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Diabetes Mellitus 1 Diabetes Mellitus Data de Criação Fonte MEDCURSO 2021 Metabolismo Intermediário Período pós-prandial: Elevação de glicose → elevação da insulina Anabolismo: Aumento do glicogênio Aumento de gordura Aumento de proteínas Jejum: Redução da glicose → redução da insulina Ação de hormônios contrainsulínicos: aumento de glucagon, adrenalina, cortisol e GH Catabolismo: Quebra de glicogênio (glicogenólise), proteína e gordura (gliconeogênese) para produção de glicose No catabolismo exagerado, a quebra de ácido graxo produz corpos cetônicos Diabetes: redução de insulina (estado de jejum) Classificação @October 10, 2022 Diabetes Mellitus 2 Diabetes tipo 1: Ausência de insulina (ilhotas destruídas) Hipoinsulinismo absoluto (peptídeo C indetectável ou < 0,1) Doença autoimune: anti-ICA, anti-GAD, anti-IA2 Paciente típico: < 30 anos, magro Quadro clínico franco: polidipsia, poliúria, polifagia, perda de peso e cetoacidose Diabetes tipo 2: Insulina insuficiente (ilhotas disfuncionantes) Resistência periférica à insulina + “fadiga pancreática secretória” Condição genética + fator ambiental Paciente típico: > 45 anos, obeso Assintomático durante anos Abre o quadro com complicações: Macrovascular: IAM, doença arterial periférica, AVE Microvascular: retinopatia, neuropatia, nefropatia Diagnóstico Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl Glicemia 2h pós-75g de glicose (TOTG) ≥ 200 mg/dl Hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5% 2 testes positivos: diagnóstico confirmado Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dl + sintomas de DM: diagnóstico confirmado Estado “pré-diabético” Glicemia de jejum 100-125 mg/dl TOTG 140-199 mg/dl Diabetes Mellitus 3 HbA1c 5,7-6,4% Basta 1 teste positivo, mas se vier alterado, solicitar TOTG por ser o mais sensível Repetir anualmente Rastreamento populacional 3/3 anos, qualquer um dos testes IMC > 25 + um fator de risco: HAS, sedentarismo, dislipidemia, história familiar para DM (1º grau), SOP, acantose Idade > 45 anos HIV Tratamento Alvo HbA1c < 7% (mais importante) Glicemia capilar pré-prandial 80-130 mg/dl Glicemia capilar pós-prandial < 180 mg/dl Diabetes tipo 1 Insulinoterapia: 0,5 a 1 UI/kg/dia Rápidas: Ultrarrápidas: lispro, aspart, glulisina Início: 5 min; duração: 4h Rápida: regular Início: 30 min; duração: 6h Lentas: Diabetes Mellitus 4 Intermediária: NPH Início: 2h; duração: 12h Lenta: detemir, glargina, degludeca Início: 2h; duração: 18-42h Pós-prandial: Lispro/aspart/glulisina: na refeição Regular: 30 min antes da refeição Basal: Glargina/detemir/degludeca: 1x/dia NPH: 2-3x/dia Diabetes Mellitus 5 Hiperglicemia matinal: Fenômeno do alvorecer: manhã desprotegida Fim do efeito da NPH + efeito dos hormônios contrainsulínicos Aumentar a dose de NPH Efeito Somogyi: hipoglicemia da madrugada NPH em dose alta demais causando hipoglicemia na madrugada e hiperglicemia de rebote no amanhecer Reduzir NPH ou adicionar lanche à noite Para não errar: fazer a NPH mais tarde Diabetes Mellitus 6 Esquema de infusão contínua (bomba de insulina): padrão ouro Diabetes tipo 2 Drogas que reduzem a resistência insulínica: Biguanidas: metformina Risco de acidose lática e redução de vitamina B12 Alto benefício cardiovascular Não usar: insuficiência renal (< 30 ml/min) ou hepática Glitazonas: pioglitazona Aumento de peso, retenção de sal, risco de fraturas Não usar: IC grave Drogas que aumentam a liberação de insulina: Aumento de peso e risco de hipoglicemia Sulfonilureais: gliclazida, glipizida, glimepirida Aumento da secreção basal de insulina Eliminação renal Glinidas: repaglinida, nateglinida Aumento do pico pós-prandial de insulina Drogas que reduzem a absorção intestinal de glicose: Acarbose: Redução da glicemia pós-prandial Flatulência, diarreia 2ª linha Incretinomiméticos: Diabetes Mellitus 7 Aumento de insulina dependente da glicemia Baixo risco de hipoglicemia Inibidores da DPP-4: gliptinas Evitam a degradação das incretinas Análogos do GLP-1: exenatida, liraglutida Estimulam os receptores incretínicos Redução de peso Alto benefício cardiovascular Administração subcutânea Inibidores do SGLT-2: Reduzem a reabsorção tubular de glicose Gliflozinas: dapagliflozina, canagliflozina, empagliflozina Redução de peso e da PA Candidíase, ITU, poliúria Alto benefício cardiovascular e na doença renal IC e DRC mesmo sem DM Organizando o tratamento: 1) Metformina 500 a 2550 mg/dia + mudança no estilo de vida por 3 meses 2) Metformina + 2º/3º agente Presença de doença aterosclerótica, IC ou DRC: Análogo da GLP-1 (doença aterosclerótica) ou iSGLT-2 (IC ou DRC) Ausência de doença aterosclerótica, IC ou DRC mas HbA1c acima da meta: Preocupação com ganho de peso: análogo do GLP-1 ou iSGLT-2 Preocupação com hipoglicemia: análogo do GLP-1/iSGLT-1/iDPP4/glitazonas Preocupação com custo: sulfonilureia ou glitazonas Diabetes Mellitus 8 3) Insulina basal (bed time) - NPH noturna Progredir dose de insulina: NPH 2x/dia + regular 3x/dia Quando iniciar insulinização plena no DM tipo 2? Glicemia ≥ 300 ou HbA1c ≥ 10% Gravidez Estresse (cirurgia/infecção) Doença hepática ou renal avançada Outros pontos do tratamento Pressão Arterial ADA: Baixo risco: < 140x90 Alto risco: < 130x80 Se proteinúria: iECA/BRA Dislipidemia Diretriz Brasileira: Médio risco CV: LDL-C < 100 Alto risco CV: LDL-C < 70 Muito alto risco: LDL-C < 50 (doença aterosclerótica clínica - IAM, AVE prévios) Complicações Agudas Cetoacidose Diabética DM tipo 1 e tipo 2 Aumento da glicemia + lipólise = produção de corpos cetônicos (ácido beta- hidroxibutírico, ácido acetoacético, acetona) → acidose metabólica com ânion-gap Diabetes Mellitus 9 aumentado Diagnóstico: Glicose > 250 Cetonemia/cetonúria 3+/4+ pH < 7,30 e HCO3 < 15 Clínica: Dor abdominal, náuseas, vômitos Hiperventilação (respiração de Kussmaul) Leucocitose Aumento de creatinina, transaminases, amilase Tratamento: Tripé: volume, insulina, potássio 1) Volume SF 0,9% 1L na 1ª hora (15-20 ml/kg) Tendência à hiponatremia dilucional Se Na+ baixo: manter SF 0,9% Se Na+ normal ou aumentado: SF 0,45% 2) Insulina Ataque regular IV 0,1 U/kg + manutenção 0,1 U/kg/h (BI) Opção: já iniciar com manutenção de 0,14 U/kg/h (principalmente na pediatria) Reduzir a glicemia entre 50 e 75 mg/dl/h Quando a glicemia chegar a 250, iniciar soro glicosado 5% (para evitar hipoglicemia) 3) Potássio Elevação da osmolaridade, redução da insulina e redução do pH: K+ intracelular baixo, K+ sérico alto e K+ urinário alto Diabetes Mellitus 10 Se K+ > 5,2: não repor K+ Se K+ 3,3-5,2: repor K+ Se K+ < 3,3: repor K+ e adiar insulina 4) E o HCO3? Repor apenas se pH < 6,9 - repor 100 mEq Critérios de compensação: Glicemia < 200 E pH > 7,3, HCO3 > 15, AG ≤ 12 (pelo menos 2) Antes de retirar a IV, começar a SC Complicações: Trombose Edema cerebral Hipocalemia grave Mucormicose/zigomicose (Rhizopus sp, Mucor sp) Micose destrutiva rinocerebral Tratamento: anfotericina B + desbridamento Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar Não Cetótico Diabetes tipo 2 Aumento da glicemia, mas não bebe água → aumento da osmolaridade, mas ainda tem insulina → ausência de cetoacidose Diagnóstico: Glicemia > 600 Osmolaridade > 320 pH > 7,3, HCO3 > 18 Diabetes Mellitus 11 Tratamento: Semelhante à cetoacidose: volume, insulina e potássio
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