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Desenvolvimento na adolescência

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TRANSIÇÃO
infância - idade adulta
ASPECTOS BIOLÓGICOS
Mudanças físicas
ASPECTOS SOCIAS
Novos papéis
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
Mudanças afetivas
ASPECTOS CULTURAIS
Moratória social
 
 
 
 
Puberdade 
• Fenômeno universal 
• Mesmo intervalo cronológico 
• Conjunto de modificações físicas 
• Transformação do corpo infantil em um 
corpo adulto, capacitado para a 
reprodução. 
 
Adolescência 
 
• Fenômeno socio - cultural 
• Definida pelo modelo econômico 
• Finaliza com a independência econômica 
• Multifacetada e transitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características da atualidade 
• Difícil estabelecer proibições 
• Fronteiras entre sexualidade legítima, 
transgressora e condenável seguem a 
logica da roleta. ( Achar que se identifica 
com tal sexualidade somente para 
participar de um grupo que seja 
semelhante.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Marcadores biológicos- disparadores de 
um trabalho psíquico profundo e difícil, 
assumido ou omitido. 
 
Modelo fisiológico na adolescência 
O desenvolvimento ocorre: 
➢ 10 anos e meio / 11 anos na menina 
➢ 12 anos e meio / 13 anos no menino 
 
A puberdade na menina 
 
• Misto: associação de sinais estrogênicos 
e androgênicos 
➢ Impregnação estrogênicas- 
desenvolvimento dos seios e aparelho 
genital 
➢ Impregnações androgênicas- 
pilosidade (pelos) genital, acne. 
 
• Impulso do crescimento 
➢ Menstruações: 1º determina o fim da 
puberdade 12 a 13 anos e meio 
 
• Evolução biológica 
➢ Inicio marcado pela secreção 
gonadotrópica – secreção ovariana. 
➢ De 4 a 5 anos para atingirem taxas e 
produção equivalente a uma adulta. 
 
A puberdade no menino 
• Inicio com aumento dos testículos – 11 
anos 
➢ Desenvolvimento do aparelho genital 
➢ Aumento dos pelos pubianos- 16 a 18 
anos. 
➢ Aumento da estatura e modificação 
óssea- alargamento dos ombros. 
 
• Impulso do crescimento 
➢ Ejaculações: 1º determina o fim da 
puberdade – 15 anos 
 
 
• Evolução biológica 
➢ Aumento da testosterona a partir dos 10 
anos- taxa adulta atingida aos 15 anos. 
 
Variações Cronológicas 
São individuais e coletivas 
Limites extremos ( 8-14 anos na menina e 10-
16 anos no menino) 
➢ Aditamento secular da data da 
puberdade- pessoas jovens em idade de 
repressão social sexual- há alguns séculos, 
o desenvolvimento pubertário tardio 
coincidia com o ingresso na vida 
profissional. 
 
´´ a idade das menstruações hoje em dia é 
mais precoce, enquanto que a idade media 
de ingresso na vida profissional tende a ser 
cada vez mais elevada : pode-se dizer que a 
evolução fisiológica vai no sentido oposto à 
evolução social, o que leva a estender ao 
extremo o período da adolescência´´. 
 
Modelo sociológico 
Duplo ponto de vista: 
- Período de inserção na vida social adulta 
-Grupo social com características 
socioculturais particulares . 
Abordagem histórica 
A criança passava diretamente ao mundo 
dos adultos antigamente. 
Atualmente – novo movimento histórico: 
extinção da adolescência 
Defasagem que existe entre os jovens e os 
menos jovens tende a se reduzir, e isso graças 
aos movimentos dos anos 90. 
A cultura original reivindicada pelos jovens ao 
longo da última década já faz parte de todas 
as gerações: a liberdade sexual, o direito à 
palavra, as formas de expressão nas quais a 
vida privada e a vida política 
 
Abordagem Cultural 
• Não é um fenômeno universal 
 • Quanto mais a sociedade é complexa, 
mais a adolescência é longa e conflituosa 
(trabalhos de Malinowski, de Benedict, de 
Kardiner ou de Linton) 
• Características da adolescência variam em 
diferentes níveis, segundo as sociedades: 
➢ No nível da duração 
➢ No nível dos métodos adotados para a 
socialização do indivíduo 
➢ No nível dos tipos de cultura 
Abordagem Social 
• A adolescência representa um grupo social 
quantitativamente importante e 
heterogêneo 
➢ A rapidez das mudanças de uma geração 
de adolescentes à seguinte 
➢ A identidade cultural não coincide mais 
necessariamente com a identidade 
biológica ou social 
➢ • Meio familiar - evidencia a dimensão 
sociológica e cultural individual e a 
problemática intrapsíquica do 
adolescente em face de suas imagens 
parentais 
➢ • Processo da adolescência - segunda 
fase do processo de separação-
individuação - a família (funções externas 
socioculturais e internas, próprias ao 
psiquismo - imagem parental e tipo de 
relação objetal), estrutura e organiza 
evolução do adolescente 
 
Modelo Psicanalítico 
 
• Descrever e compreender a 
adolescência como um processo 
psicológico relativamente homogêneo 
segundo as sociedades 
• Ênfase em aspectos mais específico: 
excitação sexual e as modificações 
pulsionais; corpo; luto e a depressão; 
meios de defesa; narcisismo; ideal do eu; 
identidade e identificações 
• Aspectos dinâmicos da adolescência 
• Puberdade - período de crescimento 
libidinal 
➢ Exigências pulsionais particularmente 
reforçadas 
➢ Aumento da resistência do Ego às pulsões 
– atividade/passividade ➢ Prognóstico - 
tolerância ou não do Ego em relação às 
pulsões. 
 
A problemática do corpo 
 
• Mudanças fisiológicas – repercussões 
psicológicas 
➢ Realidade concreta 
➢ No imaginário 
➢ No simbólico 
• Processo psíquico – “pubertário” (é para 
a psique o que a puberdade é para o 
corpo) 
➢ Dá conta da pressão sobre as três 
instâncias psíquicas (Ego, Superego, Id) 
 ➢ Os elementos presentes na 
organização pubertária; 
➢ a pressão do “experimento originário 
pubertário” - pulsão que busca sua meta 
pelo novo objeto genital 
 ➢ o horror das interpretações sobre os 
investimentos incestuosos 
 ➢ o teste do Superego em face do 
ingresso na categoria do possível edipiano 
➢ a busca pelo Superego de novas bases 
de sustentação (aliança entre o Ego e 
Superego da latência se desfaz) 
➢ consequência dos fatores precedentes 
- prova da realidade torna-se vacilante e 
constitui a característica central da 
organização “pubertária”. 
 
A imagem do corpo 
 
• Alterada em diferentes âmbitos: 
 ➢ Referência espacial 
➢ Representante simbólico - utilizado, 
valorizado ou desconhecido, amado ou 
detestado, fonte de rivalidade ou de um 
sentimento de inferioridade - meio de 
expressão simbólica de seus conflitos e de 
modos relacionais 
➢ Narcisismo - hiperinvestimento de si 
 ➢ Sentimento de identidade. 
 
 
Adolescência como trabalho de luto 
• Trabalho da adolescência/luto - a perda 
de objetos infantis em 2 níveis: 
➢ Perda do “objeto primitivo” - segunda 
fase do processo de “separação-
individuação” (Mahler) 
➢ Perda do “objeto edipiano” - libertar-se 
do domínio parental e liquidar a situação 
edipiana 
• Desejo de autonomia, descoberta de 
outros ideais e melhor percepção da 
realidade 
• Mecanismos de defesa 
➢Intelectualização 
ideologias/filosofia/política 
➢ Clivagem do ego (identificação 
projetiva, idealização primitiva e projeção 
persecutória) – bruscas passagens de um 
extremo a outro, o mundo é hostil 
 ➢ Atuação – psicopatias. 
 
Modelo Cognitivo e educativo 
 
• Aparecimento da inteligência 
operatória formal (12-13 anos) 
➢ Desenvolvimento da estrutura de 
“grupo combinatório” 
➢ Capacidade de raciocinar por 
hipótese, de perceber o conjunto de 
casos possíveis e de considerar o real 
como um simples caso particular 
➢ Mudanças na relação com o mundo: o 
adolescente situa-se no plano das 
relações entre o possível e o real, mas com 
uma inversão de sentido - não é “o 
possível que se manifesta simplesmente 
sob a forma de um prolongamento do real 
ou de ações executadas sobre a 
realidade, mas, ao contrário, é o real que 
se subordina ao possível”. 
➢ Inaugura o pensamento reflexivo. 
• Patologias 
 ➢ Dificuldades de pensar: inibição, 
evitamento, surgimento de uma dúvida 
mais ou menos invasiva 
➢ Dor de pensar 
➢ Relações sociais:dificuldades 
relacionais, impossibilidade de 
compreender a reciprocidade e a 
mutualidade nos intercâmbios sociais 
e/ou afetivos. 
• O valor funcional da adolescência é 
permitir ao indivíduo descobrir e depois 
elaborar seu próprio sistema de valores 
sociais (éticos, culturais, profissionais, etc.) 
mediante a tomada de consciência de si 
e a afirmação da identidade (Wallon).

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