Buscar

Reprodução humana

Prévia do material em texto

Reprodução humana 
CÉLULA E DESENVOLVIMENTO ANIMAL 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS 
 
Os órgãos reprodutivos produzem e transportam os gametas das gônadas para o sítio de fertilização 
na tuba uterina. 
 
 
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS FEMININOS 
 
 
 
 
VAGINA 
 
Funciona como passagem para eliminação do 
fluido menstrual, recebe o pênis durante o ato 
sexual e constitui a parte inferior do canal de 
nascimento. 
 
ÚTERO 
 
É um órgão com formato de pera, constituído 
de duas partes principais: 
 Corpo 
 Colo do útero 
 
O fundo do útero é a parte arredondada do 
corpo. O corpo do útero se afunila do fundo 
para o istmo, região estreita entre o corpo e o 
colo do útero. O lúmen do colo do útero, que é 
o canal cervical, tem uma abertura estreita em 
cada extremidade, os óstios. O óstio interno se 
comunica com a cavidade do corpo do útero, 
enquanto o óstio externo se comunica com a 
vagina. 
 
 
 
 
 
As paredes do corpo do útero são divididas em 
três camadas: 
 
 Perimétrio: fina camada peritoneal externa. 
 Miométrio: espessa camada de músculo liso. 
 Endométrio: fina camada interna. 
 
Na fase lútea, pode-se distinguir três camadas 
do endométrio: camada compacta, camada 
esponjosa e camada basal. As camadas 
compacta e esponjosa são chamadas de 
camadas funcionais. Elas se fragmentam e são 
expelidas durante a menstruação ou após o 
parto. A camada basal possui seu próprio 
suprimento sanguíneo e não é eliminada 
durante a menstruação. 
 
TUBAS UTERINAS 
 
As tubas carregam os ovócitos desde os 
ovários e os espermatozoides para o sítio de 
fertilização na ampola. Também transportam o 
zigoto em processo de divisão para a cavidade 
uterina. 
 
OVÁRIOS 
 
São glândulas reprodutivas em formato de 
amêndoa e estão localizados próximo à parede 
lateral da pelve em cada lado do útero. Eles 
produzem os ovócitos. Quando liberado pelo 
ovário durante a ovulação, o ovócito 
secundário segue por uma das tubas uterinas, 
que se abre no útero. Os ovários também 
produzem estrogênio e progesterona, 
hormônios responsáveis pelo desenvolvimento 
das características secundárias e pela regulação 
da gravidez. 
 
 
ÓRGÃOS REPRODUTIVOS MASCULINOS 
 
 
 
 
Os órgãos reprodutivos masculinos são: pênis, 
testículos, epidídimo, ductos deferentes 
próstata, glândulas seminais, glândulas 
bulbouretrais, ducto ejaculatório e ureta. 
 
Os testículos têm formato oval e estão 
localizados na cavidade do escroto. Cada 
testículo é constituído por um emaranhado de 
túbulos seminíferos, os quais produzem os 
espermatozoides. Os espermatozoides 
imaturos passam do testículo para um tubo 
com uma complexa formação espiral, o 
epidídimo, onde são armazenados. Do 
epidídimo, os espermatozoides são 
transportados pelo ducto deferente até o 
ducto ejaculatório. Esse ducto desce até a 
pelve, se fusiona com as glândulas seminais e 
forma o ducto ejaculatório, que desemboca na 
uretra. A uretra é um tubo que sai da bexiga 
urinária, atravessa o pênis e desemboca para 
fora do corpo. Dentro do pênis, a uretra é 
envolvida por um tecido erétil que se enche de 
sangue durante a excitação sexual, provocando 
a ereção. O sêmen é constituído pela mistura 
dos espermatozoides com o líquido seminal. 
 
GAMETOGÊNESE 
 
ESPERMATOGÊNESE 
 
As espermatogônias permanecem latentes nos 
túbulos seminíferos dos testículos até a 
puberdade, quando aumentam em número. 
Depois de diversas divisões mitóticas, as 
espermatogônias crescem e passam por 
mudanças que as transformam em 
espermatócitos primários. Em seguida, cada 
espermatócito primário passa pela primeira 
divisão meiótica (primeira divisão reducional) e 
dá origem a dois espermatócitos secundários, 
que são haploides. Os espermatócitos 
secundários passam, então, pela segunda 
divisão meiótica, dando origem a quatro 
espermátides haploides. As espermátides se 
transformam gradualmente em quatro 
espermatozoides maduros em um processo 
conhecido como espermiogênese. 
 
 
OVOGÊNESE 
 
O processo de maturação ocorre ainda no 
período fetal, mas só se conclui após a 
puberdade. No início da vida fetal, as 
ovogônias se multiplicam por mitose e crescem 
para formar os ovócitos primários. Ao 
nascimento, todos os ovócitos primários já 
concluíram a prófase da primeira divisão 
meiótica. Diferentemente do que ocorre na 
espermatogênse, a divisão do citoplasma é 
desigual. O ovócito secundário recebe quase 
todo o citoplasma, enquanto outra estrutura, o 
primeiro corpúsculo polar, recebe uma parte 
bem pequena, o que faz que ele se degenere 
em pouco tempo. Na ovulação, o ovócito 
secundário inicia a segunda divisão meiótica, 
que progride até a metáfase. Se o ovócito II for 
fertilizado por um espermatozoide, a segunda 
divisão meiótica se completa e o segundo 
corpúsculo polar se forma. O ovócito II 
liberado na ovulação é envolvido por uma capa 
de material amorfo, a zona pelúcida, e por uma 
camada de células foliculares, a coroa radiada. 
 
 
CICLO REPRODUTIVO FEMININO 
 
A partir da menarca, as mulheres têm ciclos reprodutivos mensais, regulados pelo hipotálamo, pela 
hipófise e pelos ovários. Esses ciclos preparam o sistema reprodutivo para a gravidez. O hormônio 
liberador de gonadotropina é sintetizado por células neurossecretoras no hipotálamo. Ele estimula a 
liberação de dois hormônios, que são produzidos pela adeno-hipófise e pelos ovários: 
 
 FSH (hormônio foliculoestimulante): estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a 
produção de estrógeno pelas células foliculares. 
 LH (hormônio luteinizante): funciona como um gatilho para a ovulação e estimula as células 
foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. 
 
Esses hormônios também estimulam o crescimento do endométrio. 
 
 
CICLO OVARIANO 
 
O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos 
ovários, conhecidas como ciclo ovariano. 
Durante cada ciclo, o FSH promove o 
crescimento de vários folículos primários, mas, 
normalmente, apenas um deles se desenvolve 
até se tornar um folículo maduro e se romper, 
expelindo seu ovócito. 
 
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
 
Caracteriza-se por: 
 
 Crescimento e diferenciação do ovócito 
primário. 
 Proliferação das células foliculares. 
 Formação da zona pelúcida. 
 Desenvolvimento de uma cápsula de tecido 
conjuntivo em torno do folículo (tecas 
foliculares). Acredita-se que essa cápsula 
produza o crescimento de vasos sanguíneos 
responsáveis pelo fornecimento de 
nutrientes para o desenvolvimento folicular. 
 
OVULAÇÃO 
 
As células foliculares se dividem intensamente, 
produzindo uma camada em torno do ovócito. 
Após isso, surgem espaços preenchidos por 
fluido ao redor das células foliculares. Esses 
espaços acabam formando uma cavidade única, 
o antro, que contém fluido folicular. Quando o 
antro se forma, o folículo ovariano passa a ser 
chamado de folículo secundário. O ovócito 
primário é envolvido por células foliculares que 
se projetam para o interior do antro 
aumentado. O folículo continua a crescer, 
formando uma protuberância na superfície do 
ovário. Um ponto pequeno, oval e avascular, o 
estigma, logo surge nessa protuberância. 
 
A ovulação ocorre nas 24 horas seguintes ao 
pico de produção de LH. Esse pico, ocasionado 
pelos níveis elevados de estrógeno no sangue, 
parece ser responsável pelo rompimento do 
estigma, que expulsa o ovócito secundário 
junto com o fluido folicular. 
 
 
 
 
 
CORPO LÚTEO 
 
Logo após a ovulação, o folículo ovariano sofre 
colapso. Sob a influência do LH, as paredes do 
folículo se transformam em uma estrutura 
glandular, o corpo lúteo, que secreta 
principalmente progesterona. Se o ovócito é 
fertilizado, o corpo lúteo cresce e origina o 
corpo lúteo da gravidez, e este aumenta sua 
produção hormonal. Se o ovócito não for 
fertilizado, o corpo lúteo degenera, sendochamado de corpo lúteo da menstruação. Logo 
após, o corpo lúteo degenerado se transforma 
em tecido cicatricial branco no ovário, 
originado o corpo albicans. 
 
 
FASES DO CICLO MENSTRUAL 
 
FASE MENSTRUAL 
 
Inicia-se no primeiro dia da menstruação 
sangramento. A camada funcional da parede 
do útero é eliminada e a quantidade de sangue 
que é expelido pela vagina é variável. Após a 
menstruação, o endométrio está fino. Essa fase 
dura de 4 a 5 dias. 
 
FASE PROLIFERATIVA 
 
No início dessa fase, o epitélio endometrial se 
regenera e posteriormente a espessura do 
endométrio dobra ou triplica. Além disso, essa 
fase coincide com o crescimento dos folículos 
ovarianos e é regulada pelo estrógeno 
secretado por eles. Dura nove dias. 
 
FASE LUTEAL 
 
É a fase em que há a formação, o 
funcionamento e o crescimento do corpo lúteo. 
A progesterona produzida pelo corpo lúteo 
estimula o epitélio glandular a secretar um 
material mucoso e rico em glicogênio. A 
espessura do endométrio cresce devido a 
influência da progesterona e do estrógeno do 
corpo lúteo e do aumento de fluido do tecido 
conjuntivo. 
 
A isquemia das artérias ocorre em razão da 
constrição resultante da diminuição de 
progesterona. À medida que a constrição se 
prolonga, ocorrem estase e necrose isquêmica 
dos tecidos superficiais. Segue-se, por fim, a 
ruptura da parede dos vasos com 
extravasamento de sangue no tecido 
conjuntivo circunjacente. Ao longo de três a 
cinco dias, toda a camada compacta do 
endométrio é eliminada. 
 
CASO NÃO OCORRA FERTILIZAÇÃO: o corpo 
lúteo degenera, os níveis de estrógeno e 
progesterona diminuem e o endométrio sofre 
isquemia, ocorrendo a menstruação. 
 
CASO OCORRA FERTILIZAÇÃO: ocorre a 
clivagem do zigoto e a formação do 
blastocisto, que começa a implantação por 
volta do sexto dia da fase lútea. O hCG mantém 
a secreção de estrogênio e de progesterona 
pelo corpo lúteo e a fase luteal prossegue e 
não há menstruação. 
REFERÊNCIAS 
 
MOORE, Keith L; PERSAUD, T. V. N; TORCHIA, Mark G. Embriologia básica. Tradutor et al: Alcir Costa 
Fernandes Filho et al. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Continue navegando