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Prévia do material em texto

Dermatologia Estética
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Flavia Maria Pirola Pelá
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
• Introdução;
• Teorias do Envelhecimento;
• Envelhecimento Extrínseco;
• Rugas.
 · Compreender a fisiopatologia das disfunções estéticas faciais, sinais 
e sintomas;
 · Desenvolver a habilidade de aprender continuamente, buscando 
aperfeiçoamento baseado em evidências científicas durante a sua 
formação inicial e ao longo da sua vida profissional;
 · Desenvolver o pensamento científico, apoiando-se na produção de 
novos conhecimentos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Envelhecimento Cutâneo
 e Fotoenvelhecimento
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
Introdução
“Saber envelhecer é obra-prima da sabedoria e um dos capítulos mais 
difíceis na grande arte de viver.”
Herman Melville
O envelhecimento é um processo sistêmico global, ao qual todos os seres vivos 
estão sujeitos. Acontece progressivamente com o passar dos anos, e suas consequ-
ências podem ou não ser perceptíveis.
É um processo que se inicia desde o nascimento, mas se torna mais evidente 
após a terceira idade. E a qualidade do envelhecimento está relacionada diretamen-
te com a qualidade de vida à qual o organismo foi submetido. O envelhecimento 
cutâneo apresenta alterações gradativas que modificam o aspecto da pele. A pele, 
por ser um órgão notoriamente mais extenso, representa o mais importante parâ-
metro indicativo do processo de envelhecimento.
A pele, como qualquer outro órgão do corpo, começa a envelhecer a partir dos 
vinte anos, devido às mudanças celulares, muitas delas programadas geneticamen-
te, como mostra a figura 1.
Cutícula
Ácido hialurônico
Colágeno
Fibra elástica
células de 
gordura
Pele mais jovem
Envelhecimento e 
pele mais jovem
Pele envelhecida
Epiderme
Derme
Hipoderme
Músculos
Figura 1 – Comparação de uma pele jovem e de uma envelhecida
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
8
9
Modifi cações da Pele com o Envelhecimento
• De lgada, enrugada, seca e ocasionalmente escamosa;
• A córnea fi ca mais permeável;
• Diminui a espessura da derme;
• Aumento da queratinização da epiderme;
• As fi bras colágenas se tornam mais grossas e as fi bras elásticas perdem parte de 
sua elasticidade;
• Diminui a gordura subcutânea da face;
• Atrofi a dos melanócitos, levando a cabelos brancos e pele manchada;
• Diminuem os receptores sensitivos;
• Diminuem o número e a função das glândulas;
• *Peles expostas a intempéries mostram os sinais mais acentuados.
Fatores Desencadeantes
• Fotoenvelhecimento
• Excesso de mímica facial (desgaste das fi bras elásticas)
• Exageros: fumo, álcool, stress, má alimentação, hábitos desregrados, etc.
Teorias do Envelhecimento
Como aludido anteriormente, o envelhecimento é um processo de degradação 
progressiva e diferencial que, apesar de muito abordado e estudado, ainda não usu-
frui de uma teoria que consiga explicitar, de forma completa, a sua ocorrência e 
desenvolvimento. Contudo, existem várias teorias assomadas até então, que tentam 
aclarar o processo de envelhecimento, que estarão contidas basicamente em dois 
grupos de teorias que tentam explicar esse complexo processo. O primeiro grupo in-
clui as teorias que postulam um determinado programa genético e cronológico para 
a gradual mudança no fenótipo, denominado envelhecimento intrínseco. O enve-
lhecimento intrínseco é decorrente do desgaste natural do organismo, causado pelo 
passar dos anos, sem a interferência de agentes externos, e equivale ao envelheci-
mento de todos os órgãos, inclusive a pele. A aparência é a da pele idosa encontrada 
na face interna do braço, próxima à axila. É uma pele fina, com pouca elasticidade, 
mais flácida e apresentando finas rugas, porém sem manchas ou alterações da sua 
superfície. O segundo grupo assume a exposição repetitiva às influências danosas, as 
quais são a explicação para as mudanças que levam ao envelhecimento, denominado 
envelhecimento extrínseco. O envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento, é 
aquele decorrente do efeito da radiação ultravioleta do sol sobre a pele durante toda 
a vida. O sol, que propicia momentos de lazer e que dá o bronzeado que aprendemos 
a considerar como modelo de saúde e beleza, é também o principal responsável pelo 
envelhecimento cutâneo, pois é a sua ação acumulativa sobre a pele que faz surgirem 
os sinais da pele envelhecida.Envelhecimento Intrínseco
O envelhecimento intrínseco ou cronológico (figura no link) está relacionado à 
idade e à genética do indivíduo, já esperado e inevitável, que leva às mudanças na 
9
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
aparência e função normais da pele, devido à passagem do tempo, do desgaste 
natural do organismo (células, órgãos e pele), sem a interferência de agentes ex-
ternos, e embora apresente certo sincronismo, não ocorre necessariamente ao 
mesmo tempo que o envelhecimento dos demais tecidos do organismo humano.
Envelhecimento intrínseco, disponível em: https://goo.gl/bCL76J
Ex
pl
or
Com o envelhecimento, as células diminuem a capacidade de captação de nu-
trientes, de replicação e de reparo de lesões. A pele fica lisa e sem deformações, 
com linhas de expressão acentuadas.
No envelhecimento intrínseco ou cronológico, ocorre degeneração e a diminui-
ção da síntese de fibras colágenas, elásticas e reticulares. O adelgaçamento da pele 
torna-a mais permeável, mais ressecada e marcada por rugas.
Ocorre diminuição da vascularização do tecido e diminuição da atividade das 
glândulas sudoríparas e sebáceas. Ocorre também achatamento da junção dermo-
epidérmica, comprometendo a homeostase dos tecidos adjacentes.
Há redução de melanócitos ativos, diminuindo a proteção contra os raios ultra-
violetas. Outra função que entra em declínio é a síntese de vitamina D, diminuindo 
a capacidade de proteção da epiderme contra agentes externos e principalmente 
contra a radiação ultravioleta.
O envelhecimento é geneticamente programado por um tipo de relógio bio-
lógico, que pode se localizar em toda a célula ou influenciar outros tecidos, esse 
relógioé chamado de telômero, ilustrado pela figura 2. Cada vez que a célula se 
divide, o telômero se encurta ligeiramente, porém garantindo que a informação 
genética relevante seja copiada para a célula duplicada. Como os telômeros não se 
regeneram, chegam a um ponto em que, de tão encurtados, não permitem mais a 
ideal replicação cromossômica, e a célula perde sua capacidade de divisão, desen-
cadeando o processo de envelhecimento.
(uma região de sequências nucleotídicas 
repetitivas em cada extremidade de
um cromossoma)
Cromossomo
Centrossoma
Guanina
Adenina
Timina
Citosina
Célula
Figura 2 – Representação de um telômero
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
10
11
Outro fator importante que deve ser levado em consideração no processo de en-
velhecimento intrínseco é a presença de radicais livres. Os r adicais livres referem-se 
a átomos ou moléculas altamente reativas e recebem esse nome devido ao fato de 
possuírem um par de elétrons independentes não pareados, que orbitam em torno 
do núcleo do átomo com muita energia livre (figura 3). É este não emparelhamento 
de elétrons da última camada eletrônica que confere alta reatividade a esses átomos 
ou moléculas, que para tornarem-se estáveis, precisam doar ou retirar um elétron 
de outra molécula ou átomo. Logo, rear ranjam com moléculas adjacentes, fazendo 
com que tenham grande capacidade de ligação aos tecidos e agem sobre as células 
alterando as características moleculares de suas membranas, oxidando quimica-
mente ou enzimaticamente os componentes celulares, provocando alterações e 
disfunções que se acumulam, até o ponto em que a célula morre. Com a idade, isso 
tende a acontecer muito frequentemente em um número cada vez maior de célu-
las, por efeito de acumulação que envolve também alterações e perda das funções 
biológicas de proteínas, como colágeno e proteoglicanas, resultando em aumento 
da flacidez da pele.
Antioxidante
elétron
radical 
livre
célula
Figura 3 – Formação de radical livre
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Os da nos induzidos pelos radicais livres podem afetar muitas moléculas biológicas, 
incluindo as organelas e componentes celulares. Destacam-se proteínas, ácidos nuclei-
cos, moléculas componentes do citosol e os lipídios da membrana celular, carboidratos 
e as vitaminas presentes nos alimentos. Dentre os componentes do meio extracelular 
tecidual, que são facilmente vítimas dos radicais livres, destacam-se principalmente o 
colágeno e o ácido hialurônico. Evidências têm sido acumuladas indicando que uma 
dieta rica em antioxidantes reduz os riscos das principais doenças humanas.
Os ra dicais livres, quando em produção equilibrada, são importantes para a de-
fesa do organismo contra agentes estranhos, auxiliando a atividade dos neutrófilos 
11
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
e macrófagos, já que apresentam uma atividade bactericida pela degradação oxi-
dativa dos lipídeos, proteínas e DNA microbianos. Em contrapartida, as espécies 
reativas de oxigênio também podem ser prejudiciais ao metabolismo orgânico, 
quando ocorre um aumento excessivo na sua produção ou diminuição de agen-
tes antioxidantes. Em qualquer uma dessas situações, começa a predominar um 
excesso de radicais livres no organismo, o que é denominado, então, de estresse 
oxidativo. As fontes dos radicais livres podem ser endógenas, associadas a reações 
metabólicas de oxidação na mitocôndria, fagocitose durante o processo de inflama-
ção, ativação do metabolismo do ácido araquidônico, além das enzimas que podem 
indiretamente produzir espécies reativas de oxigênio, como, por exemplo, a enzi-
ma xantina oxidase, que converte xantina a ácido úrico provenientes da ingesta de 
purinas e também converte oxigênio a radicais superóxido durante esse processo. 
Há também os fatores exógenos que podem produzir radicais livres, como a radia-
ção ultravioleta (em especial o UVA, que agride com mais intensidade a pele por 
fotossenssibilização), pesticidas, poluição, tabaco, dieta, estresse, medicamentos 
antitumorais e estilo de vida não saudável.
Os antioxidantes possuem funções muito benéficas ao organismo para proteção 
contra os radicais livres, sendo sua função primária o fornecimento de elétrons 
no intuito de reduzir a velocidade de iniciação e/ou propagação dos processos 
oxidativos (figura 4), minimizando estes danos às moléculas e estruturas celulares. 
Impedem a formação destes agentes nocivos, principalmente pela inibição das re-
ações em cadeia com ferro, cobre e zinco. Também, interceptam os radicais livres 
gerados pelo metabolismo celular ou por fontes exógenas, impedindo o ataque 
sobre os lipídeos, os aminoácidos das proteínas, a dupla ligação dos ácidos graxos 
poliinsaturados e as bases do DNA, reparando as lesões e evitando a formação de 
mais lesões e perda da integridade celular. Os antioxidantes obtidos da dieta, tais 
como as vitaminas C, E e A, os flavonoides e carotenoides são extremamente im-
portantes na intercepção dos radicais livres.
AntioxidanteRadical livre
elétron não 
reparado
Figura 4 – Ação dos antioxidantes sobre os radicais livres
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
12
13
As alterações clínicas estão elucidadas na Tabela 1 abaixo:
Tabela 1 – Alterações histológicas e estruturais da constituição 
do sistema tegumentar com o envelhecimento intrínseco
LOCAL DA PELE ALTERAÇÕES CLÍNICAS
Epiderme
• Diminuição da capacidade de renovação celular 
• Menos células de Langerhans (menos defesa) 
• Menos melanócitos 
• Diminuição da espessura 
• Menor capacidade mitótica da camada basal 
• Perda de consistência da junção dermo-epidérmica (sensação de pele em excesso)
Derme
• Menor número de fibroblastos 
• Diminuição do número de proteínas (colagénio e elastina) 
• Diminuição do número de células
Anexos 
cutâneos
• Despigmentação do pelo (branqueamento)
• Perda de pelo ou cabelo 
• Diminuição da microcirculação 
• Diminuição da produção de suor e sebo 
• Diminuição da sensação de estímulos (por perda dos corpúsculos de Pacini e Meissner)
Envelhecimento Extrínseco
O envelhecimento extrínseco é um tipo de envelhecimento cutâneo em que os 
fatores influentes não são a idade, mas sim fatores externos ao organismo, como 
radiações ultravioletas, radiações ionizantes, ozônio e poluentes ambientais. Inicial-
mente, denominou-se de fotoenvelhecimento, pois acredita-se, ainda hoje, que o 
principal agente causal seja a radiação, nomeadamente a radiação ultravioleta (UV) 
e infravermelha (IV). No entanto, existem inúmeros fatores hoje conhecidos e com-
provados como influentes e geradores de alterações significativas ao nível cutâneo 
conduzindo a manifestações clínicas de envelhecimento, designadamente fatores 
como o tabaco, a poluição ambiental, o estilo de vida (exercício físico, alimentação, 
consumo de álcool), o stress fisiológico e físico. 
A radiação ultravioleta (UV) é uma radiação emitida pelo sol e constituinte do 
espectro eletromagnético, tendo a mesma velocidade que a radiação visível, va-
riando apenas em comprimento de onda, pois possui um comprimento de onda 
mais curto do que a radiação visível. A radiação UV subdivide-se em radiação UVA, 
UVB e UVC. A primeira, UVA, é a que tem maior comprimento de onda, estando 
ligada principalmente ao bronzeamento. Incide com a mesma intensidade ao longo 
de todo o dia e de todo o ano. Subdivide-se em UVA-I e UVA-II, sendo que é a 
UVA-II que causa maior dano, pois possui um comprimento de onda mais curto 
(320-340 nm), tendo uma maior capacidade de penetração (menor comprimento 
de onda, maior profundidade de penetração cutânea), conforme mostra a figura 
5. A radiação UVB é uma radiação menos penetrante, no entanto pode ser mais 
carcinogênica, pois tem um comprimento de onda menor que a UVA. Ao contrário 
da radiação UVA, esta radiação tem intensidade variável ao longo do dia, com o 
pico entre as 10h e as 16h. No que se refere às radiações UVC, estas são extrema-
mente nocivas, no entanto são totalmente retidas na camadado ozônio.
13
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
UVA
raios
UVB
raios
Pele sem proteção
Epiderme
Derme
camada
subcutânea
Figura 5 – Ação dos tipos de radiação na pele
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
A radiação solar não apresenta apenas efeitos maléficos, uma vez que depende-
mos dela diariamente a fim de podermos garantir a homeostasia do nosso corpo. 
É necessária para a produção de melanina e de vitamina D, estimulação da circula-
ção, ação bactericida e também melhoria do humor.
Como referido, a radiação solar (principalmente os raios ultravioletas) é o prin-
cipal indutor do fotoenvelhecimento ou também denominado, por essa razão, en-
velhecimento actínico.
Contudo, a radiação solar não é somente composta por radiações UV. O espectro 
da radiação solar abrange comprimentos de onda entre os 290 até aos 4000 nm, 
é dividido em radiação UV (290-400 nm), radiação visível (400-760 nm) e radiação 
infravermelha ou IV. Acredita-se que as radiações IV podem ser benéficas até um 
dado limite, podendo contribuir independentemente para o envelhecimento cutâneo.
Conforme já mencionado, além do fotoenvelhecimento, pode-se destacar ou-
tros fatores do envelhecimento extrínseco, como o estresse ambiental (calor, frio, 
poluição), as condições físicas individuais (nutricionais, doenças associadas), as con-
dições psicológicas e os hábitos de vida de cada indivíduo. Além disso, outro fator 
de grande relevância no processo de envelhecimento da pele é o tabagismo (figura 
no link). O fumo possui mais de 4 mil substâncias nocivas à saúde, contudo a mais 
deletéria de todas para a pele é a nicotina. Ela é responsável pela vasoconstrição, 
que gera diminuição do fluxo sanguíneo, tornando a oxigenação celular mais com-
plicada. Além da nicotina, outro complicador para a oxigenação dos tecidos é a 
produção de monóxido de carbono liberado pela queima do fumo. Com isso, a 
diminuição da vascularização dos tecidos de forma crônica gera lesões das fibras 
elásticas e diminuição da síntese de colágeno, além de estimular a produção de 
leucócitos, causando a liberação de radicais livres e aumentando o grau de envelhe-
cimento. Por fim, o tabaco, juntamente com a radiação UV, contribui para o en-
velhecimento extrínseco, e quando conjugados num mesmo indivíduo, os sinais de 
fotoenvelhecimento aparecem mais precocemente e mais evidentes. No entanto, 
14
15
os mecanismos de ação que relacionam os dois fatores ainda não são completa-
mente entendidos.
Representação de um dos fatores do envelhecimento extrínseco, disponível em: 
https://goo.gl/beRHMXEx
pl
or
Tabela 2 – Alterações histológicas e estruturais da constituição 
do sistema tegumentar com o envelhecimento extrínseco
LOCAL DA PELE ALTERAÇÕES CLÍNICAS
Epiderme
• Menor quantidade de células de Langerhans (menos defesa) 
• Alterações nos melanócitos resultando manchas senis 
• Aumento da espessura. Espessamento actínico (ação do sol): resulta por aumento da mitose 
e menor descamação córnea 
• Achatamento da lâmina dermo-epidérmica (sensação de excesso de pele) semelhante ao 
intrínseco
Derme
• Alteração principal a nível das fibras: 
• Fibras de elastina sofrem processo de elastose solar, proliferando de forma amorfa 
• Fibras de colágeno degradadas devido à estimulação de metaloproteinases
• Fibroblastos em menor número
Além da classificação das rugas, Richard Glogau elaborou uma classificação do 
fotoenvelhecimento que varia do tipo I ao tipo IV, conforme descrito na tabela 3:
Tabela 3 – Classifi cação de Glogau de Fotoenvelhecimento Cutâneo
LESÃO DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICAS
Tipo I
(leve) Sem rugas
• Fotoenvelhecimento inicial 
• Alterações suaves da pigmentação
• Sem a presença de queratoses
• Vincos mínimos
• Faixa etária: 20 a 30 anos
• Necessária mínima ou nenhuma maquiagem
• Mínimas cicatrizes de acne
Tipo II
(moderada)
Rugas
 dinâmicas
• De inicial a moderado fotoenvelhecimento
• Lentigos senis precoces visíveis
• Início de aparecimento de vincos relacionados ao sorriso
• Faixa etária:30 a 40 anos
• Uso de maquiagem (base) leve
• Cicatrizes moderadas de acne
Tipo III
(avançada)
Rugas dinâmicas 
e estáticas 
• Visíveis discromias e telangectasias
• Queratoses visíveis
• Fotoenvelhecimento avançado
• Faixa etária: 50 anos ou mais
• Necessidade de forte quantidade de base (maquiagem)
• Presença de cicatrizes de acne que a maquiagem não encobre
Tipo IV
(grave)
Rugas dinâmicas 
e estáticas
• Grande fotoenvelhecimento
• Pele com coloração amarelo-acinzentado
• Tendência a degeneração tumoral
• Rugas generalizadas
• Faixa etária: 60 a 70 anos
• Maquiagem não pode ser aplicada: resseca e fragmenta
• Cicatrizes profundas e muito aparentes de acne
15
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
Rugas
As rugas são sulcos ou pregas na superfície da pele (figura 6) e correspondem a 
um dos parâmetros mais visíveis do envelhecimento cutâneo, resultando do proces-
so natural de envelhecimento, expressões faciais, exposição solar, fumo, hidratação 
inadequada, entre outros fatores. 
Figura 6 – Representação das rugas
Fonte: iStock/Getty Images
Os principais sinais do envelhecimento são as rugas, hipercromias, pele seca, 
perda de luminosidade e ptose tissular. Esses sinais são consequências do processo 
fisiológico de declínio das funções do tecido conjuntivo, no qual o colágeno vai 
tornando-se mais rígido, com uma porcentagem perdida anualmente e uma dimi-
nuição no número de ancoragem de fibrilas; as fibras elásticas perdem força pela 
diminuição da elasticidade pelo processo de glicação (elucidado no link a seguir); há 
uma diminuição das glicosaminoglicanas, associada a uma redução da água, que, 
por sua vez, diminui a adesão, migração, desenvolvimento e diferenciação celular.
Sequência da glicação, disponível em: https://goo.gl/UikDxm
Ex
pl
or
Essa decadência do tecido conjuntivo impossibilita a manutenção de uma cama-
da de gordura uniforme sobre a pele, e a degeneração das fibras elásticas, somada 
à menor velocidade de troca e oxigenação dos tecidos, leva a uma desidratação da 
pele, resultando em rugas.
Quando classificadas clinicamente, as rugas podem ser: superficiais e profundas. 
As superficiais são aquelas que desaparecem com o estiramento da pele, diferindo 
das profundas, que não sofrem alteração quando a pele é estirada.
As rugas recebem ainda outra classificação: rugas estáticas, dinâmicas e gravi-
tacionais. As estáticas são consequências da fadiga das estruturas que constituem 
16
17
a pele, em decorrência da repetição dos movimentos e aparecem mesmo na au-
sência deles. As dinâmicas ou linhas de expressão surgem como consequência 
de movimentos repetitivos da mímica facial e aparecem com o movimento. Já as 
rugas gravitacionais são consequentes da flacidez da pele, culminando com a ptose 
das estruturas da face.
Tratamento
Prevenir o Envelhecimento Precoce
Médico
• Toxina botulínica
• Preenchimentos
• Peelings
• Laser
• Cirurgia plástica
• Mesoterapia
• Manchas (esfoliantes e despigmentantes)
Estética
• Massagem (DLM)
• Eletroterapia:
 » Eletrolifting ou galvanopuntura
 » Correntes excitomotoras
 » Microcorrentes
 » Microdermoabrasão
 » Peeling ultrassônico
 » Laser (*olhos e tireóide)
 » Luz Intensa Pulsada
 » Carboxiterapia
 » Radiofrequência
 » Jato de plasma
 » Ultrassom microfocado
 » Microagulhamento / Dermapen
 » Endermologia
 » Hidratação/ Nutrição e Lifting
 » Orientações de AVD (Atividade física/ alimentação/cosméticos, etc.)
17
UNIDADE Envelhecimento Cutâneo e Fotoenvelhecimento
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Envelhecimento cutâneo
STEINER, D.; ADDOR, F. Envelhecimento cutâneo. Grupo GEN: 2014.
Pele: estrutura, propriedade e envelhecimento
HARRIS, M. I. N. C. Pele: estrutura, propriedade e envelhecimento. São Paulo: 
Senac, 2003.
 Leitura
Bases biomoleculares do fotoenvelhecimento
https://goo.gl/Zh9jdx
O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos,biológicos, psicológicos e sociais
https://goo.gl/rco8KC
18
19
Referências
ALLEN, J., (2001). Ultraviolet Radiation: How it affects life on Earth? Earth Ob-
servatory - Nasa.
BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2004.
BEYLOT, C. Skin aging: clinicopathological features and mechanisms. Annales de 
Dermatologie et de Verenologie. 135. 2008. pp. 157-161.
BIANCHI, M. L. P.; ANTUNES, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidan-
tes da dieta. Rev Nutr, v. 12, n. 2, p. 123-130, 1999.
BOISNIC, S.; BRANCHET, B. M. Cutaneous chronologic aging. EMC – Derma-
tologie Cosmetolologie. V. 2, n. 4, p. 232-41, 2005.
BORGHETTI, G. S.; KNORST, M. T. Desenvolvimento e avaliação da estabilidade 
física de loções O/A contendo filtros solares. Revista Brasileira de Ciências Far-
macêuticas, São Paulo, v. 42, n. 4, out./dez. 2006.
BOUKAMP, P. (2001) Clin. Exp. Dermatol. 26: 562-5.
CARRUTHERS, J. A.; WESSEIS, N. V.; FLYNN, T. C. Intense Pulsed Light and 
Butolinum Toxin Type A for the Aging Face. Cosmetic Dermatology, v.16 (S5): 
p. 2-16, 2003.
FARINATTI, P. T. V. Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocás-
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