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Tumores Cerebrais - resumos

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Tumores Cerebrais 
Tumores cerebrais são comuns na 
população geral e sua prevalência tem 
aumentado devido não somente aos 
avanços no diagnóstico, como também no 
manejo e sobrevida dos pacientes com esses 
tumores. Para o Brasil, estimam-se 5.870 
casos novos de câncer do sistema nervoso 
central (cérebro principalmente) em 
homens e 5.220 em mulheres, para cada 
ano do triênio 2020-2022. Diante deste 
cenário, ressalta-se o papel vital dos 
profissionais da saúde no diagnóstico 
adequado dos tumores cerebrais e na 
complexa coordenação do cuidado do 
paciente. 
Definição e classificação quanto à 
origem 
Tumores cerebrais constituem massas de 
células anormais, neoplásicas ou não, 
compreendidas dentro do crânio. 
Independentemente do sítio primário do 
qual as células tumorais no cérebro 
advenham, todos os tumores cerebrais são 
potencialmente fatais (figura 1). 
Considerando ainda que o cérebro está 
confinado ao crânio, não há possibilidade 
de expansão à medida que a massa 
tumoral cresce. 
Por conseguinte, o tumor pode comprimir e 
deslocar o cérebro, podendo causar edema 
do tecido e bloqueio da dinâmica do 
líquido cefalorraquidiano com consequente 
aumento da pressão intracraniana e 
herniação do tecido cerebral. 
Tumores cerebrais primários tem sua 
origem no cérebro e costumam não 
metastizar para outras partes do corpo. 
Esses tumores podem 
ser benignos ou malignos. Os tumores 
primários benignos são indolentes com 
margens bem definidas que raramente se 
disseminam. Ainda que as células deste 
tumor não sejam malignas, elas podem 
configurar um risco de vida a depender da 
localização, acometendo uma área vital do 
cérebro. Os tumores primários 
malignos crescem rapidamente sem 
regularidade de margem, acometendo 
regiões cerebrais próximas. 
Tumores cerebrais secundários, referidos 
também como metástases intracranianas, 
têm sua origem em outra localização do 
corpo. Os tumores primários que 
comumente originam metástases cerebrais 
são as neoplasias de pulmão, mama e 
melanoma. 
Figura 1. Tumores cerebrais podem crescer 
a partir de nervos (neuroma), da dura 
máter (meningioma), da hipófise 
(craniofaringioma ou adenoma de 
hipófise), ou do próprio parênquima 
cerebral (glioma). Fonte: Mayfield Clinic 
Tipos de tumores cerebrais 
Há mais de 120 tipos de tumores cerebrais, 
sendo os mais prevalentes as metástases 
intracranianas, os meningiomas e os 
gliomas. Quanto aos tumores mais comuns 
temos: 
 Gliomas: 
o Astrocitoma: pilocítico 
(grau I), difuso (grau II), 
Resumos Neuro-oncologia Graziele Gleice – Medicina FCM-PB/AFYA 
anaplásico (grau III) e 
glioblastoma (grau IV); 
o Oligodendroglioma (grau 
II): anaplásico (grau III); 
o Ependimoma (grau II): 
anaplásico (grau III). 
 Craniofaringioma; 
 Epidermoide; 
 Linfoma; 
 Meningioma; 
 Schwannoma (neuroma); 
 Adenoma hipofisário; 
 Pinealoma; 
 Meduloblastoma. 
Os tumores cerebrais são classificados com 
base no tipo celular (neurônios e células 
gliais, especificando qual célula da glia) e 
no grau (tabela 1). Os tumores cerebrais 
costumam ter diferentes graus em um 
mesmo tumor, podendo mudar enquanto 
crescem. 
 
Sintomas dos tumores cerebrais 
Os tumores comprometem o cérebro por 
destruição do tecido normal, compressão e 
aumento da pressão intracraniana. Os 
sintomas associados à doença dependem 
do tipo, do tamanho e do local do tumor 
(figura 2): 
Figura 2. Topografia cerebral. Fonte: 
Mayfield Clinic. 
Lobo frontal: mudanças emocionais e de 
comportamento; julgamento, motivação e 
inibição prejudicados; perda de visão e 
olfato prejudicado; paralisia de um lado do 
corpo; habilidades mentais reduzidas e 
perda de memória. 
Lobo parietal: fala comprometida; 
problemas para escrever, desenhar e 
nomear; desordens espaciais e de 
coordenação. 
Lobo occipital: perda de visão uni ou 
bilateral; visão turva; alucinações. 
Lobo temporal: dificuldade de fala e 
compreensão da linguagem; problemas de 
memória de longo e curto prazo; 
comportamento agressivo. 
Tronco encefálico: mudanças emocionais e 
de comportamento; dificuldade para falar 
e deglutir; tontura; perda auditiva; 
fraqueza muscular de um lado da face ou 
do corpo; marcha sem coordenação; 
pálpebra caída ou visão dupla; vômito. 
Hipófise: aumento de secreção hormonal 
(síndrome de Cushing, acromegalia); 
amenorreia; secreção de leite; libido 
diminuída. 
Diagnóstico dos tumores cerebrais 
Exames neurológicos como checagem do 
estado mental e memória, função dos 
nervos cranianos, força muscular, 
coordenação, reflexo e resposta a estímulo 
doloroso fazem parte da linha de frente 
para o diagnóstico. 
Exames de imagem também auxiliam no 
diagnóstico. A tomografia 
computadorizada (TC), associada ou não a 
contraste, utiliza raio-x e permite a 
visualização do cérebro em cortes. A TC é 
muito útil para visualizar estruturas ósseas. 
A ressonância magnética (RM) utiliza um 
campo magnético e ondas de 
radiofrequência para prover uma visão 
detalhada de tecidos moles do cérebro. A 
RM associada ou não a contraste analisa o 
cérebro em cortes sob uma dimensão 3D e 
é muito útil para detectar lesões cerebrais e 
seu efeito nos tecidos adjacentes (figura 3). 
Figura 3. Ressonância magnética de tumor 
benigno e maligno. Tumores benignos 
possuem margens bem definidas, enquanto 
que os malignos tem bordas mais 
irregulares, com invasão de tecidos 
adjacentes. Fonte: Mayfield Clinic. 
A biópsia do tumor cerebral é feita quando 
um diagnóstico não for claramente 
identificado, permitindo determinar que 
tipo de tumor está presente. A biópsia pode 
ser feita durante a cirurgia ou como um 
procedimento utilizando agulha (figura 4). 
 
Figura 4. Biópsia por agulha, em que uma 
cânula é introduzida até o tumor e uma 
amostra é retirada para avaliação pelo 
patologista. Fonte: Mayfield Clinic. 
Tratamento dos tumores cerebrais 
O tratamento varia de acordo com o tipo 
de tumor, estadio, tamanho, localização, se 
ocorreu disseminação, e condições do 
paciente (idade e estado geral). O 
tratamento pode ser curativo ou paliativo, 
sendo o objetivo a remoção cirúrgica total 
ou mais abrangente possível para 
minimizar a chance de recidiva. Caso a 
cirurgia não consiga remover 
completamente o tumor, a radio e a 
quimioterapia podem ser empregadas. 
Observação: a observação também é uma 
opção válida de tratamento, 
especialmente para tumores benignos e 
indolentes que apresentam poucos 
sintomas. 
Medicamentos: esteróides (dexametasona) 
são usados para controle do edema ao 
redor do tumor e devem ser prescritos em 
associação a protetores gástricos 
(famotidina, pantoprazol). Furosemida ou 
manitol também são empregados para 
controlar o edema e inchaço cerebrais. 
Anticonvulsivantes (fenitoína, ácido 
valproico, carbamazepina e 
levetiracetam) também são recomendados 
para esses pacientes. 
Cirurgia: é o tratamento de escolha para 
tumores que possam ser alcançados sem 
causar grandes danos a partes vitais do 
cérebro. O procedimento envolve uma 
craniotomia (figura 5), cirurgia guiada por 
imagem, fluorescência tumoral, TC ou RM 
intraoperatória e mapeamento funcional 
do cérebro. 
Figura 5. Craniotomia para excisão de 
tumor cerebral. Fonte: Mayfield Clinic. 
Termoablação a laser: tratamento 
minimamente invasivo utilizando um 
cateter guiado em tempo real por RM. 
Radioterapia: a técnica utiliza raios de alta 
energia que danificam o DNA das células, 
impossibilitando-as da divisão e 
crescimento. Tumores agressivos tendem a 
responder rapidamente à radiação. 
Tumores benignos têm efeito demorado 
devido à indolência da sua replicação. Os 
feixes de radiação são moldados para o 
tumor, minimizando a exposição do tecido 
normal ao tratamento. 
Figura 6. Radioterapia. Fonte: Mayfield 
Clinic. 
Quimioterapia: o tratamento envolve o 
dano das células anormais, impedindo sua 
divisão. Apesar de também alvejar células 
normais, estas se recuperam melhor que as 
célulasanormais. O tratamento é 
administrado em ciclos com períodos de 
recuperação de células sadias. As drogas 
mais comumente empregadas no 
tratamento dos tumores cerebrais são a 
temozolamida e o bevacizumabe. A 
quimioterapia também pode ser 
empregada para aumentar a morte 
tumoral durante a radioterapia. Ressalta-
se que essa modalidade é tipicamente 
usada no tratamento de gliomas de alto 
grau (não é rotina no tratamento de 
tumores benignos). 
Terapia adjuvantes: compreendem 
imunoterapia, terapia gênica e câmara 
hiperbárica – esta última para otimizar a 
resposta do tumor à radioterapia. 
Seguimento e prevenção 
Medidas de suporte variam de acordo com 
o comprometimento sofrido pelo paciente 
(por exemplo cadeira de rodas, bengala ou 
andador). Mudanças no estado mental 
também devem ser 
monitoradas. Reabilitação pode envolver 
avaliação do controle do movimento, da 
fala, da visão e do raciocínio, além do 
estado emocional, comportamental e 
cognitivo do paciente. Fisioterapia, terapia 
ocupacional e fonoaudiologia também 
podem ser necessárias para melhorar ou 
corrigir funções perdidas. 
Quando da recorrência da doença, 
depende muito do tipo e localização do 
tumor. Um seguimento deve ser 
estabelecido para cada paciente a fim de 
monitorizar recidivas utilizando exames de 
imagem a cada 3, 6 ou 12 meses, 
dependendo do tumor. 
Os tumores cerebrais (TC) se caracterizam 
pela multiplicação acentuada das células 
do Sistema Nervoso (SN). Os tumores em 
geral podem ser classificados em benignos 
ou malignos. Os benignos são massas de 
células, as quais se multiplicam de forma 
lenta, se assemelhando ao tecido original; 
já os malignos têm o crescimento 
desordenado das células e podem invadir 
tecidos e órgãos. Estes tumores malignos 
são também chamados de câncer (Barros 
et al., 2012). As causas do câncer são 
variadas, podendo ser de ordem interna ou 
externa ao organismo (Instituto Nacional 
do Câncer – INCA, 2016). Entretanto, na 
literatura são encontrados mais estudos 
referentes aos TC malignos (INCA, 2016). Os 
TC representam 5% das neoplasias, sendo 
alguns mais agressivos e outros com alta 
porcentagem de cura. Frequentemente o 
tratamento indicativo é cirurgia, 
radioterapia, quimioterapia isoladamente 
ou de forma combinada (Verissimo & Valle, 
2006). A radioterapia e a quimioterapia 
utilizam-se de mecanismos para cessar ou 
destruir as células tumorais, enquanto se 
subdividem. 
A radioterapia com a radiação ionizante, 
podendo ser utilizada após a cirurgia para 
destruir possíveis células tumorais residuais 
e a quimioterapia com os fármacos para 
causar efeito tóxico nas células tumorais 
(Pereira & Maia,2016). Percebe-se que os 
TC não são os mais frequentes entre os 
vários tipos de tumores malignos, mas o 
número de casos identificados na região Sul 
mostra-se crescente, sendo necessária uma 
maior compreensão sobre os mesmos. 
 Os TC têm incidência anual, no Brasil, de 
9.0 por 100 mil. Segundo dados do INCA, 
em 2014, os casos em homens referentes ao 
câncer do Sistema Nervoso Central (SNC). 
Em relação aos tipos de TC, os mais 
frequentes são os gliomas, destacandose, 
dentre eles, os oligodendrogliomas e 
astrocitomas (Barros et al., 2012; INCA, 
2014). O astrocitoma tem sua origem dos 
astrócitos que são o tipo de tumor cerebral 
mais aparente, classificando-se do grau I 
até ao grau IV (sendo grau I menos invasivo 
e grau 5 mais invasivo e com crescimento 
rápido). O mesmo ocorre com os 
oligodendrogliomas que tem sua origem 
nos oligodendrócitos (Pereira & Maia, 
2016). 
Os gliomas podem ser de baixo grau ou alto 
grau. Os considerados de baixo grau 
tendem a ser de crescimento lento, mas 
podem se tornar mais agressivos e de 
rápido crescimento ao longo do tempo. Já 
os tumores de alto grau (como o 
glioblastoma multiforme, por exemplo) 
tem crescimento rápido e são mais 
agressivos. Conforme a literatura, há outros 
tipos de tumores comuns, os quais incluem 
os meningiomas, ependimomas, 
meduloblastomas e gangliomas. Todos 
estes podem ser benignos ou malignos 
(Barros, 2012; INCA, 2014; Ministério da 
Saúde, 2015). Os gliomas; células da glia 
que tem como função suporte e proteção 
dos neurônios; são os tumores primários 
mais frequentes do SNC (Barros, 2012; 
INCA, 2014; Ministério da Saúde, 2015). 
Segundo Giovagnoli (2012), 
independentemente da localização do 
câncer, há alterações 141 Revista de 
Psicologia da IMED, Passo Fundo, vol. 10, n. 
2, p. 137-160, Jul.-Dez., 2018 - ISSN 2175-
5027 no funcionamento cerebral do 
indivíduo acometido por essa enfermidade. 
 É, contudo, a histologia, a progressão da 
doença, a neurotoxicidade e a 
reorganização neural que contribuem para 
determinação do nível de disfunção 
cognitiva do indivíduo. Sabe-se que 
dificuldades cognitivas, como de memória, 
percepção visual-espacial, orientação 
espaço-tempo, atenção e funções 
executivas, podem ocorrer em quase todos 
pacientes com TC (Giovagnoli, 2012). O 
tratamento depende, inicialmente, de 
aspectos como as características 
idiossincráticas, o histórico e a condição 
funcional do paciente, e também a 
localização e extensão do tumor. 
Normalmente, ocorrendo o processo de 
cirurgia quimioterapia e radioterapia 
(Pereira & Maia, 2016). Segundo Pereira e 
Maia (2016) a forma de tratamento 
comumente indicada é o procedimento 
cirúrgico, denominado de ressecção 
completa ou total. Observa-se que tumores 
localizados no SNC (oligodendrogliomas, 
astrocitomas, meningiomas, ependimomas, 
meduloblastomas, gangliomas e 
glioblastoma multiforme sendo eles 
benignos e malignos) podem causar 
prejuízos cognitivos aos pacientes. 
Compreende-se como importante a 
realização de avaliação neuropsicológica 
para melhor identificar a gravidade da 
disfunção e determinar quais os prejuízos 
gerados (Pereira et al., 2016). 
 A avaliação neuropsicológica pode ser 
realizada, anteriormente ao procedimento 
cirúrgico, para uma 
compreensão/mapeamento das 
dificuldades do paciente. E após o 
procedimento cirúrgico para identificar 
possíveis alterações ocasionadas pela 
retirada do tumor (Pereira & Maia,2016). 
Objetiva-se, com a avaliação 
neuropsicológica, a identificação das 
potencialidades e dos déficits dos pacientes 
em tratamento de TC (Barros, 2012). 
Portanto, o objetivo geral deste estudo foi 
o de identificar e descrever os principais 
prejuízos cognitivos associados aos TC, 
através de uma revisão sistemática da 
literatura. 
Os objetivos específicos foram os seguintes: 
1) determinar os principais testes 
(neuro)psicológicos utilizados na avaliação 
dos pacientes; 2) identificar as regiões 
cerebrais e os tipos de TC mais 
frequentemente pesquisados através de 
avaliação neuropsicológica. 
Os tipos de TC mais evidenciados na busca 
realizada foram os gliomas de alto grau 
(mais agressivos), e os de baixo grau 
(tumores de crescimento lento) (Grier & 
Batchelor, 2006). Todavia, além dos 
gliomas, que foram citados em 15 dos 
artigos encontrados, evidenciou-se 
também outros tipos de tumores, como 
astrocitoma (7 estudos), oligodendroglioma 
(7 estudos), glioblastoma (5 estudos), 
metástase cerebral (1 estudo), 
ependimoma (2 estudos), neuroepitelial (3 
estudos), meningioma (1 estudo) e não 
especificados quanto ao tipo (3 estudos). 
Nos estudos analisados, esses tumores, estão 
relacionados as disfunções cognitivas. Os TC 
relacionados ao prejuízo de 
memória/aprendizagem são: glioma; 
Glioblastoma; Astrocitoma; 
Oligodendroglioma; Tumores 
neuroepiteliais; Metástases cerebrais. 
Quanto aos correlacionados a atenção, 
todos os tipos de tumores citados acima 
foram evidenciados, exceto as metástases. 
Os TC relacionados ao funcionamento 
executivo foram glioma; glioblastoma; 
astrocitoma; meningioma e ependimoma. 
Segundo dados apresentados o tratamento 
mais utilizado foi o cirúrgico de remoção 
total. Em contrapartida, 9 dos estudos 
indicaram de forma mais detalhada os 
sistemas de memória em que apareceram 
prejuízos. Por exemplo, a memória de 
trabalhofoi mencionada por Mu et al. 
(2012), por Baxendale et al. (2013) e por 
Maesawa et al. (2015). 
A disfunção de memória de natureza 
verbal foi citada por Giovagnoli et al. 
(2007), Blonski et al. (2012), Miotto et al. 
(2011), Baxendale et al. (2013) e Goebel et 
al. (2013). Já as memórias não verbais 
foram achados das investigações de Braun 
et al. (2008), Miotto et al. (2011) e Talacchi 
et al. (2013). Em relação às disfunções 
atencionais, estas foram evidenciadas em 
cincos dos estudos (Bosma et al., 2008; 
Fliessbach et al., 2010; Gehring et al., 2009; 
Maesawa et al., 2015; Prabhu et al., 2010). 
Contudo, os estudos não esclarecem os 
componentes atencionais prejudicados. 
 No que diz respeito às disfunções 
executivas, estas são mencionadas em seis 
estudos (Bosma et al., 2008; Blonski et al., 
2012; Cipolotti et al., 2015; Correa, 2008; 
Miotto et al., 2011; Noll et al., 2014). 
Salienta-se que apenas no estudo de 
Miotto et al. (2011) foram citados os 
componentes executivos avaliados – os 
autores citam os componentes de 
flexibilidade mental, fluência verbal e 
velocidade de processamento. Como os 
processos executivos não são um construto 
unitário e requerem o uso de múltiplas 
tarefas, torna-se importante mencionar 
quais os componentes alvo da investigação. 
Em relação às funções cognitivas avaliadas 
e os testes selecionados, é importante 
salientar dois vieses por parte dos 
pesquisadores. Estes vieses foram 
observados em relação a diversas funções 
investigadas nos estudos. O primeiro viés 
diz respeito à seleção dos testes. Por 
exemplo, ao escolher avaliar sistemas de 
memória em pacientes com TC temporal, é 
possível que os autores tenham ignorado 
outros prejuízos, que não de memória. Por 
exemplo, em Bizzi et al. (2012), os autores 
avaliaram um grupo de pacientes com 
déficits de linguagem através de tarefas 
específicas para essa função cognitiva. 
Porém, não há relato de uso de 
instrumentos que avaliem outras funções, 
como memória e processos executivos, por 
exemplo. 
 Então, é possível que os pacientes 
avaliados por Bizzi et al. (2012) podem ter 
comprometimentos cognitivos não 154 
Revista de Psicologia da IMED, Passo 
Fundo, vol. 10, n. 2, p. 137-160, Jul.-Dez., 
2018 - ISSN 2175-5027 identificados. O 
segundo viés diz respeito a destacar déficits 
cognitivos específicos sem utilizar 
paradigmas e/ou testes adequados para os 
referidos déficits. Por exemplo, ao utilizar 
um teste de inteligência, não é possível 
concluir que houve alterações de memória 
episódica. Um exemplo desta conduta 
pode ser observado em Braun et al. (2008), 
que utilizaram o teste Matrizes Progressivas 
de Raven, que avalia o fator g de 
inteligência, e concluíram que existem 
déficits nos pacientes em memória não 
verbal e em memória de curto prazo. 
Porém, não foram utilizados testes que 
investigam estes sistemas de memória. 
Outro exemplo pode ser visto no estudo de 
Fleming et al. (2014), que faz uso do WAIS 
IV, que não tem tarefas de recordação, e 
declara prejuízos de evocação tardia. 
 O primeiro objetivo específico diz respeito 
aos instrumentos utilizados na avaliação 
dos TC. Salienta-se que, em muitos dos 
estudos analisados, foram utilizados testes 
clássicos de avaliação da inteligência. 
Porém, na maioria das situações, a 
inteligência não foi descrita como construto 
alvo da avaliação neuropsicológica 
enquanto possível disfunção decorrente ou 
relacionada aos TC. A única exceção diz 
respeito ao estudo de Baxendale et al. 
(2013), em que o WAIS III foi utilizado no 
intuito de avaliar o nível intelectual dos 
pacientes com TC. Entre os testes utilizados, 
destaca-se o uso de versões das Escalas 
Wechsler de Inteligência (WASI, WAIS-III e 
WAIS-IV) e as Matrizes Progressivas de 
Raven. No que diz respeito às Escalas 
Wechsler, estas foram utilizadas em 12 dos 
estudos localizados na busca (Amiez et al., 
2008; Baxendale et al., 2013; Blonski et al., 
2012; Cipolotti et al., 2015; Fleming et al., 
2014; Gehrinh et al., 2009; Gennaro et al., 
2006; Goebel et al., 2013; Maesawa et al., 
2015; Miotto et al., 2011; Mu et al., 2012; 
Ralph et al., 2010). Em relação às Matrizes 
Progressivas, cinco dos estudos mencionam 
uma versão em cores para adultos 
(Cipolotti et al., 2015; Gennaro et al., 2006; 
Giovagnoli et al., 2007; Ralph et al., 2010; 
Talacchi et al., 2013) e um estudo cita o uso 
da versão alemã do instrumento (Braun et 
al., 2008). Em quatro dos estudos 
analisados, os autores relataram déficits 
neuropsicológicos sem utilizar avaliações 
formais (Bosma et al., 2008; Campennı et 
al., 2015; Curey et al., 2012; Otten et al., 
2012; Prabhu et al., 2010). 
Desta forma, os prejuízos cognitivos 
relatados são baseados em exames clínicos 
e de neuroimagem, bem como em escalas. 
Além disso, dois dos estudos citam a 
utilização de avaliação neuropsicológica 
(Campanella et al., 2008; Meguins et al., 
2015), mas os testes e/ ou tarefas usados 
nestes dois estudos não são mencionados. 
Em relação ao segundo objetivo específico, 
este diz respeito à localização dos TC. Os 
estudos encontrados mostraram que os TC 
em cuja investigação foi utilizada 
avaliação neuropsicológica têm ocorrência 
mais frequente nos lobos temporais (n=12) e 
frontais (n=12). 
Dois outros estudos mencionam TC de 
caráter difuso ou global (Blonski et al., 
2012; Bosna et al., 2008). Em apenas um 
dos 31 estudos o lobo parietal foi citado 
como tema central de investigação 
(Talacchi et al., 2013). Em outros três 
estudos a localização do TC não é 
determinada (Fliessbach et al., 2010; 
Gehring et al., 2009; Goebel et al., 2013). 
Resumo : Tumores cerebrais 
Um tumor do cérebro pode ser um 
crescimento no cérebro não canceroso 
(benigno) ou canceroso (maligno). 
Ele pode ter origem no cérebro ou ter 
se espalhado (metástase) para o 
cérebro a partir de uma outra parte 
do corpo. 
 Os sintomas podem incluir 
cefaleias, alterações de 
personalidade (como ficar 
deprimido, ansioso ou desinibido), 
fraqueza, sensações anormais, 
perda de equilíbrio, dificuldade de 
concentração, convulsões e falta de 
coordenação. 
 Os exames de imagem podem 
detectar tumores cerebrais, mas 
muitas vezes é necessária uma 
biópsia do tumor para se ter 
certeza. 
 O tratamento pode envolver 
cirurgia, radioterapia, 
quimioterapia ou uma 
combinação deles. 
(Consulte também Considerações gerais 
sobre tumores do sistema nervoso e Alguns 
tumores cerebrais específicos). 
Os tumores cerebrais são ligeiramente mais 
comuns entre os homens do que entre as 
mulheres. Somente meningiomas, que são 
geralmente não cancerosos, são mais 
comuns entre as mulheres. Tumores 
cerebrais podem surgir em qualquer idade. 
O tipo mais sério de tumor cerebral, 
glioblastoma, está se tornando mais 
comum entre pessoas idosas à medida que 
a população envelhece. 
Tumores cerebrais, cancerosos ou não, 
podem causar sérios problemas, uma vez 
que o crânio é rígido e não proporciona 
espaço para o tumor se expandir. Além 
disso, se os tumores se desenvolverem em 
regiões próximas ao cérebro que controlam 
as funções vitais, eles podem causar 
problemas, tais como fraqueza, dificuldade 
para andar, perda de equilíbrio, perda 
parcial ou completa da visão, dificuldade 
em compreender ou usar a linguagem e 
problemas com a memória. 
Tumores cerebrais podem causar 
problemas nas seguintes formas: 
 Invadindo diretamente e 
destruindo o tecido cerebral 
 Exercendo pressão direta sobre o 
tecido próximo 
 Aumentando a pressão no interior 
do crânio (pressão intracraniana) 
porque o tumor ocupa espaço e o 
crânio não consegue se expandir 
para acomodá-lo 
 Provocando o acúmulo de líquido 
no cérebro 
 Bloqueando a circulação normal 
do líquido cefalorraquidiano 
através dos espaços no interior do 
cérebro, causando o alargamento 
dos espaços 
 Provocando sangramento 
Classificação dos tumores cerebrais 
Existem dois tipos principais de tumores 
cerebrais: 
 Primária: Os tumores primários 
têm origem nas célulaslocalizadas 
dentro do cérebro ou próximas 
dele. Podem ser cancerosos ou não 
cancerosos. 
 Secundária: Esses tumores são 
metástases. Isto é, eles são 
originários de outra parte do corpo 
e se espalharam para o cérebro. 
Desta forma, são sempre 
cancerosos. 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-do-sistema-nervoso
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-do-sistema-nervoso
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502212_pt
Tumores primários 
Os tumores primários mais comuns incluem 
 Gliomas (incluindo 
astrocitomas, 
oligodendrogliomas e 
glioblastomas) e 
ependimomas 
 Meduloblastomas 
 Meningiomas 
 Neuromas acústicos 
Gliomas são responsáveis por 65% de todos 
os tumores cerebrais primários. 
Os tumores não cancerosos recebem o seu 
nome conforme as células ou tecidos 
específicos onde têm origem. Por exemplo, 
os hemangioblastomas têm origem nos 
vasos sanguíneos (“hema” refere-se aos 
vasos sanguíneos e “hemangioblastos” são 
células que formam os tecidos dos vasos 
sanguíneos). Alguns tumores cancerosos 
têm origem em células do embrião (células 
embrionárias), no início do 
desenvolvimento do feto. Tais tumores 
podem estar presentes no momento do 
nascimento. 
Você sabia que... 
 Os tumores que se espalham 
(formam metástases) para o 
cérebro a partir de outras partes 
do corpo são muito mais comuns 
do que os tumores que começam 
no cérebro. 
Tumores secundários 
Metástases cerebrais são muito mais 
comuns do que tumores primários. Mais de 
80% das pessoas com metástases cerebrais 
têm mais de uma metástase. 
As metástases a partir de outras partes do 
corpo podem se espalhar para uma única 
parte do cérebro ou para várias partes 
diferentes. Muitos tipos de câncer podem se 
espalhar para o cérebro. Incluem 
 Câncer de mama 
 Câncer do pulmão 
 Câncer do rim 
 Melanoma 
 Câncer da tireoide 
 Linfoma e leucemia 
Os linfomas cerebrais estão se tornando 
cada vez mais frequentes em pessoas com 
o sistema imunológico debilitado (como as 
que sofrem de síndrome da 
imunodeficiência adquirida [acquired 
immunodeficiency syndrome, AIDS]), entre 
pessoas idosas e, por razões desconhecidas, 
entre pessoas com o sistema imunológico 
normal. 
Sintomas dos tumores cerebrais 
Os sintomas apresentam-se tanto nos 
tumores cerebrais não cancerosos como nos 
cancerosos. Tumores não cancerosos 
crescem lentamente e podem crescer 
excessivamente antes de causar sintomas. 
Os tumores cancerosos geralmente crescem 
rapidamente. 
Um tumor cerebral pode causar muitos 
sintomas diferentes, que podem aparecer 
de forma súbita ou podem evoluir 
gradualmente. Os primeiros sintomas e a 
sua evolução dependem do tamanho do 
tumor, da velocidade de crescimento e da 
sua localização. Em algumas partes do 
cérebro, mesmo um tumor pequeno pode 
ter resultados catastróficos. Em outras 
partes, os tumores podem alcançar um 
tamanho relativamente grande antes de 
surgirem os sintomas. À medida que o 
tumor cresce, ele empurra e alonga, mas 
normalmente não destrói o tecido nervoso, 
o que pode compensar bem essas 
mudanças. Assim, os sintomas podem não 
se desenvolver à primeira vista. 
Muitos sintomas são decorrentes do 
aumento da pressão dentro do crânio: 
 Cefaleia 
 Piora na função mental 
 Problemas devido à pressão sobre 
as estruturas específicas do cérebro 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502186_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502208_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502212_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-do-ouvido-interno/schwannoma-vestibular
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/dist%C3%BArbios-de-mama/c%C3%A2ncer-de-mama
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/tumores-pulmonares/c%C3%A2ncer-de-pulm%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/c%C3%A2nceres-do-rim-e-do-trato-geniturin%C3%A1rio/c%C3%A2ncer-renal
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/c%C3%A2nceres-de-pele/melanoma
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/c%C3%A2ncer-da-tireoide
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/linfomas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-linfoma
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/leucemias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-leucemia
ou próximas dele, tais como o nervo 
para o olho (nervo óptico) 
Cefaleia é o sintoma mais comum e muitas 
vezes o primeiro a ser observado. No 
entanto, algumas pessoas com tumores 
cerebrais não sentem dores de cabeça, e a 
maioria das cefaleias não é causada por 
tumores cerebrais. Uma cefaleia devido a 
um tumor cerebral pode ocorrer cada vez 
com mais frequência, à medida que o 
tempo vai passando. Muitas vezes, é pior 
quando as pessoas se deitam. A cefaleia 
pode ser mais intensa quando as pessoas 
acordam, depois diminuem com o passar 
do dia. Se uma pessoa, que não tinha 
cefaleia anteriormente, começar a sentir 
uma cefaleia com essas características, a 
causa pode ser um tumor cerebral. 
Muitas vezes, o aumento da pressão dentro 
do crânio também provoca a deterioração 
da função mental e piora do humor. A 
personalidade pode mudar. Por exemplo, 
a pessoa pode ficar distraída, 
temperamental e, com frequência, 
ineficiente no trabalho. Pode ainda sentir-
se sonolenta, confusa e incapaz de pensar. 
Esses sintomas são, geralmente, mais 
evidentes para os seus familiares e colegas 
de trabalho do que para a própria pessoa. 
A depressão e a ansiedade, em especial 
quando surgem de forma súbita, podem 
ser um sintoma inicial de um tumor 
cerebral. As pessoas podem se comportar 
de modo estranho. Elas podem tornar-se 
desinibidas ou se comportar de modo como 
nunca fizeram. Nos idosos, alguns tumores 
do cérebro causam sintomas que podem 
ser confundidos com os de demência. 
Mais tarde, à medida que a pressão dentro 
do crânio aumenta, podem surgir náuseas, 
vômitos, letargia, sonolência, febre 
intermitente ou mesmo coma. A visão pode 
borrar de repente, quando a pessoa muda 
de posição. 
Dependendo de qual área do cérebro for 
afetada (consulte a página Disfunção por 
localização), um tumor pode provocar o 
seguinte: 
 Provocar fraqueza ou paralisação 
de um braço, uma perna ou de um 
lado do corpo 
 Prejudicar a capacidade de sentir 
calor, frio, pressão, um leve toque 
ou objetos cortantes 
 Tornar as pessoas incapazes de se 
expressar ou entender a linguagem 
 Aumentar ou diminuir a pulsação 
e respiração se o tumor comprimir 
o tronco cerebral 
 Reduzir o estado de alerta 
 Prejudicar a capacidade de ouvir, 
cheirar ou ver (causando sintomas 
como visão dupla e perda de visão) 
Por exemplo, um tumor hipofisário pode 
pressionar os nervos ópticos próximos (2.º 
par de nervos cranianos) que estão 
relacionados coma visão e, desse modo, 
afetar a visão periférica. Qualquer um 
desses sintomas sugere uma doença grave 
e requer assistência médica imediata. 
Outros sintomas frequentes de um tumor 
cerebral são vertigem, falta de equilíbrio e 
falta de coordenação. Alguns tumores 
cerebrais, geralmente os tumores primários, 
causam convulsões. 
Se um tumor obstruir o fluxo do líquido 
cefalorraquidiano através das cavidades 
localizadas dentro do cérebro (ventrículos), 
pode ocorrer acúmulo de líquido, fazendo 
com que os ventrículos se dilatem (um 
quadro clínico denominado hidrocefalia). 
Como resultado, aumenta a pressão dentro 
do crânio. Além de outros sintomas de 
pressão elevada, a hidrocefalia causa 
dificuldade em mover os olhos para cima. 
Nos bebês, aumenta o tamanho da cabeça. 
Se a pressão dentro do crânio aumentar 
consideravelmente, o cérebro pode ser 
empurrado para baixo, uma vez que o 
crânio não pode se expandir. Pode 
ocorrer herniação do cérebro. Dois tipos 
comuns são 
 Herniação transtentorial: A 
parte superior do cérebro 
(telencéfalo) é empurrada através 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/cefaleias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-cefaleia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/dem%C3%AAncia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral-por-localiza%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral/disfun%C3%A7%C3%A3o-cerebral-por-localiza%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502222_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos#v739909_pt
de um orifício estreito (incisura 
tentorial) pelo tecido 
relativamente rígido que separa o 
telencéfalo das demais partes 
inferiores (cerebelo e tronco 
cerebral). Nas pessoas com esse tipo 
de herniação, a consciência é 
reduzida. Além disso, o lado do 
corpo oposto ao tumor pode ficar 
paralisado. 
 Herniação das 
amígdalas: Devido a um tumor 
com origem na parte inferior do 
cérebro, a zona mais baixa do 
cérebro (as amígdalas cerebelares) 
é empurrada pelo orifício situado 
na base do crânio (o foramen 
magnum). Consequentemente, o 
tronco cerebral, que controla a 
respiração, o ritmo cardíaco e a 
pressão arterial, fica comprimido e 
funciona inadequadamente. Se 
não diagnosticada e tratada 
imediatamente, uma herniação 
das amígdalas pode causar um 
estado de coma e a morte. 
Pessoas com metástases para o cérebro 
também podem ter sintomas relacionados 
com o câncer de origem. Por exemplo, se o 
câncer se originou nos pulmões, as pessoas 
podem tossir muco com sangue. Com 
metástases, perda de peso é comum. 
Os sintomas pioram com o tempo a menos 
que o tumor seja tratado. Com o 
tratamento, em particular para os tumores 
benignos, algumas pessoas se recuperam 
completamente. Para outros, a 
expectativa de vida é reduzida, às vezes 
em grande parte. O resultado depende do 
tipo do tumor e da sua localização. 
Visualização do cérebro 
 
Diagnóstico de tumores cerebrais 
 Ressonância magnética ou 
tomografia computadorizada 
 Às vezes, punção lombar 
 Geralmente uma biópsia 
O médico considera a possibilidade de um 
tumor cerebral nas pessoas que sofreram 
uma convulsão pela primeira vez, ou que 
apresentam os sintomas característicos. 
Apesar de o médico conseguir detectar com 
frequência uma disfunção do cérebro 
mediante a realização de um exame físico, 
são necessários outros procedimentos para 
diagnosticar um tumor cerebral. 
A ressonância magnética (RM) é o melhor 
teste para identificação de tumores 
cerebrais. A tomografia computadorizada 
(TC) é uma boa alternativa. É possível 
identificar a maioria dos tumores cerebrais. 
Antes desses testes, é injetada em uma veia 
uma substância que facilita a visualização 
do tumor (um agente de contraste para 
RM ou um agente de contraste radiopaco 
para TC). Esses exames indicam o tamanho 
do tumor e a sua localização exata e mais 
detalhes. Uma vez detectado um tumor 
cerebral, são realizados outros 
procedimentos diagnósticos para 
determinar o seu tipo específico. 
Às vezes é realizada uma punção 
lombar (punção na coluna vertebral) para 
coletar líquido cefalorraquidiano para 
exame microscópico. Este procedimento é 
feito quando os médicos suspeitam que o 
tumor invadiu as camadas de tecido que 
reveste o cérebro (meninges). Tais tumores 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-do-c%C3%A9rebro,-da-medula-espinhal-e-dos-nervos/testes-para-diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-do-enc%C3%A9falo-da-medula-espinhal-e-do-nervo#v734217_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-do-c%C3%A9rebro,-da-medula-espinhal-e-dos-nervos/testes-para-diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-do-enc%C3%A9falo-da-medula-espinhal-e-do-nervo#v734217_pt
podem bloquear a absorção de líquido 
cefalorraquidiano. Uma punção lombar 
também pode ajudar quando não é 
possível esclarecer o diagnóstico ou o tipo 
de tumor. O líquido cefalorraquidiano 
pode conter células cancerosas. No entanto, 
nas pessoas que têm um tumor grande que 
aumenta a pressão dentro do crânio não é 
possível realizar uma punção lombar. 
Nessas pessoas, a extração de líquido 
cefalorraquidiano durante uma punção 
lombar pode fazer com que o tumor se 
desloque, tendo como resultado a 
herniação do cérebro. 
Exames especializados às vezes podem 
ajudar no diagnóstico. Por exemplo, 
sangue e líquido cefalorraquidiano 
também podem ser testados para verificar 
a existência de substâncias segregadas por 
tumores (chamadas marcadores de tumor) 
e por anomalias genéticas que são 
características de determinados tumores. 
Identificar certas anomalias genéticas pode 
ajudar a prever quais tratamentos serão 
mais eficazes. 
Geralmente é necessária uma biópsia do 
tumor (extração de uma amostra do 
tumor para ser examinada ao microscópio) 
para identificar o tipo de tumor e 
determinar se é canceroso. A biópsia deve 
ser realizada durante uma intervenção 
cirúrgica, na qual se extrai todo o tumor ou 
parte dele. Ou se um tumor for difícil de ser 
alcançado, uma biópsia estereotáxica pode 
ser feita. Para este procedimento, uma 
estrutura é ligada ao crânio. A estrutura 
fornece pontos de referência que podem ser 
identificados em uma ressonância 
magnética ou uma tomografia 
computadorizada. Esses pontos de 
referência permitem que os médicos guiem 
a agulha da biópsia precisamente até o 
tumor. 
Tratamento de tumores cerebrais 
 Cirurgia, radioterapia, 
quimioterapia ou uma 
combinação delas 
 Às vezes, medicamentos para 
reduzir a pressão no interior do 
crânio 
O tratamento de um tumor cerebral 
depende da sua localização e do tipo de 
tumor. 
Tratamentos específicos para tumores 
cerebrais 
Os tratamentos para tumores cerebrais 
incluem: 
 Craniotomia (cirurgia cerebral) 
 Radiocirurgia 
 Implantes 
 Shunts 
 Técnicas de estereotaxia 
Quando possível, é feita 
a craniotomia (remoção cirúrgica do 
tumor). Esse procedimento envolve a 
abertura do crânio. Alguns tumores 
cerebrais podem ser extraídos sem danos ou 
com danos mínimos ao cérebro. No 
entanto, muitos crescem em zonas onde a 
extração é muito difícil ou impossível sem 
destruir estruturas vitais. 
Para craniotomia, parte do couro cabeludo 
é raspada. Em seguida, uma incisão é feita 
através da pele. Utiliza-se uma broca de 
alta velocidade e uma serra especial para 
extrair um pequeno fragmento do osso 
situado acima do tumor.O tumor é 
localizado e removido usando um dos 
seguintes procedimentos: 
 Um bisturi pode ser usado para 
cortar o tumor. 
 Um laser pode ser utilizado para 
vaporizar o tumor. 
 Um dispositivo que emite ondas de 
ultrassom pode ser utilizado para 
despedaçar o tumor de modo que 
as partes possam ser removidas 
(aspiradas). 
O laser e os dispositivos de ultrassom são 
utilizados para eliminar os tumores que são 
difíceis de extrair. Em geral, volta-se a 
colocar o osso no seu local e sutura-se a 
incisão. 
A cirurgia tradicional causa, por vezes, 
lesões cerebrais que podem conduzir a uma 
paralisia parcial, a alterações na 
sensibilidade, fraqueza e deterioração 
intelectual. No entanto, é indispensável 
extrair um tumor, seja canceroso ou não, se 
o seu crescimento comprometer estruturas 
cerebrais importantes. Mesmo quando a 
cura é impossível, a cirurgia pode ser útil 
para reduzir o tamanho do tumor, aliviar 
os sintomas e permitir ao médico 
determinar se a realização de outro tipo de 
tratamento é justificada, como 
radioterapia ou quimioterapia. 
Radiocirurgia é um tipo de radioterapia 
que usa feixes de radiação muito 
concentrados (raios gama ou feixes de 
prótons) para destruir o tumor. A 
radiocirurgia não é, de fato, uma 
intervenção cirúrgica, visto que não requer 
nenhuma incisão. A radiocirurgia pode ser 
feita com um aparelho de raios gama 
(para raios gama) ou com um acelerador 
de prótons (para feixes de prótons). 
 Quando se utiliza um aparelho 
de raios gama, coloca-se uma 
moldura para imagens no crânio 
da pessoa. Esta permanece deitada 
numa cama rolante e coloca-se 
sobre a moldura um capacete com 
orifícios. Em seguida, desliza-se a 
cabeceira da cama até ao interior 
de uma esfera que contém cobalto 
radioativo. A radiação passa 
através dos buracos do capacete e 
é dirigida com precisão até o 
tumor. 
 Quando um acelerador de 
prótons é usado, a pessoa é atada 
a uma mesa para evitar qualquer 
movimento. A máquina pode 
circundar a cabeça da pessoa, que 
está deitada sobre uma mesa que 
desliza para o interior da abertura 
da máquina. Se um acelerador de 
feixes fixos for usado, a mesa onde 
está a pessoa se move e a máquina 
permanece imóvel. O acelerador 
de prótons direciona precisamente 
a radiação no tumor a partir de 
diferentes ângulos. 
Em geral, a radiocirurgia é realizada 
quando uma pessoa tem quatro ou menos 
tumores, e a radiação do cérebro inteiro é 
realizada quando uma pessoa tem cinco ou 
mais tumores. A radiocirurgia (aparelho de 
raios gama ou acelerador de prótons) é útil 
para metástases cerebrais. 
Ocasionalmente, são 
inseridos implantes no cérebro. O 
implante consiste em placas embebidas 
num medicamento quimioterápico. Após a 
extração do tumor, e antes de fechar o 
crânio e suturar a incisão, essas placas 
podem ser colocadas no espaço em que se 
encontrava o tumor. À medida que as 
placas vão se dissolvendo gradualmente, 
liberam o medicamento para destruir 
qualquer célula cancerígena que tenha 
permanecido. 
Shunts podem ser colocados através de 
uma intervenção cirúrgica se um tumor 
causar aumento da pressão dentro do 
crânio. Um shunt consiste num segmento 
fino de uma cânula que se introduz numa 
das cavidades do cérebro (ventrículos) ou, 
por vezes, dentro do espaço localizado ao 
redor da coluna vertebral, que contém o 
líquido cefalorraquidiano (espaço 
subaracnóideo). A outra extremidade da 
cânula é dirigida sob a pele, normalmente 
desde a cabeça até a cavidade abdominal. 
O excesso de líquido cefalorraquidiano é 
drenado do cérebro para o abdômen, onde 
é absorvido. O shunt inclui uma válvula de 
uma só via, que se abre quando há muito 
líquido no cérebro. Os shunts podem ser 
temporários (até a extração do tumor) ou 
permanentes. 
As técnicas de estereotaxia são 
maneiras para localizar tumores com 
muita precisão. São usados computadores 
para produzir uma imagem tridimensional. 
A imagem tridimensional pode ser obtida 
colocando no crânio da pessoa uma 
moldura de metal leve para imagens com 
uma série de varetas. A anestesia local é 
dada para adormecer a área e os pinos são 
ligados ao crânio, perfurando a pele. As 
varetas aparecem como pontos numa 
tomografia computadorizada (TC), 
proporcionando pontos de referência que 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/c%C3%A2ncer/preven%C3%A7%C3%A3o-e-tratamento-do-c%C3%A2ncer/radioterapia-para-c%C3%A2ncer#v39349824_pt
permitem localizar o tumor. Em um 
procedimento semelhante, utiliza-se um 
suporte de plástico, bem como ressonância 
magnética (RM) para indicar a localização 
do tumor. 
Técnicas que não envolvem a fixação de 
um suporte podem ser usadas como 
alternativa. Por exemplo, marcadores 
especiais podem ser fixados ao crânio para 
indicar pontos de referência. A localização 
desses marcadores é inserida em um 
computador que contém imagens do 
tumor cerebral. 
As técnicas de estereotaxia podem ser 
usadas para 
 Localizar um local para biópsia 
 Localizar tumores durante a 
cirurgia 
 Determinar onde inserir implantes 
ou um laser para destruir as células 
tumorais 
Tumores não cancerosos 
A remoção cirúrgica é normalmente segura 
e cura a pessoa. No entanto, nas pessoas 
mais velhas, os tumores muito pequenos 
devem ser deixados no local, se não 
causarem sintomas. Em alguns casos, 
providencia-se radioterapia para destruir 
qualquer célula tumoral que tenha ficado 
após a intervenção cirúrgica. 
A radiocirurgia é eficaz no tratamento de 
tumores não cancerosos, como 
meningiomas e neuromas acústicos. 
Portanto, a radiocirurgia é 
frequentemente usada em substituição à 
cirurgia tradicional para estes tumores. A 
radiocirurgia direciona feixes de radiação 
altamente focalizados precisamente no 
tumor. Não envolve uma incisão. Para 
focar a radiação de forma mais precisa, os 
médicos muitas vezes utilizam técnicas de 
estereotaxia que, por vezes, envolvem o 
uso de uma estrutura na cabeça para 
fornecer pontos de referência. 
Tumores cerebrais cancerosos 
Geralmente, é utilizada uma combinação 
da cirurgia, radioterapia e quimioterapia. 
Retira-se a maior parte possível do tumor, 
desde que seja feito sem perigo, e inicia-se, 
em seguida, a radioterapia. A radioterapia 
é dada ao longo de várias semanas. 
Radiocirurgia é utilizada quando a cirurgia 
tradicional não pode ser realizada, em 
especial para o tratamento de metástases. 
Para tumores muito agressivos, a 
quimioterapia é administrada com 
radioterapia. A radioterapia mais 
quimioterapia raramente leva à cura, mas 
pode reduzir o tumor o suficiente para o 
manter controlado durante vários meses ou 
até anos. 
Após radioterapia, quimioterapia 
progressiva é usada para tratar alguns 
tipos de tumores cerebrais cancerosos. A 
quimioterapia parece ser particularmente 
eficaz para tratar o oligodendroglioma 
anaplásico. 
Aumento da pressão dentro do crânio 
Este quadro clínico extremamente grave 
requer atenção médica imediata. Quando 
as pessoas estão em coma ou têm 
dificuldade para respirar, pode estar 
surgindo uma herniação do cérebro. Para 
ajudar essas pessoas a respirar, os médicos 
inserem um tubo de plástico através do 
nariz ou da boca até a traqueia e este é 
ligado a um ventilador (um procedimento 
chamado de intubação endotraqueal). 
Este procedimento não somente mantém 
as pessoas respirando, mas também ajuda 
a reduzir a pressão no interior do crânio até 
que outros tratamentos possam ser 
administrados. Habitualmente, 
administram-se medicamentos como o 
manitol e os corticosteroides injetados para 
reduzir a pressão e prevenir a herniação. 
Reduzem o inchaço ao redor do tumor. 
Dentro de dias, ou às vezes horas, os 
corticosteroides podem frequentemente 
restaurar funções perdidas em razão do 
tumor e podem aliviar a cefaleia e outros 
sintomas. 
Caso o tumor esteja obstruindo o fluxo de 
líquido cefalorraquidiano através dos 
espaços dentro do cérebro, pode ser 
utilizado um dispositivo para drenar o 
líquido e, deste modo, diminuir o risco de 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-do-ouvido-interno/schwannoma-vestibularhttps://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-cerebrais#v39502164_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-cerebrais#v39502164_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502186_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/alguns-tumores-cerebrais-espec%C3%ADficos#v39502186_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/fal%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-aguda/ventila%C3%A7%C3%A3o-mec%C3%A2nica
herniação. O dispositivo consiste num 
pequeno tubo (cateter) ligado a um 
manômetro, que mede a pressão dentro do 
crânio. O tubo é introduzido por um orifício 
minúsculo provocado no crânio. Pode ser 
usado um anestésico local (normalmente 
junto com um sedativo) ou uma anestesia 
geral. Ao fim de alguns dias, retira-se o 
tubo ou converte-se este numa drenagem 
permanente (shunt). Durante esse tempo, 
o médico retira cirurgicamente todo o 
tumor, ou parte deste, ou utiliza a 
radiocirurgia ou a radioterapia para 
reduzir o tamanho do tumor e diminuir, 
assim, a obstrução. 
Metástases 
O tratamento depende, em grande parte, 
da região onde se originou o câncer. Muitas 
vezes, realiza-se radioterapia dirigida às 
metástases cerebrais. A extração cirúrgica 
antes da radioterapia pode ter efeitos 
positivos nas pessoas que têm uma única 
metástase. Às vezes, a radiocirurgia é 
usada. A quimioterapia 
e imunoterapia podem ajudar a tratar as 
metástases de certos tipos de câncer. 
Assuntos relacionados ao final da vida 
As pessoas com tumores cerebrais 
cancerosos têm uma expectativa de vida 
limitada e tendem a tornar-se incapazes de 
tomar decisões sobre cuidados médicos. 
Consequentemente, é aconselhável 
estabelecer instruções prévias. As instruções 
prévias ajudam o médico a determinar o 
tipo de assistência médica que o paciente 
deseja receber, no caso de não se encontrar 
em condições de tomar tais decisões. Pode 
ser mais apropriado um tratamento que 
foque no alívio dos sintomas da melhor 
forma possível (cuidados paliativos), em 
vez de curar a pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-cerebrais#v39502163_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/c%C3%A2ncer/preven%C3%A7%C3%A3o-e-tratamento-do-c%C3%A2ncer/imunoterapia-para-o-c%C3%A2ncer
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fundamentos/quest%C3%B5es-%C3%A9ticas-e-jur%C3%ADdicas/instru%C3%A7%C3%B5es-pr%C3%A9vias
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fundamentos/morte-e-sofrimento/op%C3%A7%C3%B5es-de-tratamento-no-fim-da-vida#v714521_pt
Hipertensão Intracraniana 
A Hipertensão Intracraniana (HI) é 
caracterizada pelo aumento da pressão 
dentro do crânio. Esse aumento da pressão 
dentro do crânio pode resultar de uma 
lesão cerebral ou mesmo ser a causa da 
lesão. 
Neste artigo, saiba mais sobre a 
Hipertensão Intracraniana, suas Causas, 
seus Sintomas e suas formas de 
Tratamento. 
Em que Consiste a Hipertensão 
Intracraniana 
Intracraniana significa dentro do crânio e 
hipertensão significa alta pressão de fluido. 
Uma condição de hipertensão 
intracraniana significa que a pressão do 
líquido que envolve o cérebro (líquido 
cefalorraquidiano ou LCR) está muito alta. 
Para entender a pressão intracraniana 
(PIC), pense no crânio como uma caixa 
rígida. Após a lesão cerebral, o crânio pode 
ficar sobrecarregado com: tecido cerebral 
inchado, sangue ou LCR. O crânio não se 
estica como a pele para lidar com essas 
mudanças. Ele pode ficar muito cheio e 
aumentar a pressão no tecido cerebral. Isso 
é chamado de pressão intracraniana 
aumentada. 
Pseudotumor cerebral e hipertensão 
intracraniana benigna são ambos nomes 
anteriores para HI, que agora são 
considerados imprecisos. Esses nomes não 
descrevem adequadamente o distúrbio e 
minimizam a gravidade da hipertensão 
intracraniana. 
Causas 
Na maioria dos casos, o aumento da 
pressão intracraniana pode ser devido a 
um aumento da quantidade do líquido 
cefalorraquidiano (o fluido que envolve o 
cérebro e a medula espinhal) nos espaços 
ao redor do cérebro. 
O aumento da pressão intracraniana 
também pode ser devido a um aumento 
da pressão dentro do próprio cérebro. Isso 
pode ser causado por uma massa (como 
um tumor), por um sangramento no 
cérebro ou fluido ao redor do cérebro, ou 
por um inchaço dentro do próprio cérebro. 
Muitas condições podem aumentar a 
pressão intracraniana. As causas comuns 
incluem: 
 Ruptura de aneurisma e 
hemorragia subaracnoidea; 
 Tumor cerebral; 
 Encefalite, irritação e inchaço ou 
inflamação do cérebro; 
 Ferimento na cabeça; 
 Hidrocefalia (aumento de fluido ao 
redor do cérebro); 
 Hemorragia cerebral; 
 Meningite (infecção das 
membranas que cobrem o cérebro 
e a medula espinhal); 
 Hematomas no cérebro; 
 Convulsão. 
Sinais e Sintomas 
O sintoma mais comum geralmente é uma 
dor de cabeça insuportavelmente dolorosa 
ou frequente, às vezes, associada à náuseas 
e vômitos que não são aliviados com 
medicamentos. A dor de cabeça 
frequentemente desperta o paciente do 
sono. 
Alguns pacientes são atendidos na sala de 
emergência, onde uma punção lombar é 
feita como último recurso, para aliviar 
temporariamente a dor de cabeça. 
A alta pressão do LCR pode causar o 
inchaço dos nervos ópticos (papiledema). O 
nervo óptico conecta o interior de cada 
olho, a retina, aos centros de visão do 
cérebro. O nervo óptico transmite impulsos 
da retina para esses centros cerebrais. O 
primeiro sinal de papiledema em um teste 
de campo visual é conhecido como ponto 
cego aumentado. 
A pressão anormal do LCR também pode 
afetar os músculos oculares que controlam 
os movimentos oculares, produzindo visão 
https://victorbarboza.com.br/aneurismas-cerebrais-se-rompem/
https://victorbarboza.com.br/sintomas-de-tumor-cerebral/
https://victorbarboza.com.br/conheca-os-diferentes-tipos-de-hidrocefalia-suas-causas-e-tratamentos/
https://victorbarboza.com.br/hemorragia-cerebral/
https://victorbarboza.com.br/convulsao-ou-crise-epileptica/
dupla, mas esse é um evento raro. Todos os 
pacientes com HI presumida devem ser 
submetidos a um exame oftalmológico 
completo, incluindo testes de campo visual 
por um oftalmologista ou por um neuro-
oftalmologista. 
Outros sintomas comuns incluem visão 
alterada transitória, particularmente em 
movimento ou curvatura, ruído 
intracraniano (zumbido de pulso 
sincronizado), rigidez do pescoço, dor nas 
costas e no braço, dor atrás do olho, 
intolerância a exercícios e dificuldades de 
memória. 
Complicações 
Um aumento na pressão intracraniana é 
um problema médico sério e com risco de 
morrer. A pressão pode danificar o cérebro 
ou a medula espinhal, pressionando 
estruturas importantes e restringindo o 
fluxo sanguíneo para o cérebro. 
Diagnóstico 
O médico tentará descobrir a causa do 
aumento da PIC. Isso inclui um exame 
físico, avaliação de seus sintomas e um 
exame neurológico. Esses exames também 
verificam o estado mental e a 
coordenação, incluindo o funcionamento 
dos músculos, os sentidos e os reflexos. 
Os testes feitos se houver suspeita de 
aumento da PIC podem incluir: 
 Tomografia computadorizada da 
cabeça; 
 Ressonância magnética da cabeça; 
 Punção lombar. 
Uma punção lombar é feita para medir a 
pressão do LCR e obter uma amostra do 
LCR para verificar a presença de células 
cancerosas. 
Tratamento 
Nafase aguda, o tratamento pode consistir 
no uso de corticosteroides, que possuem a 
função de ajudar a diminuir ou a prevenir 
o inchaço do cérebro ou edema cerebral. 
Se uma infecção for a principal causa do 
aumento da PIC, antibióticos podem ser 
prescritos. Você também pode receber 
medicamentos para dor ou ansiedade, ou 
para controlar convulsões. 
Em alguns casos, o uso de medicamentos 
chamados inibidores da anidrase carbônica 
é praticado para suprimir a produção de 
LCR. O tratamento também pode envolver 
modificações no estilo de vida e na dieta 
alimentar, a fim de promover a perda de 
peso para os pacientes com sobrepeso ou 
obesidade. 
Quando o tratamento médico falha e a 
visão está em risco, pode ser necessária uma 
intervenção cirúrgica, para colocar um 
shunt cerebral, que tem a função de drenar 
o LCR e aliviar a PIC. Um shunt é uma 
passagem que permite que o sangue ou 
outro fluido se mova de uma parte do 
corpo para outra. Neste caso específico, o 
líquido cefalorraquidiano extra é drenado 
do cérebro para o abdômen. 
Prevenção 
Essa condição geralmente não pode ser 
evitada. Se você tiver uma dor de cabeça 
persistente, visão turva, mudanças no seu 
nível de alerta, problemas no sistema 
nervoso ou convulsões, procure ajuda 
médica imediatamente. 
O crânio é uma estrutura óssea rígida e 
inelástica (hermeticamente fechada), 
possuindo um volume sempre constante, 
formado por: encéfalo, sangue e líquor. 
Logo, o aumento em algum desses 
elementos pode causar um aumento na 
pressão desse compartimento, a chamada 
Hipertensão Intracraniana (HIC). 
O equilíbrio encontrado entre os elementos 
intracranianos, promovendo uma pressão 
dentro dos valores da normalidade (entre 5 
– 15 mmHg), é explicado pela Doutrina 
de Monro-Kellie. 
 
 
 
 
Doutrina de Monro-Kellie. 
 
Imagem: Esquematização da Doutrina de 
Monro-Kellie. 
Definição da Hipertensão 
Intracraniana (HIC) 
A hipertensão intracraniana é definida 
como aumento da pressão intracraniana 
(PIC) acima de 20 – 22 mmHg após um 
intervalo de 10 minutos ou por medidas 
seriadas maiores que 22 mmHg em 
qualquer intervalo de tempo. Sabe-se que 
quanto maior for a PIC, maior é a 
morbidade e mortalidade. 
Etiologia da Hipertensão 
Intracraniana 
 
A hipertensão intracraniana é um sintoma 
que está presente em várias condições 
médicas. As possíveis etiologias são 
divididas em dois grandes grupos: causas 
neurológicas e causas não neurológicas. 
Dentro das causas neurológicas, 
encontram-se: aneurisma roto, acidente 
vascular cerebral, cisto de aracnoide, 
contusões cerebrais, encefalopatia 
hipertensiva, hemorragia subaracnoide, 
hematoma subdural, hematoma 
extradural, hidrocefalia etc. 
Quanto as condições não neurológicas, 
merecem destaque: o abuso e dependência 
de opioides, cetoacidose diabética, 
encefalopatia hepática aguda, edema 
cerebral pós-cirúrgico, hiponatremia, 
obesidade mórbida e trombose traumática 
de veias jugulares. 
Fisiopatologia da HIC 
 
O metabolismo encefálico depende 
fundamentalmente de oxigênio e glicose. O 
volume de sangue direcionado para o 
encéfalo corresponde a 14% do débito 
cardíaco, aproximadamente 700mL/min, 
sendo que desse total, 15% está no leito 
arterial, 40% no leito venoso e 45% na 
microcirculação. O encéfalo representa 2% 
do peso corporal e consome cerca de 20% 
do oxigênio do organismo. 
O líquido cefalorraquidiano (LCR) constitui 
10% do volume intracraniano e seu volume, 
em todo o sistema nervoso, é de 
aproximadamente 150 mL, dos quais 20 – 
30 mL estão no interior dos ventrículos e o 
restante está nos espaços subaracnóideos 
intracraniano e raquidiano. 
O fluxo sanguíneo cerebral (FSE) é igual a 
diferença entre a pressão de perfusão 
encefálica e a resistência vascular 
encefálica. A pressão de perfusão cerebral 
é definida como a diferença entre a pressão 
arterial ao nível das artérias carótidas 
internas e vertebrais ao atravessarem a 
dura-máter, e a pressão ao nível das veias 
jugulares, ou seja, é a diferença entre a 
pressão arterial média e a pressão 
intracraniana. Esse fluxo depende de 
quatro fatores: PIC, condições da parede 
vascular, viscosidade sanguínea e calibre 
dos vasos cerebrais. 
Atenção 1 : Caso a PIC se iguale com a 
PAM, ocorrerá uma interrupção do fluxo 
sanguíneo cerebral. 
Atenção 2 : Estudos mostram que o FSE se 
mantém constante, apesar de grandes 
variações na PA média (entre 50 – 170 
mmHg). Aceita-se que, quando há 
redução na pressão de perfusão cerebral 
abaixo de 50 mmHg, ocorre queda no FSE, 
o que sugere que exista um mecanismo de 
autorregulação pelo qual o FSE se mantém 
estável. 
O espaço intracraniano é considerado 
invariável em volume e o seu conteúdo é 
praticamente incompressível. O aumento 
do volume de um dos componentes da 
cavidade intracraniana ou o aparecimento 
de um processo expansivo determina o 
deslocamento dos seus constituintes 
naturais para que a PIC se mantenha 
inalterada. Quando o novo volume 
acrescentado é maior do que a 
possibilidade de deslocamento de líquido, 
há aumento da PIC, levando a hipertensão 
intracraniana. 
Importante: Acredita-se que o volume 
acrescentado pode ocupar até 8 – 10% do 
espaço intracraniano, sem que haja 
aumento da PIC. 
Quando um determinado volume é 
acrescido ao conteúdo normal da cavidade 
intracraniana há, de início, diminuição do 
espaço subaracnóideo periencefálico 
seguida de redução das cavidades 
ventriculares por diminuição do LCR. 
Posteriormente, caso essa medida não seja 
suficiente, há uma diminuição do volume 
sanguíneo e, finalmente, se não for 
suficiente, há redução do parênquima 
encefálico por compressão e atrofia. 
Vele lembrar que o tempo de instalação 
desse novo volume influencia na 
capacidade de acomodação dele, pois em 
situações com aumento lento, permite que 
os mecanismos compensatórios sejam 
utilizados de forma efetiva, porém nos 
aumentos agudos, a utilização desses 
mecanismos não é adequada, acarretando 
no desequilíbrio precoce da relação 
volume/pressão intracraniana. 
Um Caso Clínico Neurologia de 
Hipertensão Intracraniana (HIC) 
História Clínica da Hipertensão 
Intracraniana 
 
Paciente, sexo masculino, 18 anos. 
Queixa 
principal: Traumatismo cranioencefálico 
há 40 minutos. 
História da moléstia atual 
Paciente deu entrada no Hospital Geral do 
Estado no dia 24 de setembro 40 minutos 
após ter sofrido atropelamento, trazido 
pelo SAMU. Foi encontrado desacordado 
no local do acidente apresentando 
Glasgow 6. 
Ao chegar à unidade de saúde já 
apresentava Glasgow 3, hipertensão 
arterial, irregularidade respiratória e 
bradicardia, sendo realizada a intubação 
orotraqueal. 
Diante do quadro do paciente, as seguintes 
medicações foram prescritas: 
 Ringer lactato, 500ml, intravenoso; 
 Manitol 20%, 200 ml, intravenoso; 
 Decadron, 10 mg, intravenoso, de 6 
em 6 horas; 
 Plasil, 10 mg, intravenoso, de 6 em 
6 horas; 
 Fenitoína, 650 mg, intravenoso, 
não excedendo 50mg/min; 
 Fenitoína, 100 mg, intravenoso, de 
8 em 8 horas após dose de ataque; 
 Dormonid, solução padrão, 
intravenoso, 15 ml/h; 
 Fentanil, solução padrão, 
intravenoso, 15 ml/h. 
Exame Físico de Hipertensão 
Intracraniana 
Geral: precário estado geral, em 
ventilação mecânica, comatoso. 
Aparelho respiratório: paciente em 
ventilação mecânica, ausência de ruídos 
adventícios. 
Sistema músculo esquelético: ausência 
de sinais de fraturas expostas no esqueleto 
axial e apendicular. 
Sistema nervoso: comatoso, Glasgow 3T, 
pupilas isocóricas e midriáticas. Reflexo 
fotomotor direto e consesual ausente. 
Reflexo córneo-palpebral ausente. Reflexo 
óculo-cefálico ausente. Sem sedação. 
https://www.sanarmed.com/traumatismo-cranioencefalico-tce-colunistas
 
Figura 1: Tomografia Computadorizada 
evidenciando lesão traumática. 
Pontos de Discussão sobre a HIC 
 
Qual o diagnóstico e as possíveis 
lesões a serem encontradas? 
O paciente sofreu um traumatismo 
cranioencefálico (TCE) grave. OS TCEs são 
classificadosde acordo com a escala de 
Glasgow. 
Um Glasgow maior ou igual a 13 classifica 
um TCE como leve, Glasgow de 9 a 12 
classifica um TCE como moderado, e uma 
Glasgow menor ou igual a classifica um TCE 
como grave. 
Esse tipo de trauma causa lesões cerebrais, 
chamadas de lesões primárias, muitas das 
quais podem ser identificadas em exames 
de imagem. 
As lesões causadas pelo TCE são divididas 
em difusas (concussão e lesão axonal 
difusa) e focais (hematoma subdural, 
hematoma extradural e contusão cerebral) 
e o que irá diferenciá-las serão, 
principalmente, a evolução dos sintomas e 
os exames de imagem. 
Como pode se ver na tomografia 
apresentada anteriormente, esse paciente 
apresenta uma lesão focal, um hematoma 
subdural à direita e, em consequência 
desta, um edema cerebral difuso. 
Qual mecanismo explica o aumento 
da pressão intracraniana? 
A hipertensão intracraniana (HIC) é um 
achado comum em trauma, tumores do 
sistema nervoso central, hidrocefalia, e 
pode ser explicada pela doutrina Monro-
Killie. 
De acordo com esta doutrina, o crânio é um 
compartimento rígido e com volume 
interno fixo formado pelo volume arterial, 
volume venoso, parênquima encefálico e 
líquido cerebroespinhal. 
Quando há uma alteração que leve a um 
aumento do conteúdo desse 
compartimento, surge uma resposta 
compensatória de diminuição de um dos 
componentes para controlar um 
possível hipertensão intracraniana (PIC). 
O volume venoso e o líquor são os que 
tendem a reduzir inicialmente porém, caso 
haja uma falha do mecanismo e um 
aumento exacerbado da PIC, o volume 
arterial também diminui, levando a uma 
isquemia, além de compressão de áreas 
cerebrais e herniações. 
Na tomografia apresentada no caso, 
observa-se um hematoma subdural e um 
edema cerebral, achados que mostram um 
aumento do volume intracraniano e, 
consequentemente, um aumento na PIC. 
Quais são os achados clínicos mais 
comuns da hipertensão intracraniana 
e quais deles estão presentes no caso? 
As manifestações clínicas clássicas da HIC 
são cefaleia, vômitos em jatos, papiledema, 
equimose palpebral espontânea e a tríade 
de Cushing. 
A bradipineia, bradicardia e hipertensão 
encontradas nesse caso constituem a tríade 
de Cushing. Essa resposta reflexa é causada 
por uma decorrência da isquemia causada 
pelo aumento da pressão intracraniana 
que leva a uma vasconstrição sistêmica e 
aumento da frequência cardíaca. 
A tríade denota a descompensação da HIC 
e é um indicativo de compressão do tronco 
encefálico, exigindo uma intervenção 
urgente, levando em consideração a 
importância dessa área, visando a redução 
da pressão intracraniana. 
https://www.sanarflix.com.br/portal/desvendando-a-hidrocefalia/
https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-neurolocia-e-neurocirurgia-traumatismo-cranio-encefalico-tce/
Hipertensão intracraniana (HIC): 
visão geral e quadro clínico 
A hipertensão intracraniana é muito 
frequente em pacientes em Unidades de 
Terapia Intensiva (UTI). 
Dessa forma, é muito importante que você, 
médico(a), saiba identificar o mais 
precocemente possível se o seu paciente 
apresenta essa condição. 
O que é a hipertensão intracraniana? 
A hipertensão intracraniana (HIC) é o 
aumento da pressão dentro do crânio e ao 
redor da medula espinhal. 
Condições que podem levar à HIC são 
aquelas que aumentam a quantidade de 
líquido cerebral ou do tamanho do cérebro, 
como hidrocefalia, tumor 
cerebral, AVC, infecções cerebrais, 
traumatismo cranioencefálico (TCE), 
a causa mais comum, dentre outras. 
Identificando valores anormais de 
PIC 
A fim de relembrar os conceitos de 
hipertensão intracraniana, é importante 
destacar a doutrina de Monro-Kellie. 
Ela preconiza que o volume craniano 
é fixo, distribuído entre 
volume arterial e venoso, o 
parênquima encefálico e o líquor. 
No entanto, ao surgir um quinto elemento, 
como uma hemorragia, por exemplo, 
algum outro componente terá que ser 
reduzido, já que o volume do crânio, como 
dito, é fixo. Inicialmente, haverá uma 
redução do volume venoso e do líquido 
cerebroespinhal, como estratégia de 
compensação. 
Diante disso, com o avançar do aumento 
de pressão, acontece uma diminuição da 
pressão arterial, ou seja, a redução da 
Pressão de Perfusão Cerebral. 
Esse último evento gera 
a hipoxemia e isquemia e esses são os 
principais motivos pelos quais a hipertensão 
intracraniana deve ser tratada com 
urgência. 
Figura 1: Demonstração da doutrina de 
Monro-Kellie. Fonte: Medicina Intensiva 
Abordagem Prática, 3ª ed. 
Quando a pressão intracraniana encontra-
se fora do valor de normalidade, isso pode 
alterar muito a pressão de perfusão 
cerebral (PAM – PIC = PPC). Dessa 
forma: 
 Lactentes: 8 a 10mmHg 
 Adultos e crianças: valores 
inferiores a 15mmHg 
Assim, é considerado um quadro de HIC 
quando o paciente apresenta uma PIC 
acima de 20mmHg persistente por 20 
minutos (em adultos). 
O valor recomendado para uma PPC que 
mantenha um fluxo adequado é 
de 50mmHg para adultos, suficiente para 
não desenvolver isquemia. Valores abaixo 
desse referencial levam a um decréscimo do 
fluxo sanguíneo cerebral (FSC). 
Quadro clínico da HIC 
Diante de um paciente com suspeita de 
hipertensão intracraniana, você deve 
realizar um exame físico inicial focado na 
avaliação do estado neurológico do seu 
paciente. Além disso, a suspeita de um TCE 
é mandatória durante a sua avaliação, 
contando com a escala de coma 
de Glasgow como guia. 
https://www.sanarmed.com/desvendando-a-hidrocefalia
https://www.sanarmed.com/resumo-completo-avc-avci-avch-neurologia
Figura 2: TCE severo (escore Glasgow: 3-8); 
TCE moderado (escore Glasgow: 9-12); TCE 
leve (escore Glasgow: 13-14). 
Os sintomas dos pacientes podem ser 
decorrentes de efeitos locais em pacientes 
com lesões de uma massa, ou ainda por um 
quadro de herniação. A saber, o aumento 
da pressão em apenas um dos hemisférios 
cerebrais, é possível que o paciente tenha 
uma herniação uncal, e se em ambos os 
hemisférios, uma herniação central. 
Como exemplos de apresentações do 
paciente com hipertensão intracraniana, 
pode ser observado: 
 Dor de cabeça persistente 
 Vômitos 
 Papiledema 
 Nível de consciência rebaixado 
 Paralisia de um membro ou lado 
do corpo 
 
Ainda é possível que ocorra 
o reflexo de Cushing, muitas 
vezes atribuído à compressão do 
tronco cerebral. Quanto à essa 
manifestação, trata-se da 
associação entre: 
 Bradicardia 
 Depressão respiratória 
 Hipertensão 
Em alguns casos de HIC, o paciente pode 
ainda apresentar uma cegueira 
temporária. Isso é descrito pelo paciente 
como eventos que ocorrem em alguns 
períodos do dia, por conta da pressão sob o 
nervo óptico. 
Ainda, havendo o aumento da pressão em 
apenas um dos hemisférios cerebrais, é 
possível que o paciente tenha 
uma herniação uncal, e se em ambos os 
hemisférios, uma herniação central. 
Em lactentes, é possível que apenas o 
aumento do perímetro cefálico sugira um 
quadro de hipertensão intracraniana. 
Fatores de risco associados à HIC 
Através de estudos foi possível correlacionar 
fatores hormonais, como 
o hiperandroginismo (testosterona, 
sulfato de dehidroepiandrosterona e 
testosterona biodisponível) e a hipertensão 
intracraniana idiopática. Esse fator 
favoreceu eventos de HIC em mulheres 
com idade precoce. 
Outro fator que favorece eventos de HIC é 
a obesidade, sendo o IMC e a pressão do 
líquor proporcionais. 
Considerando a evolução do paciente para 
uma perda permanente da visão, tem-
se que os principais fatores de risco 
envolvem um papiledema grave como 
sintoma da HIC, quando não tratados 
imediatamente. Além disso, sintomas 
visuais como obscurecimento ou uma 
perda intermediária da visão como 
evolução da HIC. 
Tumores prevalentes no SNC 
É importante entender a diferença entre os 
tumores que se iniciam no cérebro (tumores 
cerebrais primários) e os tumores que se 
iniciam em outros órgãos, como pulmão ou 
mama, e se disseminaram para o cérebro 
(tumores cerebraismetastáticos). 
Em adultos, os tumores cerebrais 
metastáticos são realmente mais 
frequentes que os tumores cerebrais 
primários e não são tratados da mesma 
forma. Por exemplo, os cânceres de mama 
https://www.sanarmed.com/traumatismo-cranioencefalico-e-triade-de-cushing-colunistas
ou pulmão que se disseminaram para o 
cérebro são tratados como cânceres de 
mama ou pulmão e não como os que se 
iniciam no próprio cérebro. 
Diferente dos cânceres que começam em 
outras partes do corpo, os tumores que 
começam no cérebro ou na medula 
espinhal raramente se disseminam para 
outros órgãos. Entretanto, os tumores 
cerebrais ou da medula espinhal 
raramente são considerados benignos. Eles 
ainda podem provocar lesões importantes 
ao crescer e se espalhar para áreas 
adjacente, onde podem destruir o tecido 
cerebral normal. 
Classificação dos tumores cerebrais e 
da medula espinhal 
Vários fatores são importantes para 
determinar a melhor forma de tratamento 
de um tumor cerebral ou da medula 
espinhal e seu prognóstico: 
Tipo de tumor. Os tumores cerebrais 
podem começar em quase qualquer tipo 
de tecido ou célula do cérebro ou da 
medula espinhal. Alguns tumores têm tipos 
celulares mistos. Os tumores localizados em 
diferentes áreas do sistema nervoso central 
(SNC) podem ser tratados de formas 
diferentes e ter diferentes prognósticos. 
Grau do tumor. Alguns tipos de tumores 
cerebrais e da medula espinhal têm maior 
probabilidade de se desenvolver no cérebro 
ou na medula espinhal adjacente e se 
desenvolver mais rapidamente do que 
outros. Os tumores cerebrais e da medula 
espinhal são divididos em quatro graus, 
com base em como as células são 
observadas no microscópio: 
 Grau I e II. Esses tumores tendem a 
crescer mais lentamente e são 
menos propensos a se infiltrar nos 
tecidos cerebrais adjacentes. 
 Grau III e IV. Esses tumores tendem 
a crescer rapidamente e têm maior 
probabilidade de crescer nos 
tecidos adjacentes. Esses tumores 
requerem um tratamento mais 
agressivo. 
Alterações genéticas. Mesmo para um tipo 
específico de tumor cerebral, as alterações 
genéticas nas células tumorais podem ser 
diferentes. Por exemplo, muitos tipos de 
tumores são divididos com base no fato das 
células terem mutações em um dos genes 
IDH (IDH1 ou IDH2). Para um tipo 
específico de tumor, aqueles com mutações 
IDH tendem a ter um prognóstico melhor 
do que aqueles sem mutação. 
Localização do tumor. a localização do 
tumor no cérebro ou na medula espinhal 
pode influenciar os sintomas, bem como os 
tratamentos. 
Gliomas 
Glioma é um termo geral para um grupo 
de tumores que se iniciam nas células gliais. 
Vários tipos de tumores podem ser 
considerados gliomas, como o astrocitoma 
(que inclui o glioblastoma), 
oligodendrogliomas e ependimomas. Cerca 
de 30% de todos os tumores cerebrais são 
gliomas. A maioria dos tumores cerebrais 
de crescimento rápido são gliomas. 
Astrocitomas 
É o tipo mais comum de glioma e se 
desenvolve a partir de células 
denominadas astrócitos. Cerca de 20% dos 
tumores cerebrais são astrocitomas. 
A maioria dos astrocitomas podem se 
disseminar por todo o cérebro se 
misturando com o tecido normal do órgão, 
o que pode tornar mais difícil sua remoção 
cirúrgica. Às vezes, eles se disseminam ao 
longo de estruturas que são envolvidas por 
líquido cefalorraquidiano (LCR). É raro eles 
se disseminarem para fora do cérebro ou 
da medula espinhal. 
Os astrocitomas muitas vezes são 
classificados pelo grau, com base em como 
as células são vistas sob o microscópio: 
 Astrocitomas não infiltrantes (grau 
I) geralmente não costumam 
crescer nos tecidos adjacentes e 
podem ter um bom prognóstico. 
Estes incluem astrocitomas 
pilocíticos e astrocitomas 
subependimários de células 
gigantes. Eles são mais comuns em 
crianças do que em adultos. 
 Astrocitomas de baixo grau (grau 
II), como astrocitomas difusos e 
xantroastrocitomas pleomórficos. 
Esses tumores tendem a ser de 
crescimento lento, mas podem 
crescer em áreas próximas e se 
tornar mais agressivos e de rápido 
crescimento ao longo do tempo. 
 Astrocitomas anaplásicos (grau III) 
crescem mais rapidamente e se 
disseminam para o tecido cerebral 
normal adjacente. 
 Glioblastomas (grau IV) são os que 
mais crescem. Esses tumores 
constituem mais de metade dos 
gliomas e são os tumores cerebrais 
malignos mais frequentes em 
adultos. 
Oligodendrogliomas 
Os oligodendrogliomas começam nas 
células da glia do cérebro chamadas 
oligodendrócitos. Esses são tumores de grau 
II que tendem a crescer lentamente, mas a 
maioria pode se desenvolver no tecido 
cerebral próximo e não pode ser 
completamente retirado cirurgicamente. 
Os oligodendrogliomas, às vezes se 
disseminam ao longo das vias do LCR, mas 
raramente para fora do cérebro ou da 
medula espinhal. Formas agressivas desses 
tumores são conhecidas como 
oligodendrogliomas anaplásicos. De 1% a 
2% dos tumores cerebrais são 
oligodendrogliomas. 
Ependinomas 
Apenas 2% dos tumores cerebrais são 
ependinomas, que se desenvolvem a partir 
das células ependimais e crescem nos 
ventrículos ou na medula espinhal. Essas 
células revestem as áreas preenchidas pelo 
LCR do cérebro (ventrículos) e espinha 
dorsal. Ocasionalmente os ependimomas 
podem apresentar metástase dentro do 
sistema nervoso central, pelo contato com o 
LCR, mas não se disseminam além do 
cérebro ou da medula. Os ependimomas 
podem bloquear a saída do LCR dos 
ventrículos, fazendo com que os mesmos 
aumentem de tamanho e pressão, uma 
condição denominada hidrocefalia. Alguns 
ependimomas podem ser completamente 
retirados cirurgicamente. 
Meningiomas 
Os meningiomas correspondem a cerca de 
30% dos tumores cerebrais e da medula 
espinhal. Eles começam nas meninges, as 
camadas de tecido que circundam a parte 
externa do cérebro e da medula espinhal. 
São os tumores cerebrais mais frequentes 
em adultos. O risco destes tumores 
aumenta com a idade, acometendo cerca 
de duas vezes mais pessoas do sexo 
feminino. Em alguns casos esses tumores 
parecem ser hereditários, especialmente 
nas famílias com antecedentes de 
neurofibromatose, uma síndrome em que 
as pessoas desenvolvem muitos tumores 
benignos do tecido nervoso. Os 
meningiomas são muitas vezes classificados 
pelo grau, com base em como as células são 
vistas sob o microscópio: 
 Grau I. Tumores com células que se 
parecem mais com as células 
normais. Esses são o tipo mais 
frequente de meningioma. A 
maioria deles pode ser curado com 
cirurgia, mas alguns crescem muito 
perto de estruturas vitais no 
cérebro ou nos nervos cranianos e 
não podem ser tratados apenas 
cirurgicamente. 
 Grau II. Esses meningiomas 
(atípicos ou invasivos) geralmente 
têm células que parecem um 
pouco anormais sob o microscópio. 
Eles podem crescer diretamente ou 
nas proximidades do tecido 
cerebral e do osso. São propensos a 
recidivar após a cirurgia. 
 Grau III. São meningiomas 
anaplásicos ou malignos com 
células mais anormais. São o tipo 
menos frequente. Tendem a crescer 
rapidamente, próximos ao tecido 
cerebral e osso. São os mais 
propensos a recidivar após o 
tratamento. Alguns podem até se 
disseminar para outras partes do 
corpo. 
Meduloblastomas 
Meduloblastomas são tumores que se 
desenvolvem a partir das células 
neuroectodérmicas no cerebelo. São 
tumores de crescimento rápido e, muitas 
vezes se disseminam ao longo das vias do 
líquido cefalorraquidiano, mas podem ser 
tratados com cirurgia, radioterapia e 
quimioterapia. Meduloblastomas ocorrem 
com mais frequência em crianças do que 
em adultos. Eles são parte de uma classe de 
tumores denominados tumores 
neuroectodérmicos primitivos, que 
também podem se iniciar em outras partes 
do sistema nervoso central. 
Gangliogliomas 
Um tumor contendo neurônios e células 
gliais é denominado ganglioglioma. Estes 
são pouco frequentes em adultos e 
geralmente podem ser curados apenas com 
a cirurgia ou com a combinação de cirurgia 
e radioterapia. 
Schwannomas

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