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CUIDADOS PRÉ-TRANS E PÓS ANESTÉSICOS RISCOS ANESTÉSICOS: Proprietário: é importante que o mesmo entenda os riscos e assine o termo declarando que a possibilidade foi compreendida; Em caso de animais "segurados", deve ser feita a notificação da empresa seguradora antes dos procedimentos (exceto em tratamentos emergenciais); Riscos de injúrias aos “tratadores”: indução e recuperação anestésica (excitação e ataxia); “inexperientes” devem ser mantidos à distância e um anestesia experiente deve estar presente durante todo o procedimento; PROCEDIMENTO: conduta pré-anestésica, MPA, indução, manutenção e recuperação; Preparação pré-anestésica: avaliação pré-operatória e história clínica (requerido o exame clínico completo (cardiovascular e respiratório) seja do paciente hígido ou enfermo; Anamnese / Histórico clínico: avaliar a ocorrência (ou frequência) de inapetência, tosse, corrimento nasal, respiração ruidosa, baixa tolerância ao exercício; histórico de sedações e complicações;, Exame físico: comportamento, coloração das mucosas, edemas, linfonodos infartados e auscultação; • Afecção respiratória: tratamento prévio de enfermidades e possíveis condutores de infecção; • Afecção cardíaca : avaliar a presença de murmúrios e arritmias cardíacas; avaliação feita com eletrocardiograma e ecocardiograma; Em casos de ausência de insuficiência cardíaca, edema e intolerância ao exercício, a anestesia pode ser realizada; Risco ASA: CUIDADOS BÁSICOS NA PPA: • Jejum: sólido (12-18h) e hídrico (2-4h); Auxilia na capacidade respiratória; com o esvaziamento gástrico ao menor peso do estômago sobre o diafragma e aumento da expansão pulmonar; • Limpeza: animal lavado ou escovado; limpeza dos cascos; lavar a boca do animal; • Peso: essencial para calcular a dose de agentes dos fármacos; podendo ser realizado com balança ou fita; PESO (KG) = [perímetro torácico² (cm) x comprimento tronco (cm)]/8.717 • Vias de administração de fármacos: – IV e IM: pré-medicação e sedação; ação efetivo e poucos efeitos adversos; Indução: • IV - Suprimento sanguíneo cerebral; • IM - Raramente empregada: processo mais lento; • SC – Ação lenta (acepromazina); • VO – Inativados no estômago; metabolizadas no fígado; – IV: veia jugular; cuidado com a artéria carótida; cérebro (decúbito abruptamente); excitação violenta e óbito; taxa de fluxo de sangue e coloração (venoso e arterial); • Cateterização: IV (antes da indução anestésica); doses adicionais de fármacos ou agentes anestésicos; fluidoterapia; catéter calibre 14 (8 a 12 cm); Cateter implantado com bisel em direção à cabeça ou oposta; realizar a antissepsia; • Ambiente: deve estar apropriado para indução, manutenção e recuperação anestésica; procedimentos de curta duração podem ser realizados em campo, e procedimentos maiores necessitam de uma infraestrutura; Sala de indução/recuperação (3 x 3m), a construção deve ser sólida e revestida (capacidade de absorção de impactos); Ambiente perfeito: circuito anestésico para grandes animais; fonte de oxigênio; vaporizador calibrado; sondas endotraqueais; equipamentos de monitoração; ventilador artificial; FICHA ANESTÉSICA: ⣠ Numa ficha especial para anotações, é registras a data, identificação do animal, peso, operação realizada, nome do cirurgião, assistente e anestesista; são enumerados os fármacos usados na medicação pré-anestésica, indução e manutenção da anestesia; é recomendado registrar o horário de doses de fármacos administrados; ⣠ É utilizado um código para marcar em intervalos de 5-10 min a frequência do pulso e respiração (início e final da anestesia e cirurgia) e, ainda, pressão arterial sistólica e diastólica; Geralmente aparecem detalhes da técnica anestésica com relação à máscara ou intubação, tipo de circuito (semifechado, fechado, semiaberto e aberto) e tipo de ventilação (espontânea, assistida ou controlada); CHECKLIST DA ANESTESIA 1- Checklist do Paciente: identificação e procedimento a ser realizado; checar a ficha do mesmo com informações sobre anamnese, exame físico e complementares; anuência do proprietário frente ao procedimento; 2- Checklist dos gases medicinais: independente da modalidade anestésica, seja inalatória, dissociativa, TIVA ou locorregional, o fornecimento de O2 é fundamental para manter a PaO2 do animal em níveis aceitáveis; Devemos nos certificar de que há O2 suficiente para o procedimento anestésico e também Ar Comprimido, para ser utilizado na ventilação mecânica e em possível mistura de gases; Devemos checar tudo, desde a saída do cilindro até a chegada do gás ao centro cirúrgico; 4- Checklist dos medicamentos e acesso: devemos nos certificar se temos todos os medicamentos para o procedimento, principalmente os de emergência; todos devem estar organizados, em carrinho ou maleta; devemos preparar o acesso venoso e material para intubação; Novamente, mesmo que o animal não seja submetido à anestesia inalatória, o mesmo pode necessitar de ventilação mecânica durante o processo; 5- Checklist dos Equipamentos: devemos verificar as bombas de infusão e monitores; no caso das bombas de infusão, deve-se checar a taxa e fluxo desejados e deixar tudo programado; Caso a anestesia seja por TIVA, as bombas de fluidoterapia e medicamentos devem ser distintas; preferencialmente uma bomba de infusão para cada medicamento; Já para a monitoração, devemos checar todos os sensores, se o aparelho está funcionando corretamente e posicionar todos os sensores de modo que possamos conectá-los ao paciente no menor tempo possível; A quantidade de parâmetros dependerá do estado fisiológico do animal e tipo de procedimento; 6- Check out: após o fim da anestesia, devemos nos certificar que o fluxo de gases foi fechado, extubar o animal apenas quando este apresentar reflexo traqueal evidente; verificar terapia analgésica pós-operatória e passar todas as coordenadas para o tutor; ainda devemos limpar todos os equipamentos, guardar todos os cabos de monitoração; PERÍODO TRANS-ANESTÉSICO: é o intervalo de tempo que vai desde o início da anestesia propriamente dita até o início da recuperação; reveste-se de importância, pois é a fase da anestesia que requer maior atenção e expectativa por parte do anestesista, seus principais cuidados estão ligado ao: • Paciente: é atribuído ao anestesiologista zelar e vigiar os reflexos pertinentes ao plano anestésico desejado, pois pupilas em midríase sem reflexos, respiração abdominal e parâmetros fisiológicos abaixo dos valores semiológicos são fortes indícios de planos profundos muito próximo do choque bulbar; Estágio I - Analgesia e perda da consciência Estágio II – Fase de excitação ou delírio Estágio III – Anestesia cirúrgica • 1º plano • 2º plano • 3º plano • 4ºplano – depressão bulbar Estágio IV – A choque bulbar e morte Ainda em relação ao paciente, convém observar sua posição durante o ato cirúrgico evitando posturas que, embora práticas para a cirurgia,são prejudiciais para o paciente, como é o caso da síndrome supina (decúbito dorsal) em casos de cesarianas ou laparotomias em equinos nas intervenções; Durante a cirurgia, é necessário posicionar confortavelmente a cabeça do paciente, a fim de evitar pressão sobre a curvatura da sonda endotraqueal, causando obstruções e facilitar a saída de regurgitações, caso ocorram; • Aparelho: o anestesista deverá constantemente vigiar as diferentes partes do aparelho, o fluxo do diluente (O2 ou ar comprimido), a quantidade de borbulhamento ou turbilhonamento nos vaporizadores calibrados, a FR através das válvulas inspiratória e expiratória ou pelos movimentos do balão anestésico, observação esta fundamental, pois, normalmente, a parada respiratória antecede a parada cardíaca; PERÍODO PÓS-ANESTÉSICO: é o intervalo de tempo que vai desde o início da recuperação até o restabelecimento total da consciência e dos parâmetros fisiológicos; Divide-se em: Imediato: é aquele em que embora o tempo variável, se cuida para que o animal não se fira em cantos vivos ou bata a cabeça em objetos contundentes, ou solo duro em baias (grandes animais); Neste período se faz necessário a vigilância constante até o restabelecimento completo que se traduzirá pela estação voluntária, evitando-se ao máximo estimulações mecânicas tais como (choque elétricos ou incitações com bastões); de preferência, nas recuperações, os animais deverão permanecer sem alimento e água e em ambiente calmo e na penumbra; Mediato: este período é mais tardio e sequencial ao anterior, estando estritamente ligado a deficiência orgânica do paciente que causam dificuldades na metabolização do anestésico ou a trauma cirúrgico intenso; Neste caso o paciente deve ser acompanhado periodicamente, tomando-se os devidos cuidados na correções dos distúrbios do equilíbrio ácido-básico e no restabelecimento das funções principais;
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