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Prótese Parcial Fixa 1 - Diagnóstico e Plano de Tratamento

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 Prótese Parcial Fixa 
EXAME DO PACIENTE 
 
Anamnese 
 Aspectos psicológicos, necessidades 
estéticas ou funcionais, hábitos 
parafuncionais (bruxismo e 
apertamento); 
 Saúde geral (cardiopatas, diabéticos, 
anêmicos); 
 História odontológica (traumas 
prévios, motivação ao tratamento). 
 
Exame extraoral 
 Aspecto facial – DV, suporte do lábio e 
linha do sorriso; 
 DV diminuída – atrição acentuada ou 
perda posterior – colapso facial, 
redução do terço inferior da face, 
projeção do mento, intrusão do lábio, 
aprofundamento do sulco 
nasogeniano – queilite angular, 
Vestibularização dos dentes 
anteriores; 
 DV aumentada: tratamento 
restaurador ou reabilitador 
inadequado – face demasiadamente 
alongada, sintomatologia muscular 
pelo estiramento das fibras 
musculares e ligamentos, dificuldade 
de fonação, deglutição e mastigação; 
 Suporte do lábio: enxerto ósseo ou 
conjuntivo; gengiva artificial. 
 Linha do sorriso: alta, média ou baixa; 
 Avaliação da musculatura e 
Articulação Temporomandibular. 
 
Exame intraoral 
 Primeiro, dever ser analisado os 
tecidos moles para diagnóstico de 
lesões que podem mudar o curso do 
tratamento; 
 Dentes: 
- Presença de cáries e restaurações: 
lesões de cárie são as responsáveis 
pela maior taxa de insucesso, 
sobrecontorno devido ao desgaste 
insuficiente, compressão das papilas 
e invasão do espaço biológico causam 
problemas periodontais. 
- Alterações da faceta estética: 
fraturas ou desgastes na cerâmica 
podem ser solucionadas com 
restaurações diretas em resina 
composta sobre a cerâmicas em casos 
selecionados. 
- Estética: expectativas do paciente e 
do profissional conjuntas, considerar 
todos os fatores estéticos; 
- Oclusão: análise clínica e montagem 
dos modelos de estudo no ASA, 
identificação de sinais de colapso da 
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 Prótese Parcial Fixa 
oclusão (mobilidade, perda óssea), 
contatos oclusais exagerados podem 
causar pericementite traumática. 
- Número e disposição dos dentes: a 
disposição é mais importante que a 
quantidade para que haja 
estabilidade. 
- Inclinação: dependendo do grau, 
pode ser necessário ameloplastia, 
movimentação ortodôntica, etc. 
- Tamanho da coroa clínica: 
relacionado ao grau de retenção e 
estabilidade da prótese. Coroas 
curtas: confecção de sulcos ou 
canaletas nas paredes axiais. 
- Vitalidade pulpar: realizar os testes 
pulpares para saber a condição pulpar 
e do periodonto. Dentes despolpados 
não devem ser usados como pilares 
de extensos espaços protéticos, pois 
são fragilizados devido ao tratamento 
endodôntico. 
 Periodonto: 
- Pacientes divididos em 2 grupos: 
com risco à doença periodontal e sem 
risco à doença periodontal. 
- Acurado exame periodontal antes do 
tratamento. Observar os seguintes 
aspectos: 
1. Exame de profundidade de 
sondagem: presença de bolsas e 
perda óssea. 
2. índice de sangramento: espera-se 
de 10 a 20 segundos para observar se 
há sangramento; indicador de 
inflamação. 
3. Exudato: proveniente da bolsa 
indica doença periodontal. 
4. Recessão gengival: influencia na 
estética. 
5. Envolvimento de furcas: avaliar 
grau de envolvimento das furcas, 
complexidade do tratamento 
restaurador, presença de cáries, 
gravidade da destruição, 
possibilidade de restauração, 
manutenção e custo. 
6. Mobilidade: indicativo de outras 
condições patológicas. 
7. Índice de placa: referencial do grau 
de higiene e colaboração do paciente. 
8. Distâncias biológicas: o desrespeito 
a tais áreas comprometerá o 
periodonto. 
 Exame da área edêntula: avaliar as 
caraterísticas do rebordo. Em alguns 
casos, é necessária correção cirúrgica 
(enxerto ósseo ou gengival). 
 
Exame radiográfico 
 Lesões ósseas, raízes residuais, 
corpos estranhos, quantidade e 
qualidade óssea, anatomia radicular, 
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 Prótese Parcial Fixa 
qualidade do tratamento 
endodôntico, etc. 
 Radiografias panorâmicas, peripicais, 
interproximais, tomagrafica 
computadorizada. 
 
Modelos de estudo 
 Montados em Articulador Semi – 
Ajustável na posição de RC. 
Registro da situação inicial do paciente. 
 Observação dos contatos que 
conduzem a mandíbula da RC para a 
MIH. 
 Observação do movimento que a 
mandíbula executa de RC para MIH. 
 Observação facilitada das relações 
intermaxilares. 
 Observação dos efeitos de um 
possível ajuste oclusal. 
 Observação facilitada das inclinações 
das unidades dentais. 
 Enceramento diagnóstico. 
 Confecção de coroas provisórias. 
 Confecção de guia cirúrgico para 
instalação de implantes. 
 
Planejamento 
 Grau de reabsorção óssea nos 
sentidos horizontal e vertical, 
especialmente na região anterior para 
avaliação do suporte adequado ao 
lábio superior; necessidade de 
cirurgias de enxerto ósseo e/ou 
conjuntivo ou s gengiva artificial. 
 Avaliação do número de dentes 
remanescentes e quantidade de 
suporte ósseo devido às cargas 
mastigatórias. 
 Avaliação da qualidade do 
remanescente radicular e/ou do grau 
de dificuldade para a realização do 
tratamento endodôntico e/ou 
confecção do núcleo intrarradicular. 
 Avaliação da qualidade das coroas dos 
dentes vizinhos ao espaço edentado. 
 Aspecto financeiro; analisar a relação 
custo/ benefício do tratamento 
planejado e optar pelo tratamento 
mais duradouro para o paciente. 
 Se o paciente apresenta bom estado 
de saúde geral para ser submetido a 
cirurgias mais complexas. 
 Se o paciente tem disponibilidade de 
tempo para esperar a cicatrização de 
enxertos, a colocação de implantes e 
a instalação da prótese ou se não é 
mais rápido confeccionar outro tipo 
de prótese envolvendo somente os 
dentes. 
 Condição psicológica do paciente. 
 Capacitação do cirurgião-dentista. 
 
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 Prótese Parcial Fixa 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
PEGORARO, Luiz Fernando; VALLE, Accácio 
Lins do; ARAÚJO, Carlos dos Reis Pereira de; 
BONFANTE, Gerson; CONTI, Paulo César 
Rodrigues. Prótese Fixa: bases para o 
planejamento em reabilitação oral. 2. ed. 
São Paulo: Artes Médicas, 2013.

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