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TCC TEXTO FINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
MARIA DIONIZIA DE OLIVEIRA 
 RU: 821535
 TUTOR LOCAL: CLÉIDE RAMALHO
 TCC -- TEXTO FINAL
 Trabalho de conclusão de curso
 OURO PRETO/MG
2015
 MARIA DIONIZIA DE OLIVEIRA
 (
TCC 
-
TEXTO
 FINAL,
 Trabalho de conclusão de curso 
real
izado na UTA – Fundamentos da Educação fase
 2
, 
no curso de Pedagogia a Distância da Universidade Internacional de Curitiba. 
Tutor Local: Cleide Ramalho
Polo – Ouro Preto
 
–
 MG
2015
)
 
 OURO PRETO /MG
 2015
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso,mostrou uma visão da importância que deve ser dada ao compreender e valorizar a função que os jogos e brincadeiras exercem sobre a aprendizagem e desenvolvimento psicomotor da criança.
A necessidade de trabalhar este tema é a busca de mostrar a importância dos jogos e brinquedos na sala de aula como um recurso atrativo no ensino e aprendizagem, buscando dinamizar as aulas numa forma integradora que envolva a todos em especial a escola. A educação infantil precisa assumir o papel de criar estruturas onde a criança sinta-se acolhida, amparada, estimulada e compreendida. Neste sentido é possível analisar que o brincar, juntamente com o faz de conta é meio pelo qual o professor e a instituição podem analisar situações diversas no desenvolvimento da criança e que o lúdico estrutura meios para superação de possíveis dificuldades além de identificar como acontece a aquisição de conhecimento na criança, a relação do brincar e o desenvolvimento da criança permite que se conheça com mais clareza importantes funções mentais, com o desenvolvimento do raciocínio da linguagem. Por tanto é considerado que o lúdico precisa nortear as atividades em todos os sentidos, de modo que as crianças reconheçam a escola como um espaço de exploração e experimentação. Como afirma o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil a brincadeira deve ser um elemento constante na rotina das escolas que atuam com a educação de crianças, entretanto a brincadeira precisa ser encarada como um instrumento que colabora para a aprendizagem, deixando de ser utilizada apenas nos intervalos das ações pedagógicas ou como forma de preencher o planejamento diário e completar a carga horária. A brincadeira é uma ação natural da vida infantil, no momento em que brinca a criança trabalha com diversos aspectos como, físico, motor, emocional, social e cognitivo constituindo um importante elemento no processo de desenvolvimento e aprendizagem. 
Palavra chave: jogos. Brincadeiras. Aprendizagem 
1 INTRODUÇÃO 
	
 Este trabalho mostra uma visão da importância que deve ser dada ao compreender e valorizar a função que os jogos e brincadeiras exercem sobre a aprendizagem e desenvolvimento psicomotor da criança. O tema foi escolhido para aprofundar a discussão sobre a importância dos jogos e brincadeiras no processo ensino-aprendizagem e na formação da personalidade do indivíduo, neste caso, na infância. 
 Como o educador é o responsável, na escola, pela aprendizagem e auxílio da múltipla formação dos aspectos biológicos, sociais, cognitivos e afetivo-emocionais das crianças, é através dos jogos e brincadeiras, que o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo.
 A criança precisa brincar, inventar e criar para crescer e manter seu equilíbrio com o mundo, uma vez que o alimento é fundamental a vida do ser humano que o faz crescer, assim também são os brinquedos e os jogos na vida das crianças. Além de divertimento, eles servem como suportes para que a criança atinja níveis cada vez mais complexos em seu desenvolvimento social, cognitivo e emocional. É brincando e jogando que são reconhecidos os mecanismos de identificação cultural e de formação educativa.
Logo, o presente artigo surgiu da preocupação de repensar o processo educacional, em busca da conscientização do trabalho pedagógico para a importância da formação dos alunos como um todo, com sua afetividade, suas percepções, sua expressão, seu sentido, sua crítica, sua criatividade, seu interior. 
 Cabe aos professores, orientar o educando a ampliar seus referenciais de mundo e trabalhar todas as linguagens: escrita, sonora, corporal, dramática, artística, dentre outras, integrando-o e construindo sua própria visão do universo. Ele deve conhecer as características de seus aprendizes, identificando suas potencialidades que estão sendo desenvolvidas e aquelas que foram esquecidas, quais os transtornos que esse desequilíbrio pode causar no desenvolvimento do indivíduo e como poderá estimular a criança para o processo ensino-aprendizagem.
 
2- O LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO E NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 O homem busca inovações sempre, e a cada dia que passa, vemos o quanto isso contribuiu para a evolução da humanidade. No universo de nossas salas de aulas, nos defrontamos com diferenças relacionadas a níveis sociais, cultura, raça, religião, etc. E diante de tanta tecnologia, acessível à maioria da população, muitas vezes um quadro de giz e “saliva”, não conseguem atrair a atenção de nossos alunos. É necessário, então, diversificarmos nossas metodologias de ensino, sempre em busca de resgatarmos o interesse e o gosto de nossos alunos pelo aprender. 
 Os jogos educativos com finalidades pedagógicas revelam a sua importância, pois promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
“A estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica...” (MOYLES, 2002, p.21) 
 É importante que os jogos pedagógicos sejam utilizados como instrumentos de apoio, constituindo elementos úteis no reforço de conteúdos já apreendidos anteriormente. Em contrapartida, essa ferramenta de ensino deve ser instrutiva, transformada numa disputa divertida, e, que consiga, de forma sutil, desenvolver um caminho correto ao aluno. O fator competição, durante os jogos, será evidente, porém não há motivos para preocupação, pois o professor precisa estar preparado para evidenciar que esse tipo de competição ocorre apenas no jogo e não, na vida. 
Conforme Fialho:
[...] A exploração do aspecto lúdico, pode se tornar uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdos, na sociabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação, tornando esse processo transparente, ao ponto que o domínio sobre os objetivos propostos na obra seja assegurado [...] (FIALHO, 2007, p. 16).
Jogando, o indivíduo se depara com o desejo de vencer que provoca uma sensação agradável, pois as competições e os desafios são situações que mechem com nossos impulsos. Segundo Silveira (1998, p.02): 
[...] os jogos podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do contexto de aprendizado. Um dos usos básicos e muito importantes é a possibilidade de construir-se a autoconfiança. Outro é o incremento da motivação. [...] um método eficaz que possibilita uma prática significativa daquilo que está sendo aprendido. Até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competência (SILVEIRA, 1998, p.02). 
 De acordo com Kishimoto (1997), uma criança atirando com um arco e flecha pode ser uma brincadeira ou pode ser uma criança que está se preparando para a arteda caça (como pode ocorrer num contexto indígena). Como diferenciar? Muitos estudiosos têm caracterizado a brincadeira como a atividade ou ação própria da criança, voluntária, espontânea, delimitada no tempo e no espaço, prazerosa, constituída por reforçadores positivos intrínsecos, com um fim em si mesmo e tendo uma relação íntima com a criança (Bom tempo, 1987; Brougère, 1997; De Rose e Gil, 1998; Kishimoto, 1997; Piaget, 1978; Santos, 1998; Wajskop, 1995). Partindo destas informações, é importante ressaltar que o brincar faz parte da infância, porém, em várias ocasiões, os adultos, pais ou professores, propõem determinadas atividades para as crianças, que parece não cumprir os critérios acima discutidos, mas que são chamadas de “brincadeiras” pelos adultos. Ora, se a atividade é imposta ou se parece desagradável para acriança, já é um indicador que não se trata de uma brincadeira, mas de qualquer outra atividade. Uma mesma atividade pode ser considerada uma brincadeira para uma criança, mas não para outra, o que torna o trabalho do educador ainda mais complexo.
 Para (kishimoto,1994,p.15) o jogo só pode ser jogo quando escolhido livre e espontaneamente pela criança, caso contrario, é trabalho ou ensino.
Já o brinquedo, definido por Kishimoto (1994), é entendido sempre como um objeto, suporte da brincadeira ou do jogo, quer no sentido concreto, quer no ideológico.
São várias as dificuldades que existem com relação à definição e caracterização São várias as dificuldades que existem com relação à definição e caracterização da brincadeira, entretanto, é certo que a brincadeira assume um papel fundamental na infância; numa concepção sociocultural, a brincadeira mostra como a criança interpreta e assimila o mundo, os objetos, a cultura, as relações e os afetos das pessoas, sendo um espaço característico da infância (Wajskop, 1995).
Ao analisarmos, a partir de quando a brincadeira foi alvo de discussão, sob o ponto de vista histórico, veremos que desde a Antiguidade as crianças participavam de diversas brincadeiras como forma de diversão e recreação. A exemplo temos: os jogos de demolir e construir, rolar aros, cirandas, pular obstáculos são exemplos de brincadeiras existentes desde a Antiguidade.
No Romantismo, a brincadeira passou a ser vista como expressão da criança e a infância a ser compreendida como um período de desenvolvimento específico e com características próprias. Neste período as principais brincadeiras eram: piões, cavalinhos de pau, bola etc. (Kishimoto, 1990). Vários pesquisadores surgiram nesta época desenvolvendo propostas pedagógicas com a utilização de brinquedos e jogos, como por exemplo: Froebel, que desenvolveu estudos na educação baseada no brincar; Decroly, que elaborou materiais para educação de crianças deficientes com a finalidade de desenvolver a percepção, motricidade e raciocínio, e Montessori, que desenvolveu uma metodologia de forma a implementar a educação sensorial.
Já no século XX, outros pesquisadores começaram a discutir a questão das brincadeiras, entre eles, Piaget (1978), afirmando que a partir da brincadeira a criança pode demonstrar o nível cognitivo que se encontra além de permitir a construção de conhecimentos e Vygotsky, que compreendeu a brincadeira, como qualquer outro comportamento humano, resultado de influências sociais que a criança recebe ao longo do tempo. Vale a pena ressaltar que o brinquedo cria na criança uma zona de desenvolvimento proximal e através dele que a criança obtém as suas maiores aquisições (Vygotski, 1984).
As diferentes abordagens pedagógicas baseadas no brincar bem como os estudos de psicologia infantil direcionados ao lúdico, permitiram a constituição da criança como um ser brincante (Wajskop, 1995) e a brincadeira deveria ser utilizada como uma atividade essencial e significativa para a educação infantil.Sem dúvida, foi necessário um longo período até se chegar a tais conclusões e a brincadeira ser levada como algo “sério”.
Hoje, esta importância e seriedade em relação ao tema podem ser melhor observadas através do advento das brinquedotecas, dos congressos cujo tema central é a brincadeira infantil, do crescente número de artigos e trabalhos científicos com base no estudo das brincadeiras etc.
E, em se tratando de educação no Brasil, devemos ter como base o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), nele vemos claramente a importância da brincadeira quando afirma que educar significa “propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas” (p.23).
Os autores pesquisados consideram que as brincadeiras e os jogos funcionam como um incentivo ao desenvolvimento de novas habilidades, pois para as crianças é mais agradável trabalhar com situações imaginárias, afinal, brincar é colocar a imaginação em ação. 
A partir daí, surgiu à necessidade de compreender o porquê de não se utilizar tais recursos para o desenvolvimento dos alunos na sala de aula, além de entender como os jogos e brincadeiras podem facilitar o processo de ensino aprendizagem.
Através da brincadeira, a criança se apropria da realidade, criando um espaço de aprendizagem em que possam expressar, de modo simbólico, suas fantasias, desejos, medos, sentimentos, sexualidade e agressividade.
Para se trabalhar com jogos e brincadeiras, o professor deve compreender como a criança aprende, levando em conta a sua realidade pessoal, sendo que cada criança possui uma vivência diferente da outra. Essa diferença se expressa em tipos de personalidade e formas distintas na execução de tarefas e características particulares de interpretar o que acontece ao seu redor, sobretudo nas suas relações interpessoais.
Quanto às diferenças de ritmo, percebe-se que existem ritmos distintos não só para a realização de tarefas, como também no desenvolvimento pessoal da criança, que envolve a parte física, intelectual, emocional e social, o que é normal para sua formação como indivíduo. Isso nos mostra o que comumente observa-se numa sala de aula, onde crianças, diante da mesma tarefa, reagem de formas diversificadas, afinal, são diferentes, de realidades diferentes.
Para que o professor seja bem sucedido na sua tarefa de ensinar, é preciso, portanto, ajustar-se as expectativas sociais e a realidade pessoal de cada
aluno.
Esse ajustamento não acontece pelo caminho da autoridade ou pela imposição, nem mesmo pela concessão de tarefas estereotipadas e mecânicas impostas. O momento importante deste processo é ouvir, entender e confiar. É exatamente por essa confiança que a criança passa a abrir possibilidades de expressar suas capacidades e se projetar na caminhada da aprendizagem. A criança estará preparada para aprender quando tiver desenvolvido um comportamento ativo, o que é uma evidência de que já tem ao seu alcance a possibilidade da informação e do conhecimento. Isso só ocorre, no entanto, se o que for apresentado pela criança tiver algum significado para ela.
A ideia de usar jogos e brincadeiras como ferramentas de aprendizado, continua muito controvertida e, ao mesmo tempo, muito desconhecida. Pesquisas estão dando legitimidade ao assunto e apontam os jogos e brincadeiras para aprendizagem como um grande potencial para o desenvolvimento da criança.
Segundo LEAL (2005), o jogo é como um fenômeno “antropológico”, onde cada jogo tem o seu significado dependendo dos fatores sociais, culturais e do local que aparece. Para ela cada brincadeira e cada jogo, só podem ser entendidos dentro de um mesmo grupo ou de um mesmo contexto. KISHIMOTO (2003) corrobora com este pensamento quando menciona que:
[...] enquanto fato social, o jogo assume a imagem e o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este o aspecto que nos mostra por que, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significações distintas. Se o arco e a flecha hoje aparecem como brinquedos, em certas culturas indígenas, por exemplo, representam instrumentos para a arte da caça e da pesca. [...]
 Percebe-se, portanto que tanto o conceito de jogos e brincadeiras, como o de infância, sãoestabelecidos culturalmente. Desse modo, entende-se que os jogos e brincadeiras são atividades lúdicas, em que a criança participa de uma situação de engajamento social, em tempo e espaço determinados, delimitados pelas próprias regras de participação na situação imaginária.
É importante pontuar que, para a Pedagogia Tradicional, o ato de brincar e jogar não eram bem vistos, como aponta KISHIMOTO (2003). Felizmente a posição da Pedagogia atual converte este princípio, e no século XXI já esta sendo mais valorizado pelas instituições educacionais, visto que deixou de ser apenas entretenimento e alcançou um espaço significativo e efetivo na vida dos educadores e dos educandos.
 Para FROMBERG (1987), o jogo infantil representa a realidade e as atitudes humanas, possibilitando uma ação no mundo, mesmo sendo o imaginário. As principais funções do professor é desenvolver esse lado imaginário e as capacidades de seus alunos, estimulando a sua autonomia e criatividade.
No entanto, alerta que os mesmos não podem ser considerados como única estratégia didática para garantir a construção do conhecimento. Seguindo numa mesma direção, KISHIMOTO (2003) apoia essa posição quando afirma que:
[...] a utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não os jogos[...] 
2.1 OS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
 Conforme NEGRINE (1994), “O jogo se origina do vocábulo latino “iocus”, que significa diversão, brincadeira. O autor diz que os jogos historicamente possuem grande valor, não apenas pelo interesse que universalmente despertam nas crianças, mas também pela alegria que elas manifestam ao jogar”.
SOBRINHO e BATISTA (2002), afirmam que “Froebel apesar de não ter sido o o primeiro a analisar o valor educativo do jogo, ele foi o primeiro a colocar o jogo como algo essencial no trabalho pedagógico, quando criou o jardim de infância, com jogos e brinquedos”. 
 Segundo KISHIMOTO (2008), “cada contexto social constrói uma imagem de jogo, conforme seus valores e modo de vida”.
Para o autor, uma das características principais e importantes dos jogos, é a existência de regras. 
 Para RIZZO (2001), o jogo motiva, por isso é um instrumento muito poderoso na estimulação da construção de esquemas de raciocínio, através da sua ativação. Pra ela o jogo é um forte meio de desenvolvimento da inteligência.”
SOBRINHO e BATISTA (2002), falam que as ações com os jogos, devem ser criadas e recriadas, para que seja sempre uma nova descoberta, pois assim o jogo acaba se transformando em algo novo, e também acaba tendo uma nova forma de jogar. 
 A autora RIZZO (2001), em sua obra, também ressalta a importância dos jogos em grupos, pois estes fazem com que as crianças saiam do seu egocentrismo.
ALMEIDA, Paulo Nunes de. (2000), “destaca a natureza do jogo em cada fase do desenvolvimento do ser humano. Segundo o autor, as fases das crianças em idade de educação infantil são: 
 Fase sensório-motor (maternal, de 1 a 2 anos aproximadamente), para o autor, nesta fase a criança brinca com o próprio corpo, executando movimentos, fazendo jogos de exercícios A autora diz que nesta fase, o contato com os adultos é imprescindível. 
 Fase simbólica (jardim I, de 2 a 4 anos aproximadamente), nesta fase além dos movimentos físicos, as crianças passam a exercitar intencionalmente movimentos motores mais específicos. As brincadeiras mais simples que participa são grandes estímulos ao desenvolvimento intelectual. Nessa fase as crianças estão bastante egocêntricas, tudo se volta para o “eu”, por isso os jogos com regras não funcionam, pois não conseguem coordenar seus esforços para o outro. 
 Fase intuitiva (jardim II, pré-escola, de 4 a 6 anos aproximadamente),nesta fase os jogos de que as crianças mais gostam são os que seu corpo estiver em movimento, pois se movimentar as faz muito contentes, é a fase em que a criança imita tudo”. 
 Na criança a imaginação criadora, surge em forma de jogo, instrumento primeiro de pensamento no enfrentamento da realidade. Jogo sensório-motor que se transforma em jogo simbólico, ampliando as possibilidades de ação e compreensão do mundo. “O conhecimento deixa de estar preso ao aqui e agora, aos limites da mão da boca e do olho e o mundo inteiro pode estar presente dentro do pensamento, uma vez que é possível “imaginá-lo”, representá-lo com o gesto no ar, no papel, nos materiais, com os sons, com palavras”. (KISHOMOTO, 2008 P. 52). 
 Em sua obra,( LEBOVICI e DIATKINE ;2002), “falam que os jogos, começam com os brinquedos, os objetos que a mãe dá para criança, o jogo se inicia ainda quando a mãe dá para criança uma chupeta, e outro brinquedo”. (ERICKSON, apud LEBOVICI e DIATKINE ;2002) fala sobre três fases que seriam a evolução dos jogos na criança: 
1- Primeiramente o jogo se dá em uma “auto -esfera”, ou seja, a criança explora aquilo que ela tem, no seu próprio corpo, e também com as pessoas que se aproximam dela para fazer seus cuidados corporais. 
2- Quando passa a brincar na “microesfera”, a criança começa a brincar com pequenos jogos representativos, aqueles que exteriorizam suas fantasias. É interrompida constantemente na sua atividade lúdica, desenvolvida à “auto -esfera” num movimento regressivo, a criança refaz as funções do seu ego na microesfera. 
3- Quando a criança chega na “macro esfera”, ela utiliza suas relações com os adultos e aborda o processo de socialização. Sobre o jogo, Lima (2006), diz que brinca-se com diversos tipos de jogos, através dos jogos se brinca com o corpo, se utiliza o raciocínio, estratégias, se utiliza também de sorte eorganização. Sendo assim, o ser humano joga sua vida inteira. Ao jogar uma partida de qualquer jogo pode-se observar as operações requeridas do sujeito. “É importante observar que nos jogos e na vida, no dia a dia, as mesmas operações são requisitadas, assim ao jogar o sujeito exercita-se cognitivamente, socialmente e afetivamente, pois o seu desejo de jogar é determinante para que o possa fazer”. ( LIMA, 2006)
2.1.2 O JOGO E A APRENDIZAGEM
 Os livros dos autores escolhido para realização do meu projeto foram de fundamental importância para o meu desenvolvimento diante do assunto.
Segundo kishimoto (1994), no livro “jogo e a educação infantil”, o jogo vincula ao sonho, a imaginação ao pensamento e ao símbolo. O jogo é de muita importância na aquisição de conhecimento, seria gênesis da metáfora humana. Aquilo que nos torna realmente humano. Valoriza o jogo na educação como formam privilegiadas de desenvolvimento e apropriação, conhecimento pela criança, por tanto, instrumentos indispensáveis da pratica pedagógica.
 Toda criança desde os primeiros anos de vida brinca, joga e desempenha atividades lúdicas. Na verdade o mundo da criança é uma realidade de jogos. Os adultos têm dificuldades em entender que brincar e jogar para criança, representa sua razão de viver, onde elas esquecem tudo que as cercam e se entregam ao fascínio da brincadeira. 
 Já Aguiar (1999), no livro “ jogos para o ensino de conceitos”, revela que vários tipos de brincadeiras e jogos que possam interessar a criança pequena, constituem rico contesto em que ideias matemáticas podem ser evidenciadas pelo adulto por meios de perguntas, proposta.
 Por isso, através das brincadeiras e dos jogos, a criança atua, representa papeis e elabora o que virara ser no futuro. Utilizando imaginário no tempo real, a criança opera conjugando e transformando três tempos: antecipa o futuro, personifica o passado e transforma o presente.
 Segundo Piaget, cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências: assimilação e acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações dentro de formas de pensamento, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação as estruturasmentais existem, reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo, enquanto ao mesmo tempo mantêm sua estrutura mental intacta. O brincar nesse caso identificado pela primazia da assimilação sobre a acomodação.
 Analisando os dados coletados, sobre a importâncias sobre os benefícios dos jogos como instrumentos pedagógicos, pude perceber que as crianças, desde os primeiros anos de vida, gastam grande parte de seu tempo brincando, jogando e desempenhando atividades lúdicas. A brincadeira e os brinquedos são tão fundamentais a criança como a alimentação. Os adultos, por sua vez, têm dificuldade de entender que o brincar e o jogar, representam para a criança, sua razão de viver, ou seja, uma necessidade.
  O Jogo, a brincadeira e o brinquedo, tudo isso pode ser útil para estimular o desenvolvimento do aluno
  Para Santos (1997), a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para uma boa saúde mental, prepara para o estado fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
Pestalozzi, contribui de forma marcante, com a observação do desenvolvimento psicológico ou o fracasso das técnicas pedagógicas empregadas abrindo um novo rumo a educação moderna, destacou o jogo como enriquecedor do senso de responsabilidades e de normas de cooperação.
 Froeebel, primeiro pedagogo, a incluir o jogo no sistema educativo, acreditava que a personalidade da criança pode ser aperfeiçoada e enriquecida pelo brinquedo, e que a principal função do professor nesse caso é fornecer situações e materiais para o jogo, as crianças aprendem através do brincar, admirável instrumento para promover a sua educação.froebel dava ao jogo um caráter de arte indispensável instrumento para a educação infantil, fortalecendo assim um emprego da educação lúdica.
Deucey definia que as atividades devem fazer parte do ambiente natural da criança com ocorre com o jogo. Sendo confirmando pelo Claparéde:
“O jogo é o processo de derivação por ficção (...) e tem por função permitir ao individuo realizar seu eu, ostentar sua personalidade, seguir momentaneamente a trilha de seu maior interesse nos casos em que possam consegui-los recorrendo as atividades sérias”(Claparéde ,1956:p.418).
2.1.3 BRINQUEDO
 O brinquedo faz parte da vida da criança e está atrelado ao brincar, é
considerado como objeto lúdico no suporte para brincadeira. Segundo Silva (2004, p. 25), pode-se dizer também que o brinquedo é uma produção cultural da criança: no momento da brincadeira, a criança faz de qualquer objeto seu brinquedo, ela o cria e recria de acordo com sua imaginação, com sua brincadeira e contexto. Um exemplo disso é uma vassoura que se torna um cavalo para criança enquanto brinca, ou mesmo com o brinquedo industrializado que normalmente supõe uma brincadeira, ainda assim a criança o converte e lhe dá novo significado, ela o reproduz, ou recria: uma boneca pode se tornar um microfone, ou um tecladinho virar um computador, depende do que a criança deseja representar ou expressar, depende da sua imaginação.
”Tudo aquilo do mundo real que for usado pela criança para fazer suas experiências e descobertas, para expressar-se e lidar com seu mundo interno e subjetivo diante da realidade desses objetos, das coisas concretas e objetivas, podem ser considerado brinquedo”. Machado (2003, p. 35)
 
 Compreendemos então que brinquedo é qualquer objeto que se transforma a partir da atuação da criança, tornando-se assim um suporte para a brincadeira e não um objeto determinante na brincadeira. Com isso entendemos que não é o brinquedo que delimita a brincadeira da criança, mas a brincadeira é que diz o significado do brinquedo.
 Neste momento lúdico, o brinquedo auxilia a criança na reconstrução de elementos da realidade, o que faz com que ela os compreenda segundo sua maneira de pensar.
O brinquedo estimula a representação, é um objeto pelo qual as crianças estabelecem relações com o mundo que as cerca.
[...] Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações: função lúdica: quando propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente e função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo [...] (Kishimoto,2003, p. 37).
 O brinquedo assume formas e significados de acordo com a necessidade das crianças, é um objeto que pode ser transformado quando ligado à sua realidade ou a manipulação desta. Por meio do brinquedo a criança reorganiza, constrói e reconstrói relações entre situações no pensamento e situações reais.
 Machado (2003, p. 34) nos diz com relação à ação do brincar da criança, que o sucesso das experiências culturais adultas dependerá da confiança construída e adquirida a partir de experiências boas na infância.
A criança deve ser permitida se apropriar do brinquedo, sem interferências nem exigências, ficando livre para buscar soluções, arriscar, desenvolver a autoconfiança e a criatividade.
 Exigir que a criança brinque com um brinquedo e forma de brincar específicos, anulam a liberdade e a espontaneidade da brincadeira, causando reflexos nas atitudes e escolhas que a criança tomará ao longo da vida.
[...] A criança quando elege uma atividade, o faz de forma seletiva e, ao selecioná-la, explicita uma preferência que determina o início de uma relação com determinado objeto material. Na realidade, a tendência da criança, num primeiro momento é de repetir o que já se sabe fazer, ou até mesmo explorar o espaço e, num segundo momento, imitar a outro e, finalmente, vivenciar novas experiências[...] (Negrine, 2002, p. 49)
Concluímos então que brinquedo é qualquer objeto utilizado para fins de brincadeira, seja ele, industrializado ou “criado” pela criança, quem determina o significado do termo é a própria criança, em seu momento de brincadeira.
2.1.4 BRINCADEIRAS
 Brincadeira é o lúdico em ação, é a ação expressa por meio do jogo ou do brinquedo, entretanto, este fato não é via de regra, não são fatores determinantes para tal ação. O ato de brincar pode ser conduzido independentemente de tempo, espaço, ou de objetos, fato que na brincadeira a criança cria, recria, inventa e usa sua imaginação.
[...] A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é “não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada [...] (RCNEI, v.1, p.27).
 É por meio da brincadeira que a criança constrói suas aprendizagens e conhecimentos, é nesse momento que sua imaginação se intensifica, e representa o mundo social que a cerca, bem como as formas de comportamento que lhes são referentes.
 A brincadeira é um universo simbólico, onde a criança reconstrói e representa sua realidade e aprende a dividir regras, é a partir daí que a criança, constrói riquíssimas relações com seus pares e juntos fazem descobertas e adquirem novos conhecimentos.
 Na brincadeira a criança pode modificar as regras, ela inventa e reinventa situações, enfim, na brincadeira a criança tem liberdade para agir.
Nós educadores, devemos estar atentos ao brincar da criança, pois muitas vezes, estamos preocupados com os resultados do jogo,com as habilidades e competências que a criança deve desenvolver, ou até mesmo com aquilo que nós consideramos importante para o seu desenvolvimento, e não observamos na riqueza deste momento, que a criança por si só e na relação com seu par, alcançou ou superou seus limites considerados essenciais para sua aprendizagem.
 As dinâmicas de recreação propiciam à espontaneidade, a desinibição, a liberdade, a integração, a coordenação, a participação em grupo, favorecem as relações interpessoais, auxiliam no desenvolvimento da comunicação verbal e não verbal e no resgate de valores.
 As cantigas e brincadeiras de roda, músicas, parlendas, mímicas permitem a expansão da criatividade, desenvolve a atenção, a aproximação entre as pessoas, o conhecimento e a valorização da cultura, a expressão oral e a audição.
O jogo simbólico deve ser utilizado de modo elaborado e com enfoque na função que desempenha no desenvolvimento da criança, quando brinca de faz-de-conta, a criança expõe suas angústias e medos, por meio da ação do brincar ela consegue resolver seus conflitos.
[...] Quando elas estão brincando frequentemente tornam o modelo adulto mais complexo expandindo-o e transformando-o para dar-lhe um senso de controle e de poder. Na verdade, o faz-de-conta seria uma apropriação do mundo adulto que é transformada pela maneira criativa como as crianças lidam com esse conhecimento [...] (Corsaro 2007, p. 19)
 Ao brincar de faz- de- conta, a criança procura reorganizar suas situações psicológicas, por meio da representação ela resolve seus conflitos internos, desenvolve confiança e se tornam mais independentes dos pais e adultos.
”A dramatização livre auxilia no desenvolvimento afetivo social da criança, ela experimenta papéis e descobre como resolver problemas e conflitos de ordem psicológica, ajudando-a a se ajustar a si mesma e ao meio ambiente social à sua volta”. (Rizzo, 1991, p. 193)
 Segundo Santos (2001) os jogos simbólicos, também chamados de faz-de-conta, são jogos através do qual a criança expressa capacidade de representar dramaticamente e a imitação é a base da expressão dramática. Os jogos de exercício propiciam inúmeras aquisições para o desenvolvimento motor e intelectual do indivíduo, pois a criança coloca em ação sua inteligência prática através de ordenações sobre os objetos.
 Na brincadeira o mais importante é a vivência afetiva, a expressão, a
descoberta, a realização e os novos significados que surgem.
Brincar é meio de expressão, é forma de integrar-se ao ambiente que o cerca.
[...] Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquire comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a dar e receber ordens, a esperar sua vez de brincar, a emprestar e tomar como empréstimo o seu brinquedo, a compartilhar momentos bons e ruins, a fazer amigos, a ter tolerância e respeito, enfim, a criança desenvolve a sociabilidade [...] (Ribeiro, 2002, p. 56)
 Durante as brincadeiras de faz-de-conta as crianças podem reverter a situação em que elas vivem, a partir daí elas entendem a natureza do poder e do status, elas podem experimentar diferentes tipos de papéis e fazer combinações que não existem no mundo real, é um tipo de poder de transformação que as crianças têm.
Brincadeira é coisa séria, pois brincando, a criança se expressa, interage, aprende a lidar com o mundo que a cerca e forma sua personalidade, recria situações do cotidiano e expressa sentimentos básicos como o amor, o medo, raiva, ansiedade.
Brincar e recrear-se é o momento espontâneo da criança, processo em que esta se expressa, experimenta, representa e adquire novos conhecimentos. Durante o desenvolvimento dessas novas experiências e descobertas, neste momento lúdico, o professor tem um papel de facilitador, pois este, em determinados momentos orienta e dirige o processo e em outros, as crianças são responsáveis por suas próprias brincadeiras.
3- METODOLOGIA 
 Para tanto, o No entanto em conversas que tive com alguns professores que trabalham na rede pública, me foi relatado que não trabalham com a ludicidade por ser muito complicado conter as crianças, elas se desentendem e começam brigar ficando difícil controlá-las, por isso preferem não trabalhar com os jogos e brinquedos. Já outros destacaram que é muito importante, pois faz com que o aluno aprenda mais. O professor precisa ter criatividade para poder trabalhar com brincadeiras, as quais precisam ser planejadas, viabilizar os materiais necessários para a brincadeira, criar regras, para que tudo se encaminhe de forma pedagógica e produtiva para que os alunos possam brincar e adquirir conhecimento de forma mais prazerosa.
 O “fazer” é um dos critérios essenciais para orientar as condutas do professor frente às crianças. Sendo assim, o que realmente importa é criar o maior número de situações que promovam o desenvolvimento de habilidades variadas com o objetivo de alcançar um maior aprendizado.
As crianças devem sentir-se sempre capazes de exercitar o que foi proposto. O progresso dos movimentos e das habilidades deve ser de qualidade crescente, superando obstáculos e aspirando a novos desafios. Esse progresso repercute nos demais movimentos e possibilita a introdução de outras e mais complexas atividades.
 Professor deve compreender a importância das tentativas desenvolvidas com atividades lúdicas que conduzem ao desenvolvimento do raciocínio. Deve aprender a respeitar a criança e valorizar cada descoberta que venha a fazer em sua vida escolar. O respeito pelas várias etapas deste desenvolvimento constitui uma conduta que, uma vez refletida, transcendem quaisquer que sejam as características do meio imediato. O que realmente interessa é atribuir a cada criança o papel de sujeito ativo na construção de formas cada vez mais aprimoradas de conhecimento, pois somente o indivíduo ativo é capaz de atuar frente às pressões sociais, compreendendo-as para transformá-las. 
 Neste trabalho, que trata da importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, foi utilizado método objetivo e abordagem descritiva, com pesquisa bibliográfica. Esta pesquisa está direcionada aos educadores da educação infantil e foi realizada através de levantamento bibliográfico dos autores citados, leituras de jornais e revistas.
 Foi uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, que apresentou uma abordagem qualitativa, usando os jogos e brincadeiras para o desenvolvimento integral das crianças na educação infantil.
O estudo bibliográfico centrou-se nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram artigos e dissertações e teses sobre as formas de utilização do lúdico em sala de aula, em situações de jogos.
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
  Através deste trabalho pretendeu-se mostrar que jogo e brincadeira são fundamentais no desenvolvimento da criança. Estes estão inseridos na vida do indivíduo desde o seu nascimento, no contexto social, como também, no seu comportamento. O jogo e a brincadeira são atividades humanas nas quais as crianças são introduzidas constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sociocultural dos adultos.
 É importante que o professor busque sempre novas ferramentas de ensino procurando diversificar suas aulas e assim torná-las mais interessantes e atraentes para seus alunos, e com jogos vem atender essa necessidade como opção diferenciada, que pode ser utilizada como reforço de conteúdos previamente desenvolvidos. Através deste trabalho foi possível entender a importância da utilização dos jogos no processo educativo, como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do despertar lúdico, da brincadeira e principalmente do aprendizado, enfocando a necessidade de alguns cuidados que devem ser tomados ao levarmos um jogo em sala de aula e ressaltando a importância da colocação de regras e pontuações. 
 Esclarecemos que os jogos devem ser utilizados como ferramentasde apoio ao ensino e que este tipo de prática pedagógica conduz o estudante à exploração de sua criatividade, dando condições de uma melhora de conduta no processo de ensino e aprendizagem além de uma melhoria de sua autoestima. 
 Dessa forma, podemos concluir que o indivíduo criativo constitui um elemento importante para a construção de uma sociedade melhor, pois se torna capaz de fazer descobertas, inventar e, consequentemente, provocar mudanças.
REFERÊNCIAS
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Uma atitude pedagógica /Maria Cristina Trois Dorneles Rau-2.ed.rev;atual.e ampl.-Curitiba: Ibpex,2011.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo da criança. Imitação, jogo, sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar. 1975
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 13ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.acesso em 17 de setembro 2014
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
FIALHO, Neusa Nogueira. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007. acesso em 10 de outubro 2014
 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL/ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. BRASÍLIA: MEC/SEF, V.3, I.L, 1998.

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