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ORIGEM, HISTÓRICO E GENERALIDADES ORIGEM E EVOLUÇÃO ● Hyracotherium: 55 milhões de anos, 40 cm de altura; ● Eohippus: 4 e 3 dedos (membros anteriores e posteriores); ○ pequenos cascos almofadados (em cada dedo); ○ Alimentação → rica em frutas; ○ Tamanho → raposa; ● Mesohippus: 30 milhões de anos, maior e mais musculoso; ○ 3 dedos; ○ dentes ligeiramente modificados (pastejo); ● Merychippus: 10 milhões de anos; ○ apenas dedo médio toca o chão (maior); ○ Pastejo → cabeça mais longa, dentes adequados para triturar e mastigar; ○ Tamanho → cão grande; ● Pliohippus: primeiro cavalo de um dedo só; ○ maior velocidade; ● Família Equidae → Gênero Equus; ○ pequeno, robusto e fértil (em vida livre/selvagem). PRINCIPAIS EQUUS ● Equus ferus caballus: cavalo doméstico; ● Equus zebra: zebra sul-africana; ● Equus asinus: burros (norte da África); ● Híbridos: 99,X% estéreis (reprodução entre Equus de diferentes raças); ○ Zebralo = zebra + cavalo; ○ Bardoto = cavalo + jumenta; ○ Mula/burro = égua + jumento; ● Equus ferus sibraticus: cavalo de floresta → pesado e de pelagem espessa; ● Equus ferus przewalskii: cavalo asiático → pequeno e forte; ○ único sobrevivente → beira da extinção; ● Equus ferus ferus: Tarpan → extinto no século XIX. EQUUS CABALLUS ● Surgimento: continente norte-americano (150 mil anos); ● Migração: Estreito de Bering → Sibéria; ○ Ásia, Europa, centro-leste e centro-norte da África; ● 10.000 anos: extinção na América (alterações climáticas, caça humana e epidemias); ● Desenvolvimento em outros continentes; ● Vales (entre montanhas asiáticas); ● Grandes rebanhos; ● Domesticação. DOMESTICAÇÃO ● 15.000 anos → pinturas rupestres (França e Espanha); ● 6.000 anos → Egito, Ucrânia e Ásia; ○ leite de égua em potes de cerâmica; ○ lesões mandibulares em fósseis (uso de freios/bridões rudimentares); ● 3.000 anos a.C. → Idade do Bronze; ● 2.000 anos a.C. → invasão da Grécia (indo-europeus); ● 1.600 anos a.C. → invasão do Egito. INTRODUÇÃO NA AMÉRICA ● 1943 → Ilha de São Domingos (América do Norte) por Colombo; ● 1534 → São Vicente (Brasil) por Ana Rimente; ● 1549 → Bahia, por Thomé de Souza. FINALIDADE ● Início: carne, pele e leite; ● Mobilidade: agrícola e batalhas; ● Historicamente: guerras (cavalos X sem cavalos) → vitória das civilizações montadas (espanhóis e maias); ● Carne: consumida na Europa (até Idade Média); ○ Povos pagãos → sacrifício/consumo (cerimônias religiosas); ○ Papa Gregory III (732) → proíbe consumo (cristãos); ■ preconceito religioso (Cristianismo, Judaísmo e Islamismo); ○ Século IXI → retorno do consumo (guerras - Europa). RAÇAS ● Cavalos de sangue frio (Norte): menor gasto de energia (sobreviver ao clima); ○ pesados, corpo largo, pernas curtas e fortes, cabeças grandes, pele grossa, comportamento menos reativo; ○ Ex.: Percheron e Bretão; ● Cavalos de sangue quente (Sul): clima quente/desértico; ○ pernas finas e longas, pele fina, cabeça pequena, rápidos, altamente reativos e resistentes; ○ Ex.: Árabe. CAVALOS BRASILEIROS ● Origem: Barbo (mouros → Península Ibérica) + Andaluz (espanhol); ● Raças: Campeiro, Campolina, Crioulo, Mangalarga, Marajoara, Pantaneiro. REBANHO MUNDIAL ● 59 milhões de cabeças; ○ Estados Unidos → 9,5 milhões (1º lugar); ○ China → 8,3 milhões (2º lugaar); ○ Brasil → 8,0 milhões (3º lugar). REBANHO BRASILEIRO ● Maior rebanho da América Latina; ● Maior concentração: Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte; ● 8 milhões de cabeças; ○ 5,5 milhões (equinos); ○ 1,2 milhões (asininos - 91% no Nordeste); ○ 1,3 milhões (muares - 51% no Nordeste). MERCADO ● Movimentação anual: 16 bilhões de reais (cavalos); ● Animais vivos: U$ 4,4 bilhões; ● Brasil: 5º maior produtor de carne equina (mundo). MERCADO VIVO ● Importações: cavalos de corrida (principal); ○ Reino Unido, Irlanda e EUA → maiores importadores; ○ Brasil → 30º colocado; ○ alto custo de importação (10-15 mil reais); ● Exportações: EUA, Irlanda e Reino Unido → maiores exportadores; ○ Brasil → 25º colocado (EUA, Bahamas e Angola = principais compradores). MERCADO DE CARNE ● Carne: mais nutritiva, mais proteína, mais magra e com menos gordura; ● Maior produtor: China (165,6 mil toneladas); ○ México, Bélgica, Argentina, Brasil, Canadá e Estados Unidos; ● Brasil: abate de 200 mil equídeos/ano; ○ Maiores compradores: BEL, HOL, ITA, JAP e FRA; ○ Exportações: 30 milhões por anos; ○ Produtores: PR (47%), RS (42%), MG (10%) e SP (1%); ○ Consumo: inexpressivo (preconceito); ○ RIISPOA: rótulos “carne de equídeo”; ○ Abate: insensibilização (pistola pneumática). PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES ● Militar (sempre em último caso); ● Lida de gado (no país todo); ● Tração (carroças); ● Equoterapia (projeto Cavalaria). ● Esporte: hipismo, tambor e baliza, corrida, rédeas, corrida de charrete e apartação. _________________________________________________________________________ ETOLOGIA EQUINA ● Etologia: estudo do comportamento natural de determinada espécie; ● Objetivos: estudar conduta e instinto (pautas inatas ou aprendidas) ○ melhorar a interação humano-animal; ● Equinos: presa (originalmente) → FUGA (principal instinto); ○ sentidos e cérebro preparados para fugir (sempre alertas). SENTIDOS ● Visão: sentido mais desenvolvido (ponto cego = 90°); ○ rapidez de movimentos (pescoço e cabeça) → compensar ponto cego; ○ lentidão em focar objetos de perto; ○ enxerga tons de amarelo, verde e azul; ● Audição: segundo melhor sentido; ○ mais confiável e claro para o cérebro; ○ Orelhas → teleguiadas, movimentos independentes; ○ Sons → agudos incomodam; ■ graves são escutados mais facilmente; ● Olfato: muito apurado; ● Pele e anexos: percebem vibrações de baixa intensidade; ● Tato e paladar: seleção de vegetais de alta conversão proteica. CONVÍVIO ● Extremamente sociáveis → dois tipos de organização social; ○ ambas vivem em condições hierárquicas; ● Criadores de harém: grandes grupos (se dividem em grupos menores); ○ um garanhão, várias éguas adultas/descendências; ○ vivem juntos o ano todo (garanhão → protege o grupo); ● Criadores de território: vários garanhões protegem o território; ○ cobrem éguas que passam ou permanecem no grupo; ○ Éguas → andam com suas proles ou em duplas temporárias; ● Animais domesticados: estrutura hierárquica; ○ Dominância → alfa (α), podendo ser um garanhão, uma égua adulta ou um macho castrado; ○ problemas de comportamento em grupos (agressividade); ○ disputa de território. PASTEJO → Tifton e Coastcross ● Estômago pequeno para seu tamanho (15-18L); ● Pasteja 60 a 80% do tempo (16h/dia); ● Horário de preferência varia de acordo com época do ano e presença de insetos; ○ Verão → durante horários mais frescos (descansam nos mais quentes); ● Apreensão: lábios e língua; ● Corte: dentes incisivos; ● Mastigação: boca (movimentação lateral da mandíbula); ● Potros: iniciam pastejo com 1 a 2 semanas de vida; ● Coprofagia: comum em potros, problemática em adultos. ÁGUA ● Sugam a água; ● Lábios entreabertos; ● Ligeiramente abaixo da superfície da água. MICÇÃO E DEFECAÇÃO ● Garanhões: marcação de território (locais específicos); ● Éguas: urinam em qualquer lugar e com maior frequência; ● Quantidade e frequência variam de acordo com quantidade de água e alimento disponíveis. DESCANSO ● Ocorre durante todo o dia → total de 4h/dia; ● Cavalos também descansam em pé (sempre alertas); ● Posições de descanso: em pé, decúbito esternal/lateral; 1º - Em pé ( um pé inativo). postura relaxada, cabeça ligeiramente abaixada, olhos parcialmente fechados; ○ sonolência (transição entre vigília e sono); 2º - Em pé, olhos fechados, cabeça baixa e sono leve; 3º - deitado, decúbito esternal ou lateral. GROOMING ● Equídeos → dedicam boa parte do dia ao grooming; ● Individual ou com mais animais (interação); ● Métodos: rolar, chacoalhar, “auto-limpeza”, limpeza mútua; ● Auto groom: mordicar/lamber/e4sfregar parte do corpo; ● Limpeza mútua: realizada entre companheiros de rebanho. INFORMAÇÕES POSTURAIS ● Importância: interação (grupo), abordagem e manejo; ● Pequenas modificações→ importantes; ● Posturas de cabeça/expressões faciais: relaxado, alerta/curiosidade, sonolento, adormecido, medo, medo com ligeira ameaça, ameaça e rolar o olho. VOCALIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO AUDITIVA ● Muito comum e importante; ● Winny (vizinhos): chamada alta, começa e termina em tom agudo (menor frequência) → 1 a 3 segundos; ○ cabeça levantada, boca entreaberta (durante relincho); ○ Associação → alerta, abordagem a distância, amigável (entre dois membros do grupo); ● Nicker: vocalização gutural pulsada (baixa frequência); ○ égua-potro ou garanhão antes da cópula; ● Guincho: vocalização estridente (intensidade variável) → menos de 1 segundo; ○ cabeça em várias posições e boca fechada; ○ típicos durante investigação olfativa, mordendo/beliscando e durante a luta; ● Pânico: similar ao guincho (mais alto e longo); ○ alta frequência, associado às mesmas situações do guincho (porém mais graves); ● Snart: rápido, menos de 1 segundo; ○ produzido durante a expiração forçada; ○ investigação olfativa, postura empinada (próximo ao combate) ● Grunt: 0,5 segundos de duração (baixa frequência); ○ Associação → investigação olfativa e combate; ○ boca fechada; ● Sopro: produzido durante a expiração; ○ situações de alarme (avisar companheiros de grupo). COMPORTAMENTO SEXUAL ● Animais domesticados ←→ animais selvagens; ● Fêmeas dominantes → maior acesso ao macho; ● Fêmeas jovens: menor taxa de prenhez; ● Marcação de dominância através de urina e fezes; ● Reflexo de Flehmen: garanhão (após cheirar urina da égua); ○ aumenta a capacidade olfativa; ● Garanhão doméstico: idade e experiência; ○ problemas com animais embaiados; ○ mais velhos → maior capacidade de produção e armazenamento espermático; ● Arrebanhamento das éguas → postura de snaking; ● Postura de snaking: garanhão estende a cabeça em direção ao solo → orelhas para trás, balançando a cabeça. CORTEJO E COBERTURA ● Prolongada interação pré-copulatória; ● Fêmeas (cio): se mantém próximas ao garanhão ou de outras fêmeas no cio; ○ urinam, erguem a cauda e se viram para o macho durante o pastejo; ● Início do estro: demonstra interesse (garanhão longe) e agressividade (garanhão perto); ● Próximo da ovulação: gradualmente mais receptiva; ○ ainda com sequência de agressividade; ● Égua pode coicear, apresentar postura de ameaça, morder, relinchar agudamente, manter cauda firme sobre o períneo; ● Em cio pleno: cauda erguida, contração rítmica da vulva (expondo o clítoris); ○ micção frequente → expele urina e fluidos vaginais; ○ aproximação da cabeça/escápula do macho; ● Garanhão: cheira, lambe, mordisca/morde a cabeça/regiões escapular. axilar, inguinal e perineal/ventre/flanco da fêmea; ○ Reflexo de Flehmen → quando em contato com fezes/urina/fluidos vaginais; ● Monta sem ereção → comum antes da cópula; ● Após a monta (macho) abraça as tuberosidades ilíacas da fêmea (com os membros anteriores; ○ contém a égua com a cabeça (segura/morde a crina); ● Ejaculação: contrações rítmicas dos músculos dos membros posteriores; ○ aumento da frequência respiratória; ○ abaixamento da cabeça contra a crina da égua; ○ balançar rítmico da cauda → mais característico; ● Desmonta: ocorre em 3 a 15 segundos; ● Interação copulatória → dura menos de 1 minuto. MANEJO CORRETO ● Aproximação: ponto de equilíbrio (referência = cernelha); ● Ameaça de fuga: parar, recuar, desviar direção, andar em zigue-zague → passos firmes, como se fosse em outra direção); ○ não pressionar interação; ○ não esconder medo; ○ deixar cavalo se aproximar; ○ não assumir posição de predador → cabeça baixa, olhar lateral, humildade; ● Mostrar segurança ao tocar o animal; ● Passar a mão de forma firme, prolongada, contínua (dorso); ● Evitar tapinhas → indicam agressividade; ● Usar tom de voz firme e calmo; ● Sinais negativos: balançar cauda, cabeça em pé/olhos arregalados e tremores de pele; ● Alterações de comportamento: mudanças de habitat/modo de vida e interação homem-cavalo. VÍCIOS ● Vida livre: 60% do tempo pastando (mais interação social e observação); ● Animais estabulados: maior parte do tempo parados (sem visão, observação e interação); ○ gera nervosismo, desconfiança, temor, estresse, privação social e frustração; ● Aerofagia: engolir ar → estabulados, muito tempo ocioso; ○ Gera → cólicas gasosas, desgaste dos dentes e perda de peso; ○ Tratamento/profilaxia → piquetes, deixar volumosos/feno inteiro, aumentar exercícios; ■ colar de aerofagia ou cirurgia (casos drásticos); ● Morder madeira: ócio, dieta deficiente de minerais, forragem limitada; ○ Gera → irritações gastrointestinais, cólicas, problemas na dentição; ○ Tratamento → piquete, exercícios, dividir alimentação (mais vezes); ● Ansiedade por separação: éguas e potros, garanhões e égua ou animais muito ligados; ○ movimentos frenéticos (patas), longas/altas vocalizações; ○ beira da cerca (onde ocorre todo o comportamento); ● Marcações de perímetro: locomoção em marcha repetitiva (perímetro limitado/determinado); ○ forma caminhos no pasto → geralmente nas extremidades do piquete; ● Agressividade: resposta ao confinamento; ○ corrigir maus comportamentos; ○ evitar acidentes. _________________________________________________________________________ EXTERIOR E CONFORMAÇÃO Beleza: absoluta: bom aprumo, boas patas e bons olhos relativa: padrões de raça, tamanho da cabeça, largura do pescoço Defeitos: absoluta: anatomia indesejável relativa: ñ segue padrão da raça congênito: hereditário: deformidade do casco adquirido: sofreu lesão e algum membro ñ funciona mais perfeitamente CONSTITUIÇÃO boa: Robusta: Cabeça larga, focinho grande (narinas bem abertas), musculatura bem desenvolvida, ossatura forte, temperamento dócil porém enérgico, resistência e alta capacidade reprodutiva finalidade: tração Seca: Refinamento geral (ossos e articulações delicados, secos, leves, porem fortes), Atitudes alertas, olhar vivo e atento, agilidade, enérgicos, elegantes e alta capacidade reprodutiva finalidade: esporte de corrida e salto CORPO BOM APRUMO
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