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ECC 02 - Hematologia Hem�tasi� primári� → Definição ● Não gera tampão. ● Faz parar o sangramento – vasoconstrição (plaquetas) → gatilho - lesão vascular/objetivo - formar o tampão hemostático ● Fases de formação do tampão - Adesão: a adesão de plaquetas no colágeno subendotelial é mediado pelo receptor de colágeno plaquetária específica (glicoproteína Ia/IIa) e fator de von Willebrand, os quais formam ligações entre plaquetas e fibras de colágeno para ativar as plaquetas. - Ativação: as plaquetas tornam-se ativadas e liberam o conteúdo dos grânulos citoplasmáticos. Entre outras substâncias, esses grânulos contêm ADP, responsável pela ativação de outras plaquetas e pela modificação de sua forma. - Agregação: mudança do citoesqueleto plaquetário – discóide → pseudópodes – estas plaquetas ativadas vão se agregar uma às outras formando um tampão que fornecerá a superfície adequada ao processo de coagulação do sangue, produzindo um coágulo resistente. ● Quais exames pedir? - Hemograma completo: número de plaquetas, alterações das outras séries (leucemias, SMDs, etc), pseudoplaquetopenia (aglutinação pelo EDTA – forma grumos, colher novo exame com citrato de sódio) - Tempo de sangramento: detecta função anormal das plaquetas (prolongado nas trombocitopenias, normal em sangramento de causas vasculares), perfuração no antebraço ou orelha, pouco sensível – desuso - Curva de agregação plaquetária: explora as vias de ativação das plaquetas, exposição a diferentes agentes (colágeno, ADP, adrenalina, ácido araquidônico, trombina, ristocetina) - Citometria de fluxo: avaliação do conteúdo granular, deficiências de GP → Distúrbios de hemostasia primária ● relacionado à plaquetas – aumento na destruição, insuficiência na produção (algo que está consumindo muitas plaquetas ou algo na medula que não está produzindo) ● petéquias ● equimoses ● menorragia ● epistaxe ● sangramento de mucosa (gengiva) ● hemorragia cerebral → Púrpura trombocitopênica imunológica/idiopática (PTI): ● reconhece a plaqueta como antígeno – autoanticorpos – plaquetopenia e mais nada (sem outras condições clínicas) ● TP e TTPA normais ● sangramento mucoso, genitourinário, gastrointestinal e sistema nervoso central ● não dar plaquetas → pode agravar o quadro devido aos anticorpos que atacam as plaquetas, apenas em emergências (risco de morte) → sangramento intracraniano, sangramento mucoso + instabilidade hemodinâmica ou respiratória ● etiologia: ➔ forma crônica – mulheres, 15-50 anos, idiopática, recidivas frequentes ➔ forma aguda – crianças, após infecção ou vacinação, resolução espontânea. Em crianças a PTI não cronifica e possui uma leve esplenomegalia. ● tratamento: emergências (risco de morte) - transfunde; corticoide; hemograma para monitorização das plaquetas → Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) ● deficiência congênita ou adquirida de ADAMTS13 ● aumento da adesão plaquetária, oclusões e embolização ● ADAMTS13 – impede que o fator de vW seja liberado de um tamanho grande formando microtrombos, estes acabam consumindo as plaquetas. ● Ocorre mais em mulheres de 20-40 anos – quadro clínico: trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática, esquizócitos, alterações neurológicas, insuficiência renal e febre ● Laboratório – DHL aumentado, bilirrubina indireta aumentada, queda da haptoglobina, coagulação normal, ADAMTS13 diminuído ● Tratamento – plasmaférese (iniciar na suspeita de PTT) ● Transfusão de plaquetas não recomendada, pode aumentar a formação de microtrombos ● Refratários – corticoide, vincristina, imunoglobulina, azatioprina, rituximabe, ciclofosfamida ● Febre, alteração neurológica, trombocitopenia, insuficiência renal, anemia hemolítica microangiopática COM ESQUIZÓCITOS (FÁTIMA) → Síndrome hemolítica urêmica (SHU): ● Quadro clínico: crianças – associação com infecção por Escherichia coli com verotoxina 157 ou Shigella → acometimento renal (IRA), plaquetopenia e AHMI, diarreia, perda de peso, ADAMTS13 normal ● Tratamento – suporte, hemodiálise → Distúrbios hereditários → Doença de Von Willebrand ● Tipo 1 – deficiência quantitativa parcial, maioria dos casos (cerca de 80%), redução leve a moderada do fator. ● Tipo 2 – Anormalidade funcional, o defeito é qualitativo, com níveis de fatores normais. É subdividida de acordo com a anormalidade: ➔ 2A: Ligação às plaquetas diminuída e ausência dos multímeros de alto peso molecular ➔ 2B: Aumento da afinidade pela GPIb e diminuição/ausência dos multímeros de alto peso molecular. ➔ 2M: Redução da função de ligação às plaquetas. ➔ 2N: Redução da capacidade de se ligar ao fator VIII. ● Tipo 3 – ausência total do fator de von Willebrand, paciente sangra como se tivesse plaqueta baixa, mas a contagem de plaquetas é normal, ela só não consegue se ligar ao sítio (hemofilia) ● Tratamento → ácido tranexâmico, não usar AAS e AINEs, concentrado de FVIII/FVW (quadros graves) ● Pode dar plaquetas.
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