDITE INFECCIOSA ● Doença rara que acomete 80% dos cardiopatas ● A principal entrada para a EI é a cavidade oral (40%) ● Streptococcus do grupo viridans ● Difícil diagnóstico e tratamento complexo de alto custo TRANSPLANTE CARDÍACO ● Pré transplante: Eliminação dos focos infecciosos ● Pós transplante: Conhecimento dos medicamentos imunossupressores EM PACIENTES TRANSPLANTADOS, URGE A REALIZAÇÃO DE PROFILAXIA ANTIBIÓTICA - IMUNOSSUPRESSORES PACIENTES QUE UTILIZAM ANTICOAGULANTES ORAIS ● São utilizados na prevenção de trombos ● TP e INR ● INR deve ser menor do que 3,5 ● NÃO se deve suspender o uso de anticoagulantes ● Priorizar técnicas de hemostasia local ● Antifibrinolíticos (ácido tranexâmico), cola biológica, esponjas reabsorvíveis, celulose oxidada absorvível ou gel hemostático. PROFILAXIA ANTIBIÓTICA AMOXICILINA 50 mg/kg (crianças) 2000 mg (adultos) CLINDAMICINA 20 mg/kg (crianças); 600 mg (adultos) CEFALEXINA 50 mg/kg (crianças) 2000 mg (adultos) Azitromicina 15 mg/kg (crianças) 500 mg (adultos) Cefazolina obs: Via: intramuscular ou 50 mg/kg (crianças) 1000 mg TRATAMENTO ODONTOLÓGICO - PACIENTE CARDIOPATA endovenosa (adultos)
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