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LEI DOS CRIMES HEDIONDOS - APRESENTAÇÃO

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Centro Universitário Franciscano
 Direito Noturno	
Direito Penal III
Lei dos Crimes Hediondos 
Isadora Hübner Brondani, Tiago Schuh Beck
Orientador Prof. Me. Fábio Freitas Dias
1
1
Introdução
Introdução
Framework
Estudos de Caso
Considerações Finais
2
 
Contexto da Pesquisa
Trabalhos Relacionados
Base de Conhecimento
Elaboração dos Planos
Metamodelo
Ferramenta de Apoio
Introdução
Crimes
Estudos de Caso
Considerações Finais
Contexto da Pesquisa
Problema
 Extorsão	
 Latrocínio	
Estupro
 Homicídio	 
“Sem controle social, a convivência não seria possível já que é inimaginável um processo de socialização sem normas de conduta, sem sanções para o caso de descumprimento e sem realização efetiva da norma e da sanção”. 
ZUGALDÍA ESPINAR, José Miguel. Fundamentos del derecho penal: parte general. Granada: Universidade de Granada, 1990. p. 30. 
 
	
						 				 								 												
Introdução
	
Introdução
Framework
Estudos de Caso
Considerações Finais
3
 
Contexto da Pesquisa
Trabalhos Relacionados
Base de Conhecimento
Elaboração dos Planos
Metamodelo
Ferramenta de Apoio
Introdução
Crimes
Estudos de Caso
Considerações Finais
Contexto da Pesquisa
Problema
 Extorsão	
 Latrocínio	
Estupro
 Homicídio	 
CONTEXTO HISTÓRICO  Promulgação da Constituição de 1988 
 Intenso crescimento da criminalidade e da violência
REFORMA CP/84  não inibiu o crescimento da violência
 Após inúmeros projetos apresentados, em 25.07.1990, foi promulgada a Lei 8072/90, denominada Lei dos Crimes Hediondos.
	
						 				 								 												
Contexto da Pesquisa
4
Crimes Hediondos são aqueles que necessitam de uma maior reprovação/tutela por parte do Estado, tendo em vista que causam uma considerável aversão/repulsa por parte da sociedade, por interferirem em valores morais que compreendem uma indiscutível danosidade social;
Por serem considerados bárbaros, repugnantes e que ofendem os bens jurídicos tutelados de maneira mais incisiva, o art. 2º expõe que os mesmos são inafiançáveis e não dispõem de medida cautelar diversa.
Crimes
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Estupro
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Contexto da Pesquisa
5
Professor da Universidade de São Paulo, Antônio Scarance Fernandes, expõe:
 “[...] acredito que o legislador, ao estabelecer o crime inafiançável, quis dar um caráter mais grave ao delito, uma ideia de que existe uma cautela maior do que a fiança. Não que é para barrar outras medidas cautelares cabíveis [...]”
Crimes
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Estupro
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no  Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV e V);
I – A - lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos artigos 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
II - latrocínio (art. 157, § 3º);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º);
6
Estudos de Caso
Considerações Finais
Trabalhos Relacionados
Base de Conhecimento
Elaboração dos Planos
Metamodelo
Ferramenta de Apoio
Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
 
CRIMES
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Metamodelo
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Estupro
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º, 3º);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º, 2º);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º);
VII – B- falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273 § 1o, § 1o-A e § 1o-B);
VIII - favorecimento da prostituição ou vulnerável (art. 218-B§§ 1º e 2º), 
 Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei no 2.889, tentado ou consumado”. 
7
Estudos de Caso
Considerações Finais
Trabalhos Relacionados
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Ferramenta de Apoio
Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
 
CRIMES
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Problema
Extorsão
Latrocínio
Metamodelo
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Estupro
 	 Art. 213, caput, §§1º e 2º
 
É uma conduta que tem como objetivo jurídico a liberdade sexual.
Trata-se do fato de constrangimento, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima for menor de 18 ou maior de 14 anos e se da conduta resultar a morte. 
 
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Estudos de Caso
Considerações Finais
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Ferramenta de Apoio
Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
 
Estupro
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Metamodelo
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Estupro
Segundo João José Leal:
“A ação criminosa é expressa através do verbo constranger, que tem o significado de forçar, coagir, violentar, ou seja, de obrigar uma mulher a manter cópula vaginal com o agente, que vence a recusa ou a resistência da vítima mediante violência ou grave ameaça.”
LEAL, João José. Crimes Hediondos. A Lei 8.072/90 como Expressão do Direito Penal da Severidade. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2003. p.136.
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Estudos de Caso
Considerações Finais
Trabalhos Relacionados
Base de Conhecimento
Elaboração dos Planos
Metamodelo
Ferramenta de Apoio
Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
 
Estupro
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Metamodelo
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Estupro
 Art. 217-A, caput, §§ 1º, 2º, 3º, 4º
Trata-se de ato libidinoso praticado contra menor de 14 anos, também considerado hediondo pelo fato de a vítima não ter condições de oferecer resistência e não ter o discernimento necessário para a prática do ato. 
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Estudos de Caso
Considerações Finais
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Metamodelo
Ferramenta de Apoio
Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
 
Estupro de vulnerável
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Extorsão
Latrocínio
Metamodelo
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Estupro
Extorsão mediante sequestro
Art. 159, caput, §§ 1º, 2º, 3º, 4º
Trata-se do sequestro de pessoa com o intuito de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, isto é, trata-se do ânimo de apossamento definitivo de patrimônio alheio ou vantagem diversa. 
Consumação: momento da privação de liberdade, independente se o resultado almejado seja obtido. 
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Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
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Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Base de Conhecimento
Latrocínio
Estupro
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Extorsão
Extorsão mediante sequestro
Pode se apresentar na forma qualificada, quando: 
o sequestro durar mais de 24 horas;
o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60anos;
 se do fato resultar lesão corporal de natureza grave ou se resultar a morte;
 se o crime é cometido por bando ou quadrilha (quando se associam com uma finalidade e não apenas uma associação eventual);
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Considerações Finais
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Introdução
Referencial Teórico
Contexto da Pesquisa
Framework
Metamodelo
Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
Base de Conhecimento
Latrocínio
Estupro
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Extorsão
Extorsão mediante sequestro
Segundo Guilherme de Souza Nucci, a qualificação justifica-se em virtude de que a duração prolongada do sequestro gera maior perigo de lesão à vítima, principalmente no campo psicológico. 
Também, quando se menciona as vítimas menores de 18 anos, a proteção e cautela devem ser maiores pelo motivo da fragilidade/vulnerabilidade e pelo estágio de formação da personalidade, o qual poderia ser afetado diretamente no momento em que houver privação arbitrária da sua liberdade. 
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Framework
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Estudos de Caso
Considerações Finais
Problema
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Latrocínio
Estupro
Homicídio
Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Extorsão
Extorsão qualificada pelo resultado morte
 Art. 158, § 2º
Exige o elemento dolo na conduta antecedente e dolo ou culpa na conduta subsequente (morte). 
Cabe a inclusão não somente da violência, mas também da grave ameaça.
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Latrocínio
Estupro
Homicídio
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Crimes
Extorsão
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Latrocínio
 Art. 157, § 3º
Trata-se de uma forma qualificada pelo resultado do roubo.
Só haverá crime de latrocínio se o agente realizar a subtração para si ou para outrem. 
Ofende dois objetos jurídicos distintos: o patrimônio e a vida. 
Também é considerado latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.
 Sendo crime contra o patrimônio, a competência para o processo e o julgamento é do juiz singular e não do Tribunal do Júri. (Súmula 603) 
 
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Extorsão
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Homicídio
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Contexto da Pesquisa
Crimes
Latrocínio
A última etapa da ISO/IEC 14598 é executar a avaliação, que consiste na inspeção, medição e teste dos produtos e seus componentes de acordo com o plano de avaliação. Esta etapa está fora do escopo deste trabalho. 
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Homicídio qualificado
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Contexto da Pesquisa
Framework
 Art. 121 § 2º, I, II, III, IV e V
Sempre será hediondo, quando o agente: 
cometer o crime mediante paga ou promessa de recompensa;
motivo torpe;
motivo fútil; 
empregar veneno; 
fogo; explosivo, asfixia, tortura 
cometer homicídio à traição;
emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
cometer o crime para assegurar à execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime e 
feminicídio.
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Contexto da Pesquisa
Crimes
Homicídio
Homicídio quando praticado em grupo de extermínio
 Art. 121
Quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente.
1990 omissão do legislador, não ocorreu a inclusão do homicídio doloso, principalmente o qualificado, no rol dos crimes hediondos  afrontava a mais elementar regra da lógica jurídica.
Campanha da mídia e intenso clamor popular  episódios das chacinas da Candelária e da favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro  instaurou-se uma nova forma de homicídio simples na lista dos crimes hediondos.
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Introdução
Contexto da Pesquisa
Crimes
Homicídio
Homicídio quando praticado em grupo de extermínio
 
 Autor João José Leal critica o cenário atual:
A simples classificação deste tipo de conduta em crime hediondo revela-se uma medida totalmente inócua e despropositada. Na verdade, a pena cominada continua sendo a do homicídio simples. Além disso, é evidente que a redução do elevado índice de assassinatos e de execuções sumárias, verificado nos grandes centros urbanos brasileiros, somente será alcançada com a adoção de sérias medidas no plano socioeconômico e político.
LEAL, João José. Crimes Hediondos. A Lei 8.072/90 como Expressão do Direito Penal da Severidade. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2003. p.100.
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Contexto da Pesquisa
Crimes
Homicídio
Questões
 
 1) (CESPE – POLÍCIA CIENTÍFICA – 2016 - ADAPTADA) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo.
2) (IESES – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – 2016 - ADAPTADA) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como hediondo independentemente da modalidade.
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Crimes
Homicídio
Questões
1) (V) (CESPE – POLÍCIA CIENTÍFICA – 2016 - ADAPTADA) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo.
JUSTIFICATIVA: Para que o homicídio simples seja considerado hediondo é necessário que ele seja praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente. Art. 1º, inciso I da Lei 8.072/90.
 
2) (V) (IESES – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – 2016 - ADAPTADA) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como hediondo independentemente da modalidade.
JUSTIFICATIVA: Previsão do art. 1º da 8072/90:  "IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lº, 2º e 3º);".
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Crimes
Homicídio
A (IR) RETROATIVIDADE DA LEI 11464/07
Estudos de Caso
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Crimes
Homicídio
Estudos de Caso
Problema
	Lei 8.072/1990
art. 2º, §1º 	HC 82.959-7/SP	Lei de Execução Penal 
art. 112 	Lei 11464/07
(29/03/2007)
	REGIME: integralmente fechado	Permitiu a PROGRES-
SÃO DE REGIME
(princípio da individualização da pena)	Aplicada analogicamente no HC 82959-7/SP	Criada com o intuito de gerar um equilíbrio
	STF – Habeas Corpus 82.959-7/SP - INCONSTITUCIONALIDADE	Problema: tratamento igual a condenados por crimes de outra natureza	Progressão de regime: cumprimento de 1/6 da pena + bom comportamento	Progressão de regime:
Primário: 2/5
Reincidente: 3/5
Estudos de Caso
Sendo assim, uma vez que fora editada posteriormente à declaração de inconstitucionalidade do art. 2º § 1º, da Lei nº. 8.072/90 seria a Lei 11464/07 irretroativa, por ser mais gravosa, uma vez que esta prevê que o réu, se primário, deve cumprir 2/5 (40%) da pena, e se reincidente, deve cumprir 3/5 (60%) para progredir de regime? 
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Crimes
Homicídio
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Problema
Estudos de Caso
Art. 5º, XL, da Constituição Federal - veda a retroatividade da lei, salvo para beneficiar o réu. 
 Esta foi uma das fundamentações utilizadas pela Ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura, na proposta que deu origem à súmula 471 do referido Tribunal, a saber:
 “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional”.
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Problema
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Homicídio
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Problema
Decisão do STF em relação ao HC 82. 959–7/SP:
(Doutrina majoritária) 
A nova Lei é retroativa
NÃO POSSUI EFEITO ERGA OMNES (a Lei 8072/90 não teve a executividade suspensa pelo Senado Federal)
 CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE (exercido no caso concreto e incidentalmente) – inter partes
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STF
TEORIA DA TRANSCEDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
(IRRETROATIVIDADE DA NOVA LEI)
Precursor: Ministro Gilmar Mendes
Origem: Alemanha
 Sabe-se que, no controle difuso, por este ser incidental, apenas na fundamentação da decisão é que se afirmará expressamente a inconstitucionalidade de determinada norma e as razões que levaram a essa conclusão.
Assim, o STF vinha conferindo efeito vinculante não apenas aos dispositivos da sentença, mas também, aos motivos/fundamentos que levaram à decisão, mesmo em sede de controle difuso, o qual, como já explicado, necessita de resolução pelo Senado Federal para que ocorra a materialização do art. 52, X, CF**
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Crimes
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Problema
**Contudo, no Inf. 454/STF, o Ministro Gilmar Mendes declarou:
“Reputo ser legítimo entender que, atualmente, a fórmula relativa à suspensão de execução da lei pelo Senado há de ter simples efeito de publicidade, ou seja, se o STF, em sede de controle incidental, declarar, definitivamente, que a lei é inconstitucional, essa decisão terá efeitos gerais, fazendo-se a comunicação àquela Casa legislativa para que publique a decisão no Diário do Congresso” (MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL)
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Crimes
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Problema
Fica evidente a posição do Ministro a respeito do art. 52, X, CF, no sentido de que o Senado Federal não tem competência para reapreciar a matéria já julgada inconstitucional pelo STF. Disto decorre que o Senado Federal só teria competência para publicar o ato, com o objetivo de levar ao conhecimento de todos os cidadãos e mesmo não o fazendo, a eficácia da decisão não seria prejudicada.
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Problema
A TEORIA DA TRANSCEDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES FOI RECEPCIONADA PELO STF?
A teoria da transcedência dos motivos determinantes não foi recepcionada pelo STF, sendo defendida somente por alguns Ministros da Corte. Contudo, a discussão não está superada.
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SÚMULA VINCULANTE 26 DO STF
“Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico”.
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QUESTÕES
3) (FGV – PROCURADOR – 2013 - ADAPTADA) O condenado por crime hediondo cometido no ano de 2006, sendo primário, deverá cumprir pelo menos 2/5 da pena privativa de liberdade para obter progressão de regime.
4) (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Maura praticou crime de extorsão, mediante sequestro, em 27/3/2008, e, denunciada,regularmente processada e condenada, iniciou o cumprimento de sua pena em regime fechado. Nessa situação hipotética, após o cumprimento de um sexto da pena em regime fechado, Maura terá direito à progressão de regime, de fechado para semiaberto.
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(F) (FGV – PROCURADOR – 2013 - ADAPTADA) O condenado por crime hediondo cometido no ano de 2006, sendo primário, deverá cumprir pelo menos 2/5 da pena privativa de liberdade para obter progressão de regime.
JUSTIFICATIVA: Os crimes hediondos cometidos antes de 29/03/2007 respeitarão o lapso de apenas 1/6 da pena. Pois a lei 11.464/2007 que modificou o lapso de progressão (2/5 para o primário e 3/5 para o reincidente) é novatio legis in pejus, não retroage. 
 
(F) (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011) Maura praticou crime de extorsão, mediante sequestro, em 27/3/2008, e, denunciada, regularmente processada e condenada, iniciou o cumprimento de sua pena em regime fechado. Nessa situação hipotética, após o cumprimento de um sexto da pena em regime fechado, Maura terá direito à progressão de regime, de fechado para semiaberto.
JUSTIFICATIVA: ANTES da Lei 11.464 de março de 2007 = 1/6
APÓS a Lei 11.464 de março de 2007 = Primário 2/5 e Reincidente 3/5
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POSIÇÃO DA DUPLA A RESPEITO DO TEMA
Primeiramente, o STF declarou a inconstitucionalidade, em 23/02/2006, do §1º do art. 2º da Lei n.º 8.072/90 da lei que vedava integralmente a progressão de regime em crimes hediondos. Embasou o seu posicionamento no princípio constitucional da individualização da pena
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Ademais, o cumprimento integral da pena em regime fechado inviabilizaria a ressocialização do preso. Posteriormente, fixou-se entendimento semelhante, defendendo a tese de que não necessariamente o agente deveria cumprir a pena em regime inicialmente fechado, devendo o juiz analisá-la no caso concreto. Desta forma, restou apenas uma Lei a ser aplicada antes da Lei 11464/07, a Lei de Execução Penal. Assim, evidencia-se que a Lei 11464/07 é irretroativa, já que prejudicaria o réu, tendo como fundamento o art. 5º, XL, da Constituição Federal. 
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Sendo assim, reforçamos o nosso posicionamento no sentido de que a nova norma penal é indiscutivelmente mais rigorosa. Em razão disso, essa não pode retroagir para fatos apenados antes da data em que entrou em vigor, ou seja, 29/03/2007.
Considerações Finais
 1990  Lei dos Crimes Hediondos alvo de debates e polêmicas  visando-se construir uma política criminal eficiente e, por conseguinte, ressocializadora, pautada nos princípios da dignidade humana. 
Atualmente  projeto é uma série de atividades  deve passar por três fases básicas: 
 PLANEJAMENTO, IMPLEMENTAÇÃO E MONITORAMENTO. 
Conforme relatórios do Instituto Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente – ILANUD/Brasil, não há nenhum elemento que permita identificar a redução dos índices de criminalidade após a promulgação da lei. 
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Dados comprovam que, além da ineficácia da lei, esta concorreu para o aumento da superlotação prisional.
Sendo assim, é necessária a adoção de políticas mais claras, consistentes, que visem uma ressocialização do preso.
 
Antes de implementar qualquer política neste sentido, é necessário um estudo aprofundado, que aborde as possíveis consequências de políticas criminais mais severas, a fim de que não sejamos vítimas de nossa própria ingenuidade.
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ANEXOS
Inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial fechado para crimes hediondos
"Entendo que, se a Constituição Federal menciona que a lei regulará a individualização da pena, é natural que ela exista. Do mesmo modo, os critérios para a fixação do regime prisional inicial devem-se harmonizar com as garantias constitucionais, sendo necessário exigir-se sempre a fundamentação do regime imposto, ainda que se trate de crime hediondo ou equiparado. Deixo consignado, já de início, que tais circunstâncias não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do § 3º do art. 33 c/c o art. 59 do Código Penal.A progressão de regime, ademais, quando se cuida de crime hediondo ou equiparado, também se dá em lapso temporal mais dilatado (Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 2º). (...) Feitas essas considerações, penso que deve ser superado o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) para aqueles que preencham todos os demais requisitos previstos no art. 33, §§ 2º, b, e 3º, do CP, admitindo-se o início do cumprimento de pena em regime diverso do fechado. Nessa conformidade, tendo em vista a declaração incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, na parte em que impõe a obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início do cumprimento da pena aos condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados, concedo a ordem para alterar o regime inicial de cumprimento das reprimenda impostas ao paciente para o semiaberto." (HC 111840, Relator Ministro Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julgamento em 27.6.2012, DJe de 17.12.2013)
 
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ANEXOS
Inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial fechado para crimes hediondos
"O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento do HC n. 82.959/SP, rel. Min. Marco Aurélio, Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional da individualização da pena(CF, art. 5º, XLVI). Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena agora fosse cumprida no regime inicial fechado. É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? Essa discussão, inclusive, já vem sendo alvo de debates nas instâncias inferiores e nesta Suprema Corte. No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, da proporcionalidade. No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que o paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no regime aberto." (HC 106153, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 22.11.2011, DJe de 19.12.2011)  
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Obrigado pela atenção!
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