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Tuberculose Clínica Médica

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HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
→ É a principal causa infecciosa de morbidade e mortalidade 
mundial em adultos, matando aproximadamente 1,7 milhão de 
pessoas em 2016. A maioria nos países com renda média e 
baixa. 
→ Infecção por HIV/AIDS é um fator importante de predisposição 
para tuberculose (imunossupressão) e mortalidade em regiões 
do mundo onde ambas as infecções predominam. 
→ Infecção crônica e progressiva, frequentemente com um 
período de latência seguindo a infecção inicial, provavelmente 
na infância. 
→ Afeta mais comumente os pulmões. 
→ ETIOLOGIA: Mycobacterium tuberculosis (do qual os seres 
humanos são o principal reservatório = hospedeiro). 
→ A tuberculose ocorre quase exclusivamente por inalação de 
partículas em suspensão (núcleos de gotículas) que contêm o M. 
tuberculosis. 
→ Pessoas com lesões cavitárias pulmonares são especialmente 
infectantes por causa do alto número de bactérias contidas na 
lesão. 
→ A transmissão aumenta pela exposição frequente ou 
prolongada a pacientes não tratados que dispersam grande 
volume de bacilos da tuberculose em espaços superlotados, 
fechados e pouco ventilados; 
→ Pessoas que vivem em condições precárias ou em instituições 
têm mais risco. Aproximadamente um quarto dos contatos 
domésticos adquirem a infecção. 
→ Revisando: a TB pode ocorre em 3 estágios: 
✓ Infecção primária: acontece nas semanas iniciais da infecção, 
alguns macrófagos infectados são transportados para 
linfonodos regionais (p. ex., hilar, mediastinal), onde acessam a 
corrente sanguínea. 
• A disseminação hematogênica para qualquer parte do 
corpo, em particular para a porção apical-posterior dos 
pulmões, epífises dos ossos longos, rins, corpos vertebrais 
e meninges pode ocorrer. 
✓ Infecção latente: Ocorre após a maioria das infecções 
primárias. Em cerca de 95% dos casos, após aproximadamente 
3 semanas de intensa multiplicação, o sistema imunitário 
suprime a replicação bacilar, geralmente antes que sintomas ou 
sinais apareçam. 
• Focos dos bacilos no pulmão ou em outros locais se 
transformam em granulomas de célula epitelioide, que 
podem ter centros caseosos e necróticos e calcificação. 
• Focos infecciosos podem deixar fibronodulares cicatriciais 
nos ápices de um ou ambos os pulmões (focos de Simon = 
cicatriz bilateral, que costumam resultar de disseminação 
hematogênica a partir de outro local da infecção) ou 
pequenas áreas de consolidação isoladas (focos de Ghon). 
E quando calcifica, chama-se complexo de Ranke 
 
• Nas semanas iniciais da infecção, alguns macrófagos 
infectados são transportados para linfonodos regionais 
(hilar, mediastinal), onde acessam a corrente sanguínea. A 
disseminação hematogênica para qualquer parte do corpo, 
em particular para a porção apical-posterior dos pulmões, 
epífises dos ossos longos, rins, corpos vertebrais e 
meninges pode ocorrer. 
✓ Infecção ativa: ocorre após a fase latente. Pessoas saudáveis 
infectadas pela tuberculose têm aproximadamente 5% a 10% 
de risco durante a vida de desenvolver doença ativa, embora a 
porcentagem varie significativamente de acordo com a idade e 
outros fatores de risco. 
• Qualquer órgão inicialmente infectado pode tornar-se um 
local de reativação, mas esta ocorre com frequência nos 
ápices pulmonares, possivelmente por causa das 
condições locais favoráveis como alta tensão de oxigênio, 
já que a bactéria tem afinidade por O2. 
• Doenças que comprometem a imunidade celular (essencial 
para a defesa contra a TB) facilitam significativamente a 
reativação. Assim, pacientes coinfectados pelo HIV e que 
não estão recebendo terapia antirretroviral (TARV) 
apropriado têm risco anual aproximado de 10% de 
desenvolver doença ativa. 
Tuberculose pulmonar 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-da-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
• Outras doenças que facilitam a reativação, mas em menor 
grau do que a infecção pelo HIV são 
▪ Diabetes; 
▪ Câncer cefálico e cervical; 
▪ Gastrectomia; 
▪ Cirurgia de derivação jejunoileal; 
▪ Nefropatia crônica dependente de diálise; 
▪ Perda ponderal significativa; 
▪ Imunossupressores. 
 
❖ SINAIS E SINTOMAS DA TBC 
→ Tosse crônica e geralmente produtiva, +3 a 4 semanas e 
dissemina bacilo; 
→ Febre vespertina; 
→ Sudorese noturna; 
→ Dispneia; 
→ Menos comum: Pneumotórax espontâneo, ou tuberculose 
pleural com derrame; 
→ Perda ponderal 
❖ DIAGNÓSTICO 
→ O diagnóstico baseia-se em exames de imagem e identificação 
do bacilo (vários métodos): 
✓ Radiografia de tórax: 
 
 
 
✓ Baciloscopia (escarro), cultura e coloração álcool-ácido 
resistente: o exame de escarro é a base do diagnóstico da TBC, 
deve ser solicitado em todos os pacientes com tosse produtiva, 
no entanto, em alguns casos, os pacientes podem não produzir 
escarro espontaneamente, então, é necessário induzir por 
meio de aerossol salino hipertônico. 
✓ Teste cutâneo tuberculínico (TCT) e ensaio de liberação de gama 
interferon (IGRA): mais utilizados no RASTREIO de pacientes 
com suspeita ou de contato com pacientes com fase ativa. Pode 
ser positivo tanto na infecção latente, quanto na ativa. 
 
✓ Dois tipos de testes rápidos estão disponíveis para diagnóstico 
da TB, são mais sensíveis que BAAR: 
▪ Xpert MTB/RIF: é um teste rápido automatizado que 
pode identificar simultaneamente o DNA de M. 
tuberculosis em uma amostra de escarro e detectar 
resistência à rifampicina; Se um teste Xpert MTB/RIF em 
uma amostra de escarro é positivo, considera-se que o 
diagnóstico da TB pulmonar é confirmado. 
▪ Testes moleculares em fita: podem identificar a presença 
de M. tuberculosis e a resistência. Mas a sensibilidade é 
menor do que a do Xpert MTB/RIF. Esse teste só é feito 
nas amostras de baciloscopia positivas. 
→ Depois que a TB é diagnosticada, deve-se testar nos pacientes 
infecção pelo HIV e, naqueles com fatores de risco de hepatite 
B ou C, deve-se testar os respectivos vírus. Testes iniciais da 
função hepática e renal normalmente devem ser feitos. 
 
 
Cavitação (alta carga de 
bacilo) lobo superior 
direito na radiografia de 
tórax de um paciente com 
tuberculose. 
Derrame pleural: 
acometimento extra pulmonar 
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ CASO CLÍNICO 
→ SPM, 36 anos, dá entrada no pronto atendimento com quadro 
de sudorese noturna, febre vespertina, perda ponderal de 15 
kg em 6 meses associado a quadro de tosse produtiva e 
dispneia. 
→ Nega comorbidades prévias; 
→ Nega uso de medicamentos controlados; 
→ Nega tabagismo; 
→ Presidiário residindo em presídio há cerca de 5 anos onde 
compartilha a cela com mais 12 presos. 
→ EXAME FÍSICO: 
✓ BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico. 
✓ PA 130x90, FC 88, Sat 94% em AA, eupneico; 
✓ ACV: RCR em 2T sem sopros; 
✓ AR: MV abolido em base a direita, frêmito aumentado, macicez 
à percussão; 
✓ AGI: plano, indolor, RHA +; 
✓ MMII: sem edemas ou empastamentos;. 
 
→ Tuberculose extrapulmonar geralmente resulta da 
disseminação hematogênica. Algumas vezes, a infecção se 
estende diretamente de um órgão adjacente. 
→ Os sintomas variam dependendo do local, mas geralmente 
incluem febre, mal-estar e perda ponderal. 
→ O diagnóstico é na maioria das vezes por baciloscopia e cultura 
e, cada vez mais, por testes rápidos de diagnóstico molecular. 
→ O tratamento é feito com múltiplos agentes antimicrobianos, 
administrados por pelo menos 6 meses. 
❖ TUBERCULOSE MILIAR 
→ Também conhecida como tuberculose hematogênica 
generalizada, a tuberculose miliar ocorre quando uma lesãotuberculosa úlcera em um vaso sanguíneo, disseminando milhões 
de bacilos da tuberculose pela circulação sanguínea e ao longo 
do corpo. 
→ Pode ocorrer disseminação maciça descontrolada durante a 
infecção primária ou após a reativação de um foco latente. 
Frequentemente, são afetados pulmões e medula óssea, mas 
qualquer local pode ser envolvido. 
→ Tuberculose miliar é mais comum entre: 
✓ Crianças < 4 anos de idade 
✓ Pessoas imunocomprometidas 
✓ Idosos 
→ Os sintomas incluem febre, calafrios, fraqueza, mal-estar e 
frequentemente dispneia progressiva. A disseminação 
intermitente de bacilos tuberculosos pode leva à febre de 
origem indeterminada prolongada. O envolvimento de medula 
óssea pode produzir anemia, trombocitopenia, ou uma reação 
leucemoide. 
 
 Tuberculose extrapulmonar 
Essa radiografia do tórax 
mostra achados sugestivos de 
TB miliar, incluindo nódulos 
intersticiais minúsculos (2 a 3 
mm), quase inumeráveis, 
distribuídos ao longo dos dois 
pulmões.

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