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A saída do Brasil do mapa da fome da ONU de 2014 foi um marco reconhecido mundialmente no caminho à promoção do direito humano a alimentação adequada. Mas será que o nosso país de fato saiu desta condição? Sim e Não. É preciso entender que a condição de insegurança alimentar pode ser absoluta ou relativa e deve ser percebida em seus variados graus, essa condição é manifestada quando a qualidade da alimentação é comprometida ou quando a restrição na quantidade de alimento requerida para garantir energia e os nutrientes que uma pessoa precisa para assegurar seu direito à alimentação. Conhecer o comportamento da insegurança alimentar fornece uma perspectiva importante para a compreensão dos processos que permeiam este fenômeno, consequentemente ajudou a elaborar estratégias de prevenção à insegurança alimentar. Estas estratégias são ações intersetoriais de avanço sustentável de comercialização e de distribuição eficiente e consumo saudável e sem desperdícios que promovem a segurança alimentar e foram gradativamente apresentadas. A insegurança alimentar tem natureza multidimensional  e envolvem alguns aspectos sociais e psicológicos que envolvem qualidade de vida e condições de moradia, por isso sua avaliação é complexa e desafiadora. O IBGE adotou a EBIA que tem o objetivo de mensurar de forma direta a segurança alimentar e nutricional do Brasil, depois do processo da validação do EBIA no ano de 2003 foi constatado que a escala mede diretamente a percepção e a vivência da insegurança alimentar no nível domiciliar. O IBGE adotou mais uma vez em 2004 a pesquisa nacional por amostra de domicílios, o instituto disponibilizou pioneiramente os dados das condições nutrições do país e a condição da segurança alimentar a nível nacional, ao classificar estes parâmetros a EBIA permitiu distinguir três níveis de insegurança alimentar. São eles: -Segurança alimentar leve: quando se caracteriza pela preocupação da família em não obter o alimento no futuro;-Segurança alimentar moderada: quando se relaciona a necessidade da família em reduzir a quantidade, qualidade e variedade dos alimentos tentando evitar que falte o que comer; ou seja se altera o padrão alimentar;-Segurança alimentar grave: que corresponde a falta do alimento, consequentemente a fome. 
No Brasil as regiões que lideram os índices de insegurança alimentar é o norte e o nordeste, segundo dados do estudo nacional de alimentação e nutrição infantil de 2019.E para enfrentar o problema da insegurança alimentar o relatório e o estado da insegurança alimentar e nutrição no mundo de 2021 sugerem algumas medidas e uma delas e integrar políticas humanitárias de desenvolvimento e de construção da paz, especialmente em áreas de conflitos, outras são ampliar a resiliência climática de todos os sistemas alimentares e fortalecer a resiliências dos mais vulneráveis a diversidade econômica por meio de programas que reduzam a sensibilidade a variação dos alimentos. O relatório aponta a importância de combater a pobreza e as desigualdades estruturais estimulando cadeias de valores de alimentos em comunidades pobres por meio de transferência de tecnologia e programas e certificações e de fortalecer os ambientes alimentares estimular o consumo consciente final. 
Fonte de pesquisa: Livro da disciplina : Política de Segurança Alimentar e Nutricional
Autora: Elaine Nathalie Melo Negrão
Estratégias de prevenção e controle à insegurança alimentar / pags – 224 a 230.

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