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ARTIDO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL

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FACULDADE DE TEOLOGIA BATISTA BETEL
CURSO DE PEDAGOGIA LICENCIATURA
MARIA AUXILIADORA MELO DE MATTOS SANTOS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL
ASSIS BRASIL-AC
2017
MARIA AUXILIADORA MELO DE MATTOS SANTOS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL
Artigo apresentado à faculdade de Teologia Batista Betel como requisito total para a obtenção do título de graduação de Pedagogia.
Pr. Francisco Albino de Souza
ASSIS BRASIL-AC
2017
SANTOS, Maria Auxiliadora Melo de Mattos. DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL 17 laudas. Artigo. Graduação. PEDAGOGIA. Faculdade de Teologia Batista Betel, Assis Brasil-Ac. 2017.
RESUMO
Este artigo relata teoricamente a importância de saber diferenciar os problemas na aprendizagem de dificuldades momentânea vividas pela criança em função de alguma situação estressora. Devemos ser críticos diante da Educação infantil, pois ela marcara positivamente ou negativamente a criança nos anos posteriores. E levarmos em conta que a educação infantil é para aumentar a capacidade critica e autônoma nas crianças e não repressoras diante do desanimo ou lentidão e até mesmo hiperatividade por parte delas. Vemos que cada uma tem um ritmo de aprendizagem e que com afeto e apoio do educador da equipe pedagógica e a da família, os problemas devem ser superados.
Palavras Chave: Dificuldade, Aprendizagem, Educação infantil, Apoio, Família.
ABSTRACT
This article theoretically reports the importance of knowing how to differentiate the problems in the learning of momentary difficulties experienced by the child due to some stressful situation. We must be critical of children's education because it positively or negatively marked the child in later years. And take into account that the education of children is to increase the critical and autonomous capacity in children and not repressive in the face of discouragement or slowness and even hyperactivity on the part of them. We see that each one has a learning pace and that with the affection and support of the educator of the pedagogical team and the family, the problems must be overcome.
Keywords: Difficulty, Learning, Child education, Support, Family.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 CONCEITUANDO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL.	6
3 TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM OU DIFICULDADE DE APRENDER	9
4 RITMO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL	11
5 EQUIPE PEDAGOGICA, PROFESSOR E ESCOLA DIANTE DOS ALUNOS.	12
6 O APOIO FAMÍLIAR FRENTE AO ALUNO COM DIFICULDADE	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	17
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18
1 INTRODUÇÃO
Cada criança é um ser único, cada um tem seu próprio jeito de pensar, aprender e compreender tudo o que está em sua volta. Sabemos que, em tempos atuais as instituições de ensino estão tendo suas atenções voltadas para as dificuldades de aprendizagem que são demonstradas por seus estudantes, eles apresentam estas dificuldades através de suas atitudes em sala de aula sendo necessárias aulas de reforço e acompanhamento do apoio pedagógico. Além de muitas vezes ser necessário à intervenção da escola juntamente com a família. 
Essas dificuldades são caracterizadas pelo fato de que muitas crianças que tem enfrentado esta problemática, não são compreendidas levando muitas vezes ao fracasso escolar e diante dessas dificuldades é preciso uma parceria fundamental entre família e escola, para que haja um sucesso no desenvolvimento pessoal, moral e intelectual na formação das crianças nos anos iniciais.
Justifica-se então a necessidade de abordar o tema, pois vemos que muitos pais chegam à escola já afirmando que seus filhos “não aprendem, que ele tem problema”. E isso já na educação infantil. Portanto constata-se que não é um problema escolar apenas e sim uma dificuldade já pré-estabelecida desde o nascimento da criança.
Objetivo geral desse artigo é Analisar os diversos motivos que geram a dificuldade de aprendizagem e o desenvolvimento já na educação infantil, pois tem repercutido muito no momento presente. 
E como Objetivo específico, Conhecer um pouco o que é aprendizagem e o que define dificuldade de aprendizagem, Compreender as necessidades da criança. Observar os desafios a serem enfrentadas pela escola e educador diante das dificuldades de cada criança.
Este artigo foi realizado sob uma abordagem metodológica bibliográfica que variam de artigos científicos, livros e revistas, dentre outros. Os principais autores pesquisados foram: Emília Ferreiro, Ana Teberosky, Paulo Freire, Jean Piaget, Elena l. Grigorenko, Leda V. Tfouni, Vygotsky, dentre outros que tentam de alguma forma sancionar e analisar o problema da aprendizagem.
2 CONCEITUANDO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO INFANTIL.
O que significa dificuldade de aprendizagem? Segundo o site do Wikipédia (enciclopédia livre), dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente.
O processo de aprender se inicia quando o bebe nasce. A primeira experiência de aprendizagem é muito significativa, pois é através dela que a criança vai estruturando as bases afetivas, cognitivas e sociais nas quais se apoiara para realizar novas aprendizagem e desenvolver-se de forma saudável.
Se conhecer os conflitos próprios de cada período do desenvolvimento infantil, estaremos aptos a assumir posturas não patológicas. Sabe-se que atitudes relacionadas com a impaciência, intolerância, preguiça agressividade aparecem em certas idades como modo de expressar a insatisfação da criança por não obter de forma imediata seu desejo satisfeito. O fato de tais atitudes serem problemáticas ou não depende da idade da criança da frequência e da intensidade desse tipo de expressão.
Outra situação diferente é quando deparamos com atitudes de comportamento que deveriam estar superadas pela criança que além de limitar aprendizagem podem ser reveladoras de patologia. Exemplos são as crianças que evidencia conduta antissocial, dificuldade em estabelecer vínculos, desfocada desmotivada, torpeza motora, fala infantilizada. Devemos como educador informar a equipe pedagógica para que informe e converse com os pais. Pois se identificar as dificuldades precoces é capaz de criar uma intervenção adequada.
Mas do que detectar as dificuldades de aprendizagem, a educação infantil precisa ter um foco na prevenção evitando que as dificuldades se instalem, garantindo uma educação de qualidade que ofereça as crianças acolhimento, segurança, lugar para a emoção, para a curiosidade a imaginação investigação, e o desenvolvimento de diversas formas de expressão e habilidades sociais.
Muitas vezes na ânsia da preparação formal a pratica pedagógica da educação infantil acaba por antecipar situações de aprendizagem que teriam seu lugar no ensino formal e por consequência sobrecarregam o emocional e criam expectativas e exigências elevadas, bloqueando suas reais necessidades e competências. Nesse sentido a criança pode se tornar mais fragilizada para aprender, pois ao não serem capazes de realizar tais atividades se sente incapazes e inferiores e começam a desistir com facilidade e acabam por desenvolver uma relação negativa com a aprendizagem. 
É fundamental que no ensino infantil seja oferecido situações em que a criança vivencie seu sucesso nas atividades propostas. “Evitemos situações confusas e desastrosas e teremos menos dificuldades de aprendizagem”. (Weis, 1997).
Segundo Paulo Freire (1996), “ensinar não é transmitir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a produção do saber”. Ensinar exige pesquisa, pois ensino sem pesquisa não é ensino, ambos estão intimamente ligados. Ensinar exige respeito aos saberes dos educadores, ou seja, o professor deve “discutir” com os alunos a realidade concreta associando os saberes curriculares fundamentais e a experiência social e pessoal de cada um. Ensinar exige criticidade, onde o professor deve desenvolver uma postura inquieta, indagadora e curiosa.A postura do docente diante das dificuldades de aprendizagem das crianças é de identificar a postura da família perante as dificuldades de aprendizagem das crianças e conhecer como ocorre a mediação da aprendizagem na escola. Partindo do pressuposto de que o professor precisa dispor de atitudes analíticas, reflexivas e questionadoras, a pesquisa, associada ao ensino, possibilita uma aproximação à realidade educacional, estimulando-o a buscar a sua autonomia e torna-se ativo na construção de conhecimentos para si e para o outro. 
Alguns sintomas podem ajudar os profissionais da escola a perceberem os sinais da Dificuldade de Aprendizagem, a partir da pré-escola e durante todo trajeto escolar da criança:
· Problemas persistentes na área da Linguagem: de articulação, aquisição lenta de vocabulário, restrito interesse em ouvir histórias, dificuldade em seguir instruções orais, soletração empobrecida, dificuldade em argumentar, problemas em redigir e resumir, etc.
· Problemas com a Memória: dificuldades na aprendizagem de números, dos dias da semana, em recordar fatos, em adquirir novas habilidades, em recordar conceitos, na memória imediata e de longo tempo, etc.
· Atenção: dificuldade em concentrar-se em algo que não seja de seu interesse pessoal, de planejar, de autocontrole, impulsividade, atenção inconstante, etc.
· Problemas com a Motricidade: problemas na aquisição de comportamentos de autonomia (ex. amarrar os cordões do tênis); relutância para desenhar; problemas grafo-motores da escrita (forma da letra, pressão do traço, etc.) escrita ilegível, lenta ou inconsistente; relutância em escrever;
· Lentidão na aquisição das noções de espaço e tempo, domínio pobre de conceitos abstratos; dificuldade na planificação de tarefas; dificuldades na realização de tarefas acadêmicas, provas, etc. dificuldade de aquisição de novas aprendizagens cognitivas; problemas sociais.
A dificuldade de aprendizagem, (DA) não tem causa única que a determine, mas há uma conjugação de fatores que agem frente a uma predisposição momentânea da criança. Alguns estudiosos enfatizam os aspectos afetivos, outros preferem apontar os aspectos perceptivos, muitos justificam esse quadro alegando existir uma imaturidade funcional do sistema nervoso. 
Ainda há os que sustentam que essas crianças apresentam atrasos no desempenho escolar por fatores como a falta de interesse, perturbação emocional ou inadequação metodológica. De modo mais pontual, acredita-se que as dificuldades de aprendizagem surgem, por exemplo, a partir de:
–Mudanças repentinas de casa, escola, cidade, e separações;
–Problemas sócios culturais e emocionais, excesso de atividades extracurriculares.
–Desorganização na rotina familiar, pais muito ou pouco exigentes.
–Envolvimento com drogas, Efeitos colaterais de medicações que causam hiperatividade ou sonolência, diminuindo a atenção da criança. Encontramos assim crianças com baixo rendimento em decorrência de fatores isolados ou em interação. 
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento relativamente permanente. Ainda que muitos pensem que transtorno e dificuldade de aprendizagem sejam o mesmo, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. O psicopedagogo é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante.
3 TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM OU DIFICULDADE DE APRENDER
No Brasil, em torno de 40-50% das crianças e adolescentes apresentam dificuldades de aprendizagem escolar. Este número assustador e preocupante suscita nos estudiosos, gestores públicos e privados e professores reflexões e análises aprofundadas com a finalidade de tentar explicar os motivos da magnitude deste número.
Muitas pessoas possuem dúvidas no tocante a diferenciação entre dois tópicos que costumam se confundir: Transtorno de Aprendizagem; Dificuldade de Aprendizagem. É interessante frisarmos que a maior parte destes problemas de Dificuldade de Aprendizagem pode ser resolvida no ambiente escolar, haja vista que se trata de questões psicopedagógicos. 
Já o transtorno de aprendizagem está ligado a “um grupo de dificuldades pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica”. O cérebro nestes casos funciona de forma diferente, pois, mesmo sem apresentar problemas físico, social ou emocional, os portadores do distúrbio de aprendizagem demonstram dificuldade em adquirir o conhecimento da teoria de determinadas matérias. Isso não significa que a criança seja incapaz, uma vez que este quadro é reversível, necessitando para isso métodos diferenciados de ensino adequados à singularidade de cada caso.
Os principais Transtornos de Aprendizagem são os de Leitura e Escrita, de Cálculo, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e o Transtorno não Verbal de Aprendizagem. O diagnóstico desses Transtornos deve ser realizado por profissionais especializados e experientes, em uma equipe multiprofissional que garanta também o planejamento e a intervenção objetivando minimizar os efeitos de tais distúrbios sobre a vida da criança.
 É preciso levar em conta que a aprendizagem envolve muitas variáveis e aspectos, como questões sociais, biológicas, cognitivas, entre outras. Existem muitos fatores que podem interferir no processo de ensino aprendizagem dos alunos como também sabemos que tudo se reflete na escola, os problemas e as dificuldades vividas pelos discentes fora da dela podem vir a interferir na aprendizagem dos mesmos, como também fatores referente à cultura da família, da comunidade.
Além destas tantas temos ainda muitos fatores que interferem no ensino aprendizagem relacionadas à saúde da criança com casos específicos de alunos com problemas de surdez, que não fala ou não escuta como também problemas físicos e psicológicos que retardam o desenvolvimento do educando e a construção de sua aprendizagem.
Diante das dificuldades encontradas pelo aluno, é preciso investigar mais profundamente outros fatores que podem contribuir para o fracasso escolar. Muitas vezes é um método errado de trabalho ou também a idade da criança fora da ideal para a série/ano que retarda a aprendizagem. Mas muitas vezes necessitarão de diagnóstico e intervenção de outros profissionais, como psicólogos, psicopedagogos, médicos e até psiquiatras para ter um diagnóstico mais detalhado e mais eficiente. As ações tomadas por esses profissionais devem ser tomadas junto, somando com o trabalho do professor e do Orientador Educacional.
Paulo Freire nos diz que, o professor deve estar em constante estudo, à procura sempre se aprendizado e novas formas de ensinar, pois sabemos que cada criança aprende de um jeito, cada aluno é único e se tiver alguma dificuldade precisará de mais esforço e dedicação do professor. E da equipe escolar
O educador não pode determinar o tempo que o aluno levara para superar seus problemas de aprendizagem, mas deve oportunizar situações diferenciadas para que o aluno supere suas dificuldades, sempre respeitando o ritmo e as individualidades de cada um. Existem causas específicas também de dificuldade de aprendizagem que necessitam de mais profissionais para um diagnóstico preciso, Exemplo:
Na leitura (dislexia). Na ortografia (disortografia). Na grafia (disgrafia). Na matemática (discalculia). Transtornos. O diagnóstico adequado e rápido é essencial e fundamental para o crescimento da aprendizagem do aluno. Tiba (2002, p.183) afirma que “[...] quando a escola o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”.
4 RITMO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cada criança possui seu próprio ritmo, ou seja, tempo de aprendizagem. E apresenta um jeito único no processo desenvolvimento e tem uma história particular é única. Formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. Esse fato ocorre tanto no ambiente familiar quanto no escolar. Quando a criança não apresentar nenhumaalteração orgânica (neurológica ou genética) provavelmente ela vai atingir os marcos do desenvolvimento mais ou menos na idade esperada e sem nenhuma estimulação especial. Mas as crianças que tem alterações orgânicas terão um tempo e um ritmo diferente para atingir o marco do desenvolvimento e ainda precisarão de condições e estímulos especiais.
Mas isto não significa que não existem caminhos que possam ser seguidos, há maneira que venha a contribuir para atuar em situações, em especial com o ritmo de aprendizado de cada indivíduo, independente da faixa etária. É fundamental ao professor o respeito ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, sendo extremamente necessário buscar estratégias que venham melhorar o desempenho daqueles que apresentam evolução mais lenta. E assim no tempo dela e com condições de ensino adequadas ás crianças vai atingir o tão sonhado marco do desenvolvimento infantil.
Recomenda-se também a mudança da rotina diária, colocar os alunos para trabalharem em forma de grupo, dupla, individual, ambientes e atividades diferenciadas como laboratórios, teatros, quadra, jogos didáticos, dança, música, etc. Vale ressaltar que a criatividade do professor é um dos pontos chaves para lidar com esse tipo de situação.
A aprendizagem é um fenômeno complexo, que envolve toda uma gama de componentes. Na verdade são muitos fatores que influenciando desenvolvimento e a aprendizagem. 
DORNELE destaca alguns fatores e agrupa-os em quatro categorias que são: Os ligados a aspectos ambientais (ambiente a qual a criança esta inserida). Os aspectos sociais (meio social e cultural da criança), Aspectos Genéticos (que ainda não são determinados com precisão pela ciência), e aspectos internos ao individuo (história de vida, fatores orgânicos e psicológicos). Todos estes aspectos interagem para determinar o ritmo de desenvolvimento e aprendizagem de cada criança. 
Atender a diversidade na educação infantil é um dos maiores desafios a serem enfrentados pelo educador, porque o desrespeito ao tempo da criança e a sua maneira de aprender, somando a não valorização do seu saber, são pontos de partida para a construção de dificuldades na aprendizagem.
5 EQUIPE PEDAGOGICA, PROFESSOR E ESCOLA DIANTE DOS ALUNOS.
O respeito entre todos, equipe gestora, alunos e professores é um fator muito importante, respeitando as opiniões, diferenças. Este comportamento entre a gestão se reflete nos alunos, pois respeito gera respeito, amor gera amor e uma convivência harmoniosa garante sucesso na escola e na aprendizagem dos alunos. A escola deve organizar e realizar a proposta pedagógica. Também trabalha em parceria com o professor para compreender o comportamento dos alunos e analisa e estuda como agir de maneira adequada em relação a eles e em seus conflitos e dificuldades. Ouve, dialoga e dá orientações. 
Celso Antunes nos diz tudo, se o professor gosta do que faz, e faz com amor e dedicação, os alunos aprenderão com mais facilidade, respeitando sempre as individualidades de cada um e ajudando-o.
O coordenador pedagógico da escola, seu principal público alvo é o aluno. Seus objetivos são em compreender suas dificuldades, analisando a realidade de cada aluno, para poder posteriormente ajudá-lo no que for necessário e no que for possível. Sabemos que estamos em um tempo em que temos dificuldade de fazer com que nossas aulas sejam atrativas, interessantes, pois a tecnologia está em toda parte e muitas vezes as atividades/aulas perdem o interesse e a motivação para o estudo diminui, mas temos muitas outras interferências no aprendizado, além desses, sendo os problemas de saúde, psicológicos e muitos outros que vamos falar depois.
O professor deve de várias maneiras instigar o interesse do aluno, propondo-lhe questões que a ajudem a consolidar as ideias, estimular a constante descobertas, de modo que aquilo que foi aprendido na escola possa ter significado fora dela. Devendo ter estratégias pedagógicas disponibilizadas, bem como criar novas situações significativas que favoreçam a aprendizagem de determinado conceito. Habilidades cognitivas, motoras, a atenção, o entrosamento, o respeito entre as diferenças e muitos outros. Segundo (Fonseca, 1995):
 
As dificuldades de aprendizagem aumentam na presença de escolas superlotadas e mal equipadas, além de contarem com muitos professores desmotivados. A escola não pode continuar a ser uma fabrica de insucesso. Fonseca, 1995.
Além disso, estudar os melhores métodos, formas de trabalho, os melhores resultados, aqueles que tiveram melhor aceitação nos alunos com dificuldades. Por isso esse trabalho mostra-se importante. A escola deve criar meios para facilitar o trabalho do professor sendo ele seja o elo, o mediador dos problemas de dificuldade x aprendizagem, das conversas ou dependendo do caso, no aumento e desenvolvimento diário, utilizando sempre o diálogo como principal ferramenta.
Fazer calmamente um levantamento, detalhado do histórico desse aluno em questão, para então proceder, interferir e ajudar no que for necessário e possível e junto com os demais “diagnósticos” tomar as providências cabíveis.
Hoje em uma nova visão de Educação, com toda essa tecnologia, essa informatização, as redes sociais presentes nas escolas, nas salas de aula, o papel da equipe é fundamental, todos deverão assumir e discutir juntos com a gestão escolar todos esses avanços para somar no ensino aprendizagem. Tecnologias, mais estudos, somando a aprendizagem.
Segundo Henri Wallon, que vem nos trazer e iluminar a questão da afetividade no processo ensino-aprendizagem afirma que: A relação de afetividade entre aluno e professor é fundamental e pode fazer com que esse aprendizado se acelere e seja mais prazeroso, e divertido, sendo um fator determinante no desenvolvimento escolar de cada aluno. Todas as pessoas gostam e necessita de compreensão, acolhimento, mas a afetividade entre professor e aluno, vem para somar, pois, aluno que recebe o afeto, que é tratado com carinho, aprende mais e mais rápido.
Sabemos que a criança que se sente amada, aceita, respeitada, valorizada adquire com mais facilidade autonomia e confiança e aprende a autovalorização e importância que tem na escola, na sociedade. Com o diálogo e o afeto se aprende mais. É o que nos diz Silva e Schneider.
Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. O professor que não leva a sério sua formação, que não estuda que não se esforça para estar a altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades da sua classe. (Freire, 2010 p.114).
6 O APOIO FAMÍLIAR FRENTE AO ALUNO COM DIFICULDADE
​ 
A aproximação dos pais na escola é muito importante para o bom desempenho na vida escolar do seu filho. Os pais e a escola devem trabalhar juntos. A participação dos pais é indispensável para o desenvolvimento e a formação de um aluno futuramente responsável e seguro em suas decisões. Por isso se faz necessário que a família procure acompanhar o desenvolvimento da criança em todo o seu processo de aprendizagem, tanto em casa quanto nas atividades na escola.
Despertar na família o comprometimento, onde nasça um hábito de visitar a escola, para conversar sobre o aluno, suas dificuldades e também suas facilidades, fazer visita na sala de aula, participar de reuniões sempre que convocados, conversar com os professores, e atividades extracurriculares, demonstrando interesse, participação, nas atividades tanto feitas na escola quanto o que são levadas para fazer em casa, acompanhar nas lições de casa, ajudar na leitura ou pedir para que eles leiam conversar sempre com os filhos sobre os assuntos da escola, verificar se o material esta completo zelar pelo cumprimento das regras da escola. Construindo assim um vínculo de amor e compromisso entre a escola e a família. A  ausência da participação  da família no ensino aprendizagem dos   aluno pode ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais  vê a escola como local de depósito de crianças, vão matriculam seus  filhos e  só aparecem na escola quando seusfilhos estão com  problemas, baixo desempenho ou quando a   coordenação manda chamá-lo.
Sendo que o meio muda e se transforma com o sujeito, assim também acontece com o sujeito. Sendo que tudo o que acontece na escola se reflete na sociedade, assim como tudo o que acontece na sociedade, família, se reflete na escola, positivamente ou muitas vezes negativamente. Orientadores e Professores estudam e trabalham para saber contornar essas atitudes.
Para Vigotsky a criança inicia seu aprendizado muito antes de chegar à escola, vem com uma bagagem de casa, um conhecimento, sendo que o aprendizado escolar vai introduzir elementos novos no seu desenvolvimento, na sua aprendizagem. A aprendizagem é um processo contínuo, que acontece gradualmente. Por isso ele afirma que:
Aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã – ou seja, aquilo que uma criança pode fazer com assistência hoje, ela será capaz de fazer sozinha amanhã. (VIGOTSKY, 1984, p. 98).
Sendo o ponto mais importante salientar que cada pessoa tem seu costume, cultura, e que somos todos diferentes, trabalhando as diferenças e os valores. Também aprende respeitar a opinião e a vez do outro. Com isso desenvolve e aprende a viver em sociedade e não só em família, vê que existe outros costumes que ali na escola todos são diferentes, mas também todos são iguais perante as regras e normas.
As dificuldades de aprendizagem é uma questão que sempre causou preocupação aos educadores e pesquisadores que certos alunos apresentam em sala de aula, onde além dos já citados acima também a os que se negam a realizar suas atividades, e outros que, por motivos banais, falam mal e agridem os colegas trazendo as consequências ao processo de ensino-aprendizagem. Escola, família e sociedade são responsáveis não só pela transmissão de conhecimentos, valores, cultura, mas também pela formação da personalidade social dos indivíduos.
Não há como ignorar que a forma como as famílias estão estruturadas podem interferir no processo ensino aprendizagem, pois as crianças que vivem em famílias que tem uma interação saudável com presença de uma união estável e coesa, com capacidade de diálogo, com recursos para ter uma vida digna, apresentarão na maioria das vezes, excelentes resultado durante toda sua vida escolar e social. Já os membros de uma família desestruturada, geralmente se mostram defensivos, distantes, agressivos e tendem a apresentarem, na maioria das vezes, dificuldades em sua vida escolar e social.
Os pais, a escola, o professor e a criança devem estar em sintonia, cada um fazendo sua parte. A responsabilidade é de todos. Na escola recebe auxilio do professor em casa recebe apoio dos pais e assim o processo de aprendizagem terá resultados positivos. Muitas vezes, ajudar o pequeno a ter um bom desempenho na escola é uma questão apenas de ouvir seus problemas mesmo os que parecem irrelevantes como elogiá-lo e repreendê-lo quando necessário, orientando-o em cada situação. Para ter bons resultados na escola, algumas palavras-chave são fundamentais, como: estrutura, disciplina, desafios, reconhecimento, motivação, limites, escolhas, segunda chance, compreensão, respeito e muito amor.
O professor deve ser um exemplo, para que possa exercer, sem autoritarismo, a sua função educativa. Deve proporcionar, na sala de aula, um clima de participação e respeito, sem esquecer que o aluno é um indivíduo com direito a ter dúvidas, a ter dificuldades, a ter opiniões, a colaborar e a ser criança. Sendo assim faz-se necessário que o educador reveja diariamente a sua prática, analise as diversas situações ocorridas, o que pode ser melhorado, enfim uma reflexão acerca de suas teorias e práticas aplicadas. Segundo o Freire (1996, p.44):
Somente quando o professor voltar o olhar criticamente sobre a sua ação pedagógica é que será capaz de perceber os seus acertos e desacertos e com isso transcender de um ativismo prático à práxis verdadeira e com isso concretizar mudanças no seu pensar e agir docentes. (FREIRE, 1996, p.44).
O que se espera é que a escola seja um local que se eduque, se instrua se socializa e acompanhe os alunos até que estes se formem cidadãos e sejam inseridos na vida adulta, aptos para conviverem com independência e autonomia. A escola precisa do apoio dos pais para realizar um bom trabalho, de nada adianta a escola impor suas regras e normas sem a concordância de pais e alunos. Para que haja esse apoio, a família precisa estar presente na vida escolar do seu filho. Escola e família juntas são responsáveis pelo futuro do aluno, por isso ambos precisam participar integralmente da vida escolar do educando. 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que as crianças com dificuldades de aprendizagem não podem viver mergulhadas no stress, e nem ter envolvimento algum com alguma espécie de humilhação. Pois antes de tudo a criança com dificuldade precisa ser respeitada. Vemos também a importância da equipe pedagógica e o seu papel indispensável para escola, quando lembramos que a criança com dificuldades de aprendizagem ou transtorno precisa ser transformada em um membro válido dentro da sociedade e tratando com reconhecimento e sucesso o progresso de suas áreas fortes. O papel do professor é fundamental. Afinal, ele tem contato diário e próximo com o aluno, além de ter fácil acesso aos grupos que o cercam — família, amigos e outros professores. A rotina da escola também é muito propícia para identificar queixas dos alunos que podem apontar (ou não) para casos de dificuldade de aprendizagem. O professor convive com alunos com dificuldades de aprendizagem e não consegue muita ajuda, não tem profissionais na área, pois a demanda é bastante extensa, e ele deve procurar meios de ajudar este aluno, buscando conversar com outros professores, com a família, tentando compreender os motivos e buscando soluções para melhorar, ajudando o aluno a aprender. São muitos os motivos de dificuldades na aprendizagem. Também há casos em que alguns pais delegam a escola à educação geral dos filhos, livrando-se assim da função fundamental da família que também tem o seu papel de educar, esse papel não pode ficar como compromisso da escola. Sendo assim promover o envolvimento dos pais na escola, se encarando como parceiros de caminhada, atuando juntas como agentes facilitadoras do desenvolvimento pleno do educando. É papel da escola, por meio da figura do professor, adaptar a metodologia de ensino para ajudar o aluno. Não estamos falando apenas de adotar práticas ou instrumentos para contornar as dificuldades de aprendizagem. Mostrando que em sintonia e união que se promove uma educação de qualidade. A criança em desenvolvimento sofre influências marcantes das duas instituições principais: a família e a escola. Esta reflete os valores culturais da sociedade e se relacionam com a cultura de uma maneira complexa. Na realidade, é mais necessário buscar a dinamicidade e inovação na sala de aula e nas atividades proposta, visando sempre melhorar as capacidades das crianças. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DORNELES, B. Conhecimentos atuais sobre processos de aprendizagem e suas implicações para a escola. Fazeres e saberes educativos, Getulio Vargas, ano I, n.1, p.22-29 jun. 2002
FERREIRO e TEBEROSKY,A. psicogênese da língua escrita. Porto Alegre:Artmed,1986.
FREIRE, Paulo - Pedagogia da autonomia: Paz e Terra. SP 1996
PIAGET, Jean. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação. Volume 8. Ética. Brasília, 2001.
STAIMBACK, S; STAIMBACK,W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed,1999.
TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41ª ed. São Paulo: Gente, 1996. 240p.
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ZAGURY, Tânia. O professor refém. São Paulo: Editora RCB, 2006.
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