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PRÁTICA DE ENSINO EM GESTÃO EDUCACIONAL

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Prévia do material em texto

Prática de Ensino em 
Gestão Educacional
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Julia de Cassia Pereira do Nascimento
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da Educação 
Pública
• Introdução
• Importância da prática de ensino na realização do estágio
• A práxis pedagógica
• Situações vivenciadas nos Estágios
• Financiamento da educação pública
 · Organizar informações e produzir saberes, a partir da observação 
em campo de estágio, que possibilitem a crítica e as discussões na 
disciplina Prática de Ensino na Gestão Educacional, com propostas 
de ações alternativas aos fatos observados.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Olá!
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre Prática de Ensino na Gestão 
Educacional.
Saiba que esta disciplina tem como propósito auxiliá-lo(a) a organizar informações 
e produzir saberes, a partir da observação em campo de estágio, que possibilitem a 
crítica e as discussões na disciplina Prática de Ensino na Gestão Educacional, com 
propostas de ações alternativas aos fatos observados. A ideia é, ainda, oferecer 
contato com as discussões mais recentes dessa área, além de proporcionar momentos 
de leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas que serão aqui discutidos, 
contribuindo com a sua formação continuada e trajetória profissional.
Esta disciplina está organizada em quatro unidades, cujo eixo principal será a Prática 
de Ensino na Gestão Educacional, com discussões sobre a Prática de Ensino e o 
Estágio Curricular Supervisionado voltadas para a formação do Gestor Educacional, 
privilegiando as práticas necessárias para o trabalho desse profissional e de sua 
equipe nas escolas. Isto é o que você encontrará nesta e nas próximas unidades.
Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo. Por isso, aproveite ao 
máximo esta vivência digital!
ORIENTAÇÕES
O papel do Gestor Educacional e o 
Financiamento da Educação Pública
UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
Contextualização
• Será que existe uma receita para desenvolver uma educação de qualidade?
• Como ser um bom gestor? 
• O que precisamos saber para podermos fazer frente a essa função?
• A Educação precisa de investimentos, mas de onde eles vêm?
Ficou curioso(a)? 
Então mãos à obra, vamos ler, estudar e nos informar sobre a Prática na Gestão 
Educacional e os financiamentos da Educação Pública.
Bons estudos!
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Introdução
Os alunos do curso de Pedagogia trazem em sua formação uma habilitação 
diferente dos demais cursos de licenciatura. Além de atuarem como professores da 
educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, esses alunos poderão 
atuar também como gestores educacionais.
A questão da gestão educacional é um assunto fundamental para que possamos 
oferecer à sociedade escolas que atendam às demandas cada vez mais exigentes 
em termos de conhecimento. Para tal, as estratégias do gestor precisam estar 
atreladas à revolução tecnológica que presenciamos, acompanhando o ritmo das 
inovações e sempre renovando as práticas pedagógicas. É através da gestão que 
podemos observar a escola e seus problemas educacionais, buscando solucionar 
problemas por meio de decisões tomadas em conjunto com o corpo de funcionários 
e professores, e não apenas pelo gestor ou coordenador. A escola deve funcionar 
como uma rede, com relações interligadas.
Aprender a ser um bom gestor, assim como na formação do professor, pede 
a construção de conhecimentos específicos e diferenciados, com o diálogo entre 
teoria e prática, ou seja, entre o que se aprende na universidade e o que se vivencia 
no momento dos estágios. 
É preciso, então, que o aluno e futuro professor vivencie o momento do estágio 
curricular com atenção e comprometimento, para que possa, na convivência 
na escola onde está realizando o estágio, observar os valores, a organização, o 
funcionamento da instituição, além de também as ações e os trabalhos desenvolvidos 
pelos professores, gestores, alunos e pela comunidade.
Esse conhecimento construído a partir da observação deverá necessariamente 
servir de base para as reflexões a partir dos referenciais teóricos e das discussões 
propiciadas na disciplina de Prática de Ensino.
A Prática de Ensino e o estágio propiciam aos alunos, mesmo àqueles que já 
exercem atividades educacionais, a construção de novos saberes e a formação da 
identidade profissional. Por esse motivo, podemos afirmar que ambos são muito 
importantes na motivação à reflexão do futuro gestor, na construção de sua prática 
pedagógica e administrativa.
7
UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
Importância da prática de Ensino na 
realização do Estágio
É fundamental que o aluno, futuro professor, possa observar as práticas da 
equipe gestora nas escolas, para que possa fazer suas colocações e discutir essas 
práticas na disciplina Prática de Ensino. 
O estágio é um momento fundamental na formação profissional. Por esse 
motivo, consideramos que o futuro professor pode encontrar nesse momento 
subsídios que o sustentem na prática docente, no desenvolvimento de um trabalho 
polivalente, tendo em vista sua atuação nos anos iniciais do ensino fundamental, 
nos diferentes campos do conhecimento. 
Entendemos também que a formação do gestor não pode se basear somente 
nas teorias estudadas no curso de formação ou nas experiências vivenciadas 
durante a curta experiência do estágio; no entanto, é na vivência dentro da 
escola, durante a realização do estágio, que o aluno terá contato direto com a 
realidade do trabalho educacional, em suas diferentes instâncias, podendo refletir 
melhor sobre as competências e habilidades que precisa desenvolver para assumir 
a profissão de educador. 
A formação de um professor é um processo permanente e, como tal, requer 
um esforço contínuo de superação, na medida em que devemos nos questionar 
constantemente a respeito de nossas práticas e de nossos modos de compreender 
a docência. Dessa forma, podemos avaliar a importância do estágio para o 
desenvolvimento profissional, assim como para a interação ocorrida nesta 
disciplina – onde ocorrem discussões, troca de saberes e um processo contínuo 
e necessário de reflexão crítica acerca das práticas e reconstruções pessoais. Sob 
essa perspectiva, o estágio e a Prática de Ensino surgem como oportunidades, 
entre tantas que surgirão, para o desenvolvimento e crescimento do professor. 
Por esse motivo, reiteramos que esta disciplina é tão importante para o aluno e 
futuro professor, já que é o momento, em sua formação, no qual poderá confrontar 
a teoria aprendida na universidade com a prática vivenciada nos estágios.
Essa constante observação da ação do profissional da educação no ambiente 
escolar, a reflexão sobre essa ação em relação às teorias estudadas, a construção 
de novas ações e novas reflexões compõem um ciclo de ação-reflexão-ação que os 
teóricos chamam de práxis pedagógica.
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A Práxis Pedagógica
Pinto e Fontana (2002) consideram que o Estágio e a Prática de Ensino 
convergem para os saberes, as histórias de vida e experiências tanto individuais 
quanto coletivas. Ressaltam também que, por meio das atividades e discussões 
propiciadas na disciplina de Prática de Ensino, o trabalho realizado na escola 
e a produção de conhecimento permitem mostrar que as ideias e os ideais de 
professores da escola de educação básica, da universidade e dos alunos estagiários 
se encontram e, em alguns momentos, confrontam-se em suas reflexões e ações.
Vamos então refletir um pouco sobre o conceito de práxis.
A prática está inserida na execução de qualquer tarefa e com a profissão 
de professor não é diferente, pois o mesmo se utiliza de prática e métodos nodesenvolvimento de suas aulas, no processo de ensino. O trabalho do professor 
é, portanto, ao mesmo tempo ação e prática, que se mostra como uma atividade 
sistemática que se constrói a partir da cultura da escola. Seu objetivo é permitir 
a construção do conhecimento, nas aulas, em projetos ou atividades que são 
desenvolvidas tanto pelo professor quanto pela escola.
Com relação à ação, está mais ligada à subjetividade do professor, às suas próprias 
iniciativas, sendo essencial para o processo reflexivo sobre a prática. Vemos então 
que é preciso que o professor reflita para construir a prática necessária para o 
ensino na sala de aula, a fim de que a mesma leve à aprendizagem. Colocando em 
ação essa prática, o professor poderá analisar por meio da reflexão se ela atende 
aos seus objetivos.
Portanto, por meio de um processo contínuo de reflexão-ação-reflexão, surge o 
que chamamos de práxis docente. A práxis permite que o professor se torne sujeito 
do processo, uma vez que não mais se prende apenas aos conteúdos abordados 
pelo currículo, mas sim se transforma em agente de mudanças utilizando seu 
senso crítico e sua reflexão para atender às necessidades que os alunos mostram 
durante a ação. Com isso, o professor pode, por meio da reflexão sobre a própria 
prática, pesquisar seu trabalho e ressignificá-lo para que haja mais qualidade em 
seu desenvolvimento e em sua aplicação. 
Quanto a práxis, no que diz respeito à gestão educacional, apresenta-se como 
instrumento de ressignificação das ações educacionais. 
É na discussão e construção coletiva dos planejamentos e projetos educacionais, 
com a participação de toda a comunidade – direção, coordenação, funcionários, 
alunos, pais, comunidade externa –, que se vivencia a práxis no sentido de refletir 
sobre as ações implementadas, revê-las e construir novas ações.
Percebemos que cada vez mais aumenta a obrigação de construção de uma escola 
que atenda às necessidades dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, 
assim como as exigências da sociedade moderna, a sociedade do conhecimento. 
9
UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
Espera-se que os alunos busquem informações, selecionem essas informações, 
pesquisem de forma crítica, reflitam sobre essas informações, assimilem seus 
interesses, construam novos conhecimentos, enfim, que aprendam. 
É necessário que o processo educacional leve em conta o fato do ser humano 
não ser fragmentado, constituindo-se num todo que envolve sentimento, razão, 
habilidades, atitudes, valores e conhecimento. 
A escola é um local de informação, estímulo e circulação de saberes, que podem 
mobilizar-se, transformar-se e produzir novos conhecimentos. É esse contexto que 
dá diretrizes para a construção da escola moderna e complexa, sendo papel do 
gestor escolar trabalhar para que essa construção se concretize.
Pensando no trabalho do gestor escolar e na construção de uma escola moderna, 
vemos que a administração escolar se insere como prática social situada na fronteira 
do amanhã e comprometida com o novo, apresentando grande relevância social.
Nesse conjunto, novas demandas surgem para o Gestor Escolar, que tem 
importante papel na construção de uma escola moderna, autônoma, democrática, 
que atenda às novas exigências e complexidades que se apresentam à educação.
Embora a construção de uma escola moderna seja papel de todos, é importante 
que o gestor assuma sua posição de liderança dentro da escola. 
Reinventar a educação, assumir a liderança compartilhando decisões, são os 
primeiros passos para a construção de uma nova escola, coordenada e orientada 
por uma gestão participativa e democrática, focada na participação de todos nas 
discussões, opiniões, sugestões e decisões que envolvem o processo educacional. 
Portanto, o que se espera dos alunos, futuros gestores, é que aprendam a vivenciar 
e lutar por uma escola mais democrática, buscando novos formas de administrar um 
espaço que seja efetivamente de construção de conhecimento e cidadania.
Situações vivenciadas nos Estágios
Ao se dirigirem às escolas para as observações do trabalho realizado pela gestão 
escolar, é importante que os alunos percebam que esse trabalho deve ser realizado 
por uma equipe, a qual denominamos equipe gestora. 
A essa equipe cabe a organização e gestão da escola, que se constituem de 
um conjunto de normas e estruturas cujos objetivos são criar condições de bom 
funcionamento à instituição, envolvendo as pessoas com o trabalho e, acima de 
tudo, garantindo a aprendizagem dos alunos.
As escolas devem desenvolver todas as potencialidades físicas, cognitivas e 
afetivas dos alunos, para que os mesmos se tornem cidadãos participativos, 
aprendendo com qualidade. Os resultados escolares dos alunos dependem também 
do funcionamento da escola que, entre outras, é atribuição dessa equipe gestora.
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Para esse bom funcionamento, deve-se pensar:
• No preparo dos professores; 
• Na elaboração de um Projeto Político Pedagógico (PPP) com plano de trabalho 
definido;
• Na construção de um bom clima de trabalho, com todos empenhados pelos 
resultados; 
• Na motivação para os alunos aprenderem; 
• Na articulação do trabalho da direção com a coordenação pedagógica;
• Nos recursos didáticos disponíveis;
• Na organização de conteúdos na estrutura curricular; 
• Na possibilidade de discussão de mudanças junto à equipe, propondo inovações 
baseadas nas experiências e nos conhecimentos.
O trabalho do gestor e de sua equipe é importante, especialmente se observarmos 
a escola dentro de um contexto maior. Basicamente, a organização do sistema de 
ensino se dá em três instâncias: os sistemas de ensino (municipal, estadual ou 
federal), as escolas e as salas de aula.
Como os objetivos principais da escola devem ser a aprendizagem escolar e a 
formação para a cidadania, percebemos que o alcance desses objetivos está ligado 
à cultura organizacional, ou seja, ao conjunto de fatores capazes de influenciar 
o modo de agir tanto das pessoas como da organização. Essa cultura forma-se 
a partir das concepções de educação que cada membro da comunidade tem e 
defende. Daí a importância do diálogo e da troca de informações entre os membros 
da equipe gestora, para que a escola realmente seja um espaço de formação e 
cidadania (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012).
Segundo esses autores, os elementos básicos da estrutura organizacional de 
uma escola são:
a) Conselho de escola;
b) Direção;
c) Setor técnico-administrativo;
d) Setor Pedagógico;
e) Instituições Auxiliares;
f) Corpo docente e alunos.
Para que o trabalho da gestão dê os frutos esperados, sua organização 
deve se pautar em algumas funções constitutivas: planejamento; organização; 
direção; e avaliação.
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UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
A Gestão escolar deve, portanto, segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), 
pautar-se em duas ações específicas:
a) Ações técnico-administrativas – ligadas à legislação escolar, à secretaria, 
aos materiais didáticos.
b) Ações pedagógico-curriculares – relacionadas à gestão do Projeto 
Pedagógico, ao desenvolvimento profissional e à avaliação.
É necessário perceber que o trabalho da gestão na escola envolve o conhecimento 
de políticas educacionais, planos da educação, financiamentos, relações humanas, 
trabalho em equipe, além do desenvolvimento pedagógico. 
O gestor tem papel importante na escola, pois precisa enxergar a escola em 
suas partes e no seu todo. Além de dirigir a escola, deve liderar a equipe escolar, 
conciliando o trabalho administrativo com o pedagógico. Como um maestro, o 
líder da equipe concilia o trabalho pedagógico com o administrativo, visando à 
qualidade do ensino e à aprendizagem dos alunos.
Vamos falar um pouco sobre as funçõesdo gestor
O trabalho do gestor envolve cumprimento de prazos, alcance de metas e 
solução de processos, além de cuidar das normas do sistema educacional e seguir 
portarias e instruções. O gestor também tem como função a organização do 
trabalho burocrático e administrativo da escola.
É sua função, ainda, estabelecer boas relações com os membros de sua equipe, 
disciplinando normas, propiciando integração entre todos. Além disso, deve criar 
oportunidades de capacitação aos docentes e demais funcionários
Cabe ao gestor viabilizar ações e atividades que tornem possível a aplicação 
do projeto político pedagógico, a supervisão e orientação pedagógica. Por fim, 
o gestor escolar deve preocupar-se com a gestão democrática e o planejamento, 
contando sempre com a participação da comunidade 
Podemos concluir que o gestor escolar deve ter visão pedagógica em todas 
as suas ações: no planejamento, na organização das atividades burocráticas, 
nas ações propriamente pedagógicas, nas relações que estabelece com todos da 
comunidade escolar.
A finalidade de todo seu trabalho deve ser garantir que a relação entre ensino e 
aprendizagem se concretize dentro da escola.
Por outro lado, cabe à escola colocar ao alcance de todos o patrimônio cultural 
da humanidade, sendo uma escola democrática inclusiva que se proponha a 
formar cidadãos lúcidos, críticos, honestos, competentes, cônscios de seus 
direitos e deveres.
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Por isso, entendemos que o estudo das práticas de organização e de gestão da 
escola é indispensável para a construção de uma escola democrática e participativa, 
que prepare os alunos para a cidadania plena. Colabora para isso também as formas 
de gestão e de tomada de decisões, as competências e procedimentos necessários 
à participação eficaz na vida da escola, incluindo a elaboração e discussão pública 
do projeto pedagógico.
Tendo isso em vista, é preciso vivenciar e entender o estágio como uma 
oportunidade de agir e refletir, na constituição da práxis, que certamente 
oferecerá ao futuro professor uma formação mais completa e contextualizada, 
possibilitando o desenvolvimento de competências pedagógicas e de sua inserção 
no mundo do trabalho. 
Por esse motivo, é importante que o futuro professor, ao realizar o estágio 
na Gestão Educacional, direcione seu olhar para a prática do gestor e de sua 
equipe, para que possa adquirir a prática profissional e a competência pedagógica 
necessárias à formação de sua postura e identidade como futuro gestor.
É preciso também que o aluno observe alguns focos importantes desse trabalho. 
Esses focos baseiam-se nas expectativas de formação e das ações atribuidas ao 
gestor e à sua equipe, e que devem nortear o trabalho desses profissionais.
São eles:
 · Financiamento da Educação Pública;
 · Direção escolar: áreas de atuação;
 · Diretor e Gestão Democrática;
 · Coordenador pedagógico;
 · Supervisor de ensino: áreas de atuação;
 · Supervisor de ensino: implementação curricular.
 · O relacionamento dos professores com os diferentes níveis da gestão;
 · Formação continuada de professores (em serviço);
 · Projeto Pedagógico.
Vamos conhecer agora um pouco sobre o financiamento da educação pública.
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UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
Financiamento da Educação Pública
Para que a Gestão Escolar, com objetivos voltados para a educação, possa 
se desenvolver atendendo às determinações de nosso sistema educacional, é 
preciso seguir diretrizes que determinem a forma de trabalho dessa instituição, em 
atendimento à educação como um todo e a quem dela faz parte: alunos, professores, 
pais, funcionários em geral.
Para tanto, existem as Políticas Públicas Educacionais, que são ações 
governamentais, nas diferentes esferas – federal, estadual ou municipal –, na 
forma de instrumentos legais – como leis, projetos, resoluções ou diretrizes –, 
com foco na melhoria da educação e no aprimoramento do funcionamento do 
sistema educacional. 
São essas políticas governamentais, de abrangência nacional, que sustentam o 
desenvolvimento, a manutenção e a melhoria da qualidade da educação no Brasil. 
Dentre as políticas públicas educacionais, temos aquelas voltadas para o 
financiamento da educação pública.
A gestão de uma escola envolve recursos físicos, materiais, financeiros e humanos. 
Depende do gestor não somente o valor ou a existência de tais recursos na escola, 
mas também o uso que se faz deles no processo educacional como um todo.
Para que uma escola se mantenha em funcionamento, são necessários recursos 
financeiros. O financiamento da educação pública no Brasil  não é proveniente 
somente de recursos públicos, pois as empresas privadas e os cidadãos também 
colaboram quando recolhem impostos e contribuições, dos quais uma parcela é 
destinada a investimentos na educação.
A implementação da Política Nacional da Educação é responsabilidade do 
Ministério da Educação (MEC), devendo articular ações para que se cumpra o que 
é proposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).
Acesse a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, para saber mais sobre 
as determinações legais do assunto.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.
Ex
pl
or
É interessante que, ao cumprir o estágio supervisionado na Gestão Educacional, 
o aluno observe quais são os recursos existentes na escola provenientes de verbas 
públicas, como, por exemplo, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica (Fundeb), transporte escolar, merenda escolar, Programa Dinheiro 
Direto na Escola, entre outros.
Desde o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), todas as 
transferências voluntárias e assistência técnica do MEC aos municípios, estados e 
Distrito Federal estão vinculadas à elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR). 
14
15
Podemos entender melhor os planos governamentais e como esses recursos são repassados 
acessando os dois links abaixo:
Plano Nacional da Educação (PNE), que prevê ações até 2011 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que prevê ações até 2022 
Leitura disponível em: http://pde.mec.gov.br/
Ex
pl
or
Porém, uma das principais fontes de recursos financeiros para a manutenção da 
Educação Básica é o Fundo de Manutenção e desenvolvimento da Educação Básica 
e de valorização dos profissionais da educação (Fundeb).
O Fundeb é um fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional 
n. 53, de 19 de dezembro de 2006, e regulamentado pela Medida Provisória n. 
339, de 28 de dezembro do mesmo ano, convertida na Lei n. 11.494, de 20 de 
junho de 2007, e pelos decretos n. 6.253 e 6.278, de 13 e 29 de novembro de 
2007, respectivamente. 
Saiba como funciona o repasse das verbas do Fundo de Manutenção e desenvolvimento 
da Educação Básica e de valorização dos profissionais da educação às escolas, na leitura 
disponível em: http://goo.gl/bJdDtm
Ex
pl
or
Como futuro gestor educacional, é importante que o aluno, ao estagiar nas 
escolas, perceba a importância das políticas públicas e dos planos educacionais, 
numa elaboração conjunta da sociedade com o poder público – seja nacional, 
estadual ou municipal –, visando fixar objetivos, diretrizes e metas para todos os 
níveis e modalidades de ensino. 
É importante refletir sobre os planos educacionais voltados para o 
financiamento da educação em nosso país, mas é preciso que todos os envolvidos 
no processo educacional participem das ações governamentais, colocando-as 
em prática, pois, no papel, não nos dão a dimensão de sua importância ou dos 
resultados atingidos.
15
UNIDADE O papel do Gestor Educacional e o Financiamento da 
Educação Pública
Consideraçõesfinais
Nesta unidade, foram propiciadas importantes reflexões a respeito da formação 
e do trabalho do Gestor Educacional.
Mostramos a importância da Prática de Ensino e das discussões propiciadas 
nessa disciplina para a formação do gestor, destacando sua contribuição para 
que as observações da prática pedagógica do gestor acompanhadas nos estágios 
possam reforçar essa formação.
Conhecemos o conceito de práxis pedagógica, ressaltando a reflexão do gestor 
sobre sua ação, resultando em novas ações revistas e enriquecidas. 
Pudemos refletir também sobre a importância do trabalho conjunto e colaborativo 
do gestor com sua equipe, para o bom funcionamento da escola como um todo e 
no alcance dos objetivos educacionais.
Por fim, destacamos ainda a questão do financiamento da educação básica, 
importante fonte de manutenção de nossas escolas.
Ser um Gestor Educacional pede comprometimento com sua escola, seus alunos, 
professores, funcionários, a comunidade e consigo mesmo, em ações constantes 
de pesquisa e aprendizagem, na constituição da própria prática e no crescimento 
da escola e de todos os envolvidos no processo educacional.
16
17
Material Complementar:
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Lei n. 11.494 de 20 de junho de 2007 (Lei do Fundeb)
BRASIL. Lei n. 11.494 de 20 de junho de 2007 (Lei do Fundeb). Ministério da 
Educação. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB e dá outras 
providências. Brasília, DF: MEC, 2007. 
Disponível em: http://goo.gl/CFR4Zb. Acesso: jan. 2016.
Lei n. 10.172 de 9 janeiro de 2001
______. Lei n. 10.172 de 9 janeiro de 2001. Institui o Plano Nacional de 
Educação e dá outras providências. Brasília, DF: MEC, 2001. 
Disponível em: https://goo.gl/rGd2kq. Acesso: jan. 2016.
Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE
______. Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE. 
Disponível em: http://pde.mec.gov.br/. Acesso: jan. 2016.
 Leitura
Revista Nova Escola
GIL, Juca. Os planos educacionais brasileiros. Revista Nova Escola, n. 5, dez/jan. 2010. 
Disponível em: http://goo.gl/j2MYSL. Acesso: jan. 2016.
Revista Tessituras.
VALLE, Bertha de Borja Reis do. O PNE e o PDE como desafios políticos para os 
educadores. Revista Tessituras. v. 0, n. 0, nov. 2009. 
Disponível em: http://goo.gl/APWpk0. Acesso: jan. 2016.
17
UNIDADE 
Referências
BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: dez. 2015.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação 
Escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2012. 
PINTO, Ana Lúcia Guedes; FONTANA, Roseli Aparecida Cação. Trabalho Escolar e 
Produção de Conhecimentos. In: MACIEL, Lizete Shizue Bomura; SHIGUNOV, Neto; 
SHIGUNOV, Alexandre (Org.). Desatando os nós da formação docente. Porto 
Alegre: Mediação, 2002. p. 5-22.
18

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