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Afecções Ortopédicas em Animais

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Afecções ortopédicas
SUPORTE A VIDA
· “ABC do trauma” - avaliação de vias áreas superiores, inferiores e cardíacas
· Trauma neurológico
· Trauma abdominal
· Trauma urinário
· Trauma ortopédico
EXAME ORTOPÉDICO
Histórico: qual foi a conduta do tutor ao ver o animal traumatizado? Foi medicado? Manipularam a área da lesão? Etc...
Observação:
· Deformidades ósseas
· Estação x tempo
· Marcha x claudicação x ataxia
· Observação do membro afetado
· Sentar/levantar: pacientes que costumar se apoiar de forma incorreta começam a formar calos de apoio nos membros
· Subir/descer
· Estado corporal
Palpação:
· Palpar cada osso individualmente da região distal a proximal
· Palpar procurando desconforto (dor), crepitação, ossos fora da posição anatômica, aumento de volume, instabilidade e temperatura
· Realizar movimentos de flexão, extensão e lateralização com cuidado
· Assimetria muscular (comparando com membro sadio)
Observações:
· Impotência: quando animal não toca pata no chão
· Ataxia: incoordenação/hipermetria do movimento
· Conduta: pacientes que chegarem com feridas ortopédicas graves, se não estiver com hemorragia, deve ser enfaixado para poder ser estabilizado antes de iniciar tratamento ortopédico
Deformidades ósseas
EXAMES COMPLEMENTARES ORTOPÉ-DICOS
· Exames específicos
· RX em duas projeções 
· US
· Tomografia 
· Ressonância
OSTEOARTROSE OU OSTEOARTRITE
CAUSAS
· DAD: doença articular degene-rativa
· Presença de osteófitos peri e intra articulares (ao redor ou dentro da articulação): ocorre devido a comprometimento na cartilagem e consequentemente exposição do osso subcondral (que fica abaixo da articulação), podem se soltar na articulação
· Alterações em sinóvia e osso subcondral: alterações na cápsula articular, podendo ficar inflamada e espessa
· Alteração no líquido sinovial: gera mais facilidade de atrito
DEFINIÇÃO
Distúrbios das articulações sinoviais:
· Perda de proteoglicanos
· Elevação nas atividades de degradação e síntese dos condrócitos
· Aumento no espaço entre as linhas de fibras de colágeno
· Incremento no teor da água
· Diminuem elasticidade da cartilagem e geral fissuras
 
OSTEOARTITRE PRIMÁRIA OU IDIOPÁTICA
· Fatore desencadeador não pode ser identificado
· Simétrica: carpos, joelhos ou cotovelos 
· Raças predispostas: Chowchow, Dálmata, Spaniels
· Incomum
OSTEOARTITRE SECUNDÁRIA
· Comum
· Osteocondrose
· Displasia coxofemoral 
· RLCCr: ruptura do ligamento cruzado cranial
· Ligamento colateral
· Luxações ou subluxações articulares
· Fraturas intra-articulares
· Imunomediada
DIAGNÓSTICO
· Claudicação ou rigidez ao andar
· Desconforto pós exercício
· Clima frio
· Crônico
· Articulação espessada = fibrose
· Crepitação
· Dor
· Goniômetria: avaliação da amplitude do movimento
· Derrame ou efusão do líquido inflamatório: ocorre distensão da cápsula
· Explosão súbita aguda da osteoartrite: osteófito solto na articulação
EXAMES COMPLEMENTARES
· Radiografia
· Osteofitose
· Esclerose subcondral
· Calcificação intra-articular
· Artrocentese
· Avalia volume do líquido, viscosidade e contagem celular de polimorfonucleares (resultado não pode exceder 5%)
· Pode ser injetado ácido hialurônico na articulação para preenchimento do volume (tratamento caro)
· Artroscopia
· US
· Ressonância magnética
TRATAMENTO
Conservador:
· Restrição de exercícios de 10 a 14 dias
· Controle de peso
· Medicamentos: 
· AINEs: Firocoxib 5mg/kg; Mavacoxib 2mg/kg; Carproglan 4,4 mg/kg
· Corticosteroides (polimorfonucleares > 15%)
· Condroprotetores
· Aplicação de ácido hialurônico por infiltração intra-articular
· Fisioterapia e acupuntura
Cirúrgico:
· Queilectomia: remoção do rebordo irregular da cavidade de uma articulação
· Perfuração metafisária: perfuração na cartilagem para que o osso subcondral venha cicatrizando, nutrindo e assim melhorando a perfusão da circulação no tecido
· Denervação do quadril e cotovelo: opção para retirar a dor, tem limitação para cães acima do peso
· Próteses: para cães com muita dificuldade locomotora e sem resposta clínica ao tratamento, não é necessário revisão da prótese 
· Artrodese: fixação cirúrgica de uma articulação; animal perde movimento e assim para a dor
· Células tronco
ESTIRAMENTO E LUXAÇÃO
DEFINIÇÃO
É uma lesão ligamentar ou tendínea parcial, normalmente por trauma que causa instabilidade articular, deformidade (devido mudança de ângulo), perda de função e crepitação.
· 1º grau: destruição de fibrilas em pequeno grau 
· 2º grau: ruptura parcial
· 3º grau: ruptura total
DIAGNÓSTICO
· Normalmente é feito por imagens radiográficas em estresse para avaliar amplitude da articulação
· Ultrassom e ressonância ajudam a avaliar os ligamentos e tendões que não são vistos em radiografia
· Deformação elástica x deformação plástica x ruptura
TRATAMENTO
1º grau: repouso, imobilização e reabilitação.
2º grau: imobilização e cirurgia.
3º grau: cirurgia (tenorrafia em alguns casos).
Afecções do quadril
DISPLASIA COXOFEMORAL
DEFINIÇÃO
A displasia coxofemoral (DFC) é uma anormalidade do desenvolvimento ou crescimento da articulação coxofemoral, caracterizada por instabilidade, arrasamento do acetábulo (fica mais raso) e alterações na cabeça e colo do fêmur, as quais se desenvolveram ao longo do primeiro ano de vida, conduzindo a fenômenos de deficiência funcional ao final de um período variável.
· Mais comum em animais filhotes entre 4 e 5 meses 
· DCF X osteoartrose: osteoartrose é uma degeneração da articulação (estrutura óssea, cartilagem e cápsula articular) que é consequência da DFC
· Para compensar a instabilidade da articulação a cápsula articular tende a ficar mais espessa, devido a inflamação, para dar mais sustentação 
CAUSAS
Multifatorial: base genética, tamanho e taxa de crescimento, alimentação, musculatura pélvica, biomecânica articular, ângulo de inclinação e anteversão da cabeça e colo femoral.
· Cães com DFC devem ser retirados da reprodução devido a base genética
Distribuição racial: Rottweiler, Golden, Labrador, Pastor Alemão, Pitbull, Bulldog, São Bernardo. 
Também ocorre em gatos, principalmente da raça Maine Coon.
PATOGENIA
· Articulações normais ao nascimento
· Instabilidade articular e desenvolvimento da DFC até o 6º mês de idade
· Evolução: sinovite, efusão articular, espessamento da cápsula articular, desgaste anormal e erosão acetabular (perca de cartilagem) -> osteófitos e microfraturas
SINAIS CLÍNICOS
Cães jovens (4-12 meses): redução da atividade claudicação exacerbada por exercícios, dificuldade em levantar, subir escadas, saltar obstáculos, “correr como coelho” (pulando e não alternando as patas), aspecto retangular dos membros pélvicos.
Cães adultos (>12 meses): claudicação, atrofia, muscular pélvica, hipertrofia muscular torácica.
· Redistribuição do peso para alívio de dor
· Dificilmente animal terá impotência do membro, claudicação, o mais comum é o animal andar rebolando
· Andar rebolando: cabeça do fêmur sai do lugar ao apoiar
· Pisos lisos podem piorar a manifestação dos sinais clínicos e fazer com que a progressão de osteoartrose seja mais rápida mas não causa DFC
EXAME CLÍNICO
· Amplitude de movimento: flexão, extensão, adução e abdução
· Avaliar: dor, luxação, crepitação, instabilidade
Exames específicos:
Manobra de Ortolani: pode ser feito a partir dos 4 meses de idade, ideal é ser feito com sedação para ter relaxamento pois o exame é dolorido, realizar com o animal em decúbito ventral, empurrando o fêmur em direção ao chão (como se o cão estivesse andando), colocar o polegar em cima do trocanter maior para avaliar se o osso irá sair da cavidade ou não (emite um som se positivo).
· Não é feito em cães adultos devido a deformidade que já terá por anos, deve ser feito em animais jovens para diagnosticar precocemente
· É normal o animal jovem ter um pouco de frouxidão se não houver dor e instabilidade por muito tempo, se apresentar instabilidade o ideal é radiografar
· Teste também pode ser feito em decúbito lateral
 
Figura 1: para examinar a frouxidão do quadril com o animal posicionado em decúbito lateral, coloqueuma mão sobre as costas e segura o joelho com a mão oposta. Segure o fêmur paralelo à mesa ou em adução e subluxe a cabeça femoral empurrando o joelho em direção à pelve. Enquanto mantém a pressão, abduza o membro. Quando a cabeça femoral retornar ao acetábulo, você sentirá um clique.
Figura 2: para examinar a frouxidão do quadril com o animal posicionado em decúbito dorsal, coloque as mãos sobre os joelhos. Segure os fêmures paralelos um ao outro e perpendiculares à mesa. FIGO. 31.10 Para examinar a frouxidão do quadril com o animal posicionado em decúbito lateral, coloque uma mão sobre as costas e segure o joelho com a mão oposta. Segure o fêmur paralelo à mesa ou em adução e subluxe a cabeça femoral empurrando o joelho em direção à pelve. Enquanto mantém a pressão, abduza o membro. Quando a cabeça femoral retornar ao acetábulo, você sentirá um clique. Subluxe a cabeça femoral empurrando o joelho em direção à pelve. Enquanto mantém a pressão, abduza o membro. Quando a cabeça femoral retornar ao acetábulo, você sentirá um clique.
Manobra de Barden: com o animal em decúbito lateral, realizar a elevação do fêmur em linha reta (para cima) para afastar do acetábulo, sem abduzir o membro.
· Pode ser feito em adultos, mas é mais indicado realizar em animais jovens
EXAME DIAGNÓSTICO
RAIO X
O grau de lesão é dado através da avaliação morfológica das estruturas articulares, conforme espécie e raça do paciente, da proporção de cobertura da cabeça do fêmur pelo acetábulo e da mensuração do índice de Norberg.
Os sinais radiográficos comuns a todas as espécies são o raseamento acetabular, incongruência entre a cabeça femoral e o acetábulo com graus variáveis de luxação, deformação da cabeça e colo femoral e sinais de artrose nos casos crônicos.
· Normal: na imagem o acetábulo deve cobrir pelo menos 50% da cabeça do fêmur
· Projeção deve ser feita com animal em posição ventro-dorsal com extensão de membros e paralelos entre si
· Projeções em estresse (compressão-distração)
· DAR ou BAD: ângulo da borda acetabular
· Posicionamento correto: imagem deve mostrar o acetábulo até articulação do joelho
· Para classificação da DFC utilizando raio x o animal deve ter entre 18-24 meses de idade
Ângulo de Noberg: o ângulo de Norberg (AN) é utilizado para mensurar o deslocamento da cabeça do fêmur em relação ao acetábulo, a fim de avaliar o grau de frouxidão articular. Ângulos menores que 105º denotam subluxação. Contrariamente, AN maiores ou iguais a 105º são encontrados em articulações normais (quanto maior o ângulo significa que o acetábulo cobre mais a cabeça do fêmur, quanto menor cobre menos).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Ruptura do ligamento cruzado cranial
· Osteocondroses
· Panosteíte
· Fraturas/luxações
· Doenças neurolóficas: mielopatia degenerativa, síndrome da cauda equina
ESTRESSE – PENNHIP
· Avaliação prognóstica da ocorrência de artrose aos 4 meses para uma avaliação precoce da frouxidão articular nos próximos 3 anos
· OFA: lesões degenerativas após os 2 anos de idade
· 55% de falsos negativos pelo OFA apresentam DAD após os 5 anos 
· Quanto < o DI, < a chance de DAD; o inverso não é verdadeiro
· DI x ODA – cães displásicos pela OFA têm DI: 0.3, o inverso não
Exame é feito uma projeção com o fêmur perpendicular à mesa com um instrumento, denominado distractor, entre as pernas. Depois a projeção é refeita em estresse, aproximando os joelhos entre o instrumento para que a cabeça do fêmur se distancie do acetábulo. É calculado a distância (índice de distração), de 0 a 1, quando mais próximo de 1 maior a chance de DAD.
Esse exame não diagnostica displasia, mas sim se a articulação é frouxa. Como a frouxidão pode levar a DFC o exame serve como triagem para diagnóstico.
Exame de PennHip só deve ser feito por veterinários credenciados na universidade de Pensilvânia.
· OFA = Orthopedic Foundati-on Of Animals, é uma organização de padronização de raças
· DAD = doença articular degenera-tiva 
· DI =
· ODA =
Cada raça tem um índice de distração:
TRATAMENTO CONSERVATIVO
· Indicações para cães “pet” ou com maus de 18 meses, sintomáticos leve
· Se baseia no controle de peso, fisioterapia, exercícios de baixo impacto (hidroterapia, por exemplo), anti-inflamatórios e condroprotetores, implante de outro e acupuntura
TRATAMENTO CIRÚRGICO
CIRURGIA DE PREVENÇÃO
Previnem a progressão da osteoartrose por aumentar a superfície de contato articular.
Osteotomia tripla ou dupla da pelve: rotação acetabular por sobre a cabeça do fêmur. Indicações: pacientes de até 10 meses com ausência de osteoartrose. Contraindicações: pacientes com mais de 10 meses, com osteoartrose ou arrasamento acetabular. Técnica que é feita osteotomia da pelve para mudar angulação do acetábulo para que possa cobrir melhor a cabeça do fêmur e acabar com instabilidade da articulação. É utilizada uma placa angulada para posicionamento. Não é recomendado realizar a cirurgia dos dois lados ao mesmo tempo pois gera estreitamento do canal pélvico.
Sinfisiodese púbica juvenil: gerar cobertura sobre a cabeça femoral. Indicações: jovens de 4 a 6 meses de idade, profilático, eletrobisturi. Técnica de cauterização da sínfise púbica fazendo com que ocorra maior crescimento do acetábulo, o que leva a maior cobertura da cabeça do fêmur e diminuindo a instabilidade e chance de DFC.
CIRURGIA DE ALÍVIO
Eliminam a dor, normalmente feita em animais com idade acima de 1 ano.
Denervação capsular: remoção das terminações nervosas da cápsula articular na porção dorsocranial. Indicada para pacientes acima de 1 ano de idade com osteoartrose. Técnica de raspagem do segmento para denervação, com cuidado para não lesar o nervo ciático. Paciente continua com sinais clínicos mas com menos dor.
Prótese total do quadril: substituição articular. Indicações: pacientes com mais de 10 meses (osso ainda imaturo antes disso, pode rachar prótese), com osteoartrose ou por insucesso após CCF. Contraindicação: cães assintomáticos, pacientes com infecções, animais jovens, neuropatias, outras condições ortopédicas.
 
Amputação do colo e cabeça do fêmur: eliminação da articulação.
Indicações: pacientes com osteoartrose severa e dor, subluxação/luxação acompanhadas de dor, pacientes pequenos para prótese. Contraindicações: animais pesados, subluxação ou luxação coxofemoral assintomática. Técnica retira colo e cabeça do fêmur e é colocado músculo como apoio para sustentação.
*Observação: sempre castrar os pacientes com suspeita de displasia!
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR
DEFINIÇÃO
· Doença que ocorre em cães pet, com menos de 10kg
· Necrose = morte de tecido / asséptica = sem bactérias 
Alguns animais desenvolvem uma necrose sem contaminação da cabeça do fêmur, o que faz com que perca densidade óssea, causando mudança na morfologia da cabeça do fêmur e dor na articulação do quadril.
ETIOLOGIA
Causas: 
· Evento isquêmico de origem desconhecida: tamponamento dos casos intracapsulares sinoviais - existe hipótese do osso do paci-ente crescer mais rápido do que os vasos sanguíneos, causando isque-mia do osso 
· Fraturas da cabeça e colo femoral: vascularização da cabeça é feita pelo periósteo ao redor, se houver fratura o comprometimento vascular é alta
· Ação hormonal e maturidade precoce
· Doença multifatorial hereditária – Manchester Terrier
· Raças normalmente acometidas: Pinscher, Pequinês, Chihuahua, maltes, Yorkshire
EPIDEMIOLOGIA
· 3-13 meses de idade (média 7 meses)
· Menosde de10 kg
· Sem rpredileaçõ sexual
· Normalmente unilateral (bilateral 12-15%)
SINAIS CLÍNICOS
· Impotência do membro ou claudicação
· Atrofia muscular
· Dor durante exame clínico em hiperextensão ou abdução do membro
DIAGNÓSTICO
· Exame radiográfico
· Ressonância magnética – mais difícil ser feito devido a sedação 
TRATAMENTO
Exclusivamente ressecção da cabeça e colo femoral.
Existem próteses nano, para cães de pequeno porte. Porém foi feito uma pesquisa que mostra que não existe diferença estatística na carga de apoio entre pacientes que realizam ressecção da cabeça e prótese em cães com necrose asséptica.LUXAÇÃO COXOFEMORAL
DEFINIÇÃO
Origem: trauma (90% das luxações em pequenos animais). Mais comum é a luxação craniodorsal mas pode ocorrer em todos os ângulos.
SINAIS CLÍNICOS
· Claudicação, não em todos os casos, depende do tempo pois o animal se adapta ao longo do tempo
· Posição do membro rotacionado medialmente
EXAME FÍSICO
· Crepitação e dor
· Teste do polegar: colocar polegar entre trocanter maior e o ísquio, fazendo rotação externa do membro, se estiver luxado o trocanter maior não pega no polegar
· Altura do trocanter maior: pode estar deslocado cranial ou ventral em relação ao outro lado
· Comprimento do membro: esticando os membros tem como ver a diferença de altura 
DIAGNÓSTICO
É feito através de raio X.
TRATAMENTO
Dos pacientes que são tratados nas primeiras 8 horas após luxação, apenas 20% dos pacientes continuarão com a cabeça do fêmur para sempre no mesmo lugar. Necessário 1 mês de repouso total para recuperação e não recidiva.
Redução fechada: reposicionamento anatômico. Passa uma corda por baixo do membro, impedindo que o paciente movimente na hora da tração. E assim reposicionando o membro no lugar. Indicada em pacientes com acetábulo que ainda é congruente. 
Bandagem de Ehmer: para que o pacien-te fique com o membro abduzido e fixado em uma posição para que a cabeça do fêmur não saia do lugar. Pesquisa mostra que manter o paciente em repouso por 40 dias sem a bandagem ou com a bandagem não grande diferença.
Redução aberta: cirurgia para colocar ossos em posição anatômica novamente, dever ser realizada capsulorrafia e fixação dos ossos.
3 técnicas para fixação: 
Parafuso em âncora: colocar parafusos com fio perdendo no trocanter.
Sutura íleo-trocantérica: sutura com fio grosso que impede que a cabeça do fêmur luxe.
Reconstrução do ligamento redondo ou Toggenpin: é feito um túnel do trocanter maior para a cabeça do fêmur, é feito um furo no acetábulo e colocado o um T para prender atrás do acetábulo, o fio que está no T é passado pela cabeça do fêmur e amarrado no trocanter.
Prótese de quadril: é outra forma de tratamento.
Fraturas e implantes
TRAUMA
Casos de fraturas inicialmente devem ser considerados emergência, porém é importante observar os outros sistemas.
Ex.: animal não irá morrer por fratura exposta em rádio e ulna, porém poderá morrer se houver contusão pulmonar não identificada.
Rotina cirúrgica no hospital:
1 – Cirurgias oncológicas
2 - Cirurgias ortopédicas
3 – Urogenital
REVISÃO - OSSO
Função:
· O osso é um tecido multifuncional: tem função de sustentação e reserva mineral
· Metabolicamente é muito ativo
· Processo contínuo de renovação e remodelação
· Mantem equilíbrio dinâmico, com regulação da mobilização e deposição mineral
Anatomia:
Osso tem diversidade de formatos e tamanhos.
Canais corticais:
· Havers e Volkmann: função de nutrir, mineralizar e enervar o osso
· Ósteon
Suprimento sanguíneo:
· Sistema vascular aferente
· Sistema vascular intermédio
· Sistema vascular eferente
· Periósteo
· Medular
· Artéria nutrícia 
· Musculatura adjacente
Componente celular:
Osteoblastos: síntese de tecido ósseo. Responsável pela reconstrução do tecido ósseo reabsorvido.
Osteoclastos: células originárias do tecido hematopoiético (fusão de monócitos). Sua função básica é a reabsorção óssea.
· Em casos de calo ósseo são os osteoclastos que remodelam o osso para anatomia normal.
Osteócitos: células mais abundantes do tecido ósseo, recobertas de conteúdo mineral, responsáveis pela manutenção do tecido vivo.
Componente mineral:
· Hidroxiapatita = fosfato de cálcio 23 peso osso mais hidróxido de cálcio
· Sódio, magnésio e fluoreto
FRATURA
É o rompimento completo ou incompleto da continuidade de um osso ou cartilagem.
Classificação:
· Fatores causadores de fraturas
· Trauma direto aplicado ao osso: acidentes automobilísticos, causas desconhecidas, quedas ou brigas
· Traumas indiretos: força transmitida ao osso a um ponto distante onde ocorre a fratura - por avulsão (mais frequente em filhotes, em colo femoral e crista da tíbia)
· Moléstias ósseas: neoplasias (osteossarco-mas), distúrbios nutricio-nais (hipertireoidismo nu-tricional secundário)
· Esforço repetitivo: cães de esporte
· Presença de ferida externa comunicante: fratura fechada ou aberta (contamina ou infectada – urgência)
· Localização: epífise, metáfise e diáfise
· Morfologia
· Gravidade
· Estabilidade após redução axial
Fraturas epifisárias
BIOMECÂNICA DA FRATURA
Forças que atuam em ossos fraturados:
Compressão, tensão/tração, cilhamento, torção, flexão/dobramento
TIPOS DE FRATURAS
Pode existir combinação de forças. Ex.: torção + compressão.
ONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
CALO ÓSSEO
· Estabilização precoce da fratura
· Atua até o osso ser capaz de assumir as forças da fratura
· Instabilidade no calo - união retarda – diminui aporte sanguíneo
“Quantidade de calo é inversamente proporcional ao grau de estabilidade no local da fratura”.
2 TIPOS:
Primário ou regeneração harvesiana: somente ocorre em fraturas reconstruíveis, alto strain, estabilidade extrema (não ocorre comumente no processo natural de cicatrização óssea – raro).
Secundário: fraturas instáveis, baixo strain, cominutivas.
TEORIA DO “STRAIN”
É uma deformação no local da fratura (deformação relativa), geralmente expressa em porcentagem.
É dado pela razão entre a variação do complemento (delta L) e o comprimento original da fenda.
· Quanto maior a fenda menor o strain
· Quando menor a fenda maior o strain
“O osso só cicatriza em gradientes de strain entre 2% e 20%”.
CALO ÓSSEO SECUNDÁRIO
· Hemorragia: formação do coágulo
· Formação do calo mole: pro-liferação de células mesenquimais pluripotenciais
· Formação de calo duro: formação cartilaginosa e ósseo
· Remodelamento do calo
RESPOSTA DA VASCULARIZAÇÃO ÓSSEA PÓS FRATURA
· Aporte varia de acordo com a complexidade da lesão
· Sistema eferente: hipertrofia (tamanho e número)
· Hematoma: aporte sanguíneo extraósseo de consolidação
· Quando a estabilidade do local da fratura e continuidade da criação medular são reestabelecidos, o aporte sanguíneo extraósseo regride
FATORES QUE PODEM DETER A RESPOSTA VASCULAR - DIMINUIR A CONSOLIDAÇÃO
· Traumatismo em conjunto a lesão original
· Lesão iatrogênica
· Redução inadequada da fratura
· Estabilização inadequada da fratura
DIAGNÓSTICO
· Anamneses: histórico de traumas (queda, atropelamento, fuga, brigas, etc) e manejo alimentar (ração, comida caseira)
· Exame físico
· Inspeção: deambulação, claudicação, impotência funcional, presença de feridas
· Palpação: dor, crepitação, instabilidade, edema
· Exame neurológico: dor superficial e profunda
· Radiologia: mínimo 2 projeções (sempre)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Deformidades angulares
· Neoplasias
· Doenças articulares
· Processos inflamatórios
TRATAMENTO
A meta a ser alcançada em cirurgia ortopédica é a completa reparação óssea, com recuperação da função do membro envolvido.
Fatores de sucesso: relação cirurgião-tutor, correta aplicação e escolha da técnica cirúrgica.
TOMADA DA DECISÃO
Avaliação do escore (nota) da fratura através da avaliação biológica, mecânica e clínica. 
Avaliação mecânica da fratura: simples ou cominutiva.
Avaliação biológica da fratura: idade, lesão muscular, osso cortical ou esponjoso, fratura aberta ou fechada.
Avaliação clínica da fratura: compressão proprietário-paciente e nível de conforto.
TALA E BANDAGENS
· Talas e bandagens: Robert Jones/Robert Jones modificada
· Velpeau
· Indicado em fraturas de filhotes onde há preservação do eixo ósseo
· Impossibilidade financeira do tutor
· Grande possibilidade de complicações
IMPLANTES
· Fixador externo – tipo 1, 2 e 3 
· Fixador circular
· Fixador híbrido
· Implantes internos
· Cerclagem
· Pinos intramedulares
· Placas e parafusos
Cerclagem: utilizada para proporcionar suporte mecânico por meio de compressão interfragmentar. É colocado ao redor da circunferência e pode ser combinado com outros implantes.
Haste bloqueada: ossos longos e fratura diafisárias, normalmente úmero e fêmur.
· Vantagem e desvantagem: osso ficaextremamente rígido
COMPLICAÇÕES
· Imobilização inadequada da fratura
· Fraturas cominutivas
· Lesão vascular
· Infecção
· Quantidade excessiva de implantes
· Implantes feitos com material inadequado
· Manejo pós-operatório impróprio
· Fatores metabólicos
União retardada: é a fratura que não apresentou completa reparação no tempo normalmente requerido pela posição e tipo da fratura.
Não união óssea: reparação óssea parou.
· Hipertrófica: pseudoartrose - maior atividade biológica e baixa estabilidade
· Atrófica: baixa atividade biológica e maior estabilidade
Mal união óssea: ocorre a consolidação em uma angulação incorreta, sem retorno a função do membro.
Processos infecciosos: osteomielites (bacterianas ou fúngicas).
TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES
· Enxerto ósseo
· Autógenos: asa do íleo, úmero e fêmur (veterinária)
· Alógenos: mesma espécie (medicina humana)
· Fatores de crescimento
· BMP-2 (Bone morphogenetic proteins)
· PDGF (Platelet-derived growth fator)
· VEGF (Vascular endotelial growth fator)
· bFGF (Basic fibroblast growth fator)
· FGF (Fibroblast growth fator)
· APC (Autologous platelet concentrate)
· TGF (Beta transforming growth factor beta)
· GDF (Human growth and differentiation
· CCN (Connective tissue family protein)
Membros torácicos
· 
EXAME FÍSICO
· Deambulação
· Posicionamento do paciente (grandes raças no chão)
· Palpação distal para proximal
· Localização da dor
· Isolar a articulação na manipulação
· Palpar a articulação e tendões
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
DEFINIÇÃO
· Doença relacionada com o crescimento que afeta a cartilagem articular
· Distúrbio da ossificação endocondral (osteocondrose)
· Cães de raças grandes e gigantes (rápido crescimento) – raro em gatos e pequenos animais
· Sinais clínicos se desenvolvem entre quatro e oito meses de idade
· Machos >fêmeas
EXAME FÍSICO
· Articulação que permite uma amplitude total de movimentos
· Dor na flexão ou extensão extrema (não confundir com dor no cotovelo)
· A claudicação varia de suave a aguda
DIAGNÓSTICO
· Raio x difícil de visualizar
· Tomografia
· Artroscopia
TRATAMENTO
· Artrotomia e curetagem 
· Acesso: craniolateral (+ invasiva) ou caudolateral
· Enxerto na falha
· Artroscopia: menos invasivo e melhor visualização
LUXAÇÃO
DEFINIÇÃO
· Traumática ou congênita (importante diferenciar)
· Medial ou lateral
· Caudal e cranial são raras
· Luxações mediais mais frequentes em pequenas raças
EXAME FÍSICO
· Claudicação
· Palpação (fácil manipulação)
· Rotação: interna (medial) ou externa (lateral)
DIAGNÓSTICO
· Exame físico
· Radiografia
TRATAMENTO
· Redução fechada: índice alto de recidiva
· Redução aberta:
· Quadro de luxação medial 
· Parafuso e fio sintético (face medial)
· Transposição medial do tendão bicipital
· Luxação lateral: transposição lateral do tendão bicipital 
· Luxação lateral: técnicas de âncoras
· Luxações com fraturas concomitantes
· Redicivantes
· Artrodese: anquilose artificial, fusão óssea e destruição total da mobilidade articular
COMPLICAÇÕES DA ARTRODESE
· Infecção
· Lesão neurológica e vascular
· Falha do implante
· Exposição do implante
· Apoio deficiente do membro
TENDINTITE BICIPITAL
DEFINIÇÃO
A tendinopatia do bíceps é um termo geral, que abrange diversos tipos de lesão, incluindo a ruptura tendínea e a inflamação do tendão e da bainha sinovial circundante.
Causas: trauma direto ou indireto, lesões repetidas, instabilidade ou sobrecarga; DFC; Inflação crônica levando a mineralização, ruptura parcial ou total.
DIAGNÓSTICO
· Exame físico
· Palpação do tendão
· Sobrepeso
· Sobrecarga: displasia coxofemoral
· Ultrassom
· Ressonância magnética
· Artroscopia
TRATAMENTO
· Conservativo: fisioterapia - shock wave ( procedimento que causa processo inflamatório para estimular cicatrização, tem bons resultados, porém é caro)
· Cirúrgico: tenodese ou tenotomia
PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES
· Displasia do cotovelo (doença compartimental medial)
· Fragmentação do processo coronóide
· Não união do processo ancôneo
· Luxação do cotovelo
· Todas causam artrose articular
DISPLASIA DO COTOVELO
DEFINIÇÃO
· Mais frequente em filhotes de grandes raças e raças condro-distróficas
· Lembrar que articulação só faz flexão e extensão (bem limitada)
· Macho > fêmea
· Hereditário e ambiental (reprodução desestimulada)
· Em geral, cães de grande porte (Labrador, Rottweiler, Bernese, Newfoundiand, Golden Retriever, Pastor Alemão, ChowChow) são mais acometidos
SINAIS CLÍNICOS
· A perda da amplitude de movimento do cotovelo é evidência de DAD
· Claudicação
· Dor na palpação da região medial do cotovelo
· Isolar bem a região do exame físico
*DAD = doença articular degenerativa
DIAGNÓSTICO
· Radiologia: difícil visualização, flexão e extensão
TRATAMENTO
· Placa de deslocamento – osteotomia reduzida:
· Retira o peso de um lado e coloca em outra
· Só tem um tipo de placa
· Quase não utilizado pois mexe em úmero
· Mais comum é mexer em ulna (mais fácil)
· Melhor tratamento é artroscopia
FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO CORONOIDE
DEFINIÇÃO
É um tipo comum de doença do coronoide medial e geralmente ocorre como uma separação de uma pequena porção do processo coronoide medial da ulna. 
As fissuras podem ser uma fonte de dor e claudicação ainda sem fragmentação. Quando ocorre fragmentação, resulta em um pedaço separado de cartilagem e osso trabecular que pode ser fixado ao ligamento com tecido fibroso.
DIAGNÓSTICO 
· Tomografia
· Artroscopia
· Cintilografia óssea
TRATAMENTO DA FPC
· Coronoidecomia
· Artrotomia
· Em cães de 5-6 meses, em adultos tem pouca melhora pós-tratamen-to
NÃO UNIÃO DO PROCESSO ANCÔNEO
DEFINIÇÃO
· Mesma sintomatologia da FPC
· Dor na extensão do membro do exame físico
DIAGNÓSTICO
· Radiografia: membro flexionado
TRATAMENTO
· Remoção do processo ancôneo
· Acesso caudo-lateral ou medial combinada com FPC
LUXAÇÃO DO COTOVELO
DEFINIÇÃO
· Evento traumático
· Ruptura ou avulsão de um ou ambos os ligamentos colaterais
· A luxação crônica resulta em condromalácia, destruição de cartilagem articular e DAD secundária
DIAGNÓSTICO
· Cães de qualquer idade ou raça podem ser afetados
· Cotovelo é mantido em posição fleixonada
· Fácil palpação
· Radiografia
TRATAMENTO
· Redução fechada: até 8 horas da luxação, tem alto índice de recidiva
· Redução aberta: alto índice de morbidade, DAD
Afecções do joelho
ANATOMIA DO JOELHO
· Articulação sinovial
· Movimentos de flexão e extensão
 
 
PARTICULARIDADES DE CÃO E GATO
· Gato tem patela grande, mas todos os ligamentos iguais
· Fêmur do gato é um pouco mais reto que o do cão
EXAME FÍSICO
CÁPSULA ARTICULAR
· Membrana fibrosa (Externa): sensi-bilidade
· Membrana sinovial (interna): pro-dução de líquido sinovial (nutrição)
· Propriocepção
· Nutrição ocorre por difusão (movi-mento)
· Cartilagem (não vascularizada e não inervada, dificulta cicatrização)
LUXAÇÃO PATELAR
DEFINIÇÃO
· Mais frequente em cães de pequeno porte (congênita)
· Luxações mediais: frequente em pequenas raças
· Luxações laterais: frequente em grandes raças
· Rato em gatos
· É um sinal clínico de alguma alteração em articulação
Grau 1: luxação intermitente, necessita manipulação e retorno a troclea cqunado liberada.
Grau 2: claudicação intermitente, luxação quando há rotação do membro, defor-midade angular leve.
Grau 3: permanentemente luxada, mem-bro semiflexionado, tróclea rasa, deformi-dade angular moderada.
Grau 4: permanentemente luxada, rotação tíbia e fêmur, membros flexionados, defor-midade angular severa.
*Sempre realizar o exame para identificar o grau com o membro estendido. 
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARS
· Raio x
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
1. Reconstrução de tecidos moles
a. Sobreposição/embricamento do retináculo (medial ou lateral)
b. Desmotomia (medial ou lateral)
c. Capsulectomia parcial (medial ou lateral)
2. Reconstrução óssea
a. Trocleoplastia
b. Sulcoplastia de ressecção em cunha
3. Suturas anti-rotacionais
a. Sutura fabelo patelar
4. Osteotomia
a. Transposição da crista/ tuberosidade tibial (TTT)
b. Uso de próteses 3D
RUPTURA DE LIGAMENTO COLATERAL
DEFINIÇÃOUma lesão do ligamento colateral é uma ruptura completa ou parcial do ligamento colateral medial ou lateral.
ETIOLOGIA
Esta lesão pode ocorrer enquanto o animal está se exercitando (sem evidência de trauma) ou durante um incidente traumático (isto é, acidente veicular), no qual o animal sofreu lesões graves.
EXAME FÍSICO
É baseado na palpação. É importante lembrar que a articulação do joelho deve ser estendida para examinar se há lesão colateral. O teste de estresse em valgo é utilizado para avaliar a integridade do ligamento colateral medial. O teste de estresse em varo é utilizado para avaliar a integridade do ligamento colateral lateral. 
DIAGNÓSTICO
Radiografia com membro esticado (em estrese).
TRATAMENTO
Reconstrução dos ligamentos colaterais e me da capsula articular com uso de parafusos e fio sintético.
RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL
· 
· Impedir o deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur
· Limitar a rotação interna e hiperextensão do joelho
ETIOLOGIA
· Doença crônica inflamatória (sinovite linfoplasmocitica)
· Maior incidência em animais castrados
EXAME FÍSICO
· Teste de gaveta
· Teste de compressão tibial
DIAGNÓSTICO
· Raio x: perfil absoluto e estresse (Compressão tibial)
· Contralateral
· Ultrassom: ótimo custo-benefício: avalia menisco e ligamentos colaterais
· Artroscopia (padrão ouro): permite intervenção - liberação do menisco
· Ressonância magnética
FALSO POSTIIVO – iLCC
· Insuficiência do ligamento cruzado cranial
· Atrofia muscular
· Filhotes
· Doenças degenerativas
· Lesão do ligamento extensor digital profundo
· TPLO (Tibial Plateau Leveling Osteo-tomy)
· Fraturas: avulsão da crista tibial
· Neoplasias
· DFC (displasia coxofemoral)
· Luxação patelar
TRATAMENTO
TÉCNICAS EXTRACAPSULARES
Sutura fabelo tibial:
· Muito utilizada em pequenas raças <5kg
· Fio ortopédico 
· Pontos isométricos da tíbia e fêmur
 
Técnica tight-rope: independente da fabela. A técnica TR consiste em realizar perfurações nos ossos da tíbia e do fêmur para estabilização da articulação do joelho com uso do fio cirúrgico de fibra sintética e botões ortopédicos para ancoragem 
TÉCNICAS INTRACAPSULARES
· Faixa dascial sob e sobre
· Faixa fascial do túnel ósseo
· Aloenxerto
· Enxerto sintético
OSTEOTOMIAS
TTA – avanço da tuberosidade tibial: 
· Técnica onde o avanço da tuberosidade tibial promove alavanca, anulando o deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur
TPLO – osteotomia de nivelamento do platô tibial:
· Considerada hoje o padrão ouro no tratamento 
· Diversidade de tamanho e peso
· Rápido reestabelecimento
· Custo alto
· Curva de aprendizado alta
· Risco cirúrgico: cuidado com artéria poplítea
· Após cirurgia se realizado o teste gaveta de forma passiva será positivo mas quando animal anda o teste é negativo devido a compressão tibial ao andar
COMPLICAÇÕES
· Infecção
· Fratura tíbia
· Fratura placas e parafusos
· Deiscência de sutura
· Importante pós-operatório
· Pivot shft: teste para avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior, TPLO não tira movimento de rotação, apenas da movimentação cranial-caudal

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