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@gabimed.vet 1 Zoonoses Febre do Nilo Ocidental O QUE É → É uma infecção viral causada por um arbovírus. Os fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano em áreas rurais e silvestres que contenham o mosquito infectado e que, por ventura, venha a picar estes seres humanos. → A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas distintos, de acordo com cada pessoa e com o nível de gravidade da doença. No caso desta infecção, a causa é o vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela. IMPORTANTE: As formas graves da Febre do Nilo Ocidental atingem com maior frequência as pessoas idosas. COMO É TRANSMITIDA → Transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo). Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos. → Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a contaminação do vírus se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão. → Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária. → IMPORTANTE: A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório para algumas espécies de aves, no entanto não há transmissão de pessoa para pessoa. DIAGNÓSTICO → Detecção de anticorpos IgM contra o vírus do Nilo Ocidental em soro (coletado a partir do 5º dia após o início dos sintomas) → Ou em líquido cefalorraquidiano (LCR; coletado após o 8º dia a partir do início dos sintomas), utilizando a técnica de captura de anticorpos IgM (ELISA). → Pacientes recentemente vacinados (contra febre amarela, por exemplo) ou infectados com outro flavivírus (ex: Febre Amarela, Dengue, Zika, Saint Louis, Rocio, Ilhéus) podem apresentar resultado de IgM-ELISA positivo (reação cruzada). → Inibição da hemaglutinação, detecção do genoma viral (PCR), isolamento viral e PRNT também podem ser utilizadas. TRATAMENTO → Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. O tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas. Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares. → Casos mais graves necessitam de hospitalização para tratamento de suporte POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES → As formas graves geralmente se apresentam em pessoas idosas ou com sistema imunológico comprometido. As complicações também podem aparecer quando a doença não é tratada corretamente. → Entre as complicações possíveis, estão apresentações neurológicas graves, como, por exemplo: o Ataxia e sinais extrapiramidais. o Anormalidades dos nervos cranianos. o Mielite (inflamação da medula espinhal). o Neurite óptica. o Polirradiculite o Convulsão. COMO AFETA A GRAVIDEZ → Mulheres grávidas não apresentam maior risco para infecção por vírus do Nilo Ocidental. → Grávidas já infectadas pelo vírus, as evidências apontam para um baixo risco de infecção para o feto ou recém-nascido, com poucos casos sendo reportados. → Mulheres grávidas em área de transmissão devem se prevenir evitando picadas de mosquitos, por meio do uso de roupa comprida e repelente de insetos. PREVENÇÃO → Evite água parada. → Evite locais sem saneamento básico. → Tela nas janelas e portas. → Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos, rios e riachos. http://antigo.saude.gov.br/doacaodesangue http://antigo.saude.gov.br/doacaodesangue http://antigo.saude.gov.br/doacaodeorgaos @gabimed.vet 2 Zoonoses → Use inseticidas e larvicidas. → Use repelentes. → Quem vive ou trabalha em área onde há mosquitos infectados devem ter o cuidado de reduzir o seu potencial de exposição à infecção. → Trabalhadores em risco são aqueles que trabalham ao ar livre, que incluem: médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, biólogos, agricultores, paisagistas, jardineiros, trabalhadores da construção civil, entomologistas e outros trabalhadores de campo. → Evite manusear animais mortos quando possível. Evite o contato direto. Se você deve lidar com eles, usar luvas duplas de procedimento, que fornecem uma barreira protetora entre sua pele e sangue ou outros fluidos corporais. CUIDADOS DE VIAJANTES → Buscar informações quanto ao país de destino no sentido de avaliar se o mesmo é área de ocorrência da Febre do Nilo Ocidental, verificando ainda se o período programado da viagem corresponde àquele de transmissão mais frequente da doença. Uma vez identificado como área de transmissão, recomenda- se adotar as estratégias de proteção individual: → Evitar locais onde se encontram os mosquitos transmissores em abundância. → Caso a pessoa não tenha opção, tentar se prevenir ao máximo para evitar a transmissão através da picada do mosquito vetor. → Evitar acúmulo de lixo, água parada e matéria orgânica, pois são fontes de proliferação de mosquitos. → Evitar sair às ruas e em ambiente de área silvestre no momento de maior atividade dos mosquitos (entardecer e amanhecer). → O uso de repelentes e roupas de mangas e pernas cumpridas pode ajudar a evitar ou reduzir o contato com mosquitos. →