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TERAPIA NUTRICIONAL EM DIABETES MELLITUS 2 (DM2) Nutrição do Adulto e do Idoso https://diretriz.diabetes.org.br/ DEFINIÇÃO DIABETES MELLITUS • Distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos, ocasionando complicações em longo prazo •Geralmente, o metabolismo das proteínas e dos lipídios também é afetado levando a cetose e à acidose CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DEFINIÇÃO INSULINA Produto da secreção endócrina do pâncreas sintetizada pelas células beta das ilhotas de Langerhans. É o principal hormônio anabolizante do organismo e atua a nível hepático, muscular e adiposo. https://www.youtube.com/watch?v=TO9kVDtRbxY RESISTÊNCIA À INSULINA Evento metabólico no qual os receptores das células de insulina param de responder fisiologicamente à presença do hormônio. A glicose não consegue penetrar nas células com a mesma facilidade e, por isso, se acumula no sangue. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DO DM Doença heterogênia Segundário, monogênico, hereditário, tipo I e II... Abaixo de 30 anos – difícil diagnóstico PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE TIPO 1 E 2 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 Polidipsia, poliúria, polifagia, perda de massa corporal PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE TIPO 1 E 2 FATORES PARA AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE DM2 • Rápida urbanização • Transição epidemiológica e nutricional • Maior frequência de estilo de vida sedentário • Maior frequência de excesso de peso • Crescimento e envelhecimento populacional • Maior sobrevida dos indivíduos com diabetes Expandindo-se cada vez mais para países em desenvolvimento e atingindo indivíduos mais jovens Associado a Sobrepeso e obesidade A acantose nigricans é uma doença da pele, caracterizada por hiperqueratose (excesso de queratina) e hiperpigmentação (lesões de cor cinza e engrossadas, que dão um aspecto verrugoso ). É frequentemente associada à obesidade e endocrinopatias, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, doença do ovário policístico, diabetes insulino-resistente, síndrome metabólica, etc. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Vai definir como seguir o rastreamento METAS NO TRATAMENTO CONTROLE GLICÊMICO Individualizado de acordo com a situação clínica Parâmetros de avaliação indicados: Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) Glicemias capilares (ou plasmáticas): jejum, pré-prandial,2h após as refeições e ao deitar Recentemente: tempo no alvo (TIR – Time in Range), o tempo em hipoglicemia e a glicemia média estimada Pelo uso dos monitores contínuos de glicose (CGM) Tempo no alvo (TIR – Time in Range) •Porcentagem de tempo a glicose ficou no alvo terapêutico durante determinado período •50% indica que a glicose ficou dentro do alvo terapêutico por aproximadamente 12 horas em qualquer dia Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) •Glicose liga-se de maneira irreversível à hemoglobina •Mede o nível médio de glicose nos últimos 3 meses Pacientes saudáveis: Nível normal = 4,5 a 5,6% Pré-diabetes = 5,7 a 6,4% Diabetes = superior a 6,5% Pacientes diabéticos: Nível controlado = 6,5 a 7,0% (com especificidades) Glicemia em jejum •Taxa de glicose circulante no sangue Inferior a 99 mg/dL ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Possíveis polimorfismo nos genes TCF7L2 PPARG2 COMPLICAÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS NO DM HIPOGLICEMIA Sintomas: Sintomas adrenérgicos semelhante ao susto: tremores, sensação de desmaio, fraqueza, palidez, suor frio, fome intensa, palpitação e ansiedade. Sintomas neuroglicopênicos visão turva, sonolência, cefaléia, confusão mental, incoordenação motora, perda da concentração, disfunção sensorial, confusão e coma. O QUE FAZER EM CASO DE HIPOGLICEMIA ? COMA HIPOGLICÊMICO Início súbito, sudorese profunda, palidez, pele fria e úmida, PA baixa, apatia, visão dupla, respiração normal, boca e língua úmidas Conduta: colocar entre a bochecha e os dentes glicose ou açúcar puro (2 a 4 colheres sopa) Procurar assistência para injetar glicose a 25 – 50% Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 HIPERGLICEMIA Aumento da glicose no sangue. Glicosúria: glicose na urina quando a glicemia estiver acima de 160 – 180mg/dL; Sempre que possível: pesquisa de glicose na urina através de fitas (glicofita, Diastix, Glucotest) em jejum. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS NO DM • doença arterial coronariana; • doença vascular periférica; • doença cérebro vascular. Macrovasculares: • retinopatia diabética; • nefropatia diabética; • neuropatia periférica. Microvasculares: Silva, S.M.C. & Mura, J.D.P.Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterpia, 2007 COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DM TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS ATENÇÃO INTEGRAL AO PACIENTE COM DM Apoio psicológico Orientação nutricional Atividade física Controle da glicose, lipídios séricos e pressão arterial Medicações OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL EDUCAÇÃO ALIMENTAR: Auxiliar os diabéticos a realizar as mudanças nos padrões de nutrição, conduzindo a um bom controle metabólico Manter a glicemia o mais próximo do normal Atingir níveis adequados de lipídeos séricos Adequação dos níveis pressóricos Ofertar aporte energético adequado Prevenir e tratar complicações agudas ou crônicas Melhorar a saúde através de uma alimentação equilibrada respeitando as preferências alimentares e o nível sócioeconômico AVALIAÇÃO NUTRICIONAL BÁSICA Dados antropométricos: Peso e estatura Índice de massa corporal (IMC) Composição corporal (% MG e MM) Consumo alimentar: Histórico dietético; Recordatório alimentar de 24h Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes BRASPEN 2020 Fibras dietéticas podem atenuar a resposta à insulina e, assim, auxiliar na prevenção do DM2. Efeito protetor da fibra (principalmente fibras solúveis) PREVENÇÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 BALANÇO ENERGÉTICO E CONTROLE DE PESO Perda de peso: é a principal forma de reduzir o risco e controlar o diabetes Obesos com DM2, a perda de peso de 5% melhora o controle de glicemia, lipídios e pressão arterial, sendo a perda de peso sustentada de ≥ 7% a ideal Redução sustentada de 5 a 7% do peso corporal inicial, melhora o controle glicêmico, resist6encia à insulina, e ameniza a necessidade de medicamentos hipoglicemiantes. Déficit energético de 500 a 750 kcal/dia ou dietas de1.200 a 1.500 kcal/dia para mulheres e 1.500 a 1.800 kcal/dia para homens, ajustados ao peso corporal inicial do indivíduo. MANEJO NUTRICIONAL – VET Conforme a avaliação nutricional, objetivando o peso ideal Não oferecer uma quantidade calórica inferior à taxa de metabolismo basal (TMB) Como não há uma única distribuição dietética ideal de calorias entre carboidratos, gorduras e proteínas para pessoas com diabetes, a distribuição de macronutrientes deve ser individualizada, mantendo a meta total de caloria e metabólica em mente Possíveis padrões a usar no TTO DM 2 e pré-diabetes: dietas mediterrâneas, DASH e dietas vegetarianas ESCOLHAS IDEAIS: grãos integrais, vegetais, frutas, legumes e produtos lácteos desnatados, com ênfase em alimentos ricos em fibras e menor carga glicêmica EVITAR: bebidas açucaradas para controlar o peso e reduzir o risco de DCV e esteatose hepática e devem minimizar o consumo de alimentos com açúcar adicionado CARBOIDRATOS • %: metas individualizadas (OMS não recomenda menos de 130g/dia para adultos – principal substrato energético) • Tipo de carboidrato independente da proporção tem grande relevância = rico em fibras (recomendação Grau de Evidência A) • Apensar da literatura sobre Índiceglicêmico (IG) e carga glicêmica (CG) no diabetes ser controversa em determinados aspectos, é consenso que o controle do IG e da CG traz benefícios ao controle glicêmico CARBOIDRATO SIMPLES Açúcares digestão e absorção rápida CARBOIDRATO COMPLEXO Amidos digestão e absorção mais lenta O índice glicêmico (IG) representa o efeito sobre a glicemia de uma quantidade fixa de carboidrato disponível de um determinado alimento, em relação a um alimento- controle (pão branco ou glicose) A carga glicêmica (CG) estimada dos alimentos, das refeições e dos hábitos alimentares: multiplica-se o IG pela quantidade de carboidratos disponível (dividido por 100) em cada alimento e então são totalizados os valores de todos os alimentos em uma refeição ou hábito alimentar. QUALIDADE DO CARBOIDRATO Medida do impacto relativo do CHO dos alimentos na glicemia Medida da qualidade e quantidade do CHO consumido Alimentos de elevado IG maior na resposta glicêmica Alimentos de baixo IG menor na resposta glicêmica LOW CARB - POSICIONAMENTO Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 COMPORTAMENTO ALIMENTAR Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 MONITORAMENTO DA GLICEMIA SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA DE GLICOSE (SMCG) O tratamento do DM objetiva a prevenção das complicações da doença, avaliado por meio da obtenção de metas métricas relacionadas ao controle glicêmico. Antes utilizava-se apenas: glicemia de jejum, glicemia pós-prandial (refletindo as flutuações agudas da glicemia) e hemoglobina (HbA1c, representando a hiperglicemia crônica). Atualmente: sistema de monitorização contínua de glicose (SMCG) com novos dispositivos. TECNOLOGIA PARA MELHOR GERENCIAMENTO DA GLICEMIA BOMBA DE INFUSÃO PARA INSULINA TIPOS DE INSULINA Insulina de ação ultrarápida Insulina de ação rápida (regular) Insulina de ação intermediária Insulina de ação lenta Efeito acontece poucos minutos após a aplicação. Pico ocorre 30 a 60 minutos depois e sua ação dura de três a cinco horas Aplicação: imediatamente antes das refeições ou logo após, dependendo do tipo do medicamento Deixa a corrente sanguínea rapidamente, minimizando o risco de hipoglicemia nos períodos de jejum, entre as refeições Ação tem início por volta de 30 minutos após a aplicação. Pico de duas a três horas depois. Duração de três a seis horas. Aplicação: 30 a 45 minutos após as refeições De duas a quatro horas para começar a agir. Pico ocorre de quatro a 12 horas depois da aplicação e o tempo de duração é 12 a 18 horas. Geralmente, deve ser aplicada uma vez ao dia, antes de dormir. Ação começa uma hora após a aplicação, mas o pico ocorre apenas de seis a 12 horas depois. Geralmente, a ação se prolonga o dia todo. Costuma ser aplicada uma vez ao dia, antes de dormir. Lispro/ Aspart Humana regular Humana NPH Glargina;Detemir
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