Buscar

Apendicite Aguda: Causas, Sintomas e Tratamento

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO: 
→ Causa mais comum de abdome agudo 
→ A apendicite aguda pode levar a um 
quadro de abdome agudo inflamatório 
(infeccioso) 
→ Atinge 7% da população mundial 
→ Homem: Mulher - 1.4:1 
→ 70% dos casos ocorrem antes dos 30 
anos 
→ Perfuração 19,2% casos mais 
relacionado com os extremos das 
idades (< 5 ou > 65 anos) 
→ Menos Frequente países 
subdesenvolvidos 
→ Menos Frequente Rural x Urbana (dieta 
-fibras fator de proteção?) 
 
FISIOPATOLOGIA DA APENDICITE : 
1. A apendicite provoca uma obstrução 
em alça fechada devido ao fecálito 
2. Logo = inflamação = edema de 
mucosa e submucosa 
3. Com o edema teremos aumento da 
pressão da parede 
4. Logo teremos isquemia da mucosa 
5. Crescimento bacteriano 
intraluminal 
6. Pode evoluir com translocação 
bacteriana, piora da inflamação e do 
edema e por fim necrose. 
BACTÉRIAS FREQUENTEMENTE 
ISOLADAS: 
Tipos Bactéria Pacientes(%) 
Anaeróbios 
 
Bacterioides fragilis 80 
Bacterioides thetaiotaomicron 61 
Bilophila wadsworthia 55 
Peptostreptococcus spp. 46 
 
 
 
 
 
 
Aeróbios 
 
Escherichia coli 77 
Estreptococcos viridans 43 
Estreptococos Grupo D 27 
Pseudomonas aeruginosa 18 
 
QUADRO CLÍNICO: 
 APESENTAÇÃO CLÁSSICA: 
✓ dor visceral inicialmente 
mesogástrica, mal definida - de 
instalação recente (dias) com 
intensificação progressiva. 
✓ dor periumbilical passa a ser 
parietal localizada na FID 
✓ febre (sinal de Lennander- 
diferença maior que 1,5º C entre 
temperatura axilar e a retal) 
✓ Anorexia 
✓ náusea, vômito e adinamia 
✓ Diarréia ou Constipação Intestinal 
APRESENTAÇÃO NÃO CLÁSSICA: 
✓ Stump Apendicite (previamente 
apendicectomizados) 
✓ Retroperitoneal Dor Lombar / 
flanco 
✓ Pelve 
✓ Dor suprapúbica 
CLÍNICA GERAL: 
✓ Fáscies dor / Imóveis 
✓ Febril 
✓ Taquicardia 
✓ Dor Ponto McBurney 
✓ Plastrão Localizado FID (pode ser 
visto à palpação – uma massa que é 
o abscesso + alças intestinais 
tentando conter o processo) 
Clínica cirúrgica - Apendicite 
✓ Sinais que podem estar presentes: 
Rovising / Psoas / Obturador / 
Dumphy / Blumberg 
Dunphy: dor em fossa ilíaca direita ao 
tossir 
Obturador: dor abdominal à rotação 
interna da coxa (apêndice pélvico) 
Psoas: dor abdominal à hiperextensão da 
coxa (apêndice retrocecal) 
Queda sobre os calcanhares: dor em fossa 
ilíaca direita a essa manobra. 
VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO 
APÊNDICE: 
 
As posições anatômicas mais comumente 
vistas na prática clínica são a retrocecal 
(atrás do ceco), a retrocólica (atrás da 
porção inferior do colo ascendente) e a 
pélvica (quando o apêndice fica pendurado 
por sobre a borda pélvica, em íntima 
relação com a tuba uterina e com o ovário 
direito em mulheres). 
A ponta do apêndice inflama – 
periviscerite (inflamação por 
contiguidade) 
Dependendo do local para onde a ponta 
está orientada o paciente pode ter 
sintomas atípicos e menos frequentes 
como: dirsúria, urgência miccional 
(bexiga) dor lombar irradiada para a bolsa 
escrotal (ureter), diarreia (intestino 
delgado) ou urgência evacuatória (reto) 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL: 
1. Hemograma (leucocitose) 
2. EAS 
3. Hepatograma 
4. Amilase / Lipase 
5. Beta HCG (mulher em idade 
reprodutiva) 
ESCALA DE ALVARADO: 
Serve para auxiliar na tomada de decisão, 
em casos de dúvida, quadro atípico. 
Dor que migra para 
FID 
01 ponto 
Anorexia 01 ponto 
Náuseas / Vômitos 01 ponto 
Dor palpação FID 02 pontos 
T.Axilar > 37,5º 01 ponto 
Leucocitose 02 pontos 
Desvio para 
Esquerda 
01 ponto 
TOTAL 10 pontos 
0-4 = baixo risco >7 alto risco 
 
As vezes o quadro não é típico e pode gerar 
dúvidas, ou estar muito no inicio não 
apresentando clinica satisfatória = deixar 
o paciente em observação e reavaliar a 
cada 4 horas. 
(alvorado > ou igual a 7 = apendicite 
aguda, de 4 a 6: investigar com exame de 
imagem, menor ou igual a 3 = está contra 
a apendicite aguda) 
 
EXAME DE IMAGEM: 
A TC tem melhor acurácia do que o USG 
mas a clínica já é o suficiente para 
solicitarmos a cirurgia. 
USG tem alto VPP se encontrarmos 
apêndice inflamado = certeza. Mas baixo 
VPN se não encontrarmos o apêndice não 
podemos descartar apendicite. 
 
No US podemos ver o espessamento da 
parede apendicular que dá o aspecto de 
varias camadas como se fosse um alvo. 
Apêndice alongado, não 
compressibilidade, com líquido livre ao 
redor, e com presença de fecálito no 
interior 
 
TC pode ser visto o espessamento da 
parede, abscesso e até gás do “lado de 
fora”(consegue mostrar complicações) – 
pode ajudar a decidir por cirurgia de vídeo 
ou aberta. 
TRATAMENTO – CIRÚRGICO: 
Apendicectomia. Pode ser aberta ou por 
videolaparoscopia 
Incisões: 
 
 
CIRURGIA ABERTA 
 
VIDEOLAPAROSCOPIA: 
 
 
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS: 
• Infecção SC 
• Abscesso Intrabdominal (se não 
lavar o suficiente) 
• Fístula Estercoral (má cicatrização) 
• Hérnia Incisional 
SITUAÇÕES ESPECIAIS: 
Gestante, neoplasias. 
GESTANTES: 
→ Peritonite difusa? = reanimação com 
antibióticos + cirurgia 
→ Peritonite não difusa = US se positivo 
partir para cirurgia se negativo pode-se 
fazer ressonância (+ = cirurgia / - = 
observação) 
NEOPLASIAS: 
→ Raro (<1%) 
→ Benigno (cistoadenoma) 
→ Maligno: cistoadenocarcinoma, 
pseudomixoma peritonei, tumor 
carcinóide (é o mais frequente – 50% 
dos casos) 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
CAUSAS GASTROINTESTINAIS: 
Diverticulite Cecal / 
Sigmóide 
Obstrução 
intestinal 
Diverticulite de 
Meckel 
Úlcera Duodenal 
Perfurada 
Infarto Epliplóico Intussuscepção 
Adenite Mesentérica Colecistite Aguda 
Doença de Crohn Hepatite 
Neoplasia Ceco / 
Apêndice 
Pancreatite 
Linfoma Ileíte infecciosa 
terminal ( Yersinia , 
tuberculosis, or 
cytomegalovirus) 
Tifilite (Enterocolite 
neutropênica) 
Colite 
Citomegalovirus 
gastroenterite 
 
 
CAUSA GENITOURINÁRIAS: 
Pielonefrite/abscesso 
nefrolitíase 
Hidronefrose 
ITU 
 
CAUSAS GINECOLÓGICAS: 
Cisto ovariano 
Ruptura de cistos ovarianos 
Endometriose 
Torção de ovário 
Gestação ectópica 
Doença inflamatória pélvica 
 
CAUSAS NÃO ABDOMINAIS: 
Faringite estreptocócica 
Pneumonia lobar inferior 
Hematoma músculo reto 
abdominal 
 
Como desconfiar de diagnósticos 
diferenciais: 
Febre tifoide: febre alta + diarreia intensa 
+ epidemiologia (viagem) (salmonella 
typhi) dor em FID marcante. 
Ileíte por doença de Crhon: 
comportamento de surto e remissão, 
disenteria (produtos patológicos), idade 
compatível 
Ileíte infecciosa: imunossupressão (SIDA, 
medicamentosa, linfoma, quimioterapia...) 
Linfadenite mesentérica: quadro brando 
precedido 1-2 semanas por um quadro 
gripal num pré-adolescente.- inflamação e 
infarto de um linfonodo abdominal, que 
ocorre geralmente alguns dias a duas 
semanas após IVAS - comum em crianças, 
não é cirúrgico é autolimitada (controle 
sintomático) 
Apendancite epiloica: inflamação e infarto 
de um apêndice epicloico dos cólons que se 
ocorrer a direita parecerá com apendicite 
porem é um quadro brando com lesões 
ovaloide hipodensa/hipoecoida paracólica 
na imagem – autolimitado 
DIP: dor hipogástrica associada a 
comportamento sexual de risco + 
corrimento vaginal 
Gestação ectópica: idade fértil, relação 
sexual desprotegida e atraso menstrual 
Atenção a sintomas ginecológicos 
associados: amenorreia (gestação ectópica 
rota) e corrimento vaginal + relação sexual 
desprotegida (DIP aguda) 
 
 
	INTRODUÇÃO:
	FISIOPATOLOGIA DA APENDICITE :
	QUADRO CLÍNICO:
	CLÍNICA GERAL:
	VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO APÊNDICE:
	AVALIAÇÃO LABORATORIAL:
	ESCALA DE ALVARADO:
	EXAME DE IMAGEM:
	TRATAMENTO – CIRÚRGICO:
	COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS:
	SITUAÇÕES ESPECIAIS:
	GESTANTES:
	NEOPLASIAS:
	DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

Continue navegando