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História e representações

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TEORIA DA 
HISTÓRIA E 
HISTORIOGRAFIA 
Eduardo Pacheco Freitas
História e representações
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar a função da imaginação do sujeito no exercício historiográfico.
  Analisar a representação histórica na construção do objeto e do texto 
histórico.
  Explicar a relação entre o texto histórico e o seu leitor.
Introdução
Atualmente, nos estudos históricos, a imaginação se configura como um 
importante objeto de estudo, tanto quando se refere à imaginação do 
historiador na sua escrita quanto no fenômeno social que ela representa. 
A questão da imaginação insere-se em um debate maior acerca das 
distinções entre o texto ficcional e o texto histórico, problemática que 
se revela fundamental na definição do que é e do que não é o trabalho 
do historiador.
Da mesma maneira, o conceito de representação histórica se tornou 
muito importante para o recorte do objeto e para a produção das nar-
rativas históricas. Ao mesmo tempo, as representações sociais e coleti-
vas, advindas do campo sociológico, revelam uma interface necessária 
para o desenvolvimento da ciência histórica. Representações, práticas 
e imaginação ajudam a explicar as relações existentes entre o leitor e o 
texto histórico. Na diferenciação necessária entre este último e o texto 
literário é que se encontra a chave para a correta compreensão dos 
limites e liberdades impostos por ambos os gênero para as perspectivas 
interpretativas do leitor e sua relação com os elementos extratextuais.
Neste capítulo, você vai aprender a identificar as funções que a ima-
ginação exerce sobre o sujeito no exercício historiográfico. Você também 
vai analisar a contribuição das representações em geral e da representa-
ção histórica na construção do objeto histórico, bem como explicar as 
conexões existentes entre o texto de história e seu leitor.
Imaginação e exercício historiográfico
A partir de maio de 68 (marcado por uma série de protestos, inicialmente 
estudantis, que levaram a uma grande greve geral na França), a questão da 
imaginação revelou-se com força no âmbito das ciências humanas. Com 
seus slogans que exigiam a imaginação no poder, os jovens franceses 
estabeleceram em seus discursos contestatórios que os líderes políticos 
deveriam ser julgados não somente pelas suas capacidades, mas também 
por sua imaginação nos níveis políticos e sociais. A falta de imaginação é 
tida então como prova de mediocridade, sendo esse aspecto infl ado pelos 
meios de comunicação de massa, no sentido de que a imaginação é con-
dição fundamental para o enfrentamento dos problemas sociais inéditos 
surgidos no pós-guerra. Dessa forma, foi estabelecida a associação entre 
imaginação e poder, com o termo deslocando-se do mundo das artes para 
o das decisões práticas da vida política e social (BACZKO, 1985).
Em contrapartida, ao nos voltarmos para a história, descobrimos que 
a imaginação, quando caracterizada como social ou coletiva, tornou-se 
um importante objeto de análise por parte dos historiadores. Ao contrário 
dos manifestantes de maio de 68, que exigiam a imaginação no poder, os 
historiadores demonstraram que uma sempre esteve atrelada ao outro. 
Isso ocorre porque os primeiros entendiam a imaginação unicamente pela 
via da criatividade, tendo em vista a criação de uma sociedade diferente, 
enquanto os historiadores e outros cientistas sociais:
[...] começaram a reconhecer, senão a descobrir, as funções múltiplas e 
complexas que competem ao imaginário na vida coletiva e, em especial, 
no exercício do poder. As ciências humanas punham em destaque o fato de 
qualquer poder, designadamente o poder político, se rodear de represen-
tações coletivas. Para tal poder, o domínio do imaginário e do simbólico 
é um importante lugar estratégico (BACZKO, 1985, p. 297).
História e representações2
Figura 1. Pichação em muro de Paris durante os protestos de maio de 68: “Sejamos realistas, 
exijamos o impossível”.
Fonte: Soyez... (2014, documento on-line).
“Sejamos realistas, exijamos o impossível” foi um dos slogans mais 
emblemáticos das manifestações de maio de 1968 na França. Os jovens 
estudantes exigiam que a imaginação fizesse parte da política, atribuindo 
um importante papel às representações que os jovens faziam de si mesmos. 
Os imaginários e as representações individuais, coletivas e sociais entravam 
de vez no radar dos historiadores e das ciências humanas e sociais em geral.
Diferentemente da tradição marxista — que acredita na impossibilidade 
da história ser feita pelas ideias, já que para ela os homens não vislumbram 
a realidade social através das representações que fazem de si próprios—, 
os historiadores culturais que se valem do conceito de representação em 
seus trabalhos conferem grande importância às ideias e à imaginação no 
devir histórico. Da mesma forma, consideram que o próprio exercício 
historiográfico está eivado de representações, sendo o texto histórico em 
si uma representação do passado. 
A função da imaginação do sujeito no exercício historiográfico ocupa 
papel importante nos debates teóricos atuais dos estudiosos da historiografia. 
Dessa forma, é preciso estabelecer que existem diferenças cruciais entre a 
imaginação do leitor literário e a imaginação do leitor do texto histórico.
3História e representações
No texto “Reflexões em torno da relação entre história e literatura”, disponível no link a 
seguir, você encontrará uma discussão muito relevante a partir das conexões existentes 
entre as formas narrativas correspondentes às duas áreas, história e literatura. No artigo, 
são abordadas as semelhanças e as diferenças entre a narrativa literária e a narrativa 
histórica, bem como as relações de ambas com o real enquanto representação social.
https://qrgo.page.link/Fms4B
O objeto da história é constituído simultaneamente ao conhecimento que 
é produzido sobre ele no texto histórico; portanto, os componentes cons-
titutivos desse conhecimento se relacionam à experiência histórica, às re-
gras que validam a produção deste conhecimento e, por fim, à imaginação. 
A imaginação, contudo, está submetida a regras que legitimam a construção 
do objeto e, consequentemente, à escrita histórica. É a partir dessas regras 
intersubjetivas que são viabilizadas as estratégias que permitem a construção 
de um objeto unificado.
O papel das regras limita-se a emoldurar o campo em que se dá o jogo da 
imaginação. Não é o caso de uma atuação da imaginação tal qual se dá no 
juízo estético, pois não é a indeterminação de uma regra geral o que propicia, 
no caso da representação histórica, liberdade ao papel da imaginação, mas 
essa liberdade tem lugar dentro de princípios determinados de conhecimento 
(AZEVEDO; TEIXEIRA, 2008, documento on-line).
Portando, ficam assim delimitadas as possibilidades e diferenças entre o 
texto ficcional e o texto histórico em suas relações com a imaginação. 
Na narrativa ficcional, o objeto, que é por definição estético, situa-se 
unicamente na relação estabelecida entre o texto, o leitor e sua imaginação. 
Sendo assim, não existe uma ligação com o real, ao contrário do que deve 
ocorrer, por definição, no texto de história. O discurso histórico, e sua 
manifestação textual, tem por obrigação garantir sua ligação com a rea-
lidade, já suposta na construção do objeto. Em outras palavras, embora o 
exercício historiográfico, assim como a literatura, assegure a relação entre 
texto e imaginação, ele tem como um dos seus objetivos a adequação de 
sua estrutura narrativa à realidade. Dessa maneira, “[...] o historiador irá 
articular os vestígios do real, os quais tendem a ser organizados segundo 
História e representações4
os parâmetros de tais protocolos” e possibilitar que a imaginação adquira 
“um papel constitutivo junto ao objeto histórico” (AZEVEDO; TEIXEIRA, 
2008, documento on-line). Assim, com todas as diferenças no âmbito da 
imaginação entre as narrativas históricas e ficcionais,é importante destacar 
que, em última análise, é ela que dá forma o objeto.
Contudo, o objeto histórico não apresenta suas diferenças em relação ao 
objeto ficcional apenas pela presença de vestígios reais no primeiro e a ausência 
destes no segundo. É necessário que tais vestígios sejam organizados levando 
em conta determinados parâmetros, mesmo que ambas narrativas tenham como 
ponto em comum serem estruturas formadoras de sentido. Na ficção, existem 
pontos de vista que se relacionam entre si, sem a necessidade do elemento 
exterior. Na narrativa histórica, por sua vez, há a necessidade de conexão com 
o real. Na primeira, existem vazios, os quais são preenchidos pela imaginação 
do leitor. Na segunda, por sua ancoragem no real, a imaginação do leitor está 
conectada às relações que o texto estabelece com o mundo ao redor. Nesse 
ponto é que ganha relevância a capacidade retórica do historiador, de forma 
que ele seja capaz de eliminar os vazios entre os elementos constitutivos de 
seu texto, em uma tentativa de fazer coincidir sua perspectiva e a do leitor 
(WELLBERY; BENDER, 1998).
É nesse sentido que Hartog (1998, p. 197) afirma: “[...] é evidente que o 
trabalho do historiador, seu talento, sua originalidade com relação a seus 
predecessores, em resumo, tudo aquilo em função do que um príncipe a ele 
recorreria decorre de seu domínio da arte da exposição”. Isto é, a imaginação e 
a capacidade de expor seu objeto de maneira conectada com o real e ao mesmo 
tempo criativa é uma condição imprescindível para o exercício historiográfico. 
Representação histórica e construção do objeto
O conceito de representação — utilizado, embora de forma diversa, desde 
a antiguidade — tem, como qualquer outro conceito usado pelas ciências 
humanas, a sua própria historicidade. Ao longo do tempo, seus usos e desusos 
sofreram alterações, algumas mais signifi cativas, outras menos. Durante 
esse processo evolutivo, chegamos — sobretudo com as contribuições da 
ciência sociológica, desenvolvida a partir do século XIX — aos conceitos 
de representações coletivas e de representações sociais, que podem e devem 
fazer parte da “caixa de ferramentas” dos historiadores, ajudando desta forma 
no aprimoramento de seu ofício e na elaboração da representação histórica.
5História e representações
Primórdios do conceito de representação
Os gregos antigos não tinham em sua sociedade a ideia de representação. 
Nem mesmo em sua língua havia um termo que designasse tal conceito. 
Foi somente pelos romanos que a ideia de representação passou a existir e 
estar historicamente vinculada à atual concepção que temos do termo. De 
acordo com Pitkin (1979, p. 8), “[...] no latim clássico repraesentare signi-
fi cava simplesmente fazer presente, manifestar ou apresentar pela segunda 
vez, e se referia quase que exclusivamente a objetos inanimados”. Ou seja, 
durante o período romano, a ideia de representação ainda não tinha relação 
com a noção de “pessoas representarem outras pessoas”, ideia que, por sua 
vez, viria a surgir somente mais tarde, na Idade Média. É durante a época 
medieval que os papas e os cardeais serão identifi cados como representantes 
de Cristo e dos Apóstolos, evoluindo — após juristas medievais entenderem 
que a representação tinha relação com as coletividades — para que os reis 
passassem a ser porta-vozes das comunidades, agora corporifi cadas na fi gura 
do monarca, que as representava.
Ainda de acordo com Pitkin (1979, p. 10): “[...] o passo final em direção ao 
nascimento da ideia moderna de representação [...] foi dado no século XIX”, 
quando o conceito se aproximou da ideia de que a representação se dá através 
de um agente, que age por outros, desta forma “[...] ligando as instituições à 
democracia e às questões de Direito”. 
Assim, temos uma evolução do conceito ao longo do tempo: inexistente 
entre os gregos; passando a ideia de tornar presente um objeto ausente, sem 
relação com instituições, entre os romanos; relacionado à religião católica, 
em um primeiro momento, chegando na relação entre reis e súditos, na Idade 
Média; e finalmente, no século XIX, vinculando-se à ideia de representativi-
dade política. Contudo, em última análise, o sentido básico que permeia esses 
diferentes momentos da evolução do conceito de representação é o de tonar 
presente algo que está ausente. 
As representações coletivas em Émile Durkheim
Quando Émile Durkheim (1858–1917) inicia seus estudos sobre as represen-
tações coletivas, mediante a análise da “[...] religião mais primitiva e mais 
simples” com o objetivo de, sociologicamente, “[...] entender a natureza religiosa 
do homem”, buscando assim “[...] revelar um aspecto essencial e permanente 
da humanidade” (DURKHEIM, 2000, p. 5–6), ele está dando os primeiros 
passos daquilo que se chama de sociologia do conhecimento.
História e representações6
Esse período, que é a última fase metodológica do sociólogo francês, tem 
como seu maior expoente a obra As formas elementares da vida religiosa, 
na qual a análise referida acima busca demonstrar como os homens “[...] 
encaram a realidade e constroem uma certa concepção do mundo e, mais 
ainda, como eles próprios se organizam hierarquicamente, informados por 
tal concepção” (RODRIGUES, 2000, p. 21). Sendo assim, é possível afirmar 
que, para Durkheim, não é apenas através da verbalização — ou da escrita, 
ou da arte, ou de qualquer outro modo de expressão — que o homem busca 
representar a realidade. Ela é representada até mesmo pela forma como uma 
sociedade se dispõe territorialmente. 
Outro aspecto relevante do pensamento de Durkheim é que, sendo as 
representações coletivas também representações mentais — e, portanto, sim-
bólicas —, elas seriam então imagens da realidade empírica. Para chegar a essa 
concepção a respeito das representações coletivas, Durkheim critica as duas 
concepções que há séculos se digladiavam sobre a razão e sobre a origem das 
categorias de entendimento. A primeira, de que a razão seria uma forma de 
experiência pessoal, é criticada por Durkheim (2000) nos seguintes termos: se 
a razão depende da experiência, logo ela não existe. Já a segunda concepção, 
de que a razão está fora da natureza e da ciência, é criticada sob o argumento 
de que “[...] se reconhecemos os poderes que ela se atribui, mas sem justificá-
-los, parece que a colocamos fora da natureza e da ciência” (DURKHEIM, 
2000, p. 22). Como forma de superar este impasse, Durkheim (2000) propõe 
que admitamos a origem social das categorias de entendimento, pois ele as 
considera como representações essencialmente coletivas e que, por isto mesmo, 
significam estados da coletividade. Em oposição, o conhecimento empírico 
é um estado individual.
É interessante observar que, durante a análise da religião totêmica, 
Durkheim (2000) vai demonstrar que as categorias religiosas (entendidas 
como formas de conhecimento do mundo, de categorizações, presentes na 
diferenciação entre o que é profano e o que é sagrado) são socialmente pro-
duzidas, da mesma maneira que as representações coletivas. Ou seja, há uma 
aproximação entre estas e as representações religiosas:
[...] estabelecemos que as categorias fundamentais do pensamento, logo a 
ciência, têm origens religiosas [...] pode-se, portanto, dizer, em resumo, que 
quase todas as grandes instituições sociais nasceram da religião [...] se a 
religião engendrou tudo o que há de essencial na sociedade, é que a ideia da 
sociedade é alma da religião (DURKHEIM, 2000, p. 462).
7História e representações
Assim, Durkheim consegue, a partir do conceito de representações coleti-
vas, mostrar as dimensões coletivas e até mesmo científicas dos conhecimentos 
produzidos pela vida religiosa, mas não somente isso, estendendo o conceito 
à vida social como um todo. Neste sentido, Durkheim (2000, p. 23) afirma:
As representações coletivas são o produto de uma imensa cooperação que 
se estende não apenas no espaço, mas no tempo; para criá-las, uma multidão 
de espíritos diversos associou,misturou, combinou suas ideias e seus senti-
mentos; longas séries de gerações nelas acumularam sua experiência e seu 
saber. Uma intelectualidade muito particular, infinitamente mais rica e mais 
complexa que a do indivíduo, encontra-se, portanto, como que concentrada aí.
A razão, portanto, vai além do alcance dos conhecimentos empíricos, que 
para o autor são inerentemente individuais. Dessa forma, podemos concluir 
que para este sociólogo, as representações religiosas constituíram a primeira 
forma de classificação lógica da realidade, permitindo assim a organização 
das práticas sociais específicas a cada forma da vida coletiva. Desse modo, 
as representações coletivas se apresentam como uma forma de conhecimento 
acumulado, construído coletivamente ao longo do tempo, entendimento im-
prescindível para o historiador ao analisar o desenvolvimento histórico de 
determinada sociedade.
Representação social em Bourdieu
Para Pierre Bourdieu (1930–2002), a representação social está associada a dois 
conceitos principais: campo e habitus. O campo, de acordo com o autor, é:
[...] um microcosmo que tem leis próprias e que é definido por sua posição 
no mundo global e pelas atrações e repulsões que sofre da parte dos outros 
microcosmos. Dizer que ele é autônomo, que tem sua própria lei, significa 
dizer que o que nele se passa não pode ser compreendido de maneira direta 
a partir de fatores externos (BOURDIEU, 1997, p. 55).
Portando, de acordo com o sociólogo francês, vivemos atualmente em 
sociedades altamente complexas e especializadas, com relevante grau de auto-
nomia. É nesse contexto que se pode falar em campos de produção ideológica, 
que necessitam dos seus produtos culturais para existir. 
Como exemplo, podemos destacar que, mesmo não sendo intrínseco ao 
ser humano o ato de consumir notícias de jornais ou outras fontes, por trás 
disso há um campo jornalístico em peso sendo construído culturalmente e 
História e representações8
justificando a necessidade dos bens simbólicos que produz. Cabe ressaltar, 
ademais, que todo e qualquer campo tem regras de funcionamento e regras 
de produção dos bens simbólicos, regras estas que são institucionalizadas e 
passam pelas regras de sagração. 
Você pode pensar no exemplo de um acadêmico que possui título de doutor, 
por exemplo. Isso significa que ele possui o reconhecimento no seu campo de 
atuação e entre seus pares. Em outra palavras: ele possui capital simbólico 
maior do que um graduado ou um mestre. Trata-se de uma hierarquia simbólica, 
que Bourdieu chama de "distinção". 
Outro conceito caro para Bourdieu é o habitus, o qual podemos dizer que se 
trata de uma série de “disposições adquiridas a partir da experiência”. Segundo 
o autor, o habitus é uma forma de segunda natureza, que cria as formas de 
agir. O habitus serve como orientação e significação das ações dos indivíduos, 
bem como as representações dos agentes sociais. É dessa forma que acontece 
a relação do habitus com o campo, pois estes esquemas geradores de ação 
inerentes ao habitus são adaptados a um campo específico. 
Portanto, a representação social, em Bourdieu, está associada às noções 
de habitus e de campo, pois, a partir de uma perspectiva construtivista do 
autor, há o entendimento de que existe “[...] de um lado, uma gênese social 
dos esquemas de percepção, pensamento e ação, que são constitutivos do 
habitus e, de outro, das estruturas sociais em particular dos campos e grupos” 
(BOURDIEU, 1990, p. 149).
Representações sociais em Chartier
Na obra do historiador Roger Chartier (1945–), a questão da representação 
também é discutida. O autor evoca defi nições antigas do termo:
Nas definições antigas (por exemplo, aquela do Dictionnaire universel de 
Furetière em sua edição de 1772), as entradas da palavra “representação” 
atestam duas famílias de sentido aparentemente contraditórias: de um lado, 
a representação manifesta uma ausência, o que supõe uma clara distinção 
entre o que representa e o que é representado; de outro, a representação é a 
exibição de uma presença, a apresentação pública de uma coisa ou de uma 
pessoa (CHARTIER, 2002, p. 74).
Está presente, portanto, nas relações entre os conceitos de representação a 
dicotomia entre ausência e presença. Chartier também enceta uma discussão a 
respeito do conceito de “aparelhagem mental”, presente em Febvre, e de “hábi-
tos mentais”, de Panofsky. Este último está relacionado ao conceito posterior 
9História e representações
de habitus, desenvolvido por Bourdieu. Os “hábitos mentais” e a “aparelhagem 
mental” seriam relacionados à prática, assim como o habitus, aproximando-se 
do que comumente chamamos de “visões de mundo”. Nesse âmbito, Chartier 
critica aquilo que chama de “tirania do social”, (CHARTIER, 2002), que 
seria uma visão redutora da realidade, já que aceitaria que, por exemplo, as 
categorias socioprofissionais determinam a apropriação dos bens culturais. 
Para superar essa concepção, Chartier propõe que se parta dos códigos e não 
das classes sociais para apreender a forma de apropriação desses códigos. 
Contudo, conforme visto, o conceito de representações para Chartier advém 
do acúmulo de trabalhos de diversos autores, entendendo-as o autor como “[...] 
classificações e divisões que organizam a apreensão do mundo social como 
categorias de percepção do real” (CARVALHO, 2005, documento on-line).
A representação histórica
Para Michel de Certeau, o problema da representação histórica é central nas 
discussões teóricas sobre “[...] o que fabrica o historiador quando faz história” 
(CERTEAU, 2000, p. 65). Contudo, nem sempre os historiadores dão a devida 
atenção a essa problemática, que gira em torno de alguns aspectos principais, 
todos relacionados à contraposição entre o entendimento de que o texto histórico 
é uma representação ou de que se trata de uma simples apresentação do tema em 
análise. Atualmente, a maior parte dos historiadores não considera a hipótese 
de escrita de uma “história total”, como queriam os discípulos de Ranke e da 
chamada histórica científi ca do século XIX (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2008). 
O construcionismo é uma das mais importantes concepções sobre a opera-
ção historiográfica, considerando que esta não se trata de uma representação 
do passado em suas razões e motivos, mas uma apresentação textual que nada 
mais é do que uma construção do passado. Dessa forma, a visão construcionista 
não crê na representação como parte constituinte do processo de construção 
do objeto histórico. O construcionismo pode se apresentar de três formas 
(AZEVEDO; TEIXEIRA, 2008):
  o texto histórico advém de uma relação livre entre sujeito e objeto, não 
sendo, portanto, uma construção condicionada senão pela imaginação;
  o texto histórico é uma apresentação dos lugares e práticas sociais, 
sendo determinado pelo poder de fala destes;
  o texto histórico apresenta-se como uma narrativa da realidade.
História e representações10
Todas essas características têm em comum o fato de desconsiderarem a 
produção historiográfica como uma representação histórica. Por outro lado, 
existem as concepções que defendem o protagonismo da representação nos 
trabalhos históricos. Isso ocorre, geralmente, entre os historiadores que ques-
tionam a ideia de “verdade histórica”. A mais relevante delas é denominada 
documentalista, que possui “[...] um sentido menos ambicioso de verdade, 
distanciado tanto do princípio rankeano de representar o passado ‘como efe-
tivamente aconteceu’ quanto da proposta de uma ‘apreensão do vivido’, tal 
qual defendida por Marc Bloch” (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2008, documento 
on-line). Nesse sentido, a representação histórica é vista como elemento es-
truturante da narrativa histórica. Portanto, cabe lembrar que a representação 
é enfatizada nas atuais histórias social, política e cultural. De acordo com 
Ginzburg (2001, p. 85) a representação “[...] faz as vezes da realidade repre-
sentada e, portanto, evoca a ausência; por outro, torna visível a realidade 
representadae, portanto, sugere a presença”. Isso tem a ver com aquilo que 
Chartier (2002, p. 10) sintetizou como “[...] a imagem que uma comunidade 
dá a si mesma”, algo que faz com que a historiografia contemporânea valorize 
as representações coletivas e individuais. 
Esses autores compreendem o texto histórico em suas relações com o 
real, encarando-o, portanto, como uma representação. Assim, se estabelece 
um diálogo da história com a filosofia da linguagem, que se revela mais útil 
para o devido entendimento acerca das formas de escrever a história do que a 
teoria literária. Essa concepção se estrutura sobre a ideia de que, embora seja 
uma narrativa, a história não se trata apenas disso. Portanto, no momento de 
escrita da história o historiador está organizando o conhecimento adquirido 
sobre o passado, possibilitando assim, através da representação que produz, 
uma ligação com o real e o acesso a este pela construção do objeto (ANKER-
SMIT, 2012).
Relações entre o texto histórico e o leitor
Nas últimas décadas, sobretudo no campo da história cultural, foram realizadas 
aproximações entre o texto histórico e o texto literário. Buscou-se, dessa forma, 
uma ampliação da abordagem epistemológica sobre as conexões entre ambos 
os gêneros e suas representações do conhecimento humano. Por outro lado, a 
literatura passou a ser discutida seriamente como uma fonte histórica. Nesse 
debate, que procura distinguir o que é fi cção e o que são os aspectos que apontam 
para a veracidade ou para a verossimilhança nesse tipo de construção narrativa, 
11História e representações
são postas as condições para que a literatura também seja um elemento do qual 
a história se valha como fonte. Essas novas tendências são fundamentais para 
as refl exões sobre as relações possíveis entre o texto histórico e o seu leitor.
Em primeiro lugar, é preciso dar atenção à especificidade da narrativa 
histórica. A escrita da história, isto é, o exercício historiográfico, é calcada 
sobre alguns pilares que não podem ser desconsiderados. O primeiro deles diz 
respeito ao fato de que o historiador, ao elaborar sua narrativa, não trabalha 
somente com os elementos presentes (fatos, datas, nomes, fontes preservadas 
etc.), mas, pelo contrário, se vale o tempo todo das ausências quando executa 
a sua construção narrativa. Isso significa que o silêncio das fontes sobre 
determinado acontecimento ou tema — aquilo que não foi dito, ou que foi 
recalcado — assume tanta importância quanto os elementos presentes. E por 
que isso? Porque é por meio desses “vazios” que o historiador poderá elaborar 
hipóteses e chegar a conclusões mais precisas sobre seu objeto, algo que não 
poderia ocorrer caso as ausências fossem desconsideradas como importantes 
mensagens do passado que são. A discussão sobre essa problemática está 
relacionada precisamente ao simbólico, ao imaginário e às conexões entre o 
texto ficcional e histórico (CARDOSO, 2000). Dessa forma, ao produzir um 
texto histórico, o historiador fornece ao seu leitor a “[...] presentificação de uma 
ausência” (PESAVENTO, 2003, documento on-line). Portanto, a história está 
relacionada ao conceito de representação, significando com isto que a história, 
recorrendo aos imaginários, sempre possui um ligação profunda com o real.
“Mimese” é uma palavra com origem no grego (mímesis), costumeiramente traduzida 
como “imitação”. No entanto, a palavra adquiriu com o tempo significados polissêmicos 
que ultrapassaram sua tradução mais comum. O termo costuma ser utilizado no 
âmbito das ciências humanas, da retórica, da estética e dos estudos literários como 
sinônimo de representação. Portanto, quando afirmamos que um historiador está 
fazendo mimese, isso pode ser entendido como a influência do período sobre o qual 
escreve em seu texto (CARVALHO, 2019).
Outro fator de suma relevância quando da análise das formas de escrita 
da história e da sua recepção pelo leitor reside no entendimento de que “[...] 
a forma de escrever a história não é indiferente aos modos de percepção dos 
tempos históricos das sociedades, mesmo quando estes não sejam colocados 
História e representações12
em evidência por aqueles que realizam o trabalho da sua escrita” (CARDOSO, 
2000, documento on-line). Portanto, a produção histórica sempre estará situada 
em um determinado contexto social, imersa em maior ou menor grau em suas 
práticas e representações. Certeau (2000) já destacava que tanto a disciplina 
quanto a escrita da história não podem ser compreendidas sem se levar em 
conta que estão situadas em um determinado contexto, sob três aspectos 
principais: a instituição onde são produzidas, o lugar social e suas práticas 
sociais. Assim, torna-se perceptível uma primeira relação entre leitor e texto 
histórico, já que este é produzido em situações condicionadas semelhantes às 
quais o leitor encontra-se inserido. 
Contudo, há que se destacar o risco de que o historiador possa praticar a 
mimese na sua produção. Como seu trabalho opera no sentido de reconstituir o 
passado, há a possibilidade de o historiador ser influenciado pelo tempo, bem 
como pelo lugar social, do qual se ocupa em sua escrita. Este, sem dúvida, é 
um fator que pode tornar um pouco mais difusas as fronteiras entre narrativa 
histórica e a literária (LIMA, 2006). No entanto, a questão mais importante 
está nos efeitos que o texto histórico provoca no seu leitor. Ao contrário do 
texto de ficção, em que o leitor encontra efeitos sobre si de maneira quase que 
inerente em sua relação com tal narrativa, no trabalho de história as coisas 
ocorrem de maneira diversa.
Para conhecer mais sobre as possíveis relações entre textos históricos e textos ficcionais, 
você pode ler a obra História. Ficção. Literatura. (Cia. das Letras, 2006), de Luiz Costa Lima. 
Neste livro, o autor dialoga com historiadores como Carlos Ginzburg e com o polêmico 
Hayden White, historiador americano que estremeceu o campo da história ao defender 
a tese de que a escrita histórica e a literária não possuem diferenças significativas (LIMA, 
2006). A questão dos efeitos do texto histórico sobre o leitor permeia toda a obra, já 
que o autor dedica seus esforços a distinguir história e ficção, chamando a atenção 
para as diferentes metas discursivas de cada gênero.
As narrativas históricas e literárias se entrelaçam e podem ser entendidas 
como respostas em forma de discurso sobre os questionamentos humanos 
frente ao mundo. Esse fenômeno não se restringe a um período específico da 
história, sendo recorrente em todas as épocas. Portanto, cada produção textual 
13História e representações
sempre encontra correspondência nos valores da época na qual é produzida, 
decorrendo desse fato que os seres humanos de cada época percebem e são 
afetados pelos textos de maneira diferente. Podemos afirmar que assim formam 
leituras de mundo diferentes em períodos diferentes, naquilo que Pesavento 
(2003, documento on-line) chamou de “o mundo como texto”.
A história entendida como narrativa sobre acontecimentos que já se 
passaram, em maior ou menor escala de tempo, torna-se, dessa forma, uma 
representação do passado. O material de trabalho do historiador já deixou 
de existir, sendo acessível somente por vestígios que resistiram ao tempo e 
chegaram até o instante em que o pesquisador trabalha. Nesse sentido, ocorre 
uma substituição de eventos pretéritos que acaba servindo para atribuir sen-
tidos ao mundo (PESAVENTO, 2003). O leitor do texto histórico, ao tomar 
contato com essas representações e substituições, forma imagens mentais a 
respeito do passado que não são de um todo livres e criativas (como pode 
acontecer em suas leituras ficcionais), pois a narrativa histórica sempre estará 
ancorada no real, no que de fato ocorreu, estabelecendo assim limites até onde 
a imaginação do leitor pode agir. 
[...] na impossibilidade da repetição da experiência da História, pois aquilo 
que se passou não volta mais, é como se o historiador desafiasse seu leitor a 
repetir seus passos,para chegar às mesmas conclusões. Na prática, o leitor 
não refaz o caminho de arquivo e de fontes, percorrido pelo historiador, e 
se deixa convencer pelos procedimentos retóricos (PESAVENTO, 2003, 
documento on-line).
Todavia, o problema se torna mais complexo quando confrontamos visões 
distintas a respeito da natureza do texto histórico. Alguns autores, como Paul 
Ricoeur (1913–2005), consideram que a história possui um caráter ficcional, 
por se encontrar, em sua opinião, nos domínios do não verificável. Dessa 
forma, o historiador faria uma construção imaginária daquilo que teria sido, 
induzindo o leitor a aceitar a narrativa do passado como o próprio passado. 
Roland Barthes (1915–1980), por exemplo, defendia que nada existe fora 
do discurso, situando-se dentro dessa concepção também o texto histórico. 
Entendimento semelhante foi sustentado por Hans Robert Jauss (1921–1997), 
para o qual a história é apenas uma representação narrativa do passado. Já para 
autores como Krzysztof Pomian (1934–), a narrativa histórica conduz o leitor a 
elementos extratextuais, possibilitando que ele refaça os passos do historiador 
através das citações e das referências bibliográficas e/ou documentais. É como 
se o autor estabelecesse que, caso o leitor não se convença de sua retórica, ele 
História e representações14
poderá refazer o caminho que o historiador percorreu e chegar às mesmas 
conclusões (PESAVENTO, 2003). 
Por fim, um último problema importante: o efeito que o texto histórico pode 
causar sobre o leitor. Este tema é relevante na medida em que, diferentemente 
do texto de ficção, cuja relação texto/leitor ocorre internamente, a relação dia-
lógica entre o leitor e o texto histórico se dá, em grande parte, na exterioridade. 
Azevedo e Teixeira (2008, documento on-line) fazem uma pergunta crucial: 
“É possível, entretanto, conceber uma escrita da história que abra espaço a 
um leitor que não se apresente como polo passivo, receptor de um sentido e 
de uma síntese que já se pretendem determinados?”. Os autores respondem 
afirmativamente e justificam: o historiador, ao elaborar sua narrativa, recorre 
à imaginação para que ela produza sentido. Portanto, isso abre caminho para 
diversas possibilidades interpretativas por parte do leitor. Nesse sentido, se 
faz importante que o historiador adote uma posição crítica em relação ao seu 
próprio texto, já que ele, ao conter o fator imaginativo em si, pode abrir diver-
sas perspectivas possíveis, embora isso não autorize a comparação imediata 
ao texto de ficção. Contudo, mesmo que a ancoragem do texto histórico no 
real seja um fato, o leitor, em contato com a narrativa histórica, encontrará o 
ponto de vista do narrador, o que não o isenta de experimentar diversas outras 
possibilidades de compreensão acerca dos vestígios do passado presentes na 
leitura (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2008).
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História e representações16

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