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Variação em Língua Portuguesa
07/04- Aula 2
Texto-base 2: “Para que estudar gramatica?” Perini
Orientação descritiva X orientação prescritiva.
Os linguística sempre adotam uma orientação descritiva em face dos fatos da língua, ou seja, sempre descrevem, que é caracterizar como acontece sem nenhum juízo de razão, não existe certo ou errado, melhor ou pior, existe uma realidade dos fatos da língua, o que efetivamente os falantes dizem e escrevem. Esse é um ponto de vista completamente diferente da orientação prescritiva ou normativa, que é aquela que estabelece uma separação entre certo e errado, que reconhece alguns usos da língua, como o que deve ser feito e desconsiderando muitas estruturas como errada, essa orientação prescritiva não é o que a linguística adota. Algo como uma diretriz prescritiva do tipo “não se inicia frase com pronome oblíquo átomo” diretriz prescritiva que coloca no campo errado uma estrutura que usamos o tempo inteiro, então é fundamental saber que essa gramatica que o Mario Perini pergunta para que estudar é uma gramatica descritiva.
Pág. 58: na cultura escolar, apresentar ideia revolucionaria para alguns de que fazer gramatica é estudar os fatos da língua e não construir um cód. de proibições para dirigir o comportamento linguístico das pessoas. 
(19:00) Fiz X fazia- fazia só pode ser utilizado para ações que aconteceram mais de uma vez, sempre algo que aconteceu recorrentemente. Somente ações recorrentes. 
Fiz -pretérito perfeito- tanto pode ser utilizado por ações recorrentes, quanto ações isoladas. 
(23:11) Porque estudar gramatica? Porque a gramatica faz parte/deve fazer parte da educação cientifica dos estudantes. 
Perini coloca a gramatica prescritiva como um campo das ciências, e fazendo parte da educação cientifica que a escolarização tem como um dos objetivos consolidar para os estudantes. 
(45:27) “a gramatica é uma disciplina cientifica” 
Nesse sentido é o estudo de fenômenos que fazem parte da vida real, que são as estruturas como a língua se organiza. 
(54:10) a gramatica descritiva é uma disciplina cientifica, ela observa fenômenos da vida real, e busca descrições para elas (caracterizar como acontece e explicações)
- Gramatica é o estudo da estrutura formal e semântica da linguagem: a gramatica descritiva estuda a estrutura formal e semântica da linguagem, como se organiza o sistema de sons, sistema de oposições gramaticais(...) 
Conhecimento internalizado (1:01)
p. 54- “O conhecimento de uma língua é uma parte de nosso conhecimento de mundo, programado no nosso cérebro, e acessível à observação através do comportamento e dos julgamentos dos falantes.”
· quando se é falante nativo de uma língua é porque temos um conhecimento programado do nosso cérebro. Esse conhecimento internalizado no cérebro não é observável diretamente, mas os dados (maneira de como os falantes constroem a língua) da língua dão pistas do que é que está programado. 
· Julgamento dos falantes: chamado julgamento de aceitabilidade, ou seja, perguntar para o falante “isto é possível no português do brasil?” e os falantes nativos de uma língua, tem total condição de verificar se uma estrutura é aceitável ou não, também tem como reconhecer estruturas aceitáveis ou não. 
14/04
Texto-base 3: “Mas o que é mesmo gramatica?”
Gramatica é um termo polissêmico <-> é quando um termo mais de um significado. Os vários conceitos que o termo gramatica assume.
I) Gramatica como: 
- Orientação prescritiva: aquela que se coloca diante dos fatos da língua separando entre certo e errado, fazendo distinção entre os bons usos que ela recomenda e maus usos que ela condena. O reconhecimento desses bons usos. historicamente é fundamentalmente ligado aos preconceitos de classes, o que é visto como bom uso é aquilo que as elites realizam. 
- Orientação descritiva: linguistas assumem sempre uma orientação descritiva, que é observar os fatos da língua tais como eles são, propor descrições e explicações para estes fatos da língua e nunca realizar nenhum juízo de valor acerca das formas linguísticas, porque não há nenhuma justificativa para separar uso linguístico/forma entre melhores e piores, e não há também nenhuma justificativa cientifica para separar entre certo e errado.
“eu não aceito essa onda de que não tem mais certo e errado. [....] Há regras e normas para tudo e as crianças tem que aprender a escrever de acordo com o que foi estabelecido pelos bons escritores e pelos que reconhecem a língua”
O que concordar:
· “há regras e normas para tudo” na nossa sociedade uma das regras é que para alguns contextos se precisa utilizar a norma culta e em outros contextos a norma padrão. Concordamos com a professora de que tem momento que é momento de usar a gramatica normativa, e a escola é o lugar de aprender a manejar essa norma padrão e de poder ingressar nesses contextos.
· Quem conhece a língua são os bons escritores, pode sim buscar um domínio da norma padrão nos bons escritores, mas a língua não. O português brasileiro existe e acontece no conjunto de variedades linguísticas. 26.46
O que não concordar:
· Não é uma questão de “onda” ou moda, se olhar do ponto de vista cientifico da língua não há como separar entre certo e errado, no campo das formas linguísticas é insustentável. não há nenhum critério cientifico para isso. 
· Quem conhece a língua são os bons escritores, pode sim buscar um domínio da norma padrão nos bons escritores, mas a língua não. O português brasileiro existe e acontece no conjunto de variedades linguísticas. 
II) entender gramatica como todo um processo descritivo, como a descrição da arquitetura de uma língua, como uma língua se organiza, nesse sentido boa parte das linguísticas trabalham no processo descritivo(gramatica), para procurar entender pontos específicos da arquitetura do português brasileiro. É extremamente importante já que como cientistas não faz sentido que fale em certo e errado, trabalham com a noção de gramaticalidade.
Noção de gramaticalidade: estar de acordo com/em sintonia com as regras de uma gramatica no sentido de princípios organizadores de uma língua. Todas as línguas são um conjunto de regras, no sentido de regularidades/processos que tem uma determinada direção. É a propriedade de estar de acordo com a gramatica de uma língua. Com isso em mente, os linguistas separam as estruturas em:
Gramaticalidade: propriedade de estar de acordo com uma língua. Possível na estruturação de uma língua, o que não é gramatical (que também vai ser chamado de agramatical)
Agramatical: o que não é possível de acordo com as estruturas de uma língua. Ex: menino o, estrutura onde o nome aparece antes do artigo é uma estrutura agramatical no português brasileiro. Além de não realizar estas estruturas, nos também identificamos que esta estrutura é agramatical, como falantes nativos nos tanto temos capacidade de reproduzir exclusivamente estruturas agramaticais (que atendem as regras que temos internalizadas) quanto podemos identificar estruturas que são ou não agramaticais.
*A noção de gramatical não leva em conta a tradição normativa, está ligada a gramatica internalizada do falante nativo o que é possível ou não é possível com relação as regras internalizadas. 
05/05
Texto-base 4: ‘História do contato entre línguas no Brasil’ Dande Lucchesi
· Faz um mapeamento dos processos sócio-históricos na formação do Brasil, e a relação desses processos com a configuração linguística brasileira. 
· Começa o texto indicando que nos primeiros tempos da colonização, a língua portuguesa estava longe de ser a mais difundida e a mais presente na colônia portuguesa, as áreas em que o português estava mais presente (que a língua portuguesa tinha mais falante, era mais difundida) era aquela que correspondia a região mais desenvolvida economicamente, a que produzia mais riqueza para a metrópole- nordeste açucareiro- engenhos de Bahia e Pernambuco. 
· Periferia econômica (que não produzia tanta riqueza econômica) eram locais de fortíssima presença da língua geral- língua com variedades de tupinambás que játinha uso no litoral brasileiro, língua de contato entre indígenas- os portugueses quando iniciam a conquista já há esta língua utilizada por indígenas que falam diferentes línguas para se comunicar, e os dominadores portugueses passam a usar essa língua como veículo de comunicação interétnica. 
· A língua geral recebe o nome de ‘língua franca’/’língua veicular’ (a língua que segue para falantes de língua diferente se comunicarem) dos portugueses por ter a função de língua franca. 
· Em áreas como Maranhão e São Paulo, a língua geral foi a língua dos dominadores europeus.
· A língua geral é forte na região de São Paulo e Maranhão, e foi levada nas bandeiras. 
· Belém foi uma cidade bilingue, a língua geral era usada da porta de casa para dentro, e o português era a língua das trocas econômicas. 
· Outro momento de intensificação do português foi quando a corte portuguesa veio para o Rio de janeiro em 1908, porque há um afluxo de falantes de português primeira língua de uma vez, e além de serem muitos, era a elite da época, a camada dominante que veio de Portugal para o brasil.
· Lucchesi diz sobre Homogeneização diatópica do português popular brasileiro- ao longo da formação do brasil se formou um português popular brasileiro que é muito semelhante nas diversas regiões do brasil. Ele fala que as várias regiões do português brasileiro não difere muito, porque ao longo da formação do brasil houve um constate e massivo deslocamento das populações pobres, as populações pobres se deslocaram de uma região para outra, quem vivia na região A migrou para região B e então A e B tiveram contato e se aproximaram. 
· Conforme a economia açucareira entre em crise a população pobre do Nordeste se desloca para as minas, e então há uma homogeneização da variedade regional pelo contato. 
· Em um segundo momento, acontece um movimento semelhante. A mineração entre em crise, as populações pobres se deslocam para as regiões cafeeira e se tem um novo deslocamento de população pobres indo das minas para a região do café, então há o português popular se configurando novamente como uma combinação de pessoas vindo de regiões diferentes. Também houve intenso deslocamento populacional de falantes do português do nordeste, para as regiões em que se explorou borracha. 
· Êxodo rural da segunda metade do século 20, transformou a polarização sociolinguística diatópica em diastrática. Transformou a diferença entre o português de elite econômica e as variadas populares de uma diferença geográfica, de natureza diatópica, para uma diferença diastrática, que tem a ver com a camada social. A distinção entre português das classes populares e português da elite era originalmente muito marcada dia topicamente, ou seja, coincidia com uma diferença entre rural e urbano. Conforme história do país foi se organizando, o português das classes populares estava(principalmente) no universo rural, nos campos, e as elites urbanas falava um português próprio da elite. Era muito diatópico, de um lado o português das classes populares herdeiros direto dos falares dos indígenas e africanos escravizados principalmente no meio rural, e português de elite onde estava a administração, na cidade. Com o êxodo rural, é muito intenso a liberação da população do campo para as grandes cidades;
· O Êxodo rural reconfigurou a polarização sociolinguística brasileira;
12/05
Texto-base 5: “O estudo da linguagem no contexto social” Regra variável/ variantes linguísticas/regra retorica
· A sociolinguística Laboviana vai conceder a língua como um sistema que é caracterizado pela heterogeneidade ordenada (a língua ao mesmo tempo que não é homogênea, ela é caracterizada por processos de variação)
· A língua é uma heterogeneidade ordenada/organizada, estando longe de ser um caos. Justamente porque a variação ordenada que ela é possível de ser estudada sendo objeto de estudo da sociolinguística Laboviana,
· A sociolinguística Laboviana/Quantitativa/Teoria da Variação e da mudança está interessado em reconhecer as relações entre língua e sociedade, como elas podem ser observadas nos processos de variações linguísticas. 
· Há dois tipos de processo de variação: processos que são partes de uma mudança em processo (o processo de variação/regra, que faz parte de uma mudança que está acontecendo como a perda da inversão das interrogativas), mas nem todo processo de variação está ligado a uma mudança em processo, a variação pode ser uma variação descrita pelos sociolinguísticas como variação estável(por décadas aquelas variantes continuam se distribuindo igualmente, não se alteram por muitos e muitos tempo), por exemplo o fenômeno do rotacismo: fonema ‘lhe’ poder ser pronunciado como ‘re’ depois de consoante ou silaba “floresta/froresta”,”flamengo/framengo””armoço/almoço.
· A sociolinguística Laboviana é uma das sociolinguísticas que está interessado em uma dimensão das relações entre língua e sociedade, assim como sociolinguística interacional (observa a interação comunicativa como por exemplo como são distribuídos os turnos de fala [quem fala em que momento da interação, de qual forma acontece a troca de interlocutores])sociologia da linguagem(trabalha na direção de sociedades que são plurilíngues/multilíngues verificar em quais contextos sociais são usadas as diferentes línguas e qual significado social se apresenta.
· a sociolinguística Laboviana realiza seu estudo de relacionar regras variadas concretas do sistema linguístico com fatores sociais, a língua para sociolinguísticas Labovianos era um sistema marcado por uma heterogeneidade ordenada, e se concretiza através de regras ordenadas da língua (categoria, variáveis)
· a regra categórica não é melhor e nem pior que a variável, só possuem naturezas diferentes. A natureza da regra categórica é apresentar uma única regra/forma de aplicação, como por exemplo o pronome de primeira pessoa do singular na função de sujeito é eu.
· Pronome pessoal de primeira pessoa do plural pode ser nos e a gente, sendo uma regra variável, um lugar funcional que possui mais de uma possibilidade de aplicação.
· A heterogeneidade é ordenada porque acontece precisamente nas regras varáveis e também com um elenco muito fechado de possibilidades (ou é nos ou é a gente), sendo bem delimitado, é bem estabelecido onde a variação está acontecendo, sendo bem preciso e quais são as possibilidades. 
· A língua é um sistema de regras, e essas regras se apresentam com duas naturezas: categóricas (com uma única possibilidade de aplicação, do tipo o valor de pronome pessoal de primeira pessoa do singular é exercida só pela forma eu) e outras que são regras variáveis (o valor de pronome pessoal de primeira pessoa do plural na função de sujeito exercida pelas possibilidades nos e agente). São presentes em todos níveis linguísticos, cada subsistema da língua apresenta regras categóricas e variáveis que se combinam.
· No português brasileiro a marcação expressa de plural no sintagma nominal é uma regra variável, são duas as possibilidades: marcação expressa em todos os elementos do sintagma nominal (os irmãos menores), a marcação expressa não está presente em todos morfemas do sintagma nominal (os irmão menor). 
· Variantes são as possibilidades de relação de uma regra variável 
· No português europeu a marcação expressa de plural é uma regra categórica, tem uma única possibilidade de aplicação, que é a marcação expressa de plural em todos os elementos do sintagma nominal (os irmãos menores).
· Outro processo de natureza semelhante é a concordância entre verbo e sujeito, no português brasileiro tb é uma regra variável: primeiro a concordância expressa entre verbo e sujeito, ou seja, a forma verbal apresenta um morfema de pessoal como em os irmãos viviam de briga e nós fazemos artesanato. E outra variante sem concordância expressa entre verbo e sujeito, a forma verbal não apresenta concordância de pessoa como em os irmãos vivia de briga e nos faz artesanato.
· No português europeu se organiza de outra maneira, a concordância entre sujeito e verbo é uma regracategórica, só se aplica de uma única maneira: a presença de concordância expressa, ou seja, o emprego da forma verbal com morfema de pessoa: os dois irmãos viviam de briga e nós fazemos artesanato.
· A polarização sociolinguística do brasil, Lucchesi diz que existe uma polarização sociolinguística no brasil entre padrões de comportamento linguísticos da elite de um lado e padrões de comportamento linguísticos das classes desfavorecidas de outro, mostra que a concordância entre sujeito e verbo e a marcação de plural no sintagma nominal são os principais processos que marcam a polarização, como acontecem atualmente/ na situação atual, situações formais de comunicação, apresentam alto índice de concordância expressa entre verbo e sujeito do tipo ‘nós fazemos’, ‘nós queríamos’, ‘vocês vão’ e também alto índices especialmente nas situações formais de marcação expressa do plural em todos elementos do sintagma nominal, como ‘os irmãos menores’, ‘as meninas inteligentes’ e de outro lado, as normas populares vão apresentar os padrões linguísticos das classes desfavorecidas, vão apresentar atualmente alta frequência de marcação expressa de plural apenas no primeiro elemento ‘as menina inteligentes’, ‘os irmão menor’ mesmo em contexto formais e também altos índices de não concordância expressa entre sujeito e verbo do tipo ‘nos faz artesanato’, ‘eles vivia’, ‘vocês quer’, não por acaso na nossa sociedade estruturas do tipo ‘os pão quente’ são muito estigmatizadas e estruturas do tipo ‘nos vai’ também. 
· As normas cultas se originam do padrão de comportamento da elite colonial imperial, foi transmitido diretamente de falante nativo para falante nativo, uma transmissão linguística chamada regular. Hoje ainda acontece uma regra categórica ‘nós vamos’ e ‘os pães quentes’, de um lado concordância expressa entre sujeito e verbo com presença de morfema e de outro lado todos os morfemas de plural presentes no sintagma nominal plural. A norma da elite pode ser vinculada aos hábitos linguísticos da elite do tempo colonial que foi sempre primeira língua.
21/05
A sociolinguística Laboviana entende a língua como sistema que encerra heterogeneidade ordenada- 
A heterogeneidade se concretiza na forma de regras linguísticas- o sistema se coloca com conjunto de regras- regras são equivalências entre formas e função.
A língua é um sistema de regras de duas naturezas- categóricas (uma única forma de aplicação, para um determinado lugar do sistema só há uma forma linguística que desemprenha aquela função-pronome pessoal de primeira pessoa do sg na função do sujeito aparece com a forma ‘eu’ e só com esta forma) e variáveis (mais de uma possibilidade de aplicação- para um valor funcional especifico da língua, há mais de uma forma linguística que desemprenha aquela função)
As formas de aplicação de uma regra recebem o nome de variantes linguísticas. Uma regra variável do português brasileiro é um lugar funcional de pronome pessoal de primeira pessoa do plural e para este lugar funcional há duas possibilidades- a variante linguística nos e a gente.
Regras categóricas e variáveis estão presentes em todos níveis linguísticos- cada um dos sistemas da língua é uma rede de muitas regras categóricas e muitas regras variáveis funcionando de forma combinada ex: fonologia, sintaxe, morfologia. 
Para ser chamado de variantes é necessário que:
1. Elas devem ser intercambiáveis no mesmo contexto- no contexto que se usa muriçoca também se pode usar mosquito/carapanã- como por exemplo bela/vela não são intercambiáveis, mas assobiar/assoviar são intercambiáveis no mesmo contexto, apresentam o mesmo significado referencial/ representacional.
2. Elas devem manter o mesmo significado referencial/representacional- utilizar uma ou outra não irá alterar o significado- formas diferentes, mas o significado é o mesmo.
Pagotto (2006): “De maneira mais precisa, formas variantes são expressões diferentes de um mesmo lugar funcional no sistema linguístico.”
Exatamente porque é um mesmo lugar funcional relações intercambiáveis no mesmo contexto tem o mesmo significado referencial e representacional.
Variantes Conservadoras- é aquela que ingressou anteriormente na língua, a mais antiga no sistema.
Variantes Inovadora- começou a ser utilizada depois, por exemplo: (as variantes são os pronomes ‘nos’ e ‘a gente’ e a regra variável é o pronome de primeira pessoa do pl.) a variante conservadora que já está na língua a décadas é ‘nos’ e inovadora é ‘a gente’ que é utilizada muito mais a partir do sec. 20. As variantes conservadoras são mais utilizadas pelos idosos e inovadoras pelos mais jovens, porque a pessoa que tem mais ou menos 80 anos hoje é uma janela para hábitos linguísticos da década que ela tinha menos idade. 
44min
26/05
Texto-base 7- Seção 3. “A variação vista de fora da língua”
Variação vista de fora da língua, ou seja, as realidades fora do sistema linguístico vinculada a natureza das sit. comunicativas e as relações da sociedade que vão influenciar as variações linguísticas. 
Variação Diatópica (regional ou geográfica): 
· Está ligada a uma distribuição parcial. 
· radical grego ‘topos’ que significa lugar, variação que está relacionada com diferentes espaços.
· uma regra variável que no interior da língua é de natureza lexical como: um mesmo vegetal alimentício ser chamado de mandioca, aipim, macaxera, é dentro da língua uma variação do nível lexical, mas quando olha para fora da língua o uso das diferentes variáveis é ligado a uma distribuição regional.
Variação Diastrática:
· distribuição em classes da sociedade.
· Cuja distribuição das variantes tem relação com a divisão em classes da sociedade.
· A polarização sociolinguística do brasil atual descrita por Dante Luchessi e de natureza diastrática. De um lado as normas populares, e de outro as normas chamadas cultas.
· Exemplo concreto: 
A marcação de plural no sintagma nominal é de natureza diastrática no português brasileiro com a variante que só tem marcação expressa no primeiro elemento sendo muito mais frequente entre as classes mais desfavorecidas ex: ‘as goiaba gostosa’.
13min.
02/06
· Norma é uma noção polissêmica (mais de um significado) dependendo da perspectiva que se assume diante do status da língua. 
· Um sentido do termo norma é ligado a orientação prescritiva (certo ou errado). É nesse sentido que vai ser construído contextos como ‘a norma não aceita ‘mim’ como sujeito de uma forma do infinitivo’.
· Norma tem a ver com o que é mais realizado em uma sociedade linguística.
· A norma de determinado grupo é um conj. de usos que realiza com mais frequência dentro de uma comunidade, alguns são exclusivos dessa comunidade e outros partilham com essa comunidade.
Norma culta:
· Uso de um padrão social especifico.
· Aparecem nas situações formais de fala.
· Conjunto de usos de grupos sociais mais letrados em situações formais de fala e na escrita.
· A concordância expressa entre suj. e verbo do tipo “nós vamos” está na norma culta. Os mais letrados fazem uso. 
· Marcação expressa de plural em todos os elementos do sintagma nominal “as vacinas eficazes”. Esta presente no conjunto de uso linguista mais frequente da camada que tem ligação direta com a sociedade mais letrada em situações formais de comunicação.
· Pronome reflexivo de 1° pessoa do singular ‘me’: uma forma do tipo ‘eu se joguei’, ‘eu se esqueci’ aparece muito mais entre os que tem baixa escolaridade, formas do tipo: ‘eu me lembrei’ são aquelas presentes na norma culta, no sentido de uso dos mais letrados em situações formais de fala ou escrita.
· Próclise: o pronome depois do verbo.
· Relativas cortadoras: orações relativas ligadas a constituintes preposionados em que essa preposição não vai aparecer, ex.: ‘a imagem HD ninguém resiste’ resistir é um verbo que utiliza proposição ‘a’ (eu não resisto A filhotes, quem resiste ou não resiste é a alguma coisa) essa preposição não está presente na relativa cortadora. (forma correta seria: ‘a imagem HD a que ninguém resiste’).
· Construção existencial com verbo ter: em uma situaçãoformal é esperado que o verbo ter no sentido de existir seja mais falado. 
São empregos/processos linguísticos frequentes quando os mais letrados estão em situações formais de comunicação.
A estrutura ‘magérrimo’ não faz parte da norma culta, pois não está presente nas situações formais de comunicação dos mais letrados, isso não quer dizer que o mais letrado não faz uso deste tipo, é porque essa estrutura não vai estar presente nas situações mais formais de fala e escrita. Quando não se está em situações formais, o mais letrado faz uso deste tipo.
No sentido de que não vai estar nas situações formais de comunicação e na escrita.
a norma padrão é um referencial que está estabelecido VS. a norma culta é como os mais letrados efetivamente estão se comportando linguisticamente. 
Norma padrão:
· Resultado de um processo histórico de estabilização.
Conceitos achados na internet:
“Norma culta seria a língua encontrada no dia-a-dia entre os usuários que possuem um bom nível de escolaridade e que falam e escrevem de acordo com a norma de maior prestígio socialmente. Isso não significa que ela respeite as prescrições encontradas na GT. Ao contrário desta, a norma culta está mais aberta para as mudanças ocorridas na língua. Desta forma, a norma culta pode ser vista como o modo de falar e de escrever das pessoas que possuem educação até o ensino superior completo.” ( http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/LinguaPortuguesa/DISSERTAcao.pdf)
Faraco (2008) define a expressão norma culta como o conjunto de fenômenos linguísticos que ocorrem habitualmente no uso dos falantes letrados em situações mais monitoradas de fala e escrita. Diferentemente da norma padrão, que é um construto sócio-histórico que é tomada como referência para estimular um processo de uniformização e uma codificação relativamente abstrata, a norma culta “é a expressão viva de certos segmentos sociais em determinadas situações” 
“Se a norma culta é a variedade que os letrados usam correntemente em suas práticas mais monitoradas de fala e escrita, a norma padrão não é propriamente uma variedade da língua, mas um construto histórico que serve de referência para estimular um processo de uniformização. Enquanto a primeira é a expressão viva de certos segmentos sociais em determinadas situações, a segunda, a norma padrão, é uma codificação abstrata, algo extraído do uso real para servir de referência” (https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/download/977/518/)

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