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Maturação Óssea e Crescimento Facial

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DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
 
Maturação Óssea e Crescimento Facial 
 Introdução: 
➢ Redirecionamento (redirecionar o crescimento); exacerbação de crescimento; 
restrição de crescimento 
➢ Época de tratar; planejamento e tratamento 
A maloclusão Classe II esquelética é preferencialmente abordada na época de surto 
do crescimento puberal, pois otimiza o tratamento. 
Já a maloclusão Classe III é uma desarmonia esquelética com pior prognóstico, por 
isso é tratado o mais precocemente possível e não na fase puberal. 
Ambas estão tratando de condição esquelética, mas muda o prognóstico. 
Portanto, é importante que o surto de crescimento puberal seja identificado. 
 
❖ Surto de Crescimento Puberal (SCP): 
➔ Maior quantidade de crescimento em um curto intervalo de tempo 
➔ Traduz a época em que a criança atinge o seu maior desenvolvimento 
e maturação das dimensões craniofaciais 
➔ O período puberal ofereceu a melhor oportunidade para se alcançar os 
objetivos do tratamento ortodôntico no menor período de tempo 
 Indicadores Biológicos: 
➔ Idade cronológica; caracteres sexuais secundários, idade dentaria, 
idade esquelética – efeitos de tratamento sobre o crescimento craniofacial 
 
1. Idade Cronológica: 
Entre 10 e 12 anos, diferente entre meninas e meninos. As meninas atingem 
antes dos meninos e seu pico de crescimento também é antes. Nos meninos 
tem maior duração de tempo. 
➔ Meninas: 
 Inicio do SCP: 10 anos 
 Pico do SCP: 12 anos 
 Término do SCP: 14 -15 anos 
➔ Meninos: 
 Inicio do SCP: 12 anos 
 Pico do SCP: 14 anos 
 Término do SCP: 17 anos 
 
2. Caracteres sexuais secundários: 
Eventos Circumpuberais – alguns parâmetros mais fáceis de serem identificados 
➔ Meninas: 
 Inicio do SCP: pubarca (aparecimento de pelos pubianos) 
 Pico do SCP: telarca (desenvolvimento das mamas) 
 Após o pico do SCP: menarca (primeira menstruação – facilmente 
identificável) 
➔ Meninos: 
 Inicio do SCP: pubarca e aumento dos níveis de gordura 
 Pico do SCP: aparecimento de pelos nas axilas e na face 
 Após o pico do SCP: mudança de voz 
 
3. Idade dentaria: 
➔ Estágio de mineralização 
➔ Nível de formação coronária / radicular 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
 
➔ Presença dos dentes na cavidade bucal 
➔ Fases do desenvolvimento da oclusão 
➔ Timing (rompimento dos 2°molares decíduos) para movimentações especificas 
(propício para movimentos ortodônticos) 
➔ Primeiros pré – molares - presença dos primeiros pré – molares na cavidade oral 
indica início do SCP (se os 1°s PM não irromperem na cavidade oral, dificilmente 
está no pico do SCP) 
➔ Caninos e pré – molares inferiores – quando ainda não completam o fechamento 
do ápice, dificilmente o pico do SCP foi atingido 
Problemas de apinhamento leve na dentição mista, pode ser facilmente tratado no 
momento de transição entre a dentição mista e a permanente. 
 
4. Idade esquelética: 
“Padrão Ouro” 
➔ O padrão de crescimento facial segue de modo semelhante o padrão de 
crescimento das estruturas esqueléticas do corpo 
➔ Métodos: 
 Radiografia de ossos da mão e do punho 
 Radiografia das vértebras 
***Mas a avaliação desses exames é de diferentes métodos 
✓ Ossos da mão e do punho: 
➔ Antebraço: rádio(R), ulna (U) 
➔ Punho: trapézio (T), trapezoide (TE), capitato (GO), hamato (G), 
escafoide (E), semilunar (SL), piramidal (P), pisiforme (PS) 
➔ Mão: metacarpos (M), sesamoide (S), falanges proximais (FP), falanges 
médias (FM), falanges distais (FD) 
➔ Método de avaliação: 
 
o Antecedem o Pico do SCP: (período ideal de escolha para inicio de tratamento) 
• FP2 – Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise 
• FM3 – Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise 
• G (hamato) – Início da calcificação 
• PSI – Aparecimento do pisiforme 
• R – Epífise apresenta a mesma largura que a diáfise 
 
o Coincidem com o Pico do SCP: 
• S – Aparecimento do sesamoide 
• G (hamato) – Acentuação de calcificação do gancho do hamato 
• FM3 – Capeamento epifisário 
• FP1 – Capeamento epifisário 
• R – Capeamento epifisário 
 
o Sucedem ao Pico do SCP: 
• FD3 – Fusão epifisária 
• FP3 – Fusão epifisária 
• FM3 – Fusão epifisária 
• R – Fusão epifisária 
 
Diáfise e epífise do mesmo tamanho, depois vai ocorrendo o capeamento da epífise 
até que ocorre a fusão epifisária. 
 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
 
✓ Vértebras Cervicais: 
➔ Pela telerradiografia (C2, C3, C4), mais usual 
➔ Observar borda inferior e formatos – alteração de dois critérios, a 
mudança se dá de trapezoidal para retangular na vertical. A borda inferior no 
início é plana, depois passa a ter uma concavidade. 
 
o CVMS I – ainda é cedo para o tratamento 
• C2, C3 e C4 com bordas planas 
• Leve concavidade de C2 
• C3 e C4 trapezoidais 
***Estagio I: pico do SCP não ocorrerá em menos de um ano. 
 
o CVMS II 
• C2 e C3 com concavidades (o que muda da CVMS I) 
• C3 e C4 trapezoidais ou retangulares horizontais (eventual mudança pode 
ser trapezoidal ou ter mudado) 
***Estágio II: pico do SCP está ocorrendo 
 
o CVMS III 
• C2, C3 e C4 com concavidades 
• C3 e C4 retangulares horizontais 
***Estágio III: pico do SCP está ocorrendo (pouco depois do estágio II) 
 
o CVMS IV (ainda é possível o tratamento, mas com pior prognóstico) 
• C2, C3 e C4 com concavidades acentuadas 
• C3 e C4 quadrados (o que muda de fato é o formato de C3 e C4) 
***Estágio IV: pico do SCP ocorreu há, no máximo, 1 ano 
 
o CVMS V (não terá muito efeito ortopédico) 
• C2, C3 e C4 com concavidades acentuadas 
• C3 e C4 retangulares verticais 
***Estágio V: pico do SCP ocorreu há, no máximo, 2 anos (terminando) 
 
 
 
Classe III esquelética o tratamento deve ser o mais precoce possível. 
Classe II esquelética o tratamento deve ser preconizado durante o surto de 
crescimento, pois, apresenta melhor prognóstico e de mais rápida 
resolução. 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
 
 
❖ Efeitos de tratamentos sobre o crescimento craniofacial: 
 
➢ Arco extra bucal: protrusão maxilar 
Sempre distalização dos molares superiores 
Popular “freio de burro” – puxada baixa, ou alta, ou média 
Basicamente altera a puxada e o comprimento do arco interno e também altera o 
comprimento do arco externo e mudança do ângulo do braço externo 
Independente de qual, há alterações que serão feitas 
 Efeitos: 
➔ Restrição do deslocamento (deslocamento é o movimento físico do osso enquanto 
ele cresce; crescer é a deposição óssea) anterior e inferior da maxila 
➔ Distalização dos molares superiores 
➔ Efeitos verticais sobre molares superiores variáveis 
➔ Rotação da mandíbula em sentidos variáveis 
 
➢ Thurow modificado: classe II, mordida aberta anterior (MAA) 
Sempre um puxado alto e é preso em aparelho removível – força ortopédica de mais 
ou menos 400gF na maxila, para que gire a maxila em sentido horário e feche a 
mordida aberta. Ou usado em classe II com padrão vertical excessivo, tipo 
dolicofacial 
 Efeitos: 
➔ Restrições do deslocamento anterior e inferior da maxila 
➔ Distalização e “intrusão” dos molares superiores 
➔ Rotação mandibular no sentindo anti-horário (para ajudar a fechar a mandíbula) 
 
➢ Aparelhos funcionais: retrusão mandibular 
Bionator; FR2; Ativador; Twin-block 
Classe II – mordida profunda ou braquifacial, retrusão mandibular 
Maior efeito é dentário 
O tipo terapêutico é o avanço mandibular – reposiciona a mandíbula mais para 
frente e para baixo – crescimento compensatório do côndilo 
 Efeitos: 
➔ Restrição do deslocamento anterior da maxila (menor que AEB) 
➔ Crescimento mandibular: +1mm/ano 
➔ Rotação horária da mandíbula (inverso do Thurow modificado) 
➔ Inclinação lingual dos incisivos inferiores 
➔ Correção ortodôntica em 60% - 70%

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