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Depressão: Prevalência e Tratamento

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Depressão
A depressão constitui transtorno mental de grande prevalência e impacto na população mundial, o que aumenta a relevância de estratégias efetivas para prevenção e tratamento dos transtornos depressivos (TDs) em saúde pública.
O estudo da biologia da depressão é bastante complexo, e ainda está longe de atingir uma compreensão acurada dos seus mecanismos, porem existem teorias que podem-se justificar a fisiopatologia da depressão. 
Os primeiros antidepressivos surgiram há cerca de 60 anos, fruto da observação clínica dos efeitos sobre o humor de fármacos utilizados em outras patologias. Após essas descobertas, estudos laboratoriais identificaram o efeito dessas medicações nos níveis das monoaminas (serotonina, noradrenalina e dopamina) na fenda sináptica. Esses achados levaram ao desenvolvimento da teoria monoaminérgica do transtorno depressivo maior (TDM), que sugere que a depressão é causada por uma deficiência da neurotransmissão monoaminérgica, e os antidepressivos agem aumentando a disponibilidade de monoaminas na fenda sináptica, corrigindo essa disfunção.
O ácido gama-aminobutírico (GABA) e o glutamato são os principais neurotransmissores inibitório e excitatório do sistema nervoso central (SNC), respectivamente. Diversos estudos demonstraram a associação desses neurotransmissores à fisiopatologia do TDM. As alterações observadas variam dependendo da região cerebral e, além da atividade isolada de cada um, a interação entre eles também é relevante para a depressão. Pacientes deprimidos apresentam níveis elevados de glutamato e reduzidos de GABA no córtex occipital, aumento do glutamato nos gânglios da base e redução do glutamato e de GABA no córtex pré-frontal.
De acordo com a DSM-5 os critérios para diagnostico de TDM, são:
A. Cinco ou mais sintomas presentes na maior parte do dia, quase todos os dias, por período mínimo de duas semanas, sendo ao menos um deles (1) ou (2). Desconsiderar sintomas claramente atribuídos a condições médicas gerais.
1)Humor deprimido (a partir de relatos dos pacientes ou observação de terceiros). Em adolescentes, pode ocorrer humor irritável.
2)Marcada diminuição de interesse ou prazer na maior parte das atividades.
3)Alterações de apetite/peso (aumento ou diminuição) não explicados por outro motivo.
4)Insônia ou hipersonia.
5)Agitação ou retardo psicomotor.
6)Cansaço ou diminuição de energia.
7)Pensamentos de desvalia ou culpa excessiva e inapropriada.
8)Diminuição na concentração ou dificuldades para pensar ou tomar decisões.
9)Pensamentos recorrentes de morte e/ou suicídio, e/ou planos ou tentativas de suicídio.
B. Significativos prejuízos funcionais com sintomas.
C. Sintomas não podem ser atribuídos a outras condições médicas gerais ou substâncias.
D. Sintomas não são bem explicados por outros diagnósticos psiquiátricos.
E. Ausência de episódios maníacos ou hipomaníacos prévios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nardi, Antonio, E. et al. Tratado de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2021.

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