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antinflamatório, antibacterianos, antifunficos e antileishmania - resumo dos referentes capítulos de "Farmacologia aplicada a medicina veterinária".

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Anti-inflamatórios 
Qualquer estímulo, seja ele de natureza química, física ou mecânica, capaz de iniciar um processo inflamatório 
no organismo desencadeará, de forma mais ou menos extensa, a produção de uma série de mediadores químicos, 
que terão sua ação centrada principalmente sobre eventos vasculares ou celulares. 
O processo inflamatório agudo caracteriza-se pela curta duração e apresenta os sinais cardeais da inflamação, 
quais sejam: dor, calor, rubor e tumor, além da perda da função; 
O processo inflamatório crônico, além de perdurar por um período 
indeterminado, não apresenta um padrão tão estereotipado, e 
varia de acordo com os tipos de mediadores celulares e humorais 
envolvidos. 
Mediadores químicos 
• Origem tissular: aminas vasoativas, fator de ativação 
plaquetária (PAF), eicosanoides, citocinas, radicais livres 
superóxidos, óxido nítrico e neuropeptídios; 
• Origem plasmática: sistema de coagulação, sistema complemento e sistema das cininas. 
 
Eiconasoide 
• referese aos lipídios insaturados, 
derivados da cisão do ácido 
araquidônico, a partir de enzimas 
específicas. 
• Uma lesão qualquer que 
danifique a membrana das 
diferentes células do organismo 
será capaz de liberar frações de 
fosfolipídios, denominado ácido 
araquidônico, por meio da ação 
enzimática da fosfolipase A2 
(FLA2). 
• O ácido araquidônico, quando 
liberado, não tem ação 
inflamatória; entretanto, os 
produtos de sua degradação, 
formados mediante ação de enzimas denominadas ciclooxigenase (COX) e lipooxigenase (LOX), são 
mediadores químicos fundamentais para o desenvolvimento do processo inflamatório. 
• A quebra do ácido araquidônico pelas COX origina as prostaglandinas (PGs), prostaciclina (também 
chamada PGI2 ) e tromboxanos (TX). Por sua vez, as LOX dão origem aos leucotrienos (LT), às lipoxinas 
(LXA4 e LXB4 ) e às hepoxifilinas. 
• A quebra do ácido araquidônico pelas COX origina a prostaglandina G2 (PGG2 ) e a prostaglandina H2 
(PGH2 ). Posteriormente, estas PGs são degradadas em prostaglandina D2 (PGD2 ), prostaglandina E2 
(PGE2 ), prostaglandina F2α (PGF2α ), prostaciclina (PGI2 ) e tromboxano A2 (TXA2 ). 
• As PGI2 são produzidas preferencialmente no endotélio, enquanto as TXA2 são obtidas preferencialmente 
a partir das plaquetas, via COX1. 
• As LOX são encontradas nas células plaquetárias, pulmonares e leucocitárias, originando os LTs. 
As modificações decorrentes da liberação dos 
mediadores químicos levam ao 
intumescimento tecidual, devido ao 
extravasamento de proteínas plasmáticas, 
com consequente saída de água para o 
tecido e a penetração de células 
inflamatórias, que têm como principal 
objetivo debelar o agente causador da lesão, 
bem como reparar o tecido lesionado. 
 
Dinâmica do processo inflamatório 
Após a liberação de mediadores químicos, iniciase a fase vascular, caracterizada por vasodilatação (que confere 
o aspecto avermelhado ao tecido inflamado e promove o calor na região) e aumento da permeabilidade vascular; 
estes eventos facilitam a passagem de proteínas plasmáticas para o tecido, carreando, consequentemente, uma 
grande quantidade de água, o que, por sua vez, origina o edema. A fase celular ocorre concomitantemente à fase 
vascular devido às alterações do fluxo sanguíneo, o que, por sua vez, resulta em marginação leucocitária no leito 
vascular e a passagem destes para o tecido por meio de diapedese. Este mecanismo é auxiliado pela expressão 
de moléculas de adesão específicas na superfície de células endoteliais (moléculas de adesão intracelular), 
moléculas de adesão de células vasculares1, integrinas e selectinas. Estas, promovem a aderência dos leucócitos 
à parede vascular, facilitando a migração para o tecido extravascular. 
Se o processo não caminhar para a resolução, poderá ocorrer supuração, ou seja, os microrganismos superam 
as defesas orgânicas, lisando as células leucocitárias e formando o pus, ou então poderá haver cronificação do 
processo. Quando o processo inflamatório é muito exacerbado, o órgão afetado poderá ter sua função 
comprometida. Nestes casos, devem ser utilizadas substâncias que modulem o processo inflamatório. 
Dor e febre 
• Os AINEs também são utilizados no combate à dor e à febre. 
• O processo febril ocorre quando os leucócitos, que estão fagocitando partículas estranhas, liberam 
pirogênios endógenos (citocinas), que, após liberados, ligamse a receptores endoteliais cerebrais, ou 
interagem com células da micróglia, ativando a formação de ácido araquidônico, via PLA2 . Então, a COX2 
cerebral produz PGE2 , que, por sua vez, aumenta a temperatura corporal, por desregular o 
funcionamento hipotalâmico. A temperatura permanecerá elevada até que não mais exista PGE2 , ou até 
que o patógeno desapareça. 
• A dor periférica é iniciada por bradicinina e histamina e amplificada pela ação das PG, principalmente a 
PGE2 e a PGI2 , por meio de sua ligação a receptores nociceptivos, verificando-se a diminuição do limiar 
doloroso e a promoção de descargas elétricas, mediante 
variação no potencial de repouso dos nociceptores. Esta 
ação resulta em estímulos dolorosos, em função da 
estimulação de regiões talâmicas. 
Características gerais dos AINES – anti-
inflamatórios não esteroidais 
• Caráter periférico: ações antiinflamatórias, analgésicas, 
antitrombóticas e antiendotóxicas; 
• Sistema nevoso central: ação antipirética e analgesia 
Estas ações decorrem, em grande parte, da ação inibitória sobre as 
enzimas que degradam o ácido araquidônico: a COX e a LOX. 
A produção de eicosanoides, em particular, poderá ser inibida por 
diferentes processos, entre os quais se encontra a inibição da 
liberação de ácido araquidônico, o antagonismo de receptores, a 
inibição de eventos de transdução que ocorrem após a ocupação 
dos receptores ou a inibição da atividade oxigenase dos ácidos 
graxos. 
• Os AINEs têm maior efeito sobre a dor somática do que 
sobre a dor visceral, principalmente aquelas associadas a 
processos inflamatórios. 
Os AINEs têm como vantagem sobre os 
analgésicos opioides o fato de não 
produzirem sedação ou ataxia, além de 
permitirem a recuperação mais rápida da 
anestesia; também não são passíveis de 
promover tolerância ou dependência 
farmacológica. 
• A ação anti-inflamatória dos AINEs é particularmente importante em processos inflamatórios de tecidos 
moles, sendo muito utilizados no tratamento dos distúrbios musculoesqueléticos. 
• Ação antineoplásica; atenuação da progressão de doenças neurodegenerativas, naquelas de caráter 
endotóxico, na aterosclerose e nos estados alérgicos das vias respiratórias, uma vez que estas afecções 
têm em comum o processo inflamatório como base. 
Farmacocinética 
• a absorção desta classe de substâncias, de maneira geral, ocorra de forma rápida 
• a forma de sais sódicos torna-se mais bem absorvida pelo organismo de animais monogástricos, haja 
vista que nestas espécies animais a absorção ocorre no intestino, onde o pH é mais elevado; 
• os AINEs encontramse, em sua maior porcentagem, ligados às proteínas plasmáticas (96 a 99%); 
portanto, o volume de distribuição é pequeno, permanecendo no plasma e fluidos extracelulares, 
principalmente por estarem em sua maior parte na forma ionizada. Os AINEs são, na maioria, ácidos 
fracos, possuindo como característica grande afinidade por locais inflamados, cujo pH (baixo), de maneira 
geral, favorece a alta concentração local destas substâncias. 
Farmacodinamica 
• bloquear as COX. 
• a maioria dos AINEs inibe especificamente a via COX; entretanto, existem AINEs que inibem, 
preferencialmente, a via LOX. 
• Alguns são capazes de inibir simultaneamente a COX e a LOX: 
AINE de ação dupla 
• a maioria dos medicamentos antiinflamatórios classicamente 
utilizados na terapêutica bloqueiam tanto a COX1 como a 
COX2; 
• os principais e mais utilizados AINEs, ainda hoje, atuam por 
meio da inibição preferencial da COX1em detrimento da COX-
2; 
 efeitos relacionados: gastrites difusas, erosões 
gástricas, ulcerações, gastrenterite hemorrágica fatal, 
falhas renais agudas, lesões renais crônicas, 
síndromes necróticas e nefrites; 
 Estes efeitos colaterais iniciam-se em função da 
inibição da síntese de algumas classes de PGs; 
 a ação inibitória irreversível de alguns AINEs sobre os 
TXs causa aumento de sangramentos, uma vez que a coagulação e a agregação plaquetária 
encontram-se comprometidas. 
• A COX2 é responsável por ações fisiológicas mantenedoras da homeostase em diferentes tecidos, sendo 
a sua inibição capaz de gerar efeitos colaterais importantes. 
 No SNC, sobretudo na medula espinal, a COX2 é expressa de forma fisiológica e auxilia nas 
funções cerebrais normais da atividade sináptica, consolidação da memória e hiperemia funcional. 
 ação fisiológica da COX2 sobre o tecido ósseo. 
 No tecido renal, é responsável pela manutenção dos níveis de reabsorção de sódio e água; 
 No sistema vascular produz prostaciclina (produz efeitos vasodilatadores e que evita a agregação 
plaquetária). 
• Devido aos danos renais induzidos pelos AINEs em geral, devem-se evitar as associações destas 
substâncias com outras que possam induzir nefrotoxicidade. 
Principais AINEs utilizados na medicina veterinária 
 
Estas PGs normalmente apresentam ação 
vasodilatadora nos rins, além de estarem 
envolvidas na liberação de renina e na 
transferência de eletrólitos. A inibição neste 
nível promove a diminuição do fluxo sanguíneo 
renal e na filtração glomerular, sendo esta 
diminuição do fluxo sanguíneo renal um dos 
fatores que leva aos graves danos renais e 
problemas orgânicos verificados nos casos de 
intoxicação. Na mucosa estomacal, a ação 
vasodilatadora fisiológica das PGs, 
principalmente da PGE2 , proporciona um 
sistema de tamponamento pelo bicarbonato 
que consegue atenuar a ação corrosiva do 
ácido clorídrico (HCl) presente no suco 
gástrico; quando estas PGs são inibidas pelas 
substâncias antiinflamatórias, ocorre a erosão 
da mucosa devido à não neutralização do HCl. 
Derivados de ácido carboxilico 
• Salicilatos 
 AAS: utilização pelo 
potencial terapêutico e 
menor toxicidade; 
✓ propriedades 
analgésicas, 
antiinflamatórias 
e antipiréticas, 
além de 
também 
promover a 
inibição da 
agregação 
plaquetária; 
✓ O ácido acetilsalicílico é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, pois se apresenta na 
forma não ionizada no estômago. 
✓ O ácido acetilsalicílico em dose baixa produz ações analgésicas, antipiréticas e 
antiagregante plaquetária, já causando ações ulcerativas gastrintestinais, sangramentos e 
reações de hipersensibilidade; doses elevadas, além de inibirem a COX, são capazes de 
inibir a via da 5LOX, o que se reflete na ação antiinflamatória; doses tóxicas podem gerar 
febre, acidose metabólica, hipoprotrombinemia, bem como falha renal e respiratória, o 
que resulta em fatalidade. 
• Ácidos acéticos 
 Diclofenaco: Anti-inflamatório de ação equipotente sobre a COX1 e a COX2. Possui alta potência 
anti-inflamatória e analgésica, sendo esses efeitos semelhantes àqueles dos “coxibes”, grupo de 
AINEs que agem como inibidores seletivos da COX2; 
• Acidos propionicos 
 Ibuprofeno: Inibe a COX1 e a COX2, além de também inibir a ativação e a agregação de 
neutrófilos, a geração de radicais livres e a liberação de enzimas lisossomais. 
✓ Não é indicado para uso em pequenos animais; 
 Carprofeno: possui ação antiedematosa e analgésica, embora tenha fraca ação no que se refere 
à inibição enzimática. 
✓ um dos AINEs mais seguros; 
✓ cães e equinos; 
✓ parece ser também bastante efetivo para utilização em gatos. 
• Fenamatos 
 Acido tolfenamico: mecanismo de ação parece estar relacionado com a inibição tanto da COX 
como da 5LOX. 
✓ Equinos, cães e gatos. 
Derivados de ácido enólido 
• Pirazolonas 
 Fenilbutazona: tem a propriedade de diminuir a produção de superóxidos (ação antioxidante), 
sendo também um inibidor irreversível da COX. 
• Oxicans 
 Meloxican: inibidor de TX e PG, com excelentes propriedades antipirética e analgésica; inibidor 
preferencial da COX2. 
Coxibes: AINEs inibidores seletivos da COX2; ações analgésicas e antitérmicas; inibem seletivamente a 
PGI2. 
Anti-inflamatórios esteroidais 
As glândulas adrenais, presentes em todos os animais vertebrados, são responsáveis, em sua porção cortical, 
pela produção dos hormônios esteroides, sintetizados a partir do colesterol. 
Esses hormônios, também chamados de corticosteroides ou corticoides, podem ser classificados como 
mineralocorticoides (produzidos pela zona glomerulosa), glicocorticoides (produzidos principalmente pela zona 
fasciculata) e esteroides sexuais, notadamente andrógenos (produzidos principalmente pela zona reticulata). 
• Os mineralocorticoides, cujo principal representante é a aldosterona, interferem na manutenção do 
equilíbrio hídrico e eletrolítico. 
• Os glicocorticoides afetam marcadamente o metabolismo de carboidratos e de proteínas, e seus principais 
representantes no reino animal são a hidrocortisona (cortisol) e a corticosterona. 
Os glicocorticoides apresentam atividade anti-inflamatória e imunossupressora 
Relação estrutura-atividade e classificação 
Estes esteroides podem ser divididos de acordo com a duração de seus efeitos (efeitos rápido, intermediário e 
prolongado: 
• Aqueles de ação rápida, como a hidrocortisona e a cortisona, apresentam potência menor do que os de 
ação mais prolongada; 
• Glicocorticoides extremamente potentes e de longa duração, como a betametasona e a dexametasona, 
apresentam estas características graças a sua ligação reduzida com proteínas plasmáticas, menor 
velocidade de excreção e (provavelmente) maior afinidade aos receptores; 
• Os esteroides de ação intermediária, como a prednisona, a prednisolona, a metilprednisolona e a 
triancinolona, se mostram extremamente adequados às terapias crônicas. 
Fisiologia dos esteroides adrenais 
• Os corticosteroides são sintetizados e liberados quando necessário, não sendo estocados nas células 
adrenais. O principal estímulo para a sua secreção é o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), ou 
corticotropina, produzido por células basófilas da adenohipófise. A secreção do ACTH é regulada 
parcialmente pelo hormônio liberador de corticotropina (CRH), de origem hipotalâmica, e parcialmente 
pelas concentrações sanguíneas de glicocorticoides; 
• A secreção de CRH, por sua vez, é controlada pelos níveis de glicocorticoides, por estímulos do sistema 
nervoso central e, em menor extensão, pelos níveis de ACTH. 
• O colesterol é um intermediário obrigatório na síntese de corticosteroides, fornecendo o seu núcleo 
básico, o ciclopentanoperidrofenantreno. Embora o córtex adrenal possa sintetizá-lo a partir de acetato, 
a grande maioria (60 a 80%) do colesterol deriva de fontes exógenas. 
• Biotransformação e excreção 
 A biotransformação dos glicocorticoides se dá principalmente no fígado, onde eles sofrem 
processos de oxidação, redução, hidroxilação e conjugação, sendo inativados, em sua maioria, 
embora alguns, como a cortisona e a prednisona, usem as vias metabólicas hepáticas para se 
tornarem ativos (hidrocortisona e prednisolona), por meio de processos de redução. 
Propriedades fisiológicas e farmacológicas 
Dada a presença de receptores para os glicocorticoides em virtualmente todos os tecidos, os seus efeitos 
acometem a globalidade das células do organismo de alguma maneira, fisiológica ou farmacologicamente, na 
dependência da dose utilizada. 
• Efeitos metabólicos gerais 
 São agentes hiperglicemiantes, obtendo este efeito por meio de: inibição da captação e da 
utilização periférica da glicose (antagonizando a ação da insulina); e promoção da 
gliconeogênese, a partir de aminoácidos e ácidos graxos livres. 
 O cortisol e alguns glicocorticoides sintéticos, em concentrações farmacológicas,podem 
apresentar alguns efeitos mineralocorticoides, promovendo retenção de sódio, excreção de 
potássio e expansão do volume extracelular; 
 A corticoidoterapia também incrementa a diurese por aumento da taxa de filtração glomerular, 
pela inibição dos efeitos do hormônio antidiurético (ADH) nos túbulos distais e ductos coletores 
renais, além de apresentar efeito inibitório na expressão gênica do ADH; 
 O metabolismo do cálcio também é afetado pelos esteroides adrenais, pelo aumento da excreção 
urinária, causado pela diminuição da reabsorção renal, com consequente hipercalciúria; 
• Efeitos nos sistemas orgânicos 
 No trato gastrintestinal, observam-se aumento da secreção de ácido gástrico, de pepsina e do 
suco pancreático; redução do crescimento e da renovação das células gástricas, bem como 
redução da produção de muco; 
 O crescimento e o desenvolvimento corpóreo podem ser afetados quando da exposição excessiva 
aos glicocorticoides, dada a diminuição da secreção do hormônio de crescimento (GH); 
 Na pele, os glicocorticoides, quando em doses farmacológicas, inibem a síntese de material 
conjuntivo (colágeno e ácido hialurônico, principalmente), com consequente diminuição da 
espessura dérmica, tornando difícil a cicatrização; 
 promovem atrofia e fraqueza muscular; 
 aumentam a reabsorção óssea, aumentando a competência osteoclástica; 
 aumentam o débito cardíaco e o tônus vascular. Pode causar hipertensão arterial, hipocortisolismo 
e hipotensão. 
 Observa-se efeito supressor em sua própria secreção; 
 tireotropina (TSH), GH, hormônio foliculoestimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e 
prolactina, também podem ter as suas taxas de secreção severamente comprometidas; 
 No hipogonadismo secundário à utilização exagerada de glicocorticoides, observam-se, 
clinicamente, atrofia testicular, diminuição da libido, ciclos estrais irregulares, anestro persistente, 
infertilidade, dentre outros. 
• Efeitos anti-inflamatórios e imunossuperessores 
 Eles são capazes de bloquear desde as manifestações mais precoces do processo inflamatório, 
como dor, calor e rubor, até as mais tardias como reparação e proliferação tecidual; 
 afetam todos os tipos de resposta inflamatória, sejam elas suscitadas por patógenos invasores, 
estímulo físico ou químico, ou por uma reação imunológica inapropriada, como por exemplo as 
hipersensibilidades e as doenças autoimunes; 
 Nos leucócitos atuam de forma a diminuir a migração de neutrófilos para o sítio de lesão, ao 
mesmo tempo que estimula a sua liberação pela medula óssea, o que resulta em neutrofilia. A 
incapacidade de penetrar no local da lesão provavelmente se deve a mudanças conformacionais 
da superfície celular, promovidas pelos glicocorticoides. 
 No sistema linfoide, sabe-se que doses farmacológicas de glicocorticoides levam à linfopenia; 
 No processo inflamatório, sua atuação se dá por meio da atuação no metabolismo dos 
mediadores imunoestimulantes e pró inflamatórios. Assim, um dos mais importantes efeitos se 
dá pela inibição do fator de transcrição nuclear NFκB, que aumenta a transcrição de genes de 
citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, moléculas de adesão celular, fatores de 
complemento, imunorreceptores e enzimas importantes no processo inflamatório, como a ciclo-
oxigenase 2 (COX2). O complexo GCGR inibe diretamente o NFκB via interação proteínaproteína, 
bem como aumenta a expressão de um fator inibitório do NFκB, o IkBα. Também no metabolismo 
do ácido araquidônico, caracterizado por uma série de eventos desencadeados a partir de uma 
lesão na membrana celular e cujos produtos finais desta cascata são as prostaglandinas do grupo 
2 (PG2), os leucotrienos e os tromboxanos, os glicocorticoides agem de forma a inibir a ação de 
enzimaschave como a fosfolipase A2 e a ciclooxigenase 
Preparações farmacológicas 
• Não diferem muito da estrutura molecular do cortisol endógeno. 
• Os corticosteroides se apresentam em pós cristalinos, de coloração branca ou amarelada; são inodoros 
e estáveis ao ar e, na sua maioria, insolúveis em água, mas há alguns ésteres hidrossolúveis; 
• A maioria dos glicocorticoides são insolúveis em água, não podendo ser administrados por via 
intravenosa; 
• Glicocorticoides mais comumente prescritos: hidrocortisona (cortisol), a cortisona, a prednisolona, a 
prednisona, a metilpredinisolona, a triancilona, a betametasona a dexametasona. 
Vias de administração 
• A via tópica é útil em determinadas situações em que há a necessidade de se obterem altas concentrações 
de corticosteroides em uma área restrita, com o mínimo de efeitos colaterais. 
• Visando-se a efeitos sistêmicos, dá-se preferência à via oral, devido ao fato de se poder controlar a dose, 
uma vez que a maioria dos medicamentos esteroides orais são de efeito intermediário (como a 
prednisolona e a prednisona), podendo ser interrompida assim que aparecerem os efeitos colaterais; 
• Na via intravenosa é indicado o uso de esteroides de alta solubilidade, isto é, sob a forma de fosfatos ou 
succinatos; 
Indicações terapêuticas 
• A principal indicação para os glicocorticoides é a terapia de reposição para os casos clínicos de 
insuficiência adrenal, isto é, nas situações de hipoadrenocorticismo; 
• a grande maioria dos casos de uso de glicocorticoides é dirigida para fins anti-inflamatórios e 
imunossupressores. 
Antimicrobianos 
São substâncias químicas usadas para combater os microrganismos. Os antimicrobianos inespecíficos atuam nos 
microrganismos em geral, quer sejam patogênicos, ou não; pertencem a este grupo os antissépticos e os 
desinfetantes. Os antimicrobianos específicos atuam em microrganismos responsáveis pelas doenças infecciosas 
que acometem os animais; são os quimioterápicos e os antibióticos. 
Antibiótico: substâncias químicas produzidas por microrganismos que têm a capacidade de, em pequenas doses, 
inibir o crescimento ou destruir microrganismos causadores de doenças. 
Atividades bacteriostática e bactericida dos antimicrobianos 
Quando o antimicrobiano inibe a multiplicação da bactéria, mas não a destrói, é chamado de bacteriostático; com 
a suspensão da exposição ao antimicrobiano a bactéria volta a crescer. Já o antimicrobiano bactericida exerce 
efeito letal sobre a bactéria, sendo esse efeito irreversível. 
As atividades bacteriostática e bactericida do antimicrobiano dependem de sua concentração no local. Alguns 
antimicrobianos inibem o crescimento bacteriano em determinada concentração, a concentração inibitória mínima 
(CIM), e necessitam de uma concentração maior para matar o microrganismo, a concentração bactericida mínima 
(CBM). Quanto maior a distância entre esses valores, diz-se que o antimicrobiano tem atividade bacteriostática; 
por outro lado, quanto mais próximos forem esses valores, diz-se que o antimicrobiano tem atividade bactericida. 
Atividades de concentração tempo-dependentes 
Concentração dependentes: quanto maior o nível sérico acima da CIM, maior a taxa de erradicação das bactérias, 
a qual, por outro lado, cai na medida em que diminui o nível do antimicrobiano. 
Tempo-dependentes: o fator de maior importância para determinar a eficácia é o período de tempo que a 
concentração plasmática fica acima da CIM de uma dada bactéria (T > CIM). O fato de se aumentar a 
concentração do antimicrobiano várias vezes acima da CIM não promoverá aumento significativo na capacidade 
de destruir o microrganismo; Para os antimicrobianos tempodependentes, o tempo que a bactéria fica exposta 
ao agente é mais importante que a concentração do antimicrobiano necessária para matar o microrganismo. 
Fatores determinantes na prescrição de antimicrobiano 
O agente etiológico (microrganismo) deve ser identificado, sempre que possível. Quando não for possível, deve-
se presumi-lo, considerando dados como quadro clínico, localização do processo infeccioso, faixa etária, achados 
epidemiológicos e laboratoriais.Seria desejável determinar a sensibilidade do agente etiológico aos antimicrobianos, coletando-se material do 
animal com o processo infeccioso e encaminhando-o ao laboratório para o isolamento e identificação do 
patógeno e posterior realização do antibiograma. 
Associações de antimicrobianos 
• Infecções mistas; 
• Evitar o aparecimento de resistência na bactéria; 
• Maior efeito terapêutico; 
• Infecções graves de etiologia desconhecida; 
• Para obter-se sinergismo, isto é, quando a atividade antimicrobiana 
da associação é maior do que aquela obtida quando cada um deles é usado isoladamente. 
Classificação 
• Interferem na síntese ou função da parede celular 
• Interferem na síntese de ac nucleicos 
• Interferem na síntese proteica 
Antibióticos que interferem na síntese da parede celular 
A parede celular é uma estrutura fundamental para a manutenção da vida da bactéria, pois o meio interior da 
bactéria é hiperosmolar em relação ao meio exterior, a supressão da sua síntese conduz à desintegração da 
célula. Portanto, os antimicrobianos que inibem a síntese da parede celular são bactericidas. 
A parede celular é constituída de peptidoglicano (também chamado de mureína ou mucopeptídio) 
Na parede celular das bactérias grampositivas (coram em roxo) existe apenas uma camada homogênea e 
espessa de peptidoglicano. Nas bactérias gramnegativas (coram em vermelho) a camada de peptidoglicano 
(folheto interno) é mais delgada e sobre esta existe uma camada constituída de lipopolissacarídeos (LPS) e 
lipoproteínas (folheto externo); a coesão entre os dois folhetos se dá por meio de ligações covalentes entre as 
lipoproteínas do folheto externo e os peptidoglicanos. 
Nas bactérias grampositivas, cerca de 90% da parede celular é composta pelo peptidoglicano; 
Nas bactérias gramnegativas, apenas cerca de 10% da parede corresponde ao peptidoglicano; 
Betalactamicos: penicilinas e cefalosporinas 
• impedem a síntese da parede celular, interferindo na última etapa da síntese do peptidoglicano; inibem 
a atividade da transpeptidase e de outras enzimas chamadas de proteínas de ligação da penicilina (PLP). 
Essas proteínas de ligação da penicilina catalisam as ligações cruzadas das unidades poliméricas de 
glicopeptídios que formam a parede celular. 
Causas de insucesso na terapia: 
Deve ser ressaltado que, quando 
ocorre a resistência bacteriana, o 
antimicrobiano atua como agente 
seletor, isto é, age sobre as 
bactérias sensíveis e observa-se, 
consequentemente, a proliferação 
das resistentes. 
• tempodependente 
Os antibióticos que interferem na síntese da parede celular da bactéria também são: bacitracina, glicopeptídios 
(vancomicina, teicoplanina e avoparcina) e fosfomicina. 
Antibióticos que interferem na síntese de ácidos nucleicos 
Os antibióticos que interferem na síntese de ácidos nucleicos de maior 
interesse terapêutico são: actinomicinas, griseofulvina, rifamicinas e 
novobiocina. 
• Rifamicina: Inibe a atividade RNApolimeraseDNAdependente. As rifamicinas entram na célula bacteriana 
e formam complexos estáveis com a subunidade beta das RNApolimerasesDNAdependentes dos 
microrganismos. Essa ligação resulta em enzimas inativas e inibição da síntese de RNA (RNA mensageiro, 
RNA ribossômico e RNA transportador), inibindo a síntese proteica em todos os estágios. 
Antibióticos que interferem na síntese proteica 
• Aminoglicosídeos (bactericida), macrolídios, lincosamidas, pleuromutilinas, estreptograminas, tetraciclinas 
e anfenicois. 
• Aminoglicosídeos: são antibióticos bactericidas que interferem na síntese proteica ligandose à subunidade 
30 S do ribossomo, e para exercerem esse efeito há necessidade de penetrarem na célula bacteriana. É 
por isso que antimicrobianos que interferem na síntese da parede celular, com os antibióticos 
betalactâmicos, são associados aos aminoglicosídios para obter efeito sinérgico, uma vez que facilitam a 
entrada desses últimos no interior da bactéria. Age em bactérias aeróbicas gram negativas e estafilococos. 
• Macrolídeos: impedem a síntese proteica bacteriana ao se ligar à subunidade 50 S do ribossomo. O local 
de ligação dos macrolídios no ribossomo é próximo daquele no qual se liga o cloranfenicol, podendo 
ocorrer antagonismo, caso sejam associados. Os macrolídios inibem a translocação do RNA transportador 
no sítio aceptor do aminoácido, interferindo na adição de novos aminoácidos e, dessa forma, impedindo 
a síntese proteica da célula do microrganismo. 
• Tetraciclina: antibióticos bacteriostáticos que inibem a síntese proteica dos microrganismos sensíveis, 
ligando-se aos ribossomos. Estes antibióticos, após penetrarem no interior da bactéria por um processo 
mediado por carreador, ligam-se reversivelmente à subunidade 30 S do ribossomo do microrganismo, 
impedindo que o RNAtransportador (RNAt) se fixe ao ribossomo e, com isto, a síntese proteica é inibida. 
Antifungicos 
As infecções por fungos em pelos, unhas/garras, pele e mucosas são denominadas micoses superficiais; 
Micoses subcutâneas: a esporotricose, a cromomicose e os micetomas; 
Os fungos são considerados como patógenos primários quando produzem a doença em hospedeiro hígido; por 
outro lado, quando causam a moléstia em um indivíduo debilitado, são denominados oportunistas; 
Os fungos possuem parede celular constituída de quitina e celulose, têm vacúolos de reserva de glicogênio que 
atuam como fonte de energia, aparelho de Golgi e outras organelas intracitoplasmáticas, flagelos aquáticos, uma 
membrana que separa e individualiza bem o núcleo (carioteca) e septos que promovem a divisão do micélio. 
Estes microrganismos, portanto, são eucariotas e diferem das bactérias, pois possuem núcleo organizado, 
circundado por membrana nuclear. Suas paredes são compostas de polímeros de polissacarídeos como glucano, 
celulose e quitina; ao passo que os ácidos teitoicos e murânicos, encontrados nas paredes das bactérias, estão 
ausentes. 
Os principais agentes químicos usados como antifúngicos em Medicina Veterinária são: os imidazóis 
(cetoconazol, miconazol, clortrimazol, econazol), os triazóis (itraconazol e fluconazol) e a flucitosina. Entre os 
antibióticos antifúngicos, destacamse a anfotericina B, a nistatina e a griseofulvina. 
Antibióticos que interferem 
na permeabilidade da 
membrana celular: anfotericina 
B, nistatina (antifúngicos) e 
Polimixina 
Azois 
• imidazóis, que têm um anel com dois azotos, e triazóis, que apresentam um anel com três átomos de 
azoto 
 imidazois: cetoconazol, clotrimazol, miconazol e econazol; 
 triazois: fluconazol, itraconazol, terconazol, voriconazol, ravuconazol e posaconazol. 
• Os azóis são compostos fungistásticos e atuam ao nível do citocromo P450, por inibição da 14α 
desmetilase, que é responsável pela transformação do lanosterol em ergosterol, inibindo, assim, a síntese 
da membrana celular, o que impede o crescimento do organismo. 
• Imidazois: realizam alteração da permeabilidade de membrana. Esta alteração ocorre pela inibição da 
síntese do ergosterol, pois os imidazóis se ligam às enzimas do citocromo P450 do fungo e inibem a 
desmetilação do lanosterol, um precursor do ergosterol. 
 Cetoconazol: A absorção do cetoconazol é facilitada por pH ácido; assim, o aumento do pH 
estomacal, por administração de antiácidos e antagonistas histaminérgicos H2 (p. ex., cimetidina 
e ranitidina), diminui a absorção deste antifúngico. 
➢ O cetoconazol se distribui em saliva, pele, ossos e fluidos pleural, sinovial e peritoneal. 
➢ Micoses superficiais como profundas; 
• Triazois: interferem na síntese do ergosterol, na membrana fúngica. Por outro lado, diferentemente dos 
imidazóis; os triazóis têm alta afinidade pelo P450 fúngico, não apresentando a menor afinidade pelo 
P450 de mamíferos. 
 Itraconazol: tem maior espectro de ação, é mais efetivo em doses menores e tem menores 
manifestações de efeitos colaterais. 
 Fluconazol: atinge concentraçõeselevadas no líquido cefalorraquidiano, sendo, portanto, o 
medicamento de escolha para o tratamento da maioria das meningites fúngicas. 
Antibióticos antifúngicos 
Há os poliênicos, como a anfotericina B e a nistatina, e os antibióticos não poliênicos, como griseofulvina. 
Polienicos: varias duplas ligações 
atuam como antifúngicos, através de ligações irreversíveis aos esteroides da membrana celular, permitindo que 
íons K + e Mg 2+ saiam da célula. Com a saída destes íons (principalmente do K + ), há o comprometimento 
do metabolismo celular. 
• Anfotericina B e Nistatina 
Não polienicos 
• Griseofulvina: este antifúngico penetra na célula fúngica, causa a ruptura do fuso mitótico, por ligarse a 
uma proteína associada aos microtúbulos; este processo inibe a mitose do fungo e, consequentemente, 
impede o crescimento deste microrganismo. A griseofulvina causa, ainda, alterações morfogenéticas na 
parede celular. 
 
Antileishmania
Paciente com resposta TH1 produz intereferons, intereleucinas e fazem o recrutamento de várias células: 
macrófagos, linfócitos tcd8, linfócitos do tipo b (recrutamento dos anticorpos) 
Citocinas produzidas pelas células Th1 ativam macrófagos e 
participam na geração de células Tc, resultando em uma 
resposta imune mediada por células. Contrariamente, 
citocinas produzidas pelas células Th2 ajudam a ativar células 
B, resultando na produção de anticorpos. Além disso, citocinas 
Th2 também ativam granulócitos. 
TH2 pacientes com sinais clínicos decorrentes da deposição 
de imunocomplexos desencadeiam o aparecimento dos sinais 
clínicos: inflamação característicos da leishmaniose. 
Não basta somente baixar a carga parasitária é necessário saber se o animal está transmitindo. 
Sinais clínicos: lesões de pele, falha de pelo... 
 
Fármacos 
Anfotericina B 
• Antibiótico antifúngico 
• Farmacodinâmica 
 Incorpora-se ao lipossoma 
 Absorção pelo sistema reticulo-endotelial do parasito causando a morte do parasita 
• Farmacocinética 
 Administração parenteral IV 
 Excreção renal e biliar 
• Efeitos colaterais 
 Nefrotoxicidade 
• Levar em consideração se o animal está apresentando sinais clínicos (TH2) e ter a cautela se o animal 
não desenvolveu uma glomerulonefrite. Uma vez que ha vasta capilarização do rim. 
 Exames de creatinina 
 É importante colher a urina para detectar a presença de proteinúria (UPC -proteina e creatinina na 
urina) 
 Superior a 0,5 – proteinurico 
 Menor que 0,2 – não proteinurico 
 Entre esses valores – paciente em observação 
 Animais apresentando poliuria jamais devem tomar afotericina b 
Aloporinol 
• Leishmaniostático – inibe o crescimento do protozoário (inibe a replicação) 
• 10-20 mg/kg, SID ou BID, VO, contínuo 
• Farmacodinâmica 
 Hidrolise – alopurinol nucleosídeo (análogo de adenina) 
 Incorpora-se ao RNA da leishmania – inibição de crescimento. 
• Farmacocinética 
 Administração oral 
 Excreção renal 
• Efeitos colaterais 
 Xantinúria – calculo de xantina 
✓ A urinálise consegue detectar o nível de cálculo de xanturia 
A resposta imune frente à infecção é considerada 
protetora quando predominantemente mediada 
por células Th1 com estímulo à produção de 
citocinas indutoras de atividade anti-Leishmania 
pelos macrófagos. Por outro lado, a resposta 
imune predominantemente mediada por células 
Th2 induz produção de citocinas que estimulam 
linfócitos B com marcada resposta humoral 
produtora de anticorpos anti-Leishmania, que não 
tem eficácia protetora contra a infecção. 
• Em casos de pacientes estabilizados o veterinário consegue baixar a dose para menos que 10 mg. 
Levamisol – não é imunomodulador 
• Geralmente precede o uso do alopurinol 
• Reação AG → proteína total= albumina/ globulina 
 O numero alto de globulina indica alto nível de imunoglobulina indicando a deposição de 
imunocomplexos 
• Antinematódeo – imunoestimulante (1/4 dose) 
• 0,5 – 1 mg/ kg, dias alternados, VO, constante 
• Farmacodinâmica 
 Desconhecida 
 Aumento da atividade proliferativa de linfócito T – aumento da atividade fagocitaria de macrófago 
 Avaliação de medula e do sangue periférico 
• Farmacocinética 
 Administração oral 
 Biotransformação hepática 
 Excreção renal 
Domperidona 
• Antagonista dopaminérgico 
• Imunomodulador estimulante 
• 0,5 – 1 mg/kg, bid, VO, 30 dias 
 Repetir o protocolo a cada 4-6 meses 
• Farmacodinâmica: estimulador da hematopoiese e atividade leucocitária (linfócitos T) 
 Indicado para animais com panlicocitopenia 
• Farmacocinética: 
 administração oral 
 metabolismo hepático 
 excreção renal (31%) e fecal (66%) 
Imunomoduladores supressores 
• controlar a produção de imunocomplexos 
 ideal que a albumina esteja superior a 0,6 
• prednisona 
 0,5 – 1 mg/kg sid /bid, 5 dias 
• Dexametasona 
 0,2 mg/kg, IV 
 Sessões alternadas de quimioterapia com anfotericina B 
 
Imunoterapia 
• Usar o recurso da vacina: proteína recombinante e saponina – realizando a amplificação da resposta 
imune 
• Saponina vai estimular a atividade celular 
• Em animais portadores utiliza-se doses duplas 
• 2 frascos em 3 doses duplas 
• Intervalo de 21 dias 
• Reforço semestral 
• Data primeira dose – duplo 
• A cada 6 meses 
Miltefosina (milteforan) 
• Farmacodinâmica 
 Inibidor enzimático – fosfolipase C 
 Indução do apoptose – alterações na sinalização celular 
 Impede a penetração da Leishamania nos macrófagos 
• 2 mg/kg, VO, sid, 28 dias 
• Farmacocinética 
 Administração oral 
 Excreção fecal 
 Excreção renal – insignificante 
• Efeitos colaterais 
 Vômitos 
 Diarréia 
Terapias adjuvantes 
• Coleira 
• Fluidoterapia 
• Transfusão sanguínea 
• Antibacterianos 
 Marbofloxacina – 2mg/kg, SID, VO, 28 dias 
 Enrofloxacina – 20 mg/kg, SID, VO, 30 dias

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