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Anestesiologia em Equinos sdfsdf sd INTRODUÇÃO A anestesia em equinos permite que muitos procedimentos sejam feitos de forma segura; utiliza de anestesias seguras e eficientes, sem risco para o paciente; É necessário ter o conhecimento da farmacodinâmica e a farmacocinética das drogas, bem como noção do emprego adequado dos aparelhos anestésicos, desde os mais sofisticados, até os mais simples para uso cotidiano; ANESTESIA A CAMPO: procedimentos simples e cirurgias menos complexas (exames, suturas e cirurgias simples); CENTROS CIRÚRGICOS ESPECIALIZADOS: cirurgias complexas e invasivas (ex.: cirurgias ortopédicas ou laparotomia exploratória para resolução de cólica); PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS DE QUALIDADE: sedação eficiente, indução sem estresse e segura, manutenção estável, recuperação tranquila, evitando possíveis acidentes; É importante levar em conta as peculiaridades da especie, como suas caracrteristicas anatomicas, temperatemtnpo e respostas a determinados farmacos; TERMOS E DEFINIÇÕES: - ANESTESIOLOGIA: estudo da anestesia; - ANESTESIA: termo empregado genericamente, pois toda droga capaz de suprir temporariamente a dor, quer para fins exploratórios ou cirúrgicos, com ou sem narcose, enquadra-se no seu escopo; ANESTESIA GERAL: ato anestésico, reversível, que satisfaz os seguintes requisitos básicos: • Perda da consciência ou sono artificial (narcose); • Supressão temporária da percepção dolorosa (analgesia); • Relaxamento muscular ligado a ausência de reação de defesa contra uma agressão (anestesia cirúrgica); ANESTESIA LOCAL: ato que tem por finalidade o bloqueio reversível dos impulsos nervosos aferentes; ANALGESIA: perda de sensibilidade à dor sem perda , porém, da consciência; ANESTESIA DISSOCIATIVA: ato anestésico capaz, de maneira seletiva, de dissociar o córtex cerebral, causando analgesia e “desligamento” do paciente, sem perda dos reflexos protetores; NEUROLEPTOANALGESIA: todo anestésico capaz de causar: • Sonolência, sem perda da consciência; • Desligamento psicológico do ambiente que cerca o indivíduo; • Supressão da dor (analgesia intensa); •Amnésia • Ou é um estado de tranquilização com analgesia intensa, sem perda porém da consciência; VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE ANESTÉSICOS: - INTRAMUSCULAR: a maioria dos agentes pré-anestésicos são administrados por esta via; latência de cerca de 10 minutos, efeitos mais duradouros que a IV; - INTRAVENOSA: a maioria dos agentes anestésicos são administrados por esta via; cuidado com a velocidade de administração; certificar da canulação correta; útil quando se deseja efeitos precoces; latência entre 0,5 e 5 minutos, com efeitos menos duradouros que a IM; - INALATÓRIA: via de eleição, latência pequena, rápida eliminação do anestésico; - TÓPICA: anestesia local de superfícies; - ESPINHAL: deposita-se anestésico local no espaço epidural ou no espaço subaracnóideo; ATRIBUIÇÕES: as atribuições do anestesiologista se funde com as de auxiliar e cirurgião, mas sempre que se puder, é conveniente que se lute para a distinção das funções, demonstrando assim, um início de especialização, tanto requerida em nosso meio; quando isso ocorrer, evidenciar-se-ão os conceitos básicos que correspondem às atribuições dos anestesiologistas; ⣠ Colaborar com o cirurgião na escolha da melhor anestesia para cada caso; ⣠ Dar ordens para o preparo pré-anestésico; ⣠ Executar a anestesia perfeita; ⣠ Preparar mesa do material indispensável à anestesia (aparelhos, máscaras, anestésicos, cânulas, abridores de boca, pinças, puxa-língua, injeções de urgência, seringas, agulhas etc) e só inicia-la depois de verificar a perfeita ordem; ⣠ Advertir o operador sobre a oportunidade de iniciar a intervenção, sobre o estado do doente no decorrer do ato operatório e sobre os acidentes ocorridos; ⣠ Mandar aplicar a medicação necessária durante a anestesia; ⣠ Não seguir o ato operatório, se não no estritamente indispensável para sua orientação; ⣠ É o único componente do conjunto a quem é permitido dar sugestões sobre a marcha da operação e as vantagens de interrompê-la; ⣠ Deverá registrar a frequência do pulso e da respiração no início e no fim da intervenção, bem como a pressão arterial (parâmetros fisiológicos); ⣠ É o responsável pela ficha integral da anestesia; e, perante o cirurgião, pelos acidentes diretamente imputáveis à anestesia; ⣠ Qualquer que seja o tipo de anestesia empregada, deverá permanecer junto ao paciente, para cumprir integralmente suas funções; O anestesista, por ser conhecedor das drogas e do que elas podem causar ao paciente, se torna um colaborador indispensável na equipe cirúrgica e sobretudos, um elemento atento a qualquer alterações paramétricas que, porventura, possam surgir (hipotensões causadas por descompressão rápidas, paradas respiratórias ou cardíacas, apneias transitórias causadas por barbitúricos, arritmias ou mesmo bloqueios atrioventriculares); CONDUTAS ANESTÉSICAS: deve estar previamente bem definida; ⣠ Mesmo assim é necessário que a conduta anestésica inicial seja um pré-requisito para tal evento, facilitando assim a sequência e evitando potencializações desnecessárias ou que jocosamente seriam denominadas de “Alquimias anestésicas”; Para se julgar a melhor opção anestésica, é necessário considerar: o estado do paciente, espécie animal (aptidão, peso, escore corporal, temperamento), escolha do agente anestésico e duração da intervenção, sua localização e extensão, e custo operacional; ⣠ ESTADO DO PACIENTE: em portadores de afecções renais, hepáticas ou cardíacas, devem-se evitar drogas barbitúricas ou aquelas que interfiram de maneira significativa nos parâmetros fisiológicos (xilazina associada a barbitúricos ou drogas hipertensoras); Merecem atenção os animais hipovolêmicos, nos quais a aplicação dos derivados da fenotiazina agravariam o quadro devido à vasodilatação periférica e a consequente hipotensão, ou mesmo animais em choque toxêmico, quadro frequente em equinos com cólica; ⣠ AFECÇÕES PULMONARES: é aumentado o fluxo de oxigênio e, possivelmente, pode ser necessária a intubação da traquéia; Estão indicados a anestesia local infiltrativa e a epidural; tranquilizantes, anestésicos de inalação, quetamina, narcóticos, barbitúricos de ação longa e protóxido de nitrogênio não devem ser administrados a enfermos pulmonares; ⣠ AFECÇÕES HEPÁTICAS: anestesia local infiltrativa e a epidural; é contra-indicado o uso de tranquilizantes, barbitúricos e quetamina; A ação desses fármacos é prolongada em pacientes com doenças hepáticas; o halotano deve ser evitado, devido a possível hepatotoxicidade; ⣠ AFECÇÕES RENAIS: anestesia local infiltrativa e a epidural; no caso de disfunção renal devem ser evitados os agentes injetáveis (tranquilizantes, barbitúricos e quetamina); ⣠ DOENÇAS CARDÍACAS: anestesia com o metoxiflurano ou halotano; podem ser utilizados tranquilizantes, barbitúricos de ação ultra-curta e anestesia inalatória;⣠ CHOQUE: nos casos de emergência, é indicado a anestesia local infiltrativa; a quetamina pode ser administrada como uma outra alternativa; ⣠ ESPÉCIE ANIMAL: se reveste de importância pois sabe-se que existem suscetibilidades quanto às drogas em relação às espécies; ⣠ DURAÇÃO DA INTERVENÇÃO: a escolha da técnica deve ser consoante com a duração, evitando assim o tempo “parasita” ou desnecessário que ocorre, quer por inabilidade do profissional ou por falta de sincronização entre a anestesia e o início da cirurgia, ou ainda por reexames do paciente, lavagens e tricotomia; Em intervenções cirúrgicas demoradas, desaconselha-se o emprego exclusivo de barbitúrico de duração ultra-curta com uso repetido pois isso ocasiona fatalmente efeito acumulativo, levando o paciente a uma desnecessária, recuperação tardia, indicando-se, para tanto, o emprego de pentobarbital ou, de maneira muito mais eficiente, anestesia volátil; Conclui-se que “o anestésico ideal” é aquele que é aplicado imediatamente antes da intervenção, e cujo efeito seja imediato a isso e logo após o término da mesma haja recuperação do animal; ⣠ LOCALIZAÇÃO E EXTENSÃO DA INTERVENÇÃO: nem sempre é requerida uma anestesia geral, pois, na dependência da localização pode-se recorrer a uma anestesia local com MPA, ou mesmo sem ela, caso o animal seja dócil; Em pacientes portadores de cardiomiopatias, nefropatias ou idosos ou de alto risco, as cirurgias de membros podem ser resolvidas com simples bloqueio anestésico; Entretanto, a reciproca pode ser verdadeira, pois, pequenas intervenções podem requer anestesias gerais, como pequenas intervenções o�álmicas em animais agressivos, ou intervenções no pavilhão auricular de equinos indóceis, evitando movimentos excessivos e até traumatizantes para o animal; ⣠ ESCOLHA DO AGENTE ANESTÉSICO: para que se possa escolher um agente anestésico, é necessário que se considere se a intervenção é passível de uma tranquilização e, em seguida, do emprego de anestésico local; Não sendo isso possível, deve-se sempre optar por um anestésico que altere mesmo os parâmetros fisiológicos e cujos efeitos colaterais sejam os mínimos possíveis; ESCOLHA DO AGENTE ANESTÉSICO E MÉTODO ANESTÉSICO PARA EQUINOS: ⣠ Nos equinos são utilizadas muitas técnicas anestésicas, certos nervos sensitivos são bloqueados com facilidade; ⣠ As operações sobre a extremidades podem ser realizados com o animal em estação, pelo bloqueio dos nervos palmares e plantares, se houver a possibilidade de escolher, os agentes preferenciais devem ser tranquilizantes e os anestésicos locais (local epidural); Na anestesia geral são mais usadas: 1 - xilazina e quetamina; 2 - acepromazina, flunitrazepam e quetamina; 3 - acepromazina, tiopental e halotano; ✓ É necessário que a indução não seja acompanhada de excitação narcótica; ✓ Quando se utilizam anestésicos de recuperação relativamente lenta, o período deve ser sem excitação; ✓ É importante que o equino seja capaz de ficar em estação no máximo após uma hora depois de efetuada uma intervenção cirúrgica;
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