Buscar

A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 1/22
Lição 04
A política nacional de meio
ambiente e de resíduos sólidos
Meio Ambiente, Sustentabilidade, E�ciência Energética e Energias Renováveis
Começar a aula
1. Introdução
As primeiras manifestações de gestão ambiental, ou seja, de administração de recursos com fins de
obter uma relação positiva com meio ambiente, inicialmente foram compreendidas como o esforço
para solucionar problemas de escassez de recursos apresentados, sobretudo, por ocasião da
Revolução Industrial. Porém, os problemas eram tratados de forma pontual, local, sem que
houvesse uma abordagem sistêmica e sistemática, contribuindo, assim, para o surgimento de uma
necessidade de gestão ambiental pública exercida pelo Estado.
Atualmente, a política ambiental tem sido um tema muito frequente em discussões tanto em nível
nacional, local, até em esferas maiores como aquelas que são exercidas dentro das relações de
comércio internacional. Isso ocorre, principalmente, quando se trata de relações entre países
industrializados e não industrializados, sendo aplicada comumente com a denominação de
“barreiras não tarifárias”.
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 2/22
A política ambiental pode, também, ser vista como um processo com passos encadeados, conjunto
de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação humana sobre o meio
ambiente. Ela pode, segundo Matias-Pereira (2008), inserir tanto atores políticos que podem ser:
públicos (aqueles que representam nossos interesses no âmbito do Governo como políticos eleitos,
burocratas, etc.), privados (empresários, trabalhadores, etc.) ou nem públicos e nem privados,
como as organizações de terceiro setor que representam a sociedade civil.
De qualquer forma, é através de sua aplicação que o governo determina como irá condicionar as
ações dos agentes, como nós. Ele utiliza a estrutura já existente, mas pode adequar seus objetivos,
escolher os instrumentos que irá utilizar, e assim, provocar as mudanças que deseja.
2. Política pública ambiental brasileira
No Brasil, a preocupação com o meio ambiente seguiu-se à industrialização que ocorreu de forma
acelerada no período que compreende as décadas de 1930 a 1970. Esse objetivo da política
econômica não foi compatibilizado com a proteção do meio ambiente, mas o de acompanhar a
rápida concentração urbana em todo o país, com importantes consequências ambientais (MORAES;
TUROLLA, 2003, p. 2).
O poder público brasileiro começou a dar alguns passos em relação ao meio ambiente na década de
trinta, quando o Brasil começou a se industrializar, iniciando a primeira fase da política pública
ambiental brasileira. Assim, foi em 1934 que o governo brasileiro promulgou: Código da Caça e
Pesca, Código Florestal (alterado pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), Código de Minas e
Código de Águas. Além disso, foi criado o primeiro Parque Nacional – o do Itatiaia em 1937, e a
organização do patrimônio histórico e artístico natural (BARBIERI, 2012).
Nas décadas de 1930 e 1970, as políticas públicas efetuavam gestão setorial, por órgãos criados para
isso, como: gestões setoriais (água, florestas, mineração); para tanto, foram criados os órgãos:
Departamento Nacional de Recursos Minerais (DNRM), Departamento Nacional de Água e Energia
Elétrica (DNAEE), dentre outros.
Ainda segundo Barbiere (2012), a segunda fase inicia-se na década de setenta, marcada pela
realização da primeira Conferência Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD),
realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Estocolmo (Suécia) em 1972. Na época,
os problemas ambientais ficaram mais evidentes, exigindo do poder público uma nova postura.
Nesse caso, o governo brasileiro, na ocasião, tanto na Conferência de Estocolmo como nas políticas
internas, assumiu a posição de defesa da industrialização, apesar dos efeitos da poluição já estarem
sendo percebidos em alguns lugares como em São Paulo (BARBIERI, 2012)
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 3/22
Mesmo assim, conforme comenta Barbieri (2012), o Governo Federal criou, em 1973, a Secretaria
Especial do Meio Ambiente (SEMA). No âmbito estadual, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro
saíram à frente, criando agências ambientais especializadas como a Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (CETESB) e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
(FEEMA), respectivamente.
Apesar dessas iniciativas, os problemas ambientais ainda eram percebidos e tratados de modo
isolado e, por isso, a legislação ambiental tratava do meio ambiente como recursos naturais
divididos entre: água, florestas, recursos minerais, entre outros.
Na década de noventa, as questões ambientais já haviam sido mais difundidas e os problemas
ambientais mais percebidos por toda a sociedade, que passou a se engajar em ações a favor do meio
ambiente. Foi nesse clima que houve a realização da segunda Conferência Nacional do Meio
Ambiente, em 1992, no Rio de Janeiro (Brasil). Nessa ocasião, as questões ambientais passaram a
ser abordadas de forma mais sistêmica por parte do poder público (BARBIERI, 2012).
Em 1988, A Constituição Brasileira reconheceu o meio ambiente equilibrado como bem de uso
comum do povo (veja art. 225 da CONSTITUIÇÃO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL). Foram
instituídas leis com objetivo de assegurar o acesso da nação ao meio ambiente, considerado como
patrimônio público, e que deve ser protegido, tendo em vista o uso coletivo.
Assim, deve ser mantida em condições equilibradas de preservação, conservação, melhoria,
recuperação da qualidade ambiental, garantindo condições de vida, de desenvolvimento
socioeconômico, assegurando os interesses de segurança da nação, a proteção da dignidade
humana, assegurando acesso a um meio ambiente equilibrado (BRASIL. CONSTITUIÇÃO
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988).
Poluição do rio Tietê.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img-768x575.jpg
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 4/22
2.1. Política nacional de meio ambiente
(PNMA)
A PNMA foi instituída pela Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, portanto precedeu à Constituição
de 1988, abordada no item anterior, e a ela incorporada quando de sua promulgação e fez, também,
com que elevasse seus preceitos a nível Constitucional e, com isso, fazendo chegar os temas
pertinentes ao Meio Ambiente a todos os níveis da Administração Pública (FARIAS, 2019).
 
2.1.1 Princípios e objetivos
Além dos princípios e objetivos tratados pela PNMA, outros, como a criação do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA), Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e resoluções
do Conselho Nacional do Meio Ambiente e, dentro dele, a Avaliação de Impactos Ambientais (AIA),
o Estudo de impacto ambiental (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), e o
Licenciamento ambiental (tópico 5) também são regulados pela Lei n.º 6.938/8 de 1981. Neste
tópico, iremos tratar apenas dos princípios e objetivos, uma vez que alguns dos assuntos
pertinentes ao PNMA serão abordados em outros tópicos.
Sendo assim, a PNMA elenca e descreve em seu artigo 2º osseguintes princípios:
Artigo 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade
da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I – ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente
como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo;
II – racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III – planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV – proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V – controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI – incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a proteção
dos recursos ambientais;
VII – recuperação de áreas degradadas;
VIII – proteção de áreas ameaçadas de degradação;
IX – educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade,
objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente (BRASIL, 1981).
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 5/22
Importante evidenciar que os objetivos gerais estão apresentados no caput do Artigo 2º acima.
Já os objetivos específicos estão elencados e disciplinados no artigo 4º da mesma Lei em que
visará:
I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do
meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio
ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios;
III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso
e manejo de recursos ambientais;
IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais orientadas para o uso racional de
recursos ambientais;
V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações
ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à utilização racional e
disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propicio à
vida;
VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados, e ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos
(BRASIL, 1981).
3. A política nacional de resíduos sólidos
(PNRS)
No tópico 1, em seu item 3, Contaminação e Degradação do Solo, abordaram-se questões
relacionadas aos resíduos sólidos como o descarte incorreto do lixo, as formas de destinação e
algumas consequências quando da destinação inadequada. Antes de continuarem a ler este item,
recomendo voltar ao tópico 1 e relembrar as informações apresentadas no item 3.
Importante, entretanto, informar alguns dados a esse respeito para atualizar e posicionar o aluno
sobre a atual situação do Brasil neste importante e polêmico setor. 
Neste sentido, dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2008)
mostram que o Brasil, embora apresente quase a totalidade dos municípios brasileiros (99,9%) com
serviços de manejo de Resíduos Sólidos, cerca de 50% deles dispõem seus resíduos em vazadouros
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 6/22
(lixão), enquanto que 23% em aterros controlados e cerca de 27% em aterros sanitários. Mostram
ainda que somente cerca de 4 % dos municípios têm unidade de compostagem de resíduos
orgânicos, cerca de 11% têm unidade de triagem de resíduos recicláveis, enquanto que menos de 1 %
têm unidade de tratamento por incineração.
Neste sentido, segundo a ABRELPE (BARBOSA, 2017), em 2016, aumentou o número das cidades
que ainda destinam seus resíduos em vazadouros (lixão) em relação a 2015. Ao todo, quase 30% dos
municípios brasileiros ainda recorreram a lixões em 2016, um número ligeiramente maior que
aqueles que o fizeram em 2015.
Além disso, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil também mostrou que 59,8% das cidades
brasileiras ainda fazem uso de destinos considerados inadequados para o descarte do lixo no Brasil,
utilizando, além de lixões, aterros controlados, que não possuem impermeabilização do solo e
tampouco sistema de dispersão de gases e de coleta e tratamento de chorume derivados da
decomposição do lixo. E o problema não para por aí. Afinal, já que a destinação também não
evoluiu (BARBOSA, 2017).
Esta realidade evidencia a precariedade e a carência na destinação correta dos resíduos no Brasil,
resultando não só em problemas sociais e ambientais de grande relevância para a sociedade, mas
também o longo caminho em que grande parte dos municípios brasileiros ainda terá que percorrer
para destinar corretamente seus resíduos sólidos.
Neste contexto, surge a Lei 12.305 de 2010, denominada Política Nacional de Resíduos
Sólidos, regulamentada pelo Decreto nº 7.404 no mesmo ano, derivada de um conjunto de
iniciativas iniciadas a partir de 2004 pelo Ministério do Meio Ambiente, passando pelo projeto de
lei nº 203 de 1991, que tratava “sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a
destinação final dos resíduos de serviços de saúde” (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2006).
A PNRS veio atender a uma exigência prevista pela Constituição Brasileira de 1988 que delega aos
municípios à prestação dos serviços de limpeza urbana, gestão e manejo dos resíduos sólidos, da
coleta à destinação final e tem como objetivos em seu Artigo 7º:
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 7/22
Tão importante quanto os objetivos são os instrumentos que viabilizam sua implantação e
realização. O Art. 8º prevê e elenca, dentre outros, alguns dos instrumentos da Política Nacional de
Resíduos Sólidos:
“I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar
impactos ambientais;
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e
insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial,
com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e
econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de
garantir sua sustentabilidade operacional e financeira,observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
1. a) produtos reciclados e recicláveis;
2. b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de
consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam
a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados
para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos,
incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.”
[grifo nosso]. (BRASIL, 2010).
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 8/22
A Lei 12.305 de 2010 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, conforme verificamos nos seus
objetivos e instrumentos, aborda importantes e modernos procedimentos como logística reversa
e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos. Importante, então, a definição de alguns termos para o perfeito
entendimento de seu significado. Desta maneira, a própria Lei sobre PNRS assim as define em seu
artigo 3º:
I - os planos de resíduos sólidos;
II - os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos;
III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à
implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação
de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
V - o monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária;
VI - a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de
pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização,
tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos [...]; [grifo nosso].
(BRASIL, 2010).
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;
XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições
individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, nos termos desta Lei (BRASIL, 2010).
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 9/22
Reciclagem de garrafas de plástico.
Mas, como está a situação hoje nos municípios, passados oito anos após a promulgação da Lei
12.305 de 2010 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos? Será que a destinação e gestão dos
resíduos sólidos melhoraram? Clique aqui e descubra.
Saiba mais sobre Lei 12.305 de 2010, Clique aqui para ir para o site. 
4. Instrumentos de política publica
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img01-768x576.jpg
http://www.mondaq.com/brazil/x/727154/Waste+Management/Aps+oito+anos+da+PNRS+aplicao+da+logstica+reversa+no+Brasil+ainda+precria.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 10/22
ambiental
As políticas públicas ambientais são aplicadas para resolver os problemas ambientais ou manter
áreas do meio ambiente conservadas, preservadas ou até recuperá-las. Assim, ela provoca -
implícita ou explicitamente - uma mudança de comportamento dos agentes econômicos.
Como visto nos tópicos anteriores e abordada no item relacionado à Política Nacional de Meio
Ambiente, a legislação ambiental começou a dar os primeiros passos muito tardiamente, já que, até
a década de 70, a poluição ambiental era vista como um “mal necessário devendo ser aceita
pela sociedade em benefício do progresso” (MARCONDES, 2005, p. 131). Assim, escassez
de recursos, emissão de poluentes e deposição inadequada de resíduos de produção e
consumo eram vistos como consequências inevitáveis e, portanto, ‘normal’.
Nos anos noventa, essa realidade já havia mudado, e isso contribuiu para a necessidade de uma
maior sistematização de normas de conduta em relação ao meio ambiente (AZEVEDO, 2009, p. 26)
com a utilização de instrumentos de política pública ambiental para atender a objetivos
explícitos e/ou implícitos.
Os instrumentos explícitos atendem a necessidade de alcançar efeitos ambientais benéficos
específicos, por via direta, enquanto os implícitos o fazem por desdobramentos, ou seja, por via
indireta, já que não são utilizados para um fim específico (BARBIERI, 2012).
Considerando a forma de sua aplicação, os instrumentos ambientais podem ser agrupados em:
A escolha dos instrumentos a serem aplicados, a forma e até o momento devem ser considerados na
sua escolha, tudo isso condiciona sua eficácia. Esta, portanto, não depende apenas do(s)
instrumento(s) escolhido(s), mas também, do contexto socioeconômico e das circunstâncias como e
onde é aplicado.
Instrumentos de Política Pública Ambiental – classificação e exemplos.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img02-768x471.jpg
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 11/22
5. Instrumentos de comando e controle
Os instrumentos de comando e controle são aqueles que atuam na regulação direta do
comportamento do poluidor por parte das autoridades governamentais, “dando ordens” e
controlando para saber quem o fez, quanto fez e como fez.
Eles impõem modificações no comportamento dos agentes poluidores, segundo Almeida (1997, p.
2) e Barbieri (2012, p. 68) através de:
Estabelecimento de padrões de:
Impõem também Controles:
Da mesma forma, os Instrumentos de Comando e Controle determinam, segundo Almeida (1997, p.
2) e Barbieri (2012, p. 68), a Proibição total ou restrição de:
Padrões de qualidade;
Padrões de emissão;
Padrões de desempenho;
Padrões tecnológicos;
Padrões de poluição, para fontes específicas: limites para emissão de determinados
poluentes, por exemplo, de dióxido de enxofre.
De equipamentos que se tornam obrigatórios como filtros em chaminés;
De processos como a substituição de um gás de efeito aerossol por outro;
De produtos como a restrição à utilização de sacolas plásticas que não se degradem
espontaneamente ao ar livre;
De uso de recursos naturais, estabelecendo cotas não comercializáveis para sua
extração, como no caso do petróleo.
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=412/22
Várias são as críticas a favor e contra a utilização dos instrumentos de comando e controle, sendo
as principais aquelas que apontam as vantagens e desvantagens da utilização desses instrumentos.
Segundo Almeida (1997) e Barbieri (2012) podem ser apontados como vantagens:
Produção/atividades a certos períodos do dia, áreas etc.,
Comercialização de produtos;
Uso de produtos;
Utilização de processos, por meio de:
Concessão de licenças (não comercializáveis) para instalação e funcionamento;
Fixação de padrões de qualidade ambiental em áreas de grande
concentração de poluentes; e
Zoneamento, determinando onde e quando poderá ser realizado um processo
como o de circulação de automóveis em centros urbanos paulistas.
Instrumento de Comando e controle impõem o estabelecimento de padrões de emissão; e controle de equipamentos que
se tornam obrigatórios como filtros em chaminés.
A principal característica da política de “comando e controle” é que a mesma, em base legal, trata o
poluidor como “ecodelinquente” e, como tal, não lhe dá chance de escolha: ele tem que obedecer à
regra imposta; caso contrário, sujeita-se a penalidades em processos judiciais ou administrativos. A
aplicação de multas [e até prisão] em casos de não cumprimento da obrigação é bastante usual
(ALMEIDA ,1997, p. 3).
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img03.jpg
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 13/22
E como desvantagens:
Não dão chance de escolha ao poluidor: ele tem que obedecer à regra imposta; caso
contrário, sujeita-se às multas e penalidades em processos judiciais ou
administrativos;
Por isso, têm uma elevada eficácia ecológica: uma vez fixada a norma, ela será
cumprida;
A determinação de um padrão tecnológico é apresentada como uma vantagem no
sentido de nivelar a competição entre empresas, ‘puxando-as’ positivamente.
Não dá chance de escolha ao poluidor, já que eles não têm liberdade para selecionar e
promover os ajustes que lhes convém, inviabilizando algumas atividades e encarecendo
produtos em curto prazo;
Alguns reclamam que “não é uma regra justa”, pois não leva em consideração as
distintas situações dos agentes individuais para cumprir a obrigação, como porte do
negócio, região, etc., principalmente, no caso de um país continental como o Brasil;
Não consideram as diferentes estruturas de custo dos agentes privados para a redução
de poluição;
Seus custos administrativos são muito altos, pois envolvem o estabelecimento de
normas/especificações tecnológicas por agências oficiais, bem como um forte esquema
de fiscalização;
Uma vez atingido o padrão ou que a licença seja concedida, o poluidor não é
encorajado a introduzir novos aprimoramentos tecnológicos (antipoluição);
Os padrões tecnológicos são difíceis de serem determinados: têm que estar disponíveis
em quantidade e preço (pois, se forem inacessíveis, não serão instalados); mas não
podem ser ultrapassados, pois não serão efetivos. Além disso, não podem ser traçados
como o ‘estado-da-arte’ e têm que sofrer revisões periódicas para não ficarem
defasados;
Possuem custos muito altos para o governo;
Podem sofrer influência de determinados grupos de interesse
(ALMEIDA, 1997, p.3).
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 14/22
Em vez de multa, recuperação ambiental.
6. Instrumentos fiscais e econômicos
São constituídos pelos fatores que podem afetar o cálculo de custos e benefícios do agente poluidor,
influenciando suas decisões, no sentido de induzir uma alteração no comportamento do poluidor a
fim de produzir uma melhoria na qualidade ambiental (ALMEIDA, 1997).
Almeida (1997, p. 4) se refere aos instrumentos econômicos da seguinte forma: “[...] tratam-se
de um mecanismo atrelado a um componente monetário, que age via preço (pelo uso
ou abuso do meio ambiente) e não via quantidade”. Ainda, segundo o mesmo autor, os
instrumentos econômicos baseiam-se na definição do valor “correto” de forma que ajuste os custos
aos benefícios, assim menciona: o “[...] agente poluidor, influenciando suas decisões, no
sentido de produzir uma melhoria na qualidade ambiental”.
São instrumentos econômicos:
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img04.jpg
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 15/22
Os instrumentos fiscais e econômicos apresentam as seguintes vantagens e desvantagens:
Vantagens:
Permite flexibilidade ao poluidor, pois ele é livre para responder aos estímulos da maneira
e no tempo que melhor lhe convier economicamente;
A adesão é frequentemente maior, pois representa um menor custo para o poluidor
Desvantagens:
1. a) Taxas e Tarifas como:
Taxas sobre efluentes;
Taxas pagas pelo usuário em função de pagamentos pelos custos de tratamento de
recursos de uso público ou coletivo como de água e efluentes;
Taxas sobre produtos que geram poluição no momento da sua produção e/ou
consumo ou para os quais tenha sido implementado um sistema de remoção;
Taxas diferenciadas para preços mais favoráveis para produtos não ofensivos ao
meio ambiente e vice-versa;
1. b) Subsídios:
Que são formas de assistência financeira cujo objetivo é incentivar os poluidores a reduzir os
níveis de poluição. Os principais tipos são:
Subvenções: formas de assistência financeira não reembolsáveis oferecidas para
poluidores que se prontifiquem a implementar medidas para reduzir seus níveis de
poluição;
Empréstimos subsidiados: empréstimos a taxas de juros abaixo das de mercado
oferecidos a poluidores que adotem medidas antipoluição;
Incentivos fiscais: depreciação acelerada ou outras formas de isenção ou
abatimentos de impostos em caso de serem adotadas medidas antipoluição
(ALMEIDA, 1997, p. 4).
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 16/22
A fixação da taxa ideal é, na prática, uma ‘missão quase impossível’ pois exige o
conhecimento completo sobre o valor monetário do dano ambiental provocado por
unidade de poluição emitida - o custo econômico das externalidades – e os benefícios
econômico-sociais gerados;
A fixação das taxas pode ser feita de forma a atender interesses políticos de um mandato
de governo, pois, os governantes podem pressionar para que o valor das taxas seja
estabelecido “aos níveis que eles consideram suficiente para atingir seus objetivos
políticos”;
Transfere para o mercado um dever que é do Estado: o de estabelecer os níveis de poluição
aceitáveis, produzindo uma “mercantilização” do meio ambiente;
Os resultados esperados, às vezes, são superestimados
7. Instrumentos públicos de mercado
Embora tenham sido criados pelo governo e sejam administrados e regulados por ele, os
instrumentos públicos de mercado se efetuam por meio de transações entre agentes privados, mas
em um mercado regulado pelo governo.
São eles segundo Almeida, (1997):
Destes, vamos nos ater às permissões de emissões transferíveis ou licenças de poluição
comercializáveis e os subsídios:
Permissões de emissões transferíveis, ou seja, licenças de poluição
comercializáveis que determinam uma quantidade, ou seja, um nível de poluição
que deverá permanecer estável;Sistema depósito-retorno, que assegura a correta destinação do depósito;
Poder de compra do governo, para os casos em que o mercado ainda não existe
para alguns produtos;
Subsídios.
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 17/22
As Licenças de Poluição Comercializáveis permitem aos agentes comprar ou vender direitos
(cotas) de poluição. Entretanto, a fim de não provocar discussões, outras denominações têm
sido utilizadas como: créditos ou certificados de redução de emissão (CRE), evitando a
insinuação de que as pessoas possam adquirir “direitos de poluir”
Mas, de onde podem vir os créditos de carbono? Eles são o resultado de um projeto bem sucedido
de sequestro de carbono. Mas, como “sequestra-se” (ou retira-se) um carbono (que é um gás
poluente lançado por indústrias, carros, excrementos de animais, etc. na forma combinada de CO )
da atmosfera? Veja a seguir:
Por isso, a manutenção e recuperação das florestas têm sido consideradas um assunto tão
importante. Mas, além do plantio de árvores para sequestrarem carbono, existem outras opções que
apresentam, como resultado, uma redução na emissão de carbono na atmosfera, como o
armazenamento do CO produzido pelo ser humano em camadas de carvão, campos de petróleo e
aquíferos salinos (armazenamento em formações geológicas).
A ilustração a seguir mostra uma crítica que nos leva a uma reflexão acerca da negociação de
créditos de carbono e quotas de poluição:
2
Sequestro de Carbono.
2
Crédito de Carbono.
Sabia que você (empresa ou pessoa física) também pode participar deste mercado de redução de
carbono? Veja como clicando aqui.
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img05.jpg
https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/02/aula_meiren_top04_img06.jpg
https://neutralizeco2.files.wordpress.com/2013/12/pegn.jpg
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 18/22
O subsídio é um pagamento de um valor ou taxa por parte do governo às empresas para incentivar
os poluidores a reduzir os níveis de poluição e incentivar a redução do custo de adoção de produção
mais limpa, produzindo abaixo de um determinado volume de produção e, portanto, reduzindo a
quantidade global de poluição produzida pela indústria (ALMEIDA, 1997).
Como vantagens e desvantagens dos instrumentos públicos de mercado abordados, podem-se
apontar:
Vantagens:
Quanto à licença de poluição comercializável: ele “[...] é o mais liberal dos instrumentos
econômicos de controle ambiental, pois a despeito da interferência do governo no
momento da sua alocação, a partir daí o poluidor tem flexibilidade para realizar ou não
melhorias ambientais, não precisando, inclusive, contribuir para os cofres públicos, como
ocorre com as taxas”.
Quanto à adoção de subsídios: mais rápida implementação de formas mais limpas de
produção
Como desvantagens, pode-se apontar:
Criam barreiras à entrada, já que a concessão de licenças não comercializáveis tende a
perpetuar a estrutura de mercado existente;
Os níveis máximos de poluição tendem a se manter devido à acomodação dos agentes;
A poluição em alguns locais tende a ser maior;
Não incentiva reduções adicionais de poluição, uma vez que haja tecnologia disponível;
Não incentiva o desenvolvimento e a introdução de novas tecnologias de controle da
poluição;
O governo pode ter um ônus muito grande quando ainda não existe mercado para um
determinado produto.
No caso dos subsídios, ao diminuir, no curto prazo, os custos médios das empresas que já fazem
parte da indústria, pode fazer com que estes custos fiquem abaixo do preço de mercado e atraiam
novas empresas para a indústria o que, em longo prazo, se traduzirá num aumento da quantidade
total de produção e de poluição da indústria, o que é exatamente o efeito contrário ao pretendido
pelo Governo (CHAVES, 2007).
8. Conclusão
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 19/22
Portanto, como vimos, a intervenção do Governo por meio de uma estrutura torna-se necessária
para reverter os problemas ambientais que se avolumaram ao longo dos séculos, em decorrência da
falha do mercado em alocar, eficientemente, os recursos naturais. Por isso, a atuação do Estado no
papel de regulador é estratégica para defender interesses múltiplos da sociedade, investidores,
empresas, entre outros, estabelecendo negociação e regulação entre eles. Um aspecto fundamental
relacionado à escolha das políticas públicas ambientais diz respeito à disposição da sociedade em
‘internalizar o custo ambiental’, ou seja, incorporar no preço dos produtos e serviços a degradação
ambiental, assumindo custos e impactos sobre preços, o que se torna particularmente de difícil
aceitação em países onde as condições socioeconômicas não são favoráveis. Nesses casos, as
principais formas de intervenção pública na área ambiental caracterizam-se por medidas de
comando e controle, apesar de também apresentarem desvantagens e serem severamente
criticadas.
9. Referências
ALMEIDA, L. T. O debate internacional sobre instrumentos de política ambiental e questões para o
Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO) da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ) – Mesa 1. São Paulo (SP): 1997.
Disponível em: <//www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/ii_en/mesa1/3.pdf>.
Acesso em: 12 jan. 2019.
AZEVEDO, L. P. Instrumentos de política ambiental: uma abordagem para sua
integração na gestão ambiental empresarial no país. Dissertação (mestrado em
Administração) – Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”, Escola de Ciências
Sociais e Aplicadas, 2009. Orientação da prof. Dra. Maria Gracidna de Carvalho Teixeira. Rio de
Janeiro: 2009. Disponível em: <//www.cead.unimontes.br/cadernos/etecbrasil/meioambiente/
politica_publica_ambiental/files/politica_publica_ambiental.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2019.
BARBOSA, Vanessa. 1559 cidades ainda possuem lixão no Brasil. Revista Exame, Brasil.
Publicado em 2 set. 2017. São Paulo, SP: Grupo Abril, 2017. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/1559-cidades-ainda-possuem-lixao-no-brasil/ Acesso em: 2 fev.
2019.
BRASIL. CONSTITUIÇÃO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Manual
de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf. Acesso
em: 2 fev. 2019.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, 31 ago. 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 02 jan. 2019. 
______. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 20/22
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 17 jan.
2019.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
CHAVES, M. C.Economia do Meio Ambiente (material produzido para a disciplina).
FACULDADE DE ECONOMIA - UNIVERSIDADE DO PORTO. Porto – Portugal: FEP, 2007.
Disponível em:
<//www.fep.up.pt/disciplinas/LEC514/trabalhos/Acordos%20volunt%C3%A1rios.pdf>. Acesso em:
14 jan. 2019.
FARIAS, T. Q. Aspectos gerais da política nacional do meio ambiente – comentários sobre a Lei nº
6.938/81. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1544>. Acesso em: 03 jan. 2019.
MARCONDES, Sandra Amaral. Brasil, amor à primeira vista!: viagem ambiental no Brasil do século
XVI ao XXI. São Paulo: Peirópolis, 2005. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?
isbn=8575960539>. Acesso em: 10 jan. 2019.
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. São Paulo: Atlas, 2008.
MORAES, Sandra Regina Ribeiro de; TUROLLA, Frederico Araújo. Uma Visão Geral dos Problemas
Ambientais e da Política Ambiental no Brasil. In: Anais do VII ENGEMA. São Paulo: ENGEMA,
2007. Disponível em: <//engema.org.br/upload/pdf/edicoesanteriores/VII/>. Acesso em: 10 jan.
2019.
YouTube. (2015, jun, 12). Crea-Minas Canal. O funcionamento do crédito de carbono
5min06seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Ge6Pqpxi8bQ>. Acesso em: 15
jan. 2019.
YouTube. (2018, mar, 30). OAB-PR/ESA Ordem dos Advogados. Palestra: o mercado de créditos
de carbono. 1h34min19seg. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?
v=EqSXZUS_SQ8>. Acesso em: 15 jan. 2018.
Ficha técnica
Reitoria:
Heraclito Amancio Pereira Junior
Vice-reitoria:
Luciana Dantas da Silva Pinheiro
Pró-reitoria Acadêmica:
Leda Maria Couto Nogueira
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 21/22
Coordenação Geral Ead:
Cristiano Biancardi
Coordenação de Conteúdo:
Vinicius Rosalen
Conteúdo:
José Luiz Gouvea Gasparini
Orientação de Conteúdo:
Emanuella Aparecida Fontan
Revisão Gramatical:
Roberto Carlos Ferreira
Gestão de TI:
Lucas Sperandio Coradini
Web Design:
Bruno Guimaraes Mendes
Ingrid Soares Barbosa
Jefferson Teixeira Bessa
Marcus Vinicius D. de Almeida
Ilustração:
Ray Jonatas Braz dos Santos
Programação:
Josué de Lacerda Silva
Marcos Victor Barbosa
Desenho Instrucional:
Frederico Vescovi Leão
Game:
Rafael Scandian
29/05/2021 A política nacional de meio ambiente e de resíduos sólidos
https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=a-politica-nacional-de-meio-ambiente-e-de-residuos-solidos&dcp=meio-ambiente-sustentabilidade-eficiencia-energetica-e-energias-sustentaveis&topico=4 22/22

Mais conteúdos dessa disciplina