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HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária HIPOA 2 CONTEÚDO 1. Abate de Bovinos 1.1. Inspeção ante-mortem. 1.2. Abate e linhas de inspeção. 1.3. Inspeção post-mortem 1.4. Tipificação das carcaças 2. Abate de Suínos e pequenos ruminantes 2.1. Inspeção ante-mortem. 2.2. Abate e linhas de inspeção. 2.3. Inspeção post-mortem 2.4. Tipificação das carcaças. 3. Abate de Aves 3.1. Inspeção ANTE-MORTEM. 3.2. Abate e linhas de inspeção. 3.3. Inspeção POST-MORTEM 3.4. Tipificação das carcaças. 4. Tecnologia da Carne 4.1. Composição e estrutura da carne. 4.2. Transformações bioquímicas POST-MORTEM. 4.3. Controle de Qualidade da Carne. 5. Processamento da Carne 5.1. Classificação dos derivados, função dos ingredientes e reação de cura. 5.2. Processamento e avaliação da qualidade de produtos salgados, curados, cozidos ou crús (Bacon, charque, JERKED BEEF, presunto) 5.3. Processamento e avaliação da qualidade de produtos embutidos curados frescos, fermentados, defumados (linguiça, salame, copa) 5.4. Processamento e avaliação da qualidade de produtos embutidos curados e emulsionados (salsicha, mortadela, apresuntado) 5.5. Processamento e avaliação da qualidade de produtos cárneos reestruturados (NUGGETS, almondegas, hamburger, bife reconstituído). 6. Obtenção higiênica e Inspeção do Pescado 6.1. Métodos de captura. 6.2. Avaliação da qualidade do pescado. 6.3. Processamento dos derivados de pescado 7. Inspeção Sanitária em Fábricas de Ração Animal 7.1. Legislação, controle e higiene. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária ABATE DE BOVINOS ETAPAS DE INSPEÇÃO ANTE-MORTEM As etapas gerais podem ser divididas em dois segmentos, a inspeção ante-mortem e post-mortem. Ambas do latim, os termos significam respectivamente “antes da morte” e “após a morte” em relação aos animais. Existe um cuidado na propriedade, no transporte e na produção. Os animais são avaliados ao chegarem vivos no estabelecimento responsável pelo abate (no momento do desembarque), e também na área de descanso (currais). Essa avaliação é chamada de inspeção ante-mortem. O acompanhamento básico da inspeção ante- mortem (e da post-mortem) é feito dentro da indústria. Quando o animal desembarca, são exigidos documentos chamados de guia de trânsito animal e boletim sanitário, que são emitidos por um veterinário. “É feito um acompanhamento porque, algumas vezes, durante o transporte, o animal é submetido a uma condição de estresse que faz com que ele manifeste alguma doença”, explica Cléia Batista, professora da Escola e especialista em ciência, tecnologia e inspeção de produtos de origem animal. Além da questão do estresse, o animal corre o risco de se ferir. “Durante o transporte, o animal pode sofrer alguma lesão, uma contusão, uma fratura e, com isso, ele vai ser obrigatoriamente destinado a um abate chamado de emergencial, porque o animal não pode sofrer”, esclarece a professora. Todos os animais que são detectados com alguma suspeita ou alguma condição de lesão são abatidos e inspecionados criteriosamente, para verificar se aquela carcaça obtida pode ou não ser destinada à produção. nos casos em que o animal sofre uma contusão, apresenta algum hematoma e será abatido, elimina-se a área da lesão e o resto será aproveitado, processo conhecido também como aproveitamento parcial. Quando a lesão não representa um risco para todo o contexto da produção de determinada carcaça, a carne pode ser aproveitada sem nenhum risco para o consumidor. A inspeção post-mortem, por outro lado, preocupa-se somente com a verificação do animal após o abate, conforme explica Cléia. “A inspeção post- mortem acontece em pontos específicos após o abate do animal, quando serão avaliados os órgãos, as vísceras e a própria carcaça na tentativa de buscar alguma evidência que possa indicar a presença de alguma doença, de algum problema”. Caso seja identificada alguma adversidade em pontos específicos, por exemplo, no fígado e no coração, essas carcaças são desviadas para um setor específico. O veterinário e a sua equipe vão avaliar se aquela é uma situação localizada ou generalizada, o que representa aquilo para aquele produto e, sobretudo, se representa algum risco para o consumidor. Em relação às doenças que podem ser transmitidas pela carne, a pesquisadora ressalta que existe uma diferenciação entre a carne como matéria prima e como alimento propriamente dito. “É preciso esclarecer que ao sair do frigorífico, trata-se de uma matéria prima, ela servirá para o processamento de alguma coisa. Só chamaremos de alimento, o produto que está pronto para o consumo. Quando consideramos essas duas situações (matéria prima e alimento), temos que considerar que existem características diferentes que favorecem ou não o desenvolvimento de micro-organismos. Existem uma infinidade de micro-organismos que podem causar doenças”. Cléia explica que é preciso considerar as diferentes etapas: a obtenção higiênica da carne como matéria prima, o processamento até ser considerado alimento e a conservação adequada desse alimento. “Se rompermos umas dessas etapas, podemos comprometer a qualidade do produto final”. PRÉ-ABATE – ANTE MORTEM Durante o manejo pré-abate, os animais podem ser expostos a desafios que perturbam sua homeostase incluindo: Manipulação e aumento do contato homem- animal; Transporte; Novos ambientes não familiares; Privação de alimento e água; Mudanças na estrutura social (isto é, através de separações e/ou agrupamentos de animais), Mudanças nas condições climáticas (Warriss, 1990; Ferguson e Warner, 2008). Tais atividades devem ser bem planejadas e conduzidas para minimizar o estresse, que pode causar HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária danos à carcaça e prejuízos na qualidade da carne. Os manejos no carregamento dos animais podem infringir danos ao bem-estar animal, sendo, o planejamento adequado da viagem fator-chave, devendo ser projetada em relação a: preparação dos animais para a viagem, escolha da via rodoviária ou ferrovia, a natureza e a duração da viagem, a estrutura e a manutenção do veículo, documentação exigida, subsídio de espaço, descanso, água e alimentação, observação dos animais e procedimentos de emergência. Para manter alto padrão de bem-estar durante o manuseio e gestão de abate, os funcionários que operam estas atividades devem ser supervisionados e capacitados previamente, pois a gestão durante o processo de pré-abate é considerada uma das principais causas da má eficiência no processo de abate. Na etapa de embarque dos animais, muitas das dificuldades resultam em maus tratos e excessos na utilização de instrumentos pontiagudos como picanas, guizos, ferrões e outros , e também choques, principalmente utilizado pelo caminhoneiro, sendo os instrumentos e métodos utilizados para condução dos animais, desde os potreiros para os currais e posteriormente para o embarque, causadores de estresse aos mesmos, gerando perdas na qualidade da carne . TRANSPORTE O transporte dos bovinos, desde a propriedade até o frigorífico, é uma etapa do pré-abate importante, pois muitos fatores como tipo de veículo, densidade, distância, tempo percorrido, condições das estradas, motorista, temperatura, além da associação de dois ou mais destes fatores, são determinantes e causadores de estresse nos animais e contusões nas carcaças. O transporte rodoviário é o meio mais comum de condução de animais de corte para o abate. O transporte deve ser consideradoa etapa de maior estresse na vida dos animais, e pode influenciar diretamente na qualidade da carne, sejam por contusão, edemas, quedas de pH, alterações na maciez e na coloração, devido a série de estressores, a qual os animais são expostos como a carga do caminhão, confinamento e movimento ao longo da rodovia e a chegada a uma nova instalação Condições de higiene; Densidade de animais; DOCUMENTAÇÃO Guia de Trânsito Animal – GTA o Rastreabilidade; o Procedência; ▪ Epidemiologia; DESEMBARQUE Avaliar comportamento dos animais; Detecção de animais em emergência para que sejam encaminhados para o abate imediato afim de evitar sofrimento. ESTRUTURA FÍSICA Banheiro de aspersão (coletivo); Chuveiros superiores e laterais com água sob pressão (3 atm.) e hiperclorada (até 15 ppm); Rampa de matança; Seringas: paredes altas, estreitas e curvas (os animais acham que irão voltar para o mesmo local). Para acesso ao box de insensibilização. Pode ter chuveiro CURRAL DE CHEGADA E SELEÇÃO Avaliar patologias de caráter individual ou infecciosa; Ex: fraturas, abcessos, ectoparasitas (podem indicar hemoparasitose), etc. o Separação do animal ou lote. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária CURRAL DE OBSERVAÇÃO Para onde são encaminhados os animais com alguma suspeita clínica; O local deve ser devidamente identificado para evitar que os animais que estejam nele sejam encaminhados para o abate. CURRAL DE PRÉ-ABATE OU OBSERVAÇÃO Onde é feito o banho de aspersão (Sppm Cloro. o O banho, além da limpeza dos animais, garante o conforto térmico, o que auxilia no bem-estar animal e consequentemente na qualidade do produto (carne). Os animais permanecem em jejum sólido por no mínimo 18 horas, o jejum evita a contaminação da carne por conteúdo fecal e ruminal durante a evisceração. É feita a dieta hídrica, ou seja, os animais não são privados de água, o que ajuda na digestão e garante a hidratação dos animais. O consumo de água no pré-abate tem benefícios como: o Aumentar a eficiência durante a sangria; aumento da qualidade da carne; o Facilita no processo de esfola (retirada da pele/couro); a desidratação causa aderência da pele ao musculo subcutâneo. ▪ Após a carne o couro bovino é o produto mais rentável. Descanso antes do abate garante as reservas de glicogênio nos músculos. o Reposição de glicogênio muscular: dieta hídrica. O que antes era proibido agora se tornou uma recomendação pela legislação, que é o não abatimento de fêmeas no terço final da gestação e nos 10 dias posteriores ao parto. O soro fetal tem grande importância na indústria farmacêutica para a produção de meios de cultura. Planta Industrial: área industrial. O QUE VERIFICAR? Animais sem documentos: Não desembarcam! Desembarque: Curral de desembarque - aguardar avaliação do SIF. Densidade de carga do caminhão: máx. 550Kg/m2 (18 bov). Veículos lacrados:(abate sanitário); Exame ante-mortem: logo após desembarque Avaliação documental; Comportamento; Observar o lote e a movimentação dos animais; Separar animais que apresentem desordem sanitárias perceptíveis ao exame visual. Curral De Sequestro: Exame detalhado Aspecto; Sintomas de doenças; Abcessos; Contusões; Fraturas; Hérnias; Miíases; Brucelose; Tuberculose; Raiva; Babesiose; Carbúnculo Hemático e Sintomático Caquexia Hipertermia Hipotermia HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária CASOS SUSPEITOS Identificação e isolamento (individual ou lote); Avaliação pelo AFFA; o Exame clínico, necrópsia etc.; o Destinação; Suspeita de zoonose ou infectocontagiosas: abate separado e medidas sanitárias cabíveis. Paralisia post-partum e doença do transporte: condenação. Doenças de notificação imediata (SIF): o Notificar serviço oficial da jurisdição; o Isolar suspeitos; o Lote em observação até definição de medidas epidemiológicas. o Desinfecção (locais, utensílios, equipamentos, etc.) DOENÇAS NÃO CONTAGIOSAS Aproveitamento condicional ou condenação. Hipo ou Hipertermia (considerar condições climáticas e demais sinais clínicos). Animais mortos ou impossibilitados de locomoção. Morte natural: retém lote todo até necropsia. Morte acidental: sangria imediata; exame post mortem. Fêmeas em gestação adiantada, sinais de parto recente e saudáveis podem ser retiradas para melhor aproveitamento. TRANSPORTE DE ANIMAIS MORTOS OU AGONIZANTES Autorização do SIF Veículo ou contentor apropriado Suspeita de D. infectocontagiosa: tamponar aberturas naturais. BOVINOS NÃO APTOS AO ABATE NORMAL Animais machucados: abate de emergência (evitar sofrimento). Abate sanitário: animal com febre (febre é diferente de Hipertermia). D.I.F: Departamento de Inspeção Final: Animais mortos ou moribundos e animais com suspeita de doença infecciosa. AFFA: Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Veterinários). GRAXARIA Fabricação de farinhas e outros produtos provenientes de ossos, sangue etc. Animais com tuberculose podem ser encaminhados para a graxaria. ATORDOAMENTO Insensibilização: sangue se concentra nas vísceras. Desmaio → Δt→ Acordar Δt: intervalo de tempo (depende do método de insensibilização). Dardo Perfurante: Δt maior, o animal não pode mais acordar. Dardo Cativo: Δt menor, o animal pode acordar. O atordoamento do animal, por qualquer método, produz uma elevação da pressão sanguínea arterial, venoso e capilares, e dá um aumento transitório nos batimentos cardíacos fatores que favorecem a sangria. O volume de sangue colhido também é maior se a sangria é realizada imediatamente após a insensibilização MÉTODO PERCUSSIVO PENETRATIVO Pistola de dardo cativo penetrante: velocidade (100 a 300m/s) e força (50 Kg/mm2); Embolo retrátil perfurante: concussão e lesão irreversível no cérebro; Contenção da cabeça e corpo do animal. Tempo entre insensibilização e sangria: máximo 60” Mais eficiente e humano (BSE?) HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária MÉTODO PERCUSSIVO NÃO PENETRATIVO Pistola de dardo cativo não penetrante; Embolo retrátil: concussão cerebral; Contenção da cabeça e corpo do animal; Tempo entre insensibilização e sangria: máximo30” SINAIS FISICOS DE INSENSIBILIZAÇÃO CORRETA Ausência de respiração rítmica; Mandíbula relaxada; Expressão fixa e vidrada; Língua para fora; Ausência de reflexo palpebral; Movimentação do membro traseiro; o A movimentação do membro dianteiro demonstra falha na insensibilização. Imediatamente após a insensibilização → área de vomito → içamento por uma das patas traseiras no trilho aéreo (nória) → chuveiro. Praça ou área de vomito: alimento pode voltar em ruminantes. Algumas religiões não permitem a insensibilização do animal: Judeu (Kocher) e mulçumano (Halal). Na bíblia e no alcorão não é permitido o consumo de carne de animais mortos ou desmaiados, isso evitava o consumo de carne de animais doentes. Noria: trilho aéreo. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária ABATE E LINHAS DE INSPEÇÃO Transformar músculo em carne. SANGRIA Abertura sagital da barbela Secção de vasos sanguíneos Canaleta de sangria Sangue para fins comestíveis: coleta com faca “vampiro” 3 minutos Morte: Choque hipovolêmico e hipoxia cerebral. A eficiência da sangria pode ser definida como o volume de sangue residual ou retido nos músculos após o abate. Numa boa sangria, necessária para a obtenção de umacarne com adequada capacidade de conservação, é removido cerca de 60% do volume total de sangue, sendo que o restante fica retido nos músculos (10%) e vísceras (20 – 25%). Observar se a insensibilização foi bem-feita. Insensibilização deficiente: vocalizações, reflexos oculares presentes, movimentos oculares, contração dos membros dianteiros. Petéquias musculares O sangue é coletado para a produção de farinha e por questões ambientais. Faca Vampiro: coleta de sangue para a produção de alimento (chouriço), Quanto melhor a sangria melhor a qualidade da carne: ↓ água ↑ conservação. A correspondência entre as partes deve ser mantida. O abate é dividido em área suja e área limpa (abertura da cavidade e exposição da musculatura; comestíveis). A divisão dos setores não existe fisicamente, sendo feita em determinado ponto da produção. ESFOLA Ablação dos chifres e das patas dianteiras(mocotós); Aberturada barbela até a região do mento; Incisão longitudinal da pele do peito até o ânus; Corte das patas traseiras; Inicia a retirada da pele; Desarticulação da cabeça; Oclusão do esôfago; Separação do conjunto cabeça e língua; EVISCERAÇÃO Abertura da cavidade torácica, abdominal e pélvica; Corte em toda sua extensão; Serragem do esterno; Oclusão do duodeno e do reto; Retirada das vísceras; Vísceras devem seguir em paralelo à carcaça. TGI → Fígado → Pulmões e Coração. TGI: rúmen (primeiro órgão visualizado e eviscerado. Fígado: busca por patologias especificas, indicador importante da saúde do animal. Pulmões e Coração: tuberculose e cisticercose. A ordem de evisceração depende não apenas da questão anatômica, mas também da linha de inspeção. SERRAGEM DE 1/2 CARCAÇA Serragem longitudinal das carcaças, seguindo o cordão espinal. Remoção dos rins, rabo, gorduras, testículos/gl. mamária e medula. Toalete final: jatos de água (t = 38ºC – temp. fisiológica p = 3 atm) Pesagem, tipificação e carimbagem (lombo, paleta, ponta de agulha e coxão). o Carimbagem: identificação da inspeção de ½ ou ¼ de carcaça. A utilização do carimbo não é necessária quando os cortes são feitos no frigorifico, pois o carimbo estará presente na embalagem. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária CÂMARA FRIA Circulação de ar; Resfriamento; As vísceras são encaminhadas para a bucharia ou triparia, onde serão lavadas e preparadas para venda. SUBPRODUTOS DO ABATE Legislação ambiental: Não podem ser desprezados sem tratamento. Benefícios econômicos ao empresário. Aproveitamento maior da produção Carne = 50% do boi SANGUE Rico em aminoácidos -proteína; Coleta com faca “vampiro”; Risco de contaminação (Aw, m.o., coleta); Sangue em pó ou líquido; Coloração de alimentos; Farinha de sangue; VÍSCERAS Glândulas -tireoide e paratireoide: encaminhadas para a indústria farmacêutica. Pâncreas; Hipófise; Ovários e testículos; Vesícula biliar; TGI Bucharia; Intestino de ovelhas: Fio de sutura Gorduras: Graxaria (sebo); Retículo; Omaso; PELE Subproduto mais rentável; Marcações a ferro, cercas de arame farpado, carrapatos: estragam a pele; Curtume: preparação do couro. Salga seca, úmida ou mista; o Seca: couro → sal → couro → sal; o Úmida: imersão em salmoura → pendura no sol; o Mista: imersão em salmoura → sal → couro → sal. GRAXARIA Aproveitamento de restos de carcaças, aparas de carne, tendões, gorduras e ossos. Produção de farinhas para rações, adubos, óleos, sebo e gordura industriais. Verificação com imã para detectar possíveis pedaços de metais. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária ABATE DE SUÍNOS INSENSIBILIZAÇÃO Existem três formas de insensibilização de suínos: Elétrica: o Eletronarcose; o Eletrocussão; Exposição à atmosfera controlada ELETRONARCOSE Alta voltagem e baixa amperagem; 2 eletrodos: têmporas (base das orelhas); Vocalização no momento do choque; Mín. 1,3 a: 15 milésimos de segundos; ELETROCUSSÃO Alta voltagem e baixa amperagem; 3 eletrodos: atrás da paleta e fibrilação cardíaca. ATMOSFERA CONTROLADA -CO2 Trata-se do processo de insensibilização no qual os animais são submetidos a altas concentrações de gás (argônio, dióxido de carbono ou nitrogênio) que produzem efeito anestesiante e os levam a morte. Suínos são animais gregários, o manejo em grupo garante bem-estar e diminui o estrese, consequentemente aumenta a qualidade da carne. Suínos tendem a queimar mais glicogênio em relação aos bovinos quando em situações de estresse. SANGRIA Máx. 30’' após insensibilização; Seccionamento dos grandes vasos ou punção diretamente no coração; Sangue: reaproveitamento; Trilho aéreo ou mesas, bancadas apropriadas para a drenagem do sangue. Média 3l por animal; Terminada a sangria: banho de aspersão → escaldagem. ESCALDAGEM Em suínos não é feita a esfola para a remoção do couro. Água a 65°: dilata os poros; 2 a 5 minutos. Tanques metálicos com renovação constante de água; Facilita a remoção posterior dos pelos, unhas e cascos; Retirada de sujidade; DEPILAÇÃO Remoção dos pelos; Máquinas de depilação: cilindro rotacional, pás batem no couro do animal removendo os pelos por atrito. Remoção manual com auxílio de facas Remoção de cascos; Chamuscamento da carcaça com bico de gás; Remoção das orelhas antes da evisceração. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária INSPEÇÃO POST-MORTEM A inspeção post mortem, realizada a partir do exame macroscópico, de bovinos destinados para o consumo humano, favorece a obtenção de diagnósticos de patologias que podem ser desenvolvidas durante o manejo da propriedade de origem, no transporte ou no momento do atordoamento. Tais patologias podem estar relacionadas com alterações que impliquem na condenação, seja parcial ou total, durante o momento da inspeção das carcaças. Desta forma, a inspeção post mortem realizada pelo médico veterinário é economicamente importante, poiso conhecimento de patologias possui um efeito sanitário em selecionar as carcaças e diagnosticar patologias que podem afetar a espécie humana durante o consumo. O resultado do diagnóstico também é importante para o criador, pois poderá saber as doenças que acometem o seu rebanho, reduzindo assim as perdas de animais com a condenação de carcaças durante o abate. PRINCIPAIS ACHADOS CISTICERCOSE IDENTIFICAÇÃO Inspeção post mortem; • Cabeça - M. Masseter e pterigoides; • internos e externos; • Língua; • Coração (Superfície externa e interna); Inspeção final; • M. Diafragma e seus pilares; • Musculo do pescoço; • M. intercostais. DESTINOS NOTIFICAÇÃO A cisticercose é uma doença de notificação de interesse estadual devendo ser devidamente notificada e investigada pelo profissional de saúde. Os casos diagnosticados de neurocisticercose devem ser informados aos serviços de saúde, visando mapear as áreas afetadas, para que se possam adotar as medidas sanitárias indicadas. FASCIOLOSE IDENTIFICAÇÃO Os parasitos adultos, ao atingir os ductos biliares, promovem intensa reação inflamatória, o que promove o aumento de volume dos ductos e reação hiperplásica das paredes, como também calcificação das lesões teciduais. O aspecto do órgão pode ser observado de forma repugnante, o que leva à sua condenação nos matadouros-frigoríficos e consequente perda econômica aos produtores rurais. As lesões características da Fasciolose ocorremcom formação de tecido fibroso nas paredes dos ductos biliares e à volta do tecido hepático, incluindo os canais portais. Os ductos biliares tornam-se mais espessos devido à fibrose. Esta lesão pode ser visível à superfície do órgão e ao corte. Estas lesões ocorrem geralmente no lobo esquerdo do fígado. A atrofia do fígado é visível graças à fibrose progressiva e ao tecido cicatricial. Estas lesões vão causar uma distorção do órgão, que se torna espesso e encurtado. As formas jovens do parasito causam lesões hemorrágicas no parênquima hepático, podendo apresentar áreas de necrose devido ao trauma pela ingestão de tecido e sangue. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária DESTINOS Assim sendo, segundo o Art. 152 de RIISPOA (BRASIL, 2017), carcaças que apresentarem caquexia e anemia devem ser condenadas totalmente, pois sendo decorrente do parasitismo, não são próprias para consumo, assim como os órgãos acometidos por Fasciolose, devem seguir para a condenação total (NIERO, et. al., 2021). NOTIFICAÇÃO Segundo a instrução Normativa nº 50 de 24 de setembro de 2013 a fasciolose é uma doença que caso confirmada deve ser notificada mensalmente. O serviço veterinário oficial deve dispor dos meios necessários para recolher e registrar os relatórios. BRUCELOSE IDENTIFICAÇÃO • Linfonodos; • Estado do diafragma e da pleura parietal; • Anormalidades nas articulações; • Exame do ligamento cervical (onde a formação de bursite, sugestiva de brucelose, uma das principais lesões que condenam as carcaças); DESTINOS Art.138: as carcaças e órgãos dos animais com sorologia positiva para brucelose devem ser condenadas quando estiverem em estado febril no exame ante mortem; 1 º Animais positivos devem ser abatidos separadamente das suas carcaças e órgãos encaminhados obrigatoriamente ao Departamento de Inspeção Final. 3º Animais reagentes positivos ou não que apresentam lesões localizadas podem ser liberadas para consumo em natureza, sendo posteriormente removidas e condenadas as áreas atingidas. 4º os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose, na ausência de lesões indicativas podem ter suas carcaças liberadas para o consumo de carne in natura, as quais passaram por conserva/esterilização ou salga. 5º Nas hipóteses dos 3º e 4º devem ser condenados os órgãos: úbere, trato genital e sangue. Essas vísceras irão ser encaminhadas para graxaria onde terá utilidade para aproveitamento de produtos não comestíveis. NOTIFICAÇÃO • Notificação obrigatória de qualquer caso suspeito e requer notificação imediata de qualquer caso confirmado; • Categoria 3- requer acompanhamento do SVO pela necessidade de se aplicar medidas de confirmação de diagnóstico, controle, prevenção e erradicação. • Para registro mensal sobre ocorrência e diagnóstico de brucelose: fica epidemiológica mensal (FEPI), formulário contendo as informações (ocorrência de doenças, vacinação, controle e diagnóstico clínico- epidemiológico e laboratorial. • Para registro semestral- informe de vacinação contra brucelose. HIDATIDOSE INSPEÇÃO POST MORTEM E NOTIFICAÇÃO • Caráter silencioso e sintomatologia pouco observada. • Cistos podem ser observados apenas no post mortem. • Todos os órgãos que apresentem anormalidades devem ser analisados. • Artigo 155, decreto 9.013/2017: "As carcaças e os órgãos de animais que apresentem cisto hidático devem ser condenados quando houver caquexia" • Casos confirmados devem ser obrigatoriamente notificados mensalmente ao Serviço Veterinário • Oficial. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária TUBERCULOSE INTRODUÇÃO E DESCARTE DA CARCAÇA É uma doença que além de apresentar riscos à saúde da população consumidora, acarreta em perdas econômicas na pecuária (principalmente em gado leiteiro e também pelas condições de descarte da carcaça) porque o RIlSPOA descreve que obrigatoriamente deve-se realizar o descarte total da carcaça e vísceras, dos animais que, no exame ante- mortem, se apresentem febris, e caquéticos. E, no post-mortem, os que apresentam lesões caseosas em órgãos torácicos e abdominais. Em caso de condenação parcial, só ocorrerá quando as lesões forem discretas e delimitadas em um determinado espaço da carcaça, permitindo assim a retirada total da parte lesionada, após a realização de tratamento condicional por frio, por dez dias, a menos dez graus Celsius, por cozimento por trinta minutos, em setenta e cinco graus Celsius ou por salmoura, por vinte e um dias, e aí sim poderá ser liberada para o consumo. Quadros em que haja a presença de apenas uma lesão calcificada, libera-se a carcaça para consumo. NOTIFICAÇÃO Quando houver suspeita de doenças infectocontagiosas de notificação imediata determinada pelo serviço oficial de saúde animal, além das medidas já estabelecidas, cabe ao SIF: I - Notificar o serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área de jurisdição do estabelecimento; II - Isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto não houver definição das medidas epidemiológicas de saúde animal a serem adotadas; III - determinar a imediata desinfecção dos locais, dos equipamentos e dos utensílios que possam ter entrado em contato com os resíduos dos animais ou qualquer outro material que possa ter sido contaminado, atendidas as recomendações estabelecidas pelo serviço oficial de saúde animal. No caso de animais mortos com suspeita de doença infectocontagiosa, deve ser feito o tamponamento das aberturas naturais do animal antes do transporte, de modo a ser evitada a disseminação das secreções e excreções. § 2º Confirmada a suspeita, o animal morto e os seus resíduos devem ser incinerados ou autoclavados em equipamento próprio, que permita a destruição do agente. § 3º Concluídos os trabalhos de necropsias, o veículo ou contentor utilizado no transporte, o piso da dependência e todos os equipamentos e utensílios que entraram em contato com o animal devem ser lavados e desinfetados. Art. 100. As necropsias, independentemente de sua motivação, devem ser realizadas em local específico e os animais e seus resíduos serão destruídos conforme disposto neste Decreto. Art. 101. O SIF levará ao conhecimento do serviço oficial de saúde animal o resultado das necropsias que evidenciarem doenças infectocontagiosas e remeterá, quando necessário, material para diagnóstico, conforme legislação de saúde animal. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS DA CARNE TECIDO MUSCULAR Musculo esquelético: carne; contração rápida e voluntária. Musculo Cardíaco: contração forte, rápida e voluntaria. Musculo Liso: contração fraca, lenta e involuntária. FIBRA ESTRUTURAL Sarcômero – funcional: entre duas linhas Z. Miofilamentos finos: Actina; aumentam a força de contração do músculo. Miofilamentos grossos: Miosina; Sarcolema: Membrana eletricamente excitável, composto de material fibroso discreto. Retículo Sarcoplasmático: captação, armazenamento e liberação de cálcio conforme a necessidade → rede de cisternas do retículo endoplasmático liso que envolve grupos de miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos. O sistema de túbulos transversais ou sistema T é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular esquelética. Tecido conjuntivo: presente em todos os cortes em proporções variáveis. Colágeno: responde por parte da dureza de um corte cárneo. Animal jovem: proporção de colágeno maior; estrutura termolábil; o sob calor transforma-se em gelatina (carne tenra) Animaladulto: proporção de colágeno menor o idade: formação de ligações cruzadas nas moléculas de colágeno -confere uma termo estabilidade (carne mais dura/ menos macia). Elastina: termo estabilidade: cocção: intumesce e alonga, mas não se dissolve. Tecido adiposo: transformação do tecido conjuntivo para depósito energético. Externa (subcutânea), interna (envolvendo os órgãos e vísceras), intermuscular (ao redor dos músculos) e intramuscular (gordura entremeada às fibras musculares, marmoreio). HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária Função relacionada às características organolépticas. COMPOSIÇÃO QUÍMICA PROTEÍNAS Proteína Miofibrilar: elevado valor biológico; Disponibilidade e digestibilidade dos aminoácidos essenciais. Tecido conjuntivo: menor valor biológico. Fração proteica: Digestibilidade: 95% a 100% Variações não significativas em relação aos cortes, idade, alimentação, sexo e raça do animal. LIPÍDEOS Grande variação: sexo, raça, alimentação animal, corte cárneo. Valor energético da gordura: 8,5 cal/g. Importância nutricional: energético, ácidos graxos essenciais, colesterol e vitaminas lipossolúveis. Importância organoléptica: sabor e uso culinário. Digestibilidade variável: 77 a 98%. VITAMINAS E MINERAIS Vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K); Vitaminas hidrossolúveis do complexo B (tiamina, riboflavina, nicotinamida, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, niacina, cobalamina e biotina) e vitamina C. Vitamina A: alimentos de origem animal são as únicas fontes de vitamina A biologicamente ativa. Vitaminas do complexo B: grande disponibilidade. Principais minerais: ferro, fósforo, potássio, sódio, magnésio e zinco. Todos os minerais essenciais ao ser humano estão presentes na carne bovina (tecido magro). Ferro: 40% a 60% altamente absorvível. Água: 70% a 75% do músculo. Quanto + % gordura → - % água. CONVERSÃO DE MÚSCULO EM CARNE Post-mortem: musculatura permanece “viva": Reações físico-químicas e bioquímicas. Queda do aporte de oxigênio Energia via processo anaeróbio: Glicogênio vira Glicose + Lactato; o Queda de pH. Rigor-mortis: Actomiosina - encurtamento do sarcômero. RIGOR MORTIS Inicia 1h após a sangria: dura até 24h. Rigor mortis completo: Esgotamento do ATP pH = 7 → Queda do pH (~ 5.8) — acidificação adequada (18h). Ruptura de proteínas e estrutura miofibrilar sem desfazer a actomiosina Câmara fria a 2°C: Controle de microrganismos. o Mínimo 24 horas. o Maturação Sanitária. Após 24h o pH começa a subir; Reações enzimáticas proteolíticas voltam a aparecer. Proteólise = carne macia; o Proteólise = fácil degradação por micorganismos. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DA CARNE COR Vermelho brilhante Mioglobina Sangria correta Fatores que influenciam: Idade, sexo, musculatura, atividade física Problemas: o PSE (pálida, flácida e exsudativa) HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária o DFD (dura, firme e seca); Odor e sabor Suculência Maciez Genética, fisiologia, alimentação e manejo Idade: Ligações cruzadas entre moléculas de colágeno: endurecimento; Marmoreio; FATORES EXTERNOS QUE AFETAM A MACIEZ DA CARNE Encurtamento pelo frio (10oC em 10h pm); Rigor por descongelamento: Cold Shortening Eletroestimulação: consumo de glicogênio antes do resfriamento. Maturação: desnaturação proteica → 1 a 2oC/14d. COLD SHORTENING Causado pela aceleração do resfriamento: temperatura da carcaça a menos de 10ºC num período inferior a 10h. Bovino: no abate = 37ºC. Perda de líquidos = DRIP (“choro da carne”): perde-se vitaminas, sais minerais. Diminui suculência/maciez. MATURAÇÃO Maturação x Carne embalada à vácuo Toda carne maturada é embalada a vácuo, mas nem toda carne embalada à vácuo é maturada. Carne à vácuo (anaeróbio): a microbiota que necessita de O2não tem muitas chances de se multiplicar. Carne a vácuo e maturada: frio monitorado.1ºC processo de reações enzimáticas controlado Câmara fria por 14-20d a 1ºC. Reação enzimática lenta, ausência de O2 (vácuo). HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária ABATE DE AVES SEQUÊNCIA DE ABATE: 1. Pesagem 2. Recepção 3. Pendura 4. Insensibilização 5. Sangria 6. Escaldagem 7. Depenagem 8. Pré-inspeção 9. Eventração 10. Inspeção post mortem 11. Evisceração 12. Toalete final 13. Pré-resfriamento 14. Gotejamento 15. Corte/Desossa 16. Embalagem 17. Congelamento 18. Expedição INSPEÇÃO NO PRÉ ABATE JEJUM • Jejum 6 a 10h; o Hídrico e sólido; o O animal deve estar hidratado durante a insensibilização. • Inicia-se na granja → transporte → abate; • Não deve exceder 12h. • Ingestão de cama de frango; • Perda de peso corpóreo; • Proliferação de Salmonella e Campilobacter; • Insensibilização inadequada; • Alteração do pH post mortem; • TRANSPORTE • Transportar nas horas mais frescas do dia. • Monitorar temperatura e umidade. o Conforto térmico. ÁREA DE ESPERA Ofegação lenta: Alerta; Ofegação rápida: Abate imediato; Nebulização + ventilação + exaustão; Termo-higrômetro: mede a “respiração” no meio do caminhão. ABATE PENDURA Observar: • Tamanho da perna; • Posicionamento do gancho; o gancho deve estar limpo, molhado e do tamanho adequado; • Iluminação; baixa iluminação. • Pessoas e barulhos; • Prática do observador; • Parapeito: apoio para o peito que reduz o bater de asas. INSENSIBILIZAÇÃO Tempo entre pendura e insensibilização: 12" a 60” Imersão da CABEÇA na cuba. Corrente correta: perda imediata e momentânea de consciência. Frangos: corrente mínima: 100mA Gancho limpo e molhado para dissipar a corrente (nas duas pernas sempre!) SINAIS DE FALHAS NA INSENSIBILIZAÇÃO • Tensão no pescoço (forma de S) • Movimento coordenado das asas • Volta da respiração rítmica • Tentativa de endireitamento SANGRIA Pescoço: Secção dos grandes vasos que emergem do coração; artérias carótidas e Veias jugulares 10" a 20” após a insensibilização. Degola. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária ESCALDA 52°C —> máximo de 2 minutos. Afrouxamento das penas; Troca constante da agua devido ao acumulo de sangue da degola. DEPENAGEM Mecânica (rolo com dedos de borracha) Manual LAVAGEM Chuveiro de aspersão; EVISCERAÇÃO • Corte Cloaca; • Abertura do abdômen; • Exposição das vísceras: glândula uropígea, traqueia, cloaca, retirada das vísceras não comestíveis, retirada das vísceras comestíveis e pulmões. RESFRIAMENTO São resfriados em água fria. PRÉ-CHILLER: • Tanque de inox 2L / ave • 12’ em água a 10 a 18°C CHILLER: • 17’ a 2°C; • 1,5 L água / ave • 2 a 5 ppm de propilenoglicol; GOTEJAMENTO • 3 minutos; para perder a água acumulada. • Máximo de água permitido = 4,41% (frango inteiro) - Portaria 557 / 2022 • Frango inteiro ou cortes; • Embalagem a vácuo com atm modificada (ou polietileno com grampo); ARMAZENAGEM • -1 a 1ºC e UR 80-85%: durabilidade de 6 a 8 dias; • Túnel de -35 a -40ºC por 4 horas: armazenamento a -12ºC com durabilidade de 8 a 18 meses. HIGIENE E INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL 2 – Kelly Lameu – 6° Período – Medicina Veterinária INSPEÇÃO POST MORTEM LINHAS DE INSPEÇÃO LINHA A Exame interno: • visualização da cavidade torácica e abdominal (pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos sexuais) LINHA B Exame de vísceras: • coração, fígado, moela, baço, intestinos, ovários e ovidutos nas poedeiras • Visualização (cor, forma, tamanho); • Palpação – Consistência;• Odores; • Incisão se necessário; LINHA C Exame externo • Visualização das superfícies externas (pele, articulações etc.). Remoção de contusões, membros fraturados, abscessos superficiais e localizados, calosidades etc. PRINCIPAIS ACHADOS ABSCESSOS Capsula fina, pus sem odor e geralmente seco. Retirada do abcesso e rejeição da parte afetada AEROSSACULITE Mycoplasma gallisepticum ou M. synoviae • Espessamento das finas paredes dos sacos aéreos, tornando-os opacos e amarelados: o Pus espesso de coloração branca ou amarelada. • Uma das principais causas de condenação total e parcial de carcaças de frangos de corte. • Grandes lesões ou comprometimento sistêmico: o condenação total da carcaça. • Lesões menores e pontuais: o condenação parcial, retirada da parte afetada. • Vísceras condenadas. ARTRITES Traumatismos ou agentes infecciosos (Salmonella, E. coli, Mycoplasma). Lesão: inchaço com exsudato purulento, caseoso ou hemorrágico. Pode afetar ligamentos, tendões e músculos. "Órgãos e parte da carcaça quando afetadas por processos inflamatórios como: artrite, celulite, dermatite, Salpingites e colibacilose deverão ser condenadas, se existir evidência de caráter sistêmico do problema, a carcaça e as vísceras na sua totalidade deverão ser condenadas" (BRASIL, 1998). CARNES REPUGNANTES Mau aspecto, coloração anormal, com odores medicamentosos, excrementícias, sexuais, ou outros considerados anormais. Condenação total. CELULITE Dermatite necrótica; Processo inflamatório purulento agudo do tecido subcutâneo, (região abdominal e nas pernas) condenação parcial ou total. COLIBACILOSE (E. COLI) Bactéria do TGI que causa doença sistêmica; Aparelho respiratório: septicemia. Condenação total da carcaça. FRATURAS E CONTUSÕES Condenação da parte afetada. OUTROS ACHADOS..... • Dermatite • Sangria inadequada • Síndrome ascítica • Escaldagem excessiva • Evisceração retardada • Septicemia • Neoplasias
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